Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional
Gabinete do Ministro
Pesca lúdica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
A Portaria n.º 143/2009, de 5 de Fevereiro, que é um complemento da portaria que regulamenta a pesca lúdica em todo o território nacional (portaria nº 144/2009, de 5 de Fevereiro) constitui uma peça legislativa da maior relevância para a regulamentação da pesca lúdica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Atendendo às condições naturais excepcionais, à importância social da pesca lúdica para os residentes e naturais deste território, e à necessidade de garantir a sustentabilidade da exploração dos recursos faunísticos marinhos, nomeadamente na apanha profissional do perceve que constitui uma actividade económica que se pretende valorizar e proteger, foram estabelecidas algumas condicionantes a esta actividade.
A portaria nº 143/2009, de 5 de Fevereiro, estabelece um quadro legal em que o carácter recreativo, e por consequência subsidiário e não comercial, servem de referencial. Num contexto de recreio e lazer, à semelhança do que há muito ocorre na actividade cinegética, estabelece a limitação da actividade a dias semanais fixos: a pesca lúdica é permitida de 5.ª feira a domingo, e aos dias feriados, o que corresponde a 60% do total dos dias do ano.
Tratando-se de um Parque Natural, impõe-se também objectivos de conservação de biodiversidade, nomeadamente na área costeira e marinha que o constitui. Foram delimitadas pequenas áreas de interdição à pesca lúdica, as quais representam 10% do total do território, em áreas privilegiadas de desova e crescimento de juvenis, de refúgio, protecção a predadores e alimentação de inúmeras espécies marinhas.
Para a apanha de organismos na faixa entre as marés, nomeadamente para o perceve e a navalheira, espécies para as quais os mariscadores profissionais e a comunidade científica têm referido declínio acentuado nos últimos anos, é estabelecido um regime de exploração que beneficia as populações de Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo, concedendo-lhes o exclusivo da exploração. Esta norma permite diminuir a pressão da apanha sobre organismos que se encontram em regressão e manter, para os praticantes locais, uma prática com tradição comunitária. Por outro lado, estimula a auto-responsabilização das comunidades locais pelo estado de conservação dos recursos.
Dando relevo a aspectos sociais da apanha, é ainda estabelecido um limite máximo de captura diária superior ao que vigora no restante território: 1 kg de percebe, em vez de 0,5 kg; 3 kg de mexilhão, em vez de 2 kg.
Este aumento tinha sido reivindicado pelas associações e pelos autarcas locais e só pôde ser concedido com a garantia que, através da diminuição dos dias de apanha e das restrições ao universo dos praticantes, e da interdição da apanha «ao candeio», não se agravaria a pressão de exploração dos recursos.
É pois convicção do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional que a Portaria n.º 143/2009, de 5 de Fevereiro, é um instrumento imprescindível para garantir a sustentabilidade dos recursos faunísticos marinhos da região e assegurar o benefício das populações locais.
Fonte: portal do governo
6 comentários:
mas estes gajos aindam estao a gozar com as pessoas mas que merda e esta, sera que temos de cortar uma estrada pra que estes gajos caiam na realidade,eu nem acredito no que estou a ler.
sergio charneco
um grande abraço
Este comunicado é como quem diz: "Toma lá que já almoçaram".
Lacónico e, ao mesmo tempo, "destrambelhado" (porque vem com pseudo-justificações irracionais), tentando pôr "paninhos quentes" no estado de revolta dos pescadores "vicentinos" - porque em relação aos "outros" nacionais, nada diz - sem acrescentar nada de novo, sem nada esclarecer. Conversa da treta... e mais do mesmo, com data do dia seguinte ao da manifestação.
Viva sergio charneco.
Pois bem eu também não acreditei, não imagino o que se está a passar e prevejo um futuro negro, até já estou a ponderar "despachar" todo o material de pesca e caça submarina, porque isto é mesmo um atentado a todos os praticantes.
As imposições estão a ser recebidas de uma forma nunca vista e os movimentos estão a alastrar significativamente.
Se não existe sensibilidade para este conjunto de factores algo esta mal...
Obrigado pelo teu comentário Sérgio.
Grande abraço
Viva Paulo.
É para veres o País que temos, que se diz Democrático.
Uma coisa é certa não vai haver panos quentes por mais que sejam que acalmem a revolta que esta a crescer no seio das populações.
"...mais do mesmo..."
Haverá mais do mesmo também.
Abraço e obrigado pelo comentário.
;)
é bem feito.... vamos todos votar no sr sócrates que isto está no bom caminho.
NO MAS...
Abraço.
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