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Portugal: País de ponta nos assuntos do mar

Tiago Pitta e Cunha lamenta que Portugal não aproveite "nada das potencialidades que tem" e não seja um país marítimo da Europa, em termos económicos. Defende uma política integrada para contrariar a situação.

A conversa com Tiago Pitta e Cunha, do gabinete do comissário europeu das Pescas e Assuntos Marítimos, surgiu a pretexto do Dia Internacional do Mar, que de se celebra esta sexta-feira.

Mas poderia perfeitamente ter acontecido a 20 de Maio - o dia que o próprio ajudou a marcar no calendário de Bruxelas, para celebrar o Dia Europeu do Mar - o mesmo em que, séculos antes, Vasco da Gama chegou à Índia.

Há um ano, a Comissão Europeia (CE) apresentou uma comunicação sobre a Política Marítima Integrada (PMI) europeia. Que é que está a ser feito de concreto nesta área?

A política marítima integrada europeia tem uma nova visão europeia para o potencial que os mares e oceanos têm, do ponto de vista do desenvolvimento económico, da preservação ambiental, segurança energética. É a consolidação do papel da Europa na globalização porque passa muito pelos transportes marítimos e é muito importante que tenhamos aí infra-estruturas muito sólidas. Na altura, foi adoptado um plano de acção com as medidas a apresentar nos dois anos seguintes. O que temos estado a fazer é implementar esse plano de acção. Desde aí, começámos a arrumar a casa, porque a PMI é esta visão abrangente de todos os temas do mar numa política só. Começamos a apontar a mira para alvos mais emblemáticos do plano de acção. Um deles, que é fundamental, é a necessidade de os estados-membros, sobretudo nos municípios costeiros, passarem a ter uma estrutura de governo que se coadune com esta horizontalidade da política do mar. Muito poucos municípios tinham esta abrangência, antes de a CE ter lançado a política. Portugal era uma das excepções. Precisamos de ter interlocutores porque é muito difícil se tivermos que falar com muitas pessoas diferentes nos estados-membros. Neste âmbito e pela primeira vez na UE, lançámos uma estratégia só para a investigação científica marinha o que vai consolidar um período que poderá ter consequências muito positivas para Portugal, porque é uma área em que se tem destacado na componente das ciências físicas.

A CE vai apresentar comunicações neste sector até ao fim do ano.

Até ao fim do ano vamos apresentar uma série de acções para o desenvolvimento da PMI. Desde logo, uma estratégia para a energia renovável extraída do vento, no mar. Para que a UE atinja os 20% de consumo de energia renovável em 2020, o vento vai ter um papel muito importante porque é uma fonte de energia que apresenta uma maturidade de exploração comercial viável. Por razões de ordenamento e planeamento do território, cada vez há mais limitações à criação de parques eólicos em terra por questões de impacto visual e ambiental, enquanto que no mar há áreas muito mais vastas. Neste momento, o mar apresenta custos apreciáveis para a exploração desta fonte de energia mais relevantes do que em terra, mas através de economias de escala que podem ser criadas por programas de investimentos muito amplos, poderá haver uma enorme economia de custos. O recurso vento no mar tem um potencial de força 40 a 50% mais de forte do que em terra. Depois, porque, de futuro, no mar poderão construir-se moinhos de dimensões maiores do que em terra e que produzem mais energia.

Alguns países do norte da Europa começaram recentemente a desenvolver o seu planeamento espacial marítimo - que zonas do mar devem ser atribuídas a que utilização. No sul da Europa isso ainda não é uma realidade.

Julga, então, que Portugal tem uma política estratégica ligada ao mar adequada para tirar o maior partido possível dele?

Portugal tem oficialmente uma estratégia para o mar, neste momento. Claro que a estratégia depende de imensos factores para ser bem executada. Depende da vontade política e da resposta da sociedade, como dos decisores económicos, dos decisores académicos ou outro tipo de influência na opinião pública das sociedades. Neste momento, estamos numa fase francamente mais positiva. Até há cinco anos, tirando o parêntesis que foi a Expo 98, a questão do mar não era sequer equacionada no discurso político. Agora, se me pergunta se isso já chega, digo-lhe que não. O debate está a emergir mas ainda não conseguimos tomar decisões que mudem a realidade das coisas. Se formos ver as estatísticas Portugal está bastante atrasado no contexto da Europa em geral. Há 22 países da UE com zonas costeiras e Portugal é um dos países com menos emprego ligado ao mar.

E o que é que pode ser feito para inverter essa tendência?

Desde logo, temos que readquirir a consciência colectiva da importância estratégica que o mar tem para Portugal. Se nós desvalorizarmos o mar, vamos sempre ver-nos como um país periférico na ponta da Europa. Agora se o mar tivesse uma centralidade económica, Portugal passaria a enquadrar-se geograficamente doutra forma e a nossa percepção alterava-se. Há algo de profundamente paradoxal entre ter a maior Zona Económica Exclusiva da Europa, uma longuíssima costa, um enorme potencial no mar que se pode traduzir em múltiplas vertentes da economia, um passado, uma marca de ligação - e a marca é hoje muito importante nos produtos económicos que se vendem para o exterior. Temos que voltar a esta área, não como a fonte de todas as soluções para o país, mas como uma área em que Portugal poderia efectivamente distinguir-se na Europa porque tem a marca do passado e a geografia do presente, trazendo o espírito empreendedor e investimentos e criando massa crítica nas universidades. Portugal pode ter alguma coisa em que pode ser de ponta. Só vamos fazer isso trazendo para cima da mesa políticas públicas que criem condições de fomento económico na área do mar. Se essas políticas forem criadas de certeza que os decisores económicos vão atrás. Todo este enfoque dado à dimensão marítima por Bruxelas, poderá contribuir em muito para Portugal equacionar essas políticas públicas que fomentem, por exemplo, o desenvolvimento de empresas na área dos transportes marítimos.

Se Portugal não proteger a sua área costeira do impacto humano arrisca-se a perder mais do que a ganhar?

Acho que sim. A falta de planeamento urbano e de entendimento entre a zona costeira de terra e a de mar pode vir a criar enormes desequilíbrios ao país. A maior parte da população portuguesa vive e desenvolve as suas actividades económicas na zona costeira, mas fá-lo completamente de costas voltadas para o mar. Isso leva a que o peso dos custos externos dessa actividade, em termos de poluição, de degradação do ambiente, não esteja a ser tomado em consideração como devia. Se não tivermos uma concertação estratégica e um entendimento do valor precioso que é o mar e as zonas costeiras, estamos a matar a "galinha dos ovos de ouro". Devagar, mas estamos a matá-la.

Por oposição, se Portugal tirar todo o partido da "galinha dos ovos de ouro", pode voltar a centro económico da UE?

As coisas não se podem pôr em termos tão categóricos. Portugal não vai ser a porta de entrada, o porto de acesso à Europa. A nossa ambição não é ser o país marítimo da Europa, mas é ser um dos países marítimos da Europa. Neste momento, somos o país que não aproveita nada das potencialidades que tem e que não é sequer um país marítimo da Europa, em termos económicos. Eu acho que mar é uma ideia mobilizadora para um país que precisa, como todos os outros, de ter uma marca distintiva, que pode ser centralizadora em termos de recentrar geopoliticamente o país na Europa e no mundo. Eu ouvi o ministro da Economia dizer que a Finlândia é líder na tecnologia das comunicações móveis e que Portugal poderia vir a ser líder na tecnologia das renováveis quando inaugurou o projecto-piloto da energia do mar. Eu acho que é exactamente esse o caminho, é aí que o mar pode ter um efeito psicologicamente importante para o todo o país.

Em Portugal, os assuntos do mar estão sob a alçada do Ministério da Defesa. Neste caso, não mereceriam um ministério próprio, sendo um tema tão transversal?

Portugal já teve duas vezes a experiência do Ministério do Mar, nos anos 90, e o que se verificou nessa altura é que acabou por ser mais um ministério sectorial. Toda a concepção destas políticas de última geração de gestão do mar é algo que percorre horizontalmente todas as tutelas e ministérios e nesse sentido seria redutor estar a enclausurar esta política tão abrangente. O que é importante é que haja uma elevadíssima consciencialização e conhecimento de todos para uma acção adequada de todos os ministérios que têm impacto sobre o mar, para que todos eles tomem decisões no mesmo sentido. Se houver este "software" político, é importante que haja uma excelente coordenação dos ministros que têm impacto nos assuntos do mar e que estes criem sinergias entre si. Se isto deve ser feito por A ou B, pode ser discutido. É importante existir uma política, esta ser comum a muitos ministros e não apenas um, responsabilizar esses ministros e que haja efectivamente um decisor político no Governo para poder coordenar.

Fonte:

Ondas do mar da Póvoa já podem iluminar

Arrancou, esta segunda-feira, um dos projectos mais inovadores no que diz respeito a energias renováveis, com o lançamento da primeira fase do primeiro parque mundial de aproveitamento da energia das ondas, situado ao largo da Póvoa de Varzim.


Em dia de lançamento oficial do projecto "Parque de Ondas da Aguçadoura", - o primeiro parque mundial de aproveitamento da energia das ondas - foram esquecidos os atrasos, cerca de dois anos e meio, e todos elogiaram o esforço, a inovação e a iniciativa.

O ministro da Economia, Manuel Pinho, lembrou que Portugal "está entre os cinco países do mundo" que estão mais avançados no que diz respeito às energias alternativas, e em relação às ondas "estamos à frente, é a bandeira portuguesa que está no primeiro projecto desta área".

Manuel Pinho não quis deixar passar a oportunidade para lembrar que Portugal "produz 40% da energia a partir das fontes renováveis e a partir de 2020 essa produção será de 60%". Acrescentando que este projecto será mais "uma alavanca, como o foi há 15 anos a energia eólica e que hoje já criou 10 mil empregos directos e indirectos".

O projecto que ontem foi lançado, no valor de nove milhões de euros, tem uma participação do Estado português de 15%.

A aposta foi concretizada através da constituição, pela Enersis (totalmente detida pela Babcock & Brown), de uma empresa operacional, a Companhia da Energia Oceânica (CEO), que conta com a participação da Pelamis Wave Power.

Actualmente, o projecto é uma "joint-venture" com 77% do capital detido por um grupo de três empresas (EDP, EFACEC e Babcock & Brown) e 23% detidos pela Palemis Wave Power Limited.

O Parque de Ondas da Aguçadoura I é constituído por três máquinas Pelamis, cada uma com 142 metros de comprimento, com capacidade para produzir 2,25 megawats (MW), se produzir cerca de 2500 a 3000 horas por ano, o equivalente à iluminação de 1500 casas.

Apesar da primeira fase ainda não estar concluída, falta a instalação de dois Pelamis, cujo atraso foi provocado por questões técnicas, já se pensa na segunda fase, que será a produção e instalação de outras 25 Pelamis, que irão aumentar a capacidade de produção para os 21MW.

Para quando, é a pergunta a que Sousa e Costa, da Enersis, responde: "Esta obra está com um atraso de 2,5 anos, primeiro por falta de licenças do Estado e depois por questões técnicas", mas frisou, "se nos deixarem "iremos até aos 500 MW, e não apenas ao largo da Póvoa de Varzim. Existem outros pontos".

Enquanto isso, e já a preparar o futuro, ontem mesmo foi assinada uma nova parceira, mais ampla, entre a EDP-Energias de Portugal, a Babcock & Brown e a Efacec, para a criação do consórcio Ondas de Portugal, que irá desenvolver projectos experimentais na área da energia das ondas. A associação destas empresas tem como objectivo a criação de bases para o desenvolvimento de um "cluster" português na área do aproveitamento da energia das ondas. Ontem foi dia de festa, e mesmo sem o parque em funcionamento pleno todos se regozijaram pelo que foi alcançado, como o responsável pela Babcock, Antonino Bianco, que desejou que a "energia das ondas se torne uma tecnologia de energia renovável largamente difundida".

Fonte:

Ondas de energia na Póvoa de Varzim

Foi inaugurado, esta terça-feira, o Parque de Ondas da Aguçadoura, na Póvoa de Varzim, o primeiro parque mundial de aproveitamento da energia das ondas. O projecto inclui três máquinas, que captam a energia das ondas e têm a capacidade de alimentar cerca de 15 mil famílias.

Fonte/Video

Homem livre, tu sempre gostarás do mar

Homem livre, tu sempre gostarás do mar
Baudelaire, Charles

Poluição das falésias e praias

O resultado de alguns minutos

Todos nos produzimos enormes quantidades de resíduos, uns mais que outros, como tudo na vida, mas uns mais que outros também tem a especial atenção de dinamizar a sensibilidade para uma problemática que nos diz respeito a todos.










Os frequentadores das zonas litorais, quer praias como falésias são os responsáveis pela acumulação de resíduos e lixo nesses locais. É claro que uma grande percentagem dos resíduos que são observados na zona de mares são trazidos pela ondulação e acção das marés, que nos faz lembrar um pouco uma troca directa a longo prazo, já que nós produzimos os produtos e por consequente os resíduos e lixo e o deitamos de uma forma ou de outra ao mar, esses mesmos resíduos poderão ser trazidos para terra.











É claro que a degradação dos espaços naturais acresce mediante o conhecimento desse local ou frequência populacional, mas também é verdade que as entidades a quem compete a vigilância, controle e manutenção desses locais ficam à quem dessas competências, e todos sabemos que as sensibilizações e trabalhos de campo tem de aparecer de alguma forma.











O tão aclamado e utilizado termo da actualidade “desenvolvimento sustentável” não deixa de ser um tanto ou quanto um termo utópico, em primeiro lugar pelo incumprimento que esse termo reflecte na actualidade, a designação de manutenção e defesa dos recursos e sua relação entre o passado/presente/futuro devido ao aumento do peso do Homem sobre os mesmos de uma forma mais intensiva, mais poluidora e mais devastadora.










O apelo ao civismo e à pequena ajuda que todos nos poderemos fazer, nem que seja não poluir deitando os restos de embalagens, latas de conserva, latas de sumos, maços de tabaco, botas velhas, calças de ganga, camisas, t-shirts, caixas de cartão, garrafas de vidro e sacos de plástico foi o material que recolhi, e que me deixa um pouco triste porque este local é 95% frequentado por mariscadores e pescadores.

Será que gostam de chegar a um local que viram sujo e agora vêem limpo?
Ou será que daqui a pouco tempo esse mesmo local não estará igual...

Pela grande falta de sensibilidade que existe um pouco por toda a parte esse local a médio prazo estará cheio de lixo novamente, é pena que se esqueçam que nas zonas de falésias e nestes locais não existe Recolha de Lixo Municipal como nos centros populacionais.

Haja respeito e civismo!

Carlos Lázaro - 2 Labrax - Peso: 3,980 kg + 3,100 kg

Daiwa - Saltiga = 3,980 kg

Hart - Reef Pencil = 3,100 kg

Fundo: Areia
Maré: Baixa mar e inicio de enchente
Pesos: 3,980 kg + 3,100 kg
Técnica: Spinning
Estado: Não libertado

Duas belas capturas

Jornada de spinning nocturno que já andava a ser adiada pelo Carlos à algum tempo e que desta vez se concretizou, as ideias e prognósticos para esta jornada ficaram mais do que concretizadas e corresponderam com a expectativa.

Carlos Lázaro - 1 Labrax - Peso: 4,080 kg

Maria: Angel Kiss AY

Fundo: Areia

Maré: Baixa mar
Pesos: 4,080 kg
Técnica: Spinning
Estado: Não libertado

Mais um bom exemplar capturado pelo Carlos Lázaro com a artificial Maria - Angel Kiss AY, a procura numa zona de areia onde os pequenos exemplares não tem frequentado, mas que mais uma vez, se comprova que os grandes exemplares frequentam.

Spinning - Jornada com o Miguel

Robalos: 1,550 kg e 1,100 kg










Fundo: Pedra
Maré: Baixa mar
Pesos: 1,550 kg + 1,100 kg
Técnica: Spinning
Estado: Não libertado

Miguel: Baila - 600 gramas,
Robalo - 1,880 kg e 1 kg

Fundo: Pedra
Maré: Baixa mar
Pesos: 1,880 kg + 1 kg (robalos) e 600 gramas (baila)
Técnica: Spinning
Estado: Não libertado


Ranking de supermercados da Greenpeace

Este ranking da Greenpeace compara as políticas de compra actualmente adoptadas pelos principais supermercados de Portugal e avalia positivamente aqueles que fazem um esforço maior para oferecer produtos de peixe sustentável aos consumidores.

Em maio de 2008, a Greenpeace entrou em contacto com os principais distribuidores de Portugal e solicitou informações sobre as suas políticas de compra de peixe, através de um questionário e pedido de informações, e solicitou que fossem agendadas reuniões com a Greenpeace para abordar o assunto. Por não ter havido resposta por parte da maioria dos supermercados aos pedidos, algumas das informações foram recolhidas por voluntários da Greenpeace, que fizeram várias visitas posteriores a diferentes supermercados e observaram os produtos vendidos.

Há que se ressaltar que a maioria dos principais grupos de supermercados não possui uma política sustentável em relação ao peixe que vende, razão pela qual todos eles necessitam de melhorias urgentes e de fazer um esforço que mostre a preocupação com a actual crise dos oceanos.

Download: Uma receita para o desastre (PDF 1,1MB)

Lidl ----------------------------- 22,73%
Pingo Doce e Feira Nova ------- 3,12%
Pão de Açúcar e Jumbo -------- 2,32%
Intermarché e Ecomarché ----- 2,10%
Modelo e Continente ----------- 1,81%


< 40% - É necessário agir urgentemente para melhorar a política de compra de peixe.

> 40% < 70% - Foram tomadas medidas relativas a uma política de compra de peixe sustentável, mas são necessárias acções mais concretas para que atinja um nível aceitável.

> 70% - Possui uma política de compra de peixe aceitável que deve ser respeitada e melhorada no futuro.


Fonte:

Jornada de Sargos

Mais uma jornada das que gosto bastante, a pesca em pedras ilhadas, pela particularidade e pelo esforço físico que é preciso despender obrigando a que a forma física esteja apurada e o teste seja passado da melhor forma e em tranquilidade, já que estas jornadas são feitas com todas as condições de segurança respeitadas por mim, para evitar as surpresas desagradáveis, que mesmo assim poderão acontecer ao mínimo descuido.

O local é um de eleição pelas características fundamentais à pesca do sargo, pouco frequentado com condições similares ao que estava neste dia, mar com grandes "elevadias" derivadas da força das marés (marés vivas), tem bastante alimentação natural e que é bastante procurada por as espécies.

É um pesqueiro praticamente sempre frequentado pelos sargos, embora por vezes sejam frequentes a captura de douradas ou robalos, dado que o mesmo fica numa zona central de uma enseada rodeado por fundo de areia.

A estrutura da pedra é feita de fendas e gretas, com "lavadiços" onde o peixe frequentemente busca alimento quer na baixa como na preia-mar, embora esta ultima seja mais frequente a sua subida para se alimentar do marisco que fica a descoberto na baixa mar.

A zona central é bastante boa e funciona como entrada quer um mar próprio para que tenhamos condições para a pesca com a chumbadinha ou à bóia, o fundo desta entrada é um enorme lavadiço que entra mar adentro.

Os lavadiços ou entradas de água são propriamente locais que podem ser utilizados como pesqueiros e que é lá que o peixe se refugia na oxigenação de água, uma vez que, ou anda a caçar ou aproveita o volume do seu corpo em acção directa com o hidrodinamismo das movimentações da águagem para arrancar pequenos perceves ou mexilhões.

O mexilhão e perceves é sem duvida um dos alimentos base da dieta desta e de outras espécies e é em locais onde se encontram enormes "leiras" deste saboroso marisco que são frequentemente visitados por sargos, douradas e safia, os robalos vão lá mas é à procura de outras espécies como moluscos, crustáceos e outros pequenos peixes que vivem em simbiose com esta espécie de bivalves.

As capturas dão de facto bastante adrenalina pela luta diferente que se batem em pouca água e ás quais temos de estar verdadeiramente com alguma concentração não vão os bons exemplares pregar-nos uma partida a seguir à ferragem, já que a distancia de ferragem e a pedra vão apenas alguns centímetros.


Tarifas ameaçam liderança na energia das ondas


Cerimónia. O ministro da Economia vai hoje ao Porto inaugurar oficialmente o primeiro parque de energia das ondas a funcionar comercialmente em todo o mundo. O projecto é tido como muito importante para o País, mas a viabilidade financeira do mesmo ainda está por provar.

Quando hoje proceder à inauguração oficial do primeiro parque de energia das ondas a produzir comercialmente a nível mundial, o ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, poderá estar a avalizar um projecto - pioneiro e de grande importância para o País - que, segundo os seus promotores, não tem ainda garantida a viabilidade económica. Em declarações proferidas há pouco mais de um ano, responsáveis do projecto afirmavam que esta forma de produção de energia eléctrica, a qual foi apoiada por fundos públicos, tem uma tarifa garantida que está 20% a 50% abaixo do limiar da viabilidade económica. Desde então, segundo apurou o DN, nada mudou.

A energia das ondas é cara mas, em termos estratégicos, deverá fazer parte do "mix" de energias renováveis que permitirá ao País atingir o nível de substituição de combustíveis fósseis a que se propôs. Para se ter uma ideia, a tarifa que paga o sobre custo da produção de energia das ondas é de 245 euros por megawatt/hora, a qual é cerca de 250% mais alta do que a garantida para a energia eólica e apenas 60% da que é paga aos produtores de energia fotovoltaica. Estas tarifas constam de decreto-lei e são, obviamente, decididas pelo Governo.

O primeiro destes geradores de 750 kilowatts (kw) foi instalado ao largo da praia da Aguçadoura (Póvoa de Varzim) no passado dia 15 de Julho. Dos três previstos para este projecto pioneiro, o segundo foi para o mar em finais de Agosto e o terceiro aguarda só a apresentação pública que hoje será efectuada, na presença do ministro, no Porto de Leixões, para se juntar aos outros dois. Um dos responsáveis disse ao DN que a nova central energética tem funcionado de "forma intermitente", mas quando está operacional "produz electricidade e vende à rede".

A potência instalada será de 2,25 megawatts (MW), pouco mais do que a produzida por um único aerogerador (energia eólica), havendo alguns da nova geração que até já têm mais capacidade. Não é - por isso e para já - pelo interesse económico que este projecto conta. Mas não é isso o mais importante. Quando foram apresentados publicamente, em Maio de 2006, as estruturas Pelamis (nome por que são conhecidos os geradores) prometiam ser apenas o início de um cluster de energia das ondas, que poderia tornar Portugal no principal abastecedor de um mercado que se estimava, então, que valesse 325 mil milhões de euros, quase duas vezes o actual PIB.

O problema é que, com os atrasos já verificados - o projecto devia ter começado a funcionar no final de 2006 - e com a imergência de novos grupos económicos, a nível mundial, interessados neste tipo de energia, Portugal, que começou na frente e, apesar de tudo, aí permanece, corre o risco e ver fugir uma tecnologia em que teria condições para ser pioneiro. É que, na Europa, pode não haver lugar para dois.

Fonte:

Primeiro parque mundial de energia das ondas inaugurado hoje


O primeiro parque mundial de aproveitamento da energia das ondas é inaugurado, hoje, na costa norte portuguesa, ao largo da Póvoa de Varzim. O projecto é da responsabilidade das empresas Enersis e Ocean Power Energy e vai ter um custo superior a 8,5 milhões de euros.

António Trigo Teixeira, professor no Instituto Superior Técnico e especialista em engenharia hidráulica, afirma que "este é apenas um projecto-piloto, mas é também um importante avanço no sentido da produção, em grande escala, de sistemas de aproveitamento da energia das ondas".

Já o presidente da Associação de Energias Renováveis, António Sá da Costa, sublinha a importância deste ser o primeiro parque de aproveitamento da energia das ondas, de natureza comercial e defende que o potencial do mar em termos de energia é idêntico ao do vento, ou seja, inesgotável.


O projecto vai funcionar como experiência para o desenvolvimento de outras empresas que utilizem o mar para produzir energia, defende António Falcão, investigador na área da energia das ondas. Falcão diz ainda que este projecto vai impulsionar a construção de muitos outros.

Numa primeira fase, o primeiro parque mundial de aproveitamento da energia das ondas vai ter capacidade para produzir energia eléctrica suficiente para alimentar uma povoação com cerca de 6 mil habitantes.

Fonte:

Pesca lúdica: População manifesta-se em Sines em 26 de Setembro


As Comissões de Pescadores da Costa Alentejana e Vicentina, convocaram para o próximo dia 26 de Setembro, em Sines, uma manifestação em defesa da alteração da legislação que regula a pesca lúdica.

As Comissões de Pescadores da Costa Alentejana e Vicentina, convocaram para a próxima sexta-feira, 26 de Setembro, em Sines, uma manifestação para protestar contra a portaria 868/ 2006 de 29 de Agosto, que regula a pesca lúdica, que limita a pesca e captura de mariscos, utensílios e artes a utilizar.

Após a idêntico movimento na Zambujeira do Mar, local onde não foram atingidos os objectivos, face à presença do Corpo de Intervenção da GNR, em virtude do protesto não estar autorizado pelo Governo Civil de Beja. Face a essa situação, esta manifestação é realizada junto ao congresso internacional do percebe e está legalmente avisada aos órgãos de soberania competentes, tem como objectivo a alteração da lei da pesca lúdica.

Os pescadores e mariscadores estão “fartos de esperar pelas alterações chegou a hora de defender os direitos aos recursos do mar”, segundo o porta-voz da Comissão de Pescadores, Carlos Carvalho.


"MAR privado, NÃO obrigado"

"O direito de fazer a maré, apanhar polvos e marisco com utensílios tradicionais"

"A igualdade dos portugueses perante a lei"

"Contra os privilégios a grupos restritos"

"Controle da poluição e transparência dos estudos científicos"

"Como convívio e tradição e pela vida económica das localidades"

"O mar de Portugal é de todos"

"Acesso da população ao Litoral e ao Mar"


Sesimbra: capturado peixe com 500 quilos

Poderá ser um dos maiores exemplares
de sempre a nível europeu

Uma embarcação de pesca desportiva é esperada por volta das 13.30, em Sesimbra, com um peixe de bico - espadarte ou marlin -, que aparenta ter cerca de 500 quilos, disse à Lusa fonte da Câmara Municipal.

«Trata-se um exemplar de grande dimensão, um espadarte ou um marlin, que foi capturado pelo Jocanana, uma embarcação de pesca desportiva do porto de Sesimbra», acrescentou Lino Correia, do Clube Naval.

Caso se confirmem as informações transmitidas ao Clube Naval de Sesimbra pelo skiper (função equivalente à de mestre nas embarcações de pesca tradicional), o Jocanana pode ter capturado um dos maiores exemplares de sempre a nível europeu.

Fonte:

Video: (18-09-2008 Marlin gigante)

Update: O exemplar pesava 418 kg

Robalo ovado em Setembro


Servem as seguintes fotos para justificar ou desmistificar que os robalos só se reproduzem mais tarde.

Este exemplar foi capturado em 04 de Setembro, altura que nada justifica as ovas em formação que continha no seu interior, encontrava-se bem constituído e não apresentava nada dentro do estômago nem intestinos o que se pode supor que tivesse encostado havia pouco tempo e encontrava-se a caçar, já que abocanhou o artificial ficando preso pelas três fateixas.











Em meados se Novembro até Março, ocorre o inicio da reprodução do robalo em zonas de temperaturas frias, uma vez que as águas da nossa costa arrefecem consideravelmente.

Os robalos não são como os sargos (hermafroditas - respectivamente representantes dos géneros masculino e feminino num ser em que cada indivíduo possui órgãos sexuais dos dois sexos). Os robalos podem ser considerados como uma espécie dióica, isto é àquela espécie em que os sexos se encontram separados em indivíduos diferentes, como na maior parte dos vertebrados. Estes indivíduos dizem-se unixessuados, uma vez que nascem já com sexo definido, apesar de ser difícil distingui-los.

Formas


Foto tirada e cedida pelo Ricardo Silva no miradouro da Capela de São Sebastião na Ericeira em 26/01/2006 aquando de uma surfada (Bodyboard) matinal.


Quando a vaga embateu no Pontão cria a "forma" de uma suposta "cabeça" a tonalidade escura do pontão dá a entender que está deitado numa suposta "almofada de onda".