Búzios



Moluscos Univalves - Os animais aquáticos são utilizados na alimentação desde os tempos pré-históricos, tendo sido descobertos importantes depósitos de conchas de moluscos em locais arqueológicos do paleolítico, muito distantes de mares e lagos de origem. Os animais aquáticos são, hoje, algo raro na alimentação ocidental e um privilégio de alguns povos entre os quais os portugueses já que a tendência nas sociedades urbanas ocidentais é para preferir carne e derivados.

Moreia escalada no Litoral Alentejano



Moreia escalada no Litoral Alentejano.
O delicioso Pão Alentejano, os queijos de ovelha e os enchidos começam por abrir o apetite, juntamente com os sempre frescos Percebes, marisco característico da região. Para prato principal, o peixe grelhado, sempre muito fresco: Sargos, Robalos e Linguados de excelente qualidade. São também típicos as Caldeiradas, as Açordas, as tradicionais Feijoadas de Chocos e de Búzios e a Moreia Frita.

O Sargo



A fauna piscícola do sudoeste alentejano e costa vicentina é muito variada. Nesta extensa costa habitam grande parte da ictiofauna portuguesa.
Onde o sargo é rei.
Os sargos são hermafroditas: alguns jovens machos mudam para fêmeas quando atingem a idade adulta. O sargo pode atingir 45 cm, sendo frequente até 20 a 30 cm. Com três e sete anos têm cerca de 23 a 32 cm, respectivamente. Podem chegar aos 18 anos, atingindo então cerca de 41 cm.
São uma espécie que tem como base de alimentação essencialmente todo o tipo de marisco, mas é em bancos de mexilhão, perceves e areadas que é mais frequente encontrarmos numerosos cardumes.
O seu corpo é comprimido lateralmente, com cabeça grande e boca extensível. É de cor prateada, com 7-8 bandas negras verticais e outra no pedúnculo caudal.
A sua boca é constituída por dois maxilares repletos de uma forte dentição, tanto superior como inferior a qual utilizam para arrancar perceves, mexilhões e triturar os mexilhões, ouriços, lapas,etc

Reprodução: Época de postura de Janeiro a Março.

Onda Salgada - Actividades Maritimo-Turísticas



Esta para breve a criação de uma empresa de actividades maritimo-turísticas, um projecto levado a cabo por três amigos, o Miguel Godinho, o José Conceição (Zé da Escaleira) e o Luís Loução, tudo aponta para que no próximo mês de Julho se proceda ao inicio das actividades.

Uma idéia bem concebida destes três amantes da pesca lúdica, que irá sem margem para dúvidas proporcionar bons momentos e sensações aos aficionados pela pesca embarcada.

O lema da Onda Salgada é "Desfrute da mágnifica Costa Alentejana".

O site ainda não está em funcionamento e poderá aceder no link: www.ondasalgada.com

Reservas: 917 802 588
963 238 303

Info: info@ondasalgada.com

Morada: Onda Salgada
Actividades Maritimo-Turísticas
Cerro da Fontinha - Brejão
7630 - 575 São Teotónio
Alentejo - Portugal

Olhares - Zambujeira do Mar e Almograve





















Mitologia Grega e o Mar



O mar sempre escondeu grandes mistérios, ainda os esconde actualmente, com base na Mitologia Grega, podemos comprovar que o Mar sempre foi um elemento essencial na vida e morte...
... de simples mortais, até aos grandiosos deuses.

POSÉIDON:



Deus do mar, filho do titã Cronos e da titã Réia, irmão de Zeus e Hades. Marido de Anfitrite, com quem teve um filho, Tritão. Teve numerosos amores, especialmente com ninfas, e foi pai de vários filhos famosos pela sua crueldade, entre eles o gigante Órion e o príncipe Polifemo. Poséidon e a górgona Medusa foram os pais de Pégasos.

AFRODITE:

Deusa do amor e da beleza, equivalente a Vénus romana. Na Ilíada de Homero aparece como filha de Zeus e Dione, uma de suas companheiras, mas em lendas posteriores é descrita brotando da espuma do mar e seu nome pode ser traduzido como "nascida da espuma".

ANFITRITE:

Deusa do mar, filha de Nereu e mulher de Poséidon.

CALIPSO:

Ninfa do mar e filha do titã Atlas. Vivia sozinha na mítica Ilha de Ogígia, no mar Jónico.

CILA E CARIBDES:

Na mitologia grega, dois monstros marinhos que moravam nos lados opostos de um estreito, personificação dos perigos da navegação perto de rochas e redemoinhos.

CIMÉRIOS:

Na poesia de Homero, povo mítico que vivia no noroeste da Europa, junto ao oceano, onde reinava uma perpétua obscuridade.

NEREIDAS:

Ninfas do mar Mediterrâneo. Eram as 50 formosas filhas de Nereu.

NEREU:

Deus do mar, filho do deus marinho Ponto e de Géia, chamado o velho homem do mar. Casou-se com Dóris, filha do titã Oceano, com quem teve 50 belas filhas chamadas nereidas.

SIRÉNIOS:

Ninfas do mar, com corpo de ave e cabeça de mulher, ainda que desde a Idade Média sejam representadas pela iconografia com cabeça e torso de mulher e cauda de peixe; eram filhas do deus marinho Fórcis. Tinham uma voz de tal doçura que os marinheiros que ouviam suas canções eram atraídos até as rochas sobre as quais as ninfas cantavam.

TESEU:

O maior herói ateniense, filho de Egeu, rei de Atenas, ou de Poséidon, deus do, mar, e de Etra, filha de Piteu, rei de Trezena. Entre suas aventuras estão o encontro com o Minotauro, a caça do javali de Cálidon e a busca dos argonautas ao velocino de ouro.

TÉTIS (NEREIDA):

Filha das divindades marinhas Nereu e Dóris e a mais famosa das nereidas. Foram seus pretendentes Zeus, o deus supremo, e Poséidon, deus do mar, que lhe comunicaram a profecia de que daria à luz um filho que seria mais poderoso que seu pai.

TÉTIS (TITÃ):

Uma titânida filha de Urano e de Géia. Era mulher de seu irmão Oceano e, dessa união, mãe das 3 mil oceânides ou ninfas do oceano e de todos os deuses dos rios.

Pescando na espuma





Muitas vezes quando chegamos ao mar, quer com o intuito de irmos para uma jornada de pesca ou um simples passeio á beira mar, presenciamos e contemplamos uma autentica massa de água resultante das movimentações das vagas no seu culminar de “vida”, isto é a sua chegada á costa, com a sua chegada ou mesmo antes de se dar o “confronto final” entre o mar e a terra, em determinados locais é produzida a espuma resultante da rebentação precoce, originada pela pouca profundidade do local onde a onda vem formada. Talvez devêssemos deixar de considerar que esse lugar de aparência tão revolta e inquietante por vezes não o é na realidade.

Por vezes é um erro, pois é neste mundo místico de sons, ar, água e revolta, onde os nossos ante passados mistificaram com grandes monstros e serpentes marinhas, mas é um mundo onde muitos predadores se encontram para caçar, onde por vezes nem imaginamos que os mesmos consigam suportar tais condições, mas é uma realidade que temos de admitir, esses mesmos predadores estão preparados para actuar e viverem em condições acima do normal para a maioria de outras espécies marinhas, e como tal, esse ponto negativo para uns, e juntamente com a boa mobilidade nestas condições adversas para os predadores, torna-se um factor mais do que vantajoso para caçar.



Onde rebenta a ondulação, onde as correntes são fortes e o embate das ondas dificulta a natação de outros peixes de menores dimensões, moluscos e marisco que a própria força do mar se encarrega de ir arrancando das pedras, os sargos alimentam-se perfeitamente nestas condições, o mesmo que o robalo e a dourada, sendo por vezes frequentado por anchovas e pargos.
Os peixes de menores dimensões como os burros/bodiões, cabozes, moluscos são piores nadadores com condições adversas, terão de procurar locais entre as algas e pequenas fendas na pedra onde se vão abrigar dos predadores e do turbilhão gerado pela ondulação, mas mesmo assim poderão eles mesmos estar pendentes da fonte de alimentação que a força do mar faz libertar, pequenos vermes e marisco só para citar alguns.
Por isso, se estamos pescando á bóia entre rochedos ou em falésias, temos varias opções: Consoante as zonas do país teremos duas características bem diferentes se comparamos a pesca da zona Vicentina com a do Litoral Alentejano.



Se colocarmos a baixada a pescar fundo poderemos apanhar maiores exemplares que por vezes se afastam das zonas de rebentação, evitando por isso a perca de energia desnecessária, e que raramente permanecem nas zonas mais agitadas, aproveitando as águagens para ficarem á espera do alimento proporcionado pela rebentação do mar.
Se colocarmos uma baixada relativamente ideal, e falo em ideal porque a realidade da Costa Vicentina é relativamente diferente com a do Litoral Alentejano, ai sim temos boas condições para capturar sargos, robalos e até douradas, teremos de pescar na zona de espuma proporcionada pela rebentação das ondas. Basta que imaginemos um pêndulo em que o seu trabalhar de ir e vir será mais ou menos idêntico ao trabalhar do mar sobre um ponto “spot” ou pesqueiro que habitualmente é frequentado por essas espécies, como tal dá a entender ao peixe que é uma isca que anda á deriva ou de algum outro alimento que está a tentar por se a salvo da corrente, coisa a que estão habituados a encontrar na sua dieta diária.



Como tal e falo pelo meu conhecimento e segundo a realidade no Litoral Alentejano, a baixada deverá rondar dos dois metros até seis, dependendo da zona umas vezes mais, mas o normal é isso, com seda na baixada fina 0.21 a 0.26 de boa qualidade.
A oxigenação da água é variavelmente proporcional á agitação do mar, por exemplo se temos junto á pedra uma oxigenação de 2 metros de largura entre a pedra e o mar, essa mesma oxigenação pode ser idêntica em fundura, mas não mais, isto é se o mar provoca pouca oxigenação o trabalhar da baixada e isco deve ser pouca, pois o peixe ataca na espuma já que a utilizam para se camuflar, esconder e alimentar.
Por vezes, mesmo que a ondulação e consequente oxigenação da agua se mova pela superfície do mar junto á pedra, pode não trabalhar o isco que está mais fundo, e como tal a isca que temos para enganar o peixe talvez não surta nesse mesmo efeito.



Uma velha táctica que aprendi na apanha do perceve, era justamente quando uma onda se aproximava da pedra e que não dava tempo para fuga, baixava-me atrás de uma pequena rocha para que a mesma me protege-se da rebentação e a mesma passa-se justamente por cima de mim, não me causando qualquer incomodo.
Ora justamente isto é utilizado pelos peixes, que por vezes permanecem imóveis debaixo da ondulação e oxigenação, tentando distinguir algum alimento que deambule pela oxigenação, e quando o identificam é que se introduzem novamente na espuma para buscar esse mesmo alimento e voltam a ganhar profundidade de segurança, situando-se de novo por baixo da rebentação numa zona mais tranquila.
Por isto o melhor ataque é aquele que parte de baixo para cima, é quando o peixe descobre que a cortina de oxigenação que está sobre ele lhe trás o alimento, para evitar perder muita energia na natação ataca rapidamente o alimento e tem a certeza que pode retomar o ponto de partida, o chamado “fernezim” da alimentação.

Nestas situações se pensarmos como um peixe o que faríamos?
Não pensaríamos duas vezes certamente e subiríamos como uma flecha para engolir aquele pedaço de alimento que é justamente ameaçado de desaparecer por alguma corrente ou força da ondulação.



Se pescarmos á bóia, se a ondulação e a oxigenação assim o permitirem, podemos dar mais baixada ao nosso estralho, pois o isca irá trabalhar mais alguns metros abaixo da superfície e, por consequente, mais alguns metros abaixo da oxigenação.
Um dos factores mais importantes é que a isca se mova naturalmente para que o peixe não sinta que algo errado se passa e procure justamente essa isca, a utilização dos monofilamentos actuais permite um Grau de invisibilidade dos nylons que há uns anos atrás não nos eram disponibilizados e a evolução tecnológica assim o permite, outro dos factores negativos que vejo muitos pescadores a fazer é mostrarem se ao peixe, isto é, ficarem perto da água, alguns com roupas claras, ou fazerem a sombra para o pesqueiro que estão a utilizar, isto é profundamente negativo para obter resultados, uma vez que o contorno da sua sombra permite ao peixe ver o pescador.



Para que os resultados se tornem visíveis nas nossas jornadas de pesca, devemos ter o cuidado de lançar uns metros mais á frente do que pensamos que está o peixe ou queremos pescar, poderemos utilizar o momento em que a onda se aproxima do local para colocarmos a montagem lá, para que a própria onda distraia o peixe que supostamente se encontra por perto, e aproveitar a mesma para colocarmos a montagem no local que achamos ideal.



Já pescamos muitas vezes a ver o peixe, e se nós o vemos ele tambem nos vê, aí os mais experientes tem uma palavra a dizer, uma vez que pequenas técnicas brindam-nos com grandes resultados.
Os robalos nadam lentamente no ceio das ondas, embora tenham ataques relativamente rápidos, a sua velocidade normal não é muito grande, quando estão em pleno acto de caça os robalos actuam em movimentos circulares nervosos alguns dos quais relativamente rápidos sendo possível observar os mesmos no meio de um cardume de peixes pequenos ou do mesmo tamanho que nada aterrorizado para todos os lados para confundir o ataque do robalo, como exemplo temos um cardume de sardinha que perante os predadores se junta em forma de bola evitando assim a facilidade de “marcar” um elemento do cardume por parte do predador.



Neste caso deveremos utilizar uma artificial, vulgarmente conhecida como amostra, e tentarmos “cercar” com lançamentos o local onde esta ocorrendo o confronto entre os predadores e as presas.



No caso dos sargos basta que em locais relativamente acima do nível do mar os observemos junto as rochas com o seu dorso a brilhar, é um sinal de que o mesmo se encontra em repasto, mexilhões, percebes, lapas, crustáceos e pequenos moluscos.



Neste caso temos de utilizar um isco que os motive a comer, sardinha, camarão ou ralos, são os mais utilizados, embora que o ideal seria mesmo a utilização da mesma espécie que os mesmos se encontram a comer.



É um enorme erro lançar para o local onde vimos o peixe, uma vez que o mesmo ficará assustado e desconfiado, e uma vez detectado o perigo certamente todo o cardume sairá da zona onde se encontrava para um local bem mais fundo em busca de protecção.

Boas Pescas.

Malhão - Vila Nova de Milfontes



Praia do Malhão sul

Uma zona em plena Área de Paisagem Protegida do Sudeste Alentejano e Costa Vicentina, salienta-se uma praia muito bonita e densa, a norte, numa zona despoluída em que a natureza ainda não foi estragada pelo homem. O ribeirinho a norte é o sítio ideal, com densa vegetação e muitas bicas de água pura a correr de pequenas encostas.



O acesso: Entre Porto Covo e Vila Nova de Milfontes, no litoral alentejano. O melhor caminho a partir de Lisboa é a Auto-Estrada do Sul até Grândola e depois em direcção a Sines. Antes de chegar a Sines uma placa indica Algarve e daí pela estrada de S. Torpes, Porto Covo e Ilha do Pessegueiro, até ao Parque de Campismo "Sitava", sensivelmente depois do Parque de Campismo a uns 1.500 metros encontra-se numa curva o desvio á direita para a Praia do Malhão, contorne o Parque para a direita e logo a seguir é o Malhão.




A pesca: Toda a zona para sul ergue-se a zona de falésia onde é extensível até ao Portinho do Canal (Porto de Pesca de vila Nova de Milfontes), toda esta área é ideal para a pesca á bóia, salientando esta zona sul que existe um conjunto de possíveis pesqueiros, que devido á sua diversidade poderão ser praticadas muitas técnicas de pesca, tais como Bóia, chumbadinha, fundo ou spinning, a zona de praia é também perfeita para surf-casting.





Devido á zona de grandes quantidades de marisco (nomeadamente mexilhão e perceves) e zonas de areia, toda esta zona é uma área de grandes confrontos com grandes exemplares de douradas, sargos, é claro que os robalos dão o ar da sua graça.


Tome nota:

Destaque:

Gastronomia;
Arroz de tamboril, caldeirada de peixe, migas, carne de porco à alentejana e pastéis de batata-doce.
Facilidade de acesso.
Excelente praia.

Tenha atenção:

Zona de surfistas (na zona da praia a norte da falésia).
Zona sensivelmente com alturas entre os 2 e os 10 metros, onde é quase impossível em caso de queda ao mar de escalar, já que a falésia é quase uma parede.
Atenção aos dias de mar mexido, pois poderá surpreender até os mais experientes.

Segurança numa jornada de pesca


Creio que se deve dar um especial relevo à segurança pois é um ponto que não se deve menosprezar, pois nenhuma vida vale uma aventura ou uns Kg de peixe.

Verifiquem o estado do mar, assegurem-se que o mar não está falso, observem-no por uns bons minutos, vejam os "setes" da ondulação principalmente na altura do Inverno em que o mar está incerto e em poucas horas altera o seu estado.

Tenham atenção ao calçado que usam, pois muitas vezes observo pescadores com botas de borracha calçadas, se por acaso caírem à água é muito difícil de as tirarem e depois de encherem de água ficam pesadas e criam vácuo. A roupa deve ser justa ao corpo mas deverá nos proporcionar uma boa mobilidade.



As descidas em falésias e locais que não conhecemos são sempre de risco elevado, pois nunca se sabe onde esta uma pedra solta, limos, barros, etc. Podemos escorregar, tropeçar, tenho uma técnica nas subidas e descidas é inclinar o corpo sempre para terra, se tivermos algum azar o centro de gravidade fica mais próximo de nos agarrarmos a algo e dá nos uma grande segurança.

Poderemos sempre utilizar para nossa segurança, a utilização de cordas, que nos permitem com alguma segurança extra, a descida para alguns pesqueiros de maior grau de acessibilidade, mas atenção que deveremos não facilitar mesmo assim, afixação da corda bem como o especial cuidado a ter com a mesma para não roçar muito na falésia pois poderá causar a queda de pedras.


Deveremos ter em atenção pesqueiros junto a arribas de pedra ou falésias e ter o cuidado de escolhermos locais que em caso de queda de pedras não nos apanhem desprevenidos, muito cuidado com as gaivotas pois já por muitas vezes observei as mesmas ao poisarem nas falésias onde existe pedras soltas as mesmas caem simplesmente porque as gaivotas lá poisaram ou levantaram voo. (pode parecer brincadeira mas, pequenas pedras que caem de uma altura de 20, 30 ou 40 metros vazem grandes danos).

O meu pai, quando me iniciei na pesca com 14 anos sempre me dizia que nunca se deve virar as costas ao mar, tem a sua lógica, principalmente se o mar estiver mexido ou não conhecermos o local. Outra das coisas que se deve sempre tentar fazer em descidas ou locais perigosos é libertar as duas mãos de quaisquer objectos (canas, baldes, sacos, etc), hoje em dia no mercado existem muitos bons sacos para transporte de material e estanques (canas, carretos, baldes, sacos de rede e iscos) dá para ir tudo lá dentro e como vão ás costas, proporcionam-nos bastantes mais vantagens de acessibilidade e segurança.

Em dias de trovoadas devíamos nem ir à pesca, mas se formos devemos assim que começarem a ocorrer, mesmo a uma boa distancia fechar as canas em especial de carbono e fibra, pois são altamente condutoras, e abandonar o local ou abrigarem se um pouco afastados das mesmas. Não se esqueçam de fechar as canas, mesmo abertas e deitadas no chão podem trazer algum dissabor.

Pesca de noite devemos ter muitíssimo mais cuidado e levarmos um jogo de pilhas suplentes, uma boa lente de testa e mais uma para suplente. Por ultimo penso que a pesca não é para solitários, embora muitos de nos o façamos muitas vezes é sempre bom levar companhia, uma amigo outro pescador, para alem de não termos de falar com as gaivotas pode sempre ajudar a levar o material (mochileiro), ou em ultimo caso livrar-nos de uma situação de apuros.

O telemóvel também poderá ser uma ajuda preciosa quando estivermos em alguma situação de apuros, não é um meio de salvamento, mas dá sempre para informarmos alguém da localização onde nos encontramos ou, em ultimo caso servirá para pedir auxilio aos meios de protecção civil.

A pesca ao tento


A pesca do tento é uma adaptação da pesca à francesa que normalmente se pratica em águas interiores para o mar, com a excepção, da não utilização dos elásticos na ponteira das canas, e ao invés da utilização dos mesmos, neste tipo de pesca, ou melhor nesta variante, a mesma é caracterizada em primeiro lugar pela utilização de canas telescópicas sem passadores e sem carreto, prendendo-se apenas o fio de pesca na extremidade da cana. Basicamente a linha (baixada) que é presa da ponteira e calibrada com pouco peso apenas para permitir que a isca afunde com mais facilidade. A montagem da baixada não deve ser do comprimento da mesma, uma vez que ao ferrarmos um peixe razoável o peso do mesmo vai trabalhar pela acção parabólica da cana, como tal, vamos ter alguma dificuldade em levantar o peixe e para não termos dificuldades em situações destas o ideal é utilizar uma baixada com um pouco menos meio metro que o tamanho da cana aproximadamente para facilitar a retirada do peixe da água.

A pesca ao fundo na falésia á noite



Consiste na utilização de canas, deve ser do tipo canolon 4.5 ou 5 metros de encaixe, pois facilita bastante a mobilidade de deslocação para a descida do pesqueiro e subida, carretos fortes, já que este tipo de pesca proporciona por vezes grandes lutas e boas capturas.Este tipo de pesca foi sendo inovado em termos de material, mas quem não conhece as velhas maquinas Rocha (carreto) e as varas Sportex (canelons), actualmente no mercado e com as inovações no mundo da pesca, temos ao dispor bom material, mais leve e melhor ou igual ao que era/é utilizado.Como é uma técnica de pesca que necessitamos de uma cana com uma boa acção, dada a necessidade de “medir forças” entre o pescador e o peixe, teremos de ter em atenção a qualidade razoável da cana, bem como a qualidade e medida do fio a utilizar na “madre” 0.70/1.00 e no “empate” 0.70/1.10.



Devemos escolher pesqueiros que tenham um fundo de pedra ou mistos, embora os fundos mistos trazem-nos o eterno problema, as pulgas-do-mar, que num ápice nos limpam literalmente a isca do anzol.



Os fundos de areia tem também outro inconveniente, o de taparem grande parte dos buracos que abrigam os safios, moreias, abróteas, rascaços, que são as espécies mais comuns, apesar de por vezes os robalos darem o ar da sua graça, não muitas vezes mas é bem possível numa noite de alguma sorte se capturar algum robalo.



Uma das coisas mais importantes é termos atenção á segurança, nas nossas saídas para estas jornadas vamos sempre bem equipados com uma lente de testa e pilhas suplentes, calçado próprio, roupa confortável e que nos permita liberdade de movimentos, escolhermos um pesqueiro que tenha uma altura segura, é claro que não convém ser muito alto, pois se capturarmos algum bom exemplar temos de dar muito aos braços até o conseguirmos capturar na modalidade caldeirão (levantar o peixe sem o auxilio do carreto, apenas puxando o fio á mão, a cana serve de roldana para que o fio não vá á pedra e parta).Uma nota de atenção este tipo de pesca faz-se apenas em noites escuras, últimos dias do quarto minguante, lua nova e primeiros dias do quarto crescente. Devemos ter também atenção quando utilizarmos o candeeiro a pilhas ou gás devemos coloca-lo num ponto que não transmita luz para a água, bem como termos o cuidado de não apontar luzes para a água, o peixe da noite não gosta de luz.



Os anzóis mais utilizados são os direitos nº 8/0 e 10/0, o que permite a utilização e iscagem de grandes iscas, nomeadamente para iscada de sardinha inteira ou metade da mesma, podemos optar pela iscada inteira ou filetes de peixe (conforme iscos).As chumbadas a utilizar devem rondar as 70 e as 100 gramas, podemos fazer um "fusível" para a chumbada prendendo-a á parte num fio de diâmetro mais fino tipo 0.35, para no caso desta ficar presa ao fundo parte pelo 0.35 e não pelo 0.80, embora a utilização do "fusível" traga outra mais valia, se no caso de termos um peixe ferrado e a chumbada estiver presa, ao partir o 0.35 perdemos a chumbada mas nunca o peixe ferrado.



A colocação do “starlight” na ponteira da cana facilita-nos a visibilidade da mesma e a percepção do toque do peixe, apesar de ser defensor de que neste tipo de pesca deveremos ter sempre a cana na mão, não vão diabo tece-las.

A utilização de um cabo de madeira, tipo moca é uma mais valia, já que quando apanhamos uma moreia devemos ter o cuidado de a matar de imediato já que são um perigo, procedemos a uns toques com a moca na cabeça das moreias. Como iscas temos uma grande variedade de escolha que podemos optar; sardinha (a mais utilizada), bogas, cavalas, tainhas, salemas, polvo, lulas.



Para o engodo devemos utilizar a sardinha como sempre, podemos levar um pisa e devemos moer pouco as sardinhas, deixar grandes pedaços, podemos adicionar areia para que o engodo se encaminhe directamente para o fundo. O estado do mar que mais favorece este tipo de pesca é quando não existe muita força de fundo, tipo entre o metro e os 2 metros.

Nota: Peixe pequeno é devolvido ao mar, por exemplo, safios (samirros) com 1.5 kg por exemplo é devolvido ao mar, já as moreias é muito complicado lidar com elas para lhe tirar o anzol e as devolver ao mar.