O Alentejo entre a serra e o mar...
O mar á muito foi esquecido, o mar aquele que os nossos antepassados construíram uma estrada para o mundo, um elo de ligação entre povos, comércio e descobrimentos...
Porque não continuar com essa visão, pelo mar, por a sua paixão no leve toque de emoções e sentidos.
A visão das paisagens litorais, que ao mesmo tempo não são mais que a fronteira entre a terra e o mar, a ténue fronteira entre o conhecido e o desconhecido, o habitável e o inabitável, o místico mar, detentor de uma natureza única, que cabe a nós defendê-la, pois fazemos parte dela e a ela devemos submissão, a submissão de um olhar, de um momento, de um sentimento...
Celebremos o que ela nos dá , o que as ondas nos dão, provemos o peixe e o marisco, o gosto do sal, a contemplação das falésias, das zonas dunares da vegetação que adorna as nuas e tristes falésias e dunas, das aves, do por-do-sol...
A maresia da costa, a neblina que nos corta a vista e nos estimula a imaginação do "velho do Restelo" que habita em nós, e nos recorda dos gigantes marinhos imóveis no meio dessa neblina que mais não são que velhos pedaços de rocha semeados pela erosão de anos a fio.
O azul do mar que veste de branco para se encontrar com a terra e adornam as mesmas por segundos, como se de neve se tratasse ao salpicar as rochas mais altas em dias de bravura...
Sempre diferente mas constante a lua acorda na dura terra e deita-se no suave mar...
Todo este conjunto leva-nos de facto para uma mistura de cores, tonalidades, aromas, cheiros e sabores desta magnifica região, que nos deliciam a visão, olfacto e paladar.
De facto ao longo da história as tradições foram alteradas, foram substituídas por imposições, umas severas e injustas, outras nem por isso, que moldaram as populações de que do mar viviam ou de que do mar sempre retiraram a sua subsistência, claramente se "matou" ou "mata" uma tradição, seja ela na apanha de marisco ou na simples ida à maré.
São estes pontos que fazem do Alentejo litoral um ponto único com uma identidade própria que todas as pessoas que nele residem tem orgulho de possuir e dela fazer parte ou pertencer, claramente somos nós que primamos pela manutenção das tradições, do ambiente e da valorização da nossa entidade, quer na defesa como na manutenção que nós próprios sempre tivemos o cuidado de ter na nossa curta passagem pela vida.
Só conhecendo as realidades de que nos orgulhamos é que podemos defender as nossas origens, como de uma auto estima se tratasse o Alentejo litoral só poderá estar bem para o mundo se estiver bem com ele próprio, onde estamos? Vamos encontrar-nos rapidamente porque qualquer dia é tarde, vamos claramente identificar uma melhoria na nossa vida observando e compartilhando o que de melhor temos com quem vem por bem.
Com a base na passado vamos voltar-nos para o mar, das praias de que nos orgulhamos de possuir, das falésias e dunas que vedam a terra do mar, do turismo de ambiente que cada vez mais esta em moda e é procurado, o contacto com o ambiente na pesca lúdica, construindo um presente sustentável para um futuro perfeito.
O Alentejo e o mar, agora e sempre!