Cana Especial Lajão 550 - Design AZIPESCA


A cana Especial Lajão 550 - Design AZIPESCA é fruto de uma parceria do proprietário da Azipesca, Sr. Raul Silva e com a Barros que resultou neste cana concebida para a pesca no Sudoeste Alentejano e na Costa Vicentina.
Possuí cinco metros e meio de comprimento com um tamanho de um metro e trinta e cinco centímetros fechada, é composta por seis elementos, pesa quatrocentas e cinquenta e cinco gramas e a sua acção oscila entre as vinte e cento e quarenta gramas.


Trabalhando com base na sua acção de ponteira, esta cana é ideal para pescar em lajões de média ou altura considerável que nos obriguem a elevar o peixe de forma a que o mesmo não bata na rocha.
Esta cana é concebida em Carbono Radial de Alto Módulo para permitir uma manobra considerável entre a pesca com bóias pesadas e pequenas chumbadas, ideal portanto para a pesca à Bóia e Chumbadinha.
Sendo também uma cana adaptada para a pesca
no Sudoeste Alentejano e na Costa Vicentina é também uma cana de acção macia e ligeira que permite a utilização de linhas de menor espessura. Possuí passadores anti-choque para uma maior robustez e duração.


Pesca Lúdica - Debate Público - A Legislação do Descontentamento


No dia 1 de Dezembro a Comissão para a Defesa da Pesca Lúdica e dos Recursos Marinhos irá realizar um debate público sobre as propostas que tem sido debatidas e avaliadas pela referida Comissão, será importante a presença de um número significativo de pescadores lúdicos e comerciantes ligados ao sector de forma a avaliarem em conjunto o ponto em que está o documento a ser entregue ao Governo e restantes partidos de acento parlamentar.

Será importante o apoio de todos os pescadores lúdicos de forma a tentar alterar alguns aspectos da Portaria 868/2006 de 29 de Agosto, que foram defendidos no Manifesto dos Pescadores Lúdicos que deu entrada na Assembleia da República no dia 11 de Maio, a petição subscrita por mais de 10.000 cidadãos e 170 entidades em nome colectivo a qual contesta na generalidade os actuais termos da legislação sobre pesca lúdica e desportiva.

A petição e assinaturas foi entregue pela Comissão para a defesa da pesca lúdica e dos recursos marinhos, composta por representantes de associações de pescadores lúdicos e fóruns de pesca na Internet.

Este processo decorreu da apresentação e divulgação do documento “Manifesto pela Pesca“, da recolha de apoios e subscrições a nível nacional, e das audiências que se realizaram recentemente com todos os partidos políticos com representação parlamentar, as quais foram oportunamente divulgadas pela Internet e casas ligadas ao sector.

Em suma, entende-se que:

A legislação em vigor para a actividade da pesca lúdica e desportiva, nomeadamente, Decreto Lei 246/2000, Decreto Lei 112/2005, Decreto Lei 197/2006, Portaria 868/2006, Portaria 1399/2006, é altamente penalizante para o seu exercício, porquanto, é inequivocamente injusta quando produzida a partir de convicções sem fundamento, nomeadamente, a necessidade de preservação e sustentabilidade dos recursos marinhos porque delapidados pela normal actividade do pescador lúdico e o combate à comercialização ilegal das espécies capturadas, exercício em que, no entender da actual legislação, o pescador lúdico concorre com a actividade da pesca comercial.

Nestes termos, solicitou-se à Assembleia da República que:

Recomenda-se aos órgãos de soberania, a reavaliação dos termos em que foi produzida a actual legislação, contribuindo dessa forma para uma regulamentação mais equilibrada da pesca lúdica, a qual salvaguarda-se os interesses dos pescadores lúdicos e contribui-se para a preservação dos recursos e das espécies marinhas.

Foi elaborado um documento do qual será apresentado neste Debate Público, contamos com a presença, apoio e ajuda dos pescadores Lúdicos de Portugal.



Mariscadores da Costa Vicentina reúnem-se para fazer ponto da situação

José de Deus

A Comissão de Mariscadores e População da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano voltou a reunir-se, há duas semanas, com os autarcas de Aljezur e Odemira, para fazer o ponto da situação sobre a alteração da portaria que regulamenta a apanha lúdica de percebes.

No entanto, apesar das sucessivas reuniões, a portaria ainda não foi alterada. Os apanhadores lúdicos, desde Abril, que lutam para que a portaria seja alterada, tendo em conta as suas especificidades e tradição de mariscar.

Ao abrigo da portaria que passou a regulamentar a actividade, em vigor desde Janeiro, os apanhadores lúdicos podem apenas capturar meio quilo de percebes e dois quilos, em conjunto, de outras espécies, sem a utilização de qualquer instrumento, isto é, só podem capturar com as mãos ou os pés.

Embora, já em Abril, o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas tenha dito ao «barlavento» que estava em curso «um processo de alteração da Portaria nº 868, de 29 de Agosto de 2006, por forma a integrar a possibilidade de utilização de certos utensílios simples, como a faca de mariscar e um sacho, a apanhadores lúdicos licenciados para a pesca lúdica apeada», a portaria ainda não foi alterada.


«Na última reunião que tivemos com o secretário de Estado do Ambiente, onde apresentámos a nossa proposta, discutimos o assunto e ele ficou de nos contactar», esclareceu Manuel Marreiros, presidente da Câmara de Aljezur. A proposta apresentada pelos municípios incluídos na área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Aljezur, Vila do Bispo, Odemira e Sines, prevê um regime específico para os residentes desta área protegida.

Segundo o autarca de Aljezur, a proposta apresentada «estipula quantidades diferentes do regime geral, nomeadamente dois quilos de percebes, 18 navalheiras, 200 mexilhões, por exemplo».

Os mariscadores lúdicos e a população querem ver esta situação resolvida o quanto antes. «Nós não vamos desistir. A portaria como está não aceitamos, queremos negociar», esclareceu Carlos Carvalho, porta voz da Comissão.

Para eles, existem alternativas que podem ser encontradas, «como, por exemplo, alternar os dias em que se pode apanhar ou aumentar o período do defeso».
Manuel Marreiros disse ao «barlavento» que, na reunião com o secretário de Estado das Pescas, «houve abertura» e continua com esperança de que o Ministério do Ambiente também tenha a mesma atitude.

O autarca disse ainda esperar que «assunto esteja tratado» antes do levantamento do defeso, a 15 de Dezembro.



In: barlavento.online

Dia Nacional do Mar


Hoje dia 16 de Novembro celebra-se em Portugal o Dia Nacional do Mar.


Neste dia, em 1994, entrou em vigor a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) que estabeleceu um novo quadro jurídico para o direito do mar.


Ao ratificar a CNUDM, a 14 de Outubro de 1997, Portugal assumiu responsabilidades numa das áreas marítimas mais extensas da Europa, e a maior da União Europeia, com uma dimensão 18 vezes superior ao território nacional.


Em 1998, o dia 16 de Novembro foi institucionalizado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 83/1998, de 10 de Julho, como o Dia Nacional do Mar e, desde então, tem vindo a ser evocado através de uma série de eventos e iniciativas.


Em 2006 as comemorações do Dia Nacional do Mar são subordinadas ao tema “O Mar e o desenvolvimento sustentável”.


A comemoração deste dia engloba um vasto conjunto de iniciativas de âmbito nacional, regional e local, que incluem diversas actividades de natureza cultural, desportiva, cientifica, etc.


Estas actividades envolvem vários ministérios e outras entidades públicas e privadas ligadas ao mar.


in: http://www.diadomar.mdn.gov.pt/

ACTIVIDADES A REALIZAR NO ÂMBITO DAS COMEMORAÇÕES DO DIA NACIONAL DO MAR

http://www.diadomar.mdn.gov.pt/actividades_continente.htm

ACTIVIDADES A REALIZAR NO ÂMBITO DAS COMEMORAÇÕES DO DIA NACIONAL DO MAR NOS AÇORES

http://www.diadomar.mdn.gov.pt/actividades_acores.htm

ACTIVIDADES A REALIZAR NO ÂMBITO DAS COMEMORAÇÕES DO DIA NACIONAL
DO MAR

http://www.diadomar.mdn.gov.pt/actividades_madeira.htm

Adrenalina a 100%



Este foi um vídeo que encontrei numa das minhas procuras na Internet, achei piada não só por as falas, mas pelas ideias que iluminaram que esta dupla, principalmente o ajudante...
Chamei-lhe Adrenalina 100%, porque foi isso que estes dois homens sentiram de facto, a luta entre o homem e o peixe, quando o peixe leva a melhor...


Desastre ambiental no Mar Negro


Cinco anos depois do Prestige: O naufrágio de quatro navios está a deixar o estreito de Kerch com uma mancha gigante de fulóleo. Mais de 600 pessoas estão a participar na operação de limpeza.

Cerca de duas mil toneladas de fuelóleo foram derramadas no mar no estreito de Kerch, onde domingo naufragaram quatro navios, declarou esta terça-feira um funcionário do Ministério para Situações de Emergência russo.

De acordo com o mesmo funcionário, o combustível afectou já dois lugares na costa: um, nos arredores da aldeia Ilitch, onde a mancha petrolífera se estende por 800 metros, e outro, ao largo da língua de areia de Tuzla.

Mais de 600 pessoas, entre eles socorristas, funcionários dos serviços municipais e cadetes, participam na operação de limpeza no litoral, mas o mau tempo continua a dificultar os trabalhos.

O Ministério para Situações de Emergência da Rússia prevê para um agravamento do estado do tempo e do mar, com rajadas de ventos até 170 quilómetros por hora e ondas até quatro metros, não excluindo a possibilidade de "situações críticas ligadas a estragos nos navios que se encontram no mar alto e nos portos, bem como a danos nos cais de protecção dos portos".

Para evitar que a mancha de petróleo entre no Mar de Azov, as autoridades decidiram instalar uma barreira especial no estreito de Kerch. "A barreira será instalada entre o cabo de Tuzla, na Península de Taman na Rússia e a ilha ucraniana de Tuzla", declarou Tatiana Kobzarenko, dos serviços de emergência russos, precisando que a distância entre o cabo e a ilha é de cerca de dez quilómetros.



Prejuízos ambientais

A contaminação causou "um prejuízo colossal aos recursos piscícolas" do estreito de Kerch, local de migração entre os mares Negro e de Azov para várias espécies raras, advertiu a organização não governamental russa "Guarda Ecológica para o Cáucaso do Norte".

Esta zona é o habitat do golfinho mular (Tursiops Truncatus), incluído no Livro Vermelho de espécies protegidas a nível nacional e internacional, de acordo com um comunicado publicado pela organização. Os ecologistas afirmaram que nos portos locais não há equipamentos técnicos para recolher o combustível derramado e que alguns dos navios afundados, como o "Volgoneft-139", não estavam preparados para a navegação durante um temporal.

Quanto ao enxofre, não era transportado em contentores herméticos, como afirmaram as autoridades, mas "a granel dentro dos porões" dos cargueiros que se afundaram. O chefe adjunto do Serviço Federal de Protecção da Natureza (Rosprirodnadzor), Oleg Mitvol, admitiu ainda o risco de chuvas ácidas na zona do estreito de Kerch: "As chuvas ácidas poderão estar ligadas à grande quantidade de enxofre que caiu ao mar.

In: Expresso 13 de Nov de 2007

Prestige 5 anos depois...

http://expresso.clix.pt/gen.pl?p=stories&op
=view&fokey=ex.stories/165697

InExpresso:

...O pedido de socorro emitido pelo petroleiro "Prestige", ( às 15h15 do dia 13 de Novembro de 2002 deu início a uma catástrofe ecológica que provocou o derrame de várias toneladas de fuel-óleo nas costas espanholas e francesas.
No ano do acidente com o "Prestige" cruzaram as águas galegas 43.209 navios, 12.446 dos quais transportavam mercadorias perigosas...

O fenómeno de entre ajuda foi dignificante para se ver que muita gente é sensivel a estas causas, infelizmente, o Prestige foi um navio petroleiro monocasco, que afundou na costa galega, produzindo uma imensa maré negra, que afetou uma ampla zona compreendida entre o norte de Portugal e Vendée em França, tendo especial incidência na costa da Galiza.

Cinco longos anos passaram, e a questão mantêm-se, em termos de segurança para situações alarmantes destas que políticas foram feitas e medidas tomadas?
Estaremos nós preparados para um acidente idêntico ou igual ao Prestige?
Por exemplo a zona Industrial de Sines, com o movimento de matérias perigosas de combustão estará preparado para uma eventualidade destas?
Dentro de uma situação similar à que ocorreu à cinco anos na Galiza estaremos nós preparados para um acontecimento idêntico?
Ou não teremos uma fauna e flora que mereçam essa preocupação?

Deixando uma homenagem a todos os que ajudaram a Galiza no combate de minimização e limpeza do acidente à cinco anos.



































in: http://dossiers.publico.pt/noticia.aspx?idCanal=1097&id=1175842





Organização Marítima Internacional

Fauna afectada por derrames

Plano de Acção do MCOTA

Ifremer

Xunta da Galiza

Quercus

WWF/Adena

SEO/Birdlife

Greenpeace

Plataforma Nunca Máis

Sexto sentido






Reprodução vs Tamanho das espécies (parte 1)


No meu ponto de vista, cabe ao Estado, como primeira entidade reguladora, definir uma quadro legal, devidamente fundamentado cientificamente, para endereçar esta problemática. Esse papel, através da mais recente legislação, foi a meu ver, extremamente mal executado e implementado.



Para mim, o ideal seria criar um grupo de trabalho que envolvesse em partes iguais os vários sectores da sociedade a quem esta problemática poderá estar directa ou indirectamente associada, nomeadamente:

- Universidades/Faculdades nas áreas das Ciências do Mar, Biologia e Pescas;
- Associações de pescadores profissionais, artesanais, desportivos, lúdicos, etc.;
- Comissões Parlamentares;
- Associações Ambientalistas;


Deste grupo trabalho sairiam pareceres técnicos, propostas, etc, que auxiliariam na definição dum quadro legal que reflectisse melhor os vários interesses em jogo e não a manta de retalhos actual. Partindo da hipótese de se chegar a um quadro legal mais ou menos consensual entre as partes, põe-se de seguida o problema da fiscalização, monitorização e adaptação. De nada serve um quadro legal bem definido se não se conseguir que as suas directrizes sejam cumpridas "no terreno".

A fiscalização deve e tem de ter um papel fulcral neste problema, sob pena de mais uma vez se prejudicar quem cumpre em relação aos que não o fazem, por vingar a ideia habitual do "roubar compensa".
Por outro lado, uma correcta gestão dos recursos marinhos não pode de maneira nenhuma ser estática no tempo. Mais uma vez, em parceria com as Universidades, o nosso Mar deve ser constantemente monitorizado e devem haver adaptações ao quadro legislativo que reflictam essas necessidades de adaptação.


Por fim, mas não menos importante, gostaria de salientar um aspecto que para mim será talvez o mais importante de todos: os programas educativos nos primeiros ciclos do ensino. A melhor maneira de assegurarmos uma correcta gestão dos recursos marinhos no futuro será trabalhar desde muito cedo a educação das nossas crianças e jovens para estes aspectos. Cidadania activa, consciencialização ambiental, etc, pois como se costuma dizer "burro velho não aprende línguas".

Isto não responde de forma directa às perguntas feitas na reflexão, mas é a minha posição de como se deveria de trabalhar nesta matéria. Penso que se se conseguisse um trabalho sério nesta área, as respostas as estas questões seriam não só muito mais claras como também mais bem aceites e compreendidas entre as várias partes envolvidas.

Temos excelentes universidades e investigadores em Portugal. Esta massa crítica não está a ser utilizada pelo Estado que, de forma autista, os ignora, não apoia.

Um abraço Fernando, é uma boa reflexão e é muito importante debater este assunto. Que nunca te "cales" e que continues com as tuas "missões", cá estaremos para ajudar, nem que seja só para falar um pouco sobre estes assuntos.

Ricardo Silva

Oceanos: 3.000 bóias vão melhorar previsões meteorológicas e acompanhar aumento do nível dos mares

Os oceanos vão ser supervisionados por 3.000 bóias da rede Argo e por satélites, permitindo maior precisão das previsões meteorológicas e no acompanhamento do aumento do nível dos mares devido ao aquecimento global.

"Pela primeira vez, dispomos de uma rede de observação contínua, global e em tempo real dos oceanos", disse numa entrevista com a AFP Pierre-Yves Le Traon, responsável do Programa de Observação do Oceano, do Instituto Francês de Investigação para a Exploração do Mar.

As 3.000 bóias do projecto Argo, instaladas desde a semana passada, estão colocadas em todos os oceanos, incluindo zonas inacessíveis aos navios de investigação no Inverno.

As informações do projecto Argo vêm completar o sistema de vigilância por satélites como Jason e das agências espaciais francesa (Centro Nacional De Estudos Espaciais - Cnes) e norte-americana (NASA).

As medidas fornecidas pelo programa internacional Argo sobre a temperatura e a salinidade dos oceanos, desde a superfície até 2.000 metros de profundidade, permitem seguir, compreender e prever o papel destas massas de água nos sistemas meteorológicos do planeta.

O oceano armazena o calor, que transporta e restitui à atmosfera, explicou Pierre-Yves Le Traon.

Ao ocupar 70 por cento do planeta, os mares são um elemento chave do clima e o acompanhamento da sua evolução permitirá melhorar as previsões sazonais, o estudo dos furacões, entre outras ocorrências meteorológicas.

Para já, este projecto permitiu redefinir as estimativas do armazenamento de calor pelos oceanos, um parâmetro determinante para considerar a amplitude do aquecimento climático e melhor compreender os mecanismos do aumento do nível médio dos mares por dilatação, pode ler-se num comunicado do Instituto Francês de Investigação para a Exploração do Mar.

Este sistema de vigilância, na qual participam 30 países, fornece em tempo real, por ano, mais de 100.000 perfis de temperatura e salinidade, ou seja 20 vezes mais informação do que a recolhida a partir dos navios de investigação.

Até ao momento, essas informações globais sobre os oceanos eram fornecidas por satélites franco-americanos, como o Topex-Poséidon, lançado em 1992, ou o seu sucessor Jason 1, activado em 2001.

Estes instrumentos permitem o desenvolvimento de boletins meteorológicos ou mapas de ajuda à navegação, mas as informações de satélites apenas se referem à superfície das águas.

As bóias do projecto Argo são programadas para se movimentarem em ciclos de 10 dias entre a superfície e as águas profundas do mar.

Cada ciclo inclui uma descida de 1.000 metros, a navegação pelas correntes, seguida da descida até os 2.000 metros, e por fim o regresso à superfície para a transmissão dos dados.

Paris, 08 Nov (Lusa)

Enquanto a noite cai...



Numa jornada ao cair do dia numa praia que desareou bastante desde à umas semanas para cá, reparei e concluí que toda a areia foi retirada mais para sul da praia, uma zona com alguma densidade de pedras ilhadas.

Aproveitei mais uma jornada de "spinning" que mais uma vez não foi produtiva, pois nem um toque senti, embora tenha conseguido alguns "shots" com bastante agrado, pois foram tirados em plana noite, e para quem pensa que à noite é para dormir, aqui fica a prova de que existe vida nas zonas limítrofes a praias e em algumas rochas isoladas pela solidão da areia.


Os pequenos cabozes refugiam-se nas fendas das rochas e nos buracos dos ouriços, dentro de pequenas poças na baixa mar, são um alimento muito apreciado pelos robalos quando os mesmos andam em plena actividade predatória em fundos mistos de areia e pedra.

Camarões da costa, um verdadeiro pitéu para muitos exemplares, embora sejam os sargos, robalos e douradas exemplares mais frequentes por estas paragens que fazem deles uma dieta bastante nutritiva.

Nos locais mais inóspitos podemos sempre encontrar um polvo, que escolhe a sua toca, somente se lhe proporcionar um perfeito esconderijo, bem oxigenado e de preferência com alguns vizinhos que lhe façam companhia nos intervalos da baixa-mar, e que o seu corpo não fique exposto á actividade predatória dos robalos ou douradas por exemplo.

Um caboz, peixe que permanece perfeitamente fora de água por prolongados tempos, é claro longe do sol, normalmente refugia-se em gretas ou fendas para se proteger dos predadores.

Outro polvo em posição defensiva.

O mesmo polvo da foto anterior, aquando do encontro imediato com o extra-aquático, depressa tomou a posição de guarda, minimizando o seu formato, defendendo as extremidades dos tentáculos, pois são mais finas e frágeis, aproveitando para se enterrar parcialmente na areia.

A minha ultima aquisição:

Byron - Cigar Minnow - 28 gramas - 10 cm
A sua acção vai até 2 m, com acabamentos raio- x holográficos, com olhos 3 D e fateixas VMC.

Diz na caixa que: O uso excessivo deste produto pode acabar com algumas espécies de peixe, por favor pratique o pescar e libertar.

Ora muito bem não vi nada como é óbvio, mais uma vez, como tal vou insistindo, pelo menos as fotos são certas!



Reprodução vs Tamanho das espécies

Todos nós temos consciência que qualquer exemplar de qualquer espécie pode morrer de causa natural (doença ou predado) bastante antes de chegar à maturidade/idade de se reproduzir, mas isso faz parte da selecção natural da espécie e seu ciclo, é a vida, sem que o homem tenha algo contra ou a favor, ao contrário é claro se houver interferência ou acção do homem, caso se for predado pelo homem.

Creio que seja imperativo, e com bases científicas chegarmos em comum acordo, em matéria de leis/tamanhos (sendo salvaguardado acima de tudo a reprodução da espécie)/acção do homem (pesca lúdica e profissional), se conseguíssemos juntos ultrapassar a barreira do utópico todos ganharíamos, mas infelizmente não é isso que tem acontecido.

Já foi mais defendido que ao proteger a 1ª reprodução se estaria a defender a preservação da espécie, mas segundo estudos, a fundamentação de que quanto mais velhas mais reprodutoras ficam as espécies, se na vida terrestre é um facto, porquê mistificar o óbvio?

Será pior matar peixe:

Juvenil (antes da reprodução)
Jovem (depois da 1ª reprodução)
Adulto (bom porte)

Em primeira análise todos os exemplares tem direito á vida, embora estejamos a falar no desenvolvimento da reprodução sustentável.

Poderá ser mais perigoso estar a matar um exemplar de maturidade reprodutiva elevada para a espécie do que exemplares mais novos, que tenham sido reproduzidos por esses adultos?

Por outro lado até que ponto poderemos concluir como um ponto óptimo antes do decréscimo do nível 100% do aparelho reprodutivo e genes da espécie?

Que condicionantes poderão ser significativas para em determinados ciclos anuais a reprodução das espécies sejam gradualmente atrasadas, de forma a que as espécies ainda se reproduzam passados três ou quatro meses depois do tempo normal, é claro que as alterações climatéricas e consequentes temperaturas variáveis sejam preponderantes para esse atraso, mas será que serão somente esses factores ou as espécies gradualmente vão procurando a optimização e o controlo das melhores condições para a sua reprodução?

Defesos profissionais e lúdicos nas alturas de reprodução seriam determinantes, nem que fossem estabelecidos por exemplo por ciclos de quatro anos (por exemplo: Três anos normais de pesca e um de defeso, ou na altura da desova de robalos, sargos e douradas fosse proibido incomodar de qualquer maneira estes exemplares nesse ano de defeso)?

Aumento das medidas mínimas de forma a salvaguardar as espécies Juvenil (antes da primeira reprodução reprodução)?

Libertação de grandes exemplares (consciência de quem os apanhou).

Creio que o debate público de ideias é positivo quando as pessoas não se deixarem levar por falsas expectativas, e estes factores são preponderantes para um caloroso e justo debate, mas principalmente para chegarmos a um consenso de ideias.



O Alentejo e o Mar


O Alentejo entre a serra e o mar...

O mar á muito foi esquecido, o mar aquele que os nossos antepassados construíram uma estrada para o mundo, um elo de ligação entre povos, comércio e descobrimentos...
Porque não continuar com essa visão, pelo mar, por a sua paixão no leve toque de emoções e sentidos.


A visão das paisagens litorais, que ao mesmo tempo não são mais que a fronteira entre a terra e o mar, a ténue fronteira entre o conhecido e o desconhecido, o habitável e o inabitável, o místico mar, detentor de uma natureza única, que cabe a nós defendê-la, pois fazemos parte dela e a ela devemos submissão, a submissão de um olhar, de um momento, de um sentimento...


Celebremos o que ela nos dá , o que as ondas nos dão, provemos o peixe e o marisco, o gosto do sal, a contemplação das falésias, das zonas dunares da vegetação que adorna as nuas e tristes falésias e dunas, das aves, do por-do-sol...


A maresia da costa, a neblina que nos corta a vista e nos estimula a imaginação do "velho do Restelo" que habita em nós, e nos recorda dos gigantes marinhos imóveis no meio dessa neblina que mais não são que velhos pedaços de rocha semeados pela erosão de anos a fio.
O azul do mar que veste de branco para se encontrar com a terra e adornam as mesmas por segundos, como se de neve se tratasse ao salpicar as rochas mais altas em dias de bravura...
Sempre diferente mas constante a lua acorda na dura terra e deita-se no suave mar...

Todo este conjunto leva-nos de facto para uma mistura de cores, tonalidades, aromas, cheiros e sabores desta magnifica região, que nos deliciam a visão, olfacto e paladar.


De facto ao longo da história as tradições foram alteradas, foram substituídas por imposições, umas severas e injustas, outras nem por isso, que moldaram as populações de que do mar viviam ou de que do mar sempre retiraram a sua subsistência, claramente se "matou" ou "mata" uma tradição, seja ela na apanha de marisco ou na simples ida à maré.


São estes pontos que fazem do Alentejo litoral um ponto único com uma identidade própria que todas as pessoas que nele residem tem orgulho de possuir e dela fazer parte ou pertencer, claramente somos nós que primamos pela manutenção das tradições, do ambiente e da valorização da nossa entidade, quer na defesa como na manutenção que nós próprios sempre tivemos o cuidado de ter na nossa curta passagem pela vida.


Só conhecendo as realidades de que nos orgulhamos é que podemos defender as nossas origens, como de uma auto estima se tratasse o Alentejo litoral só poderá estar bem para o mundo se estiver bem com ele próprio, onde estamos? Vamos encontrar-nos rapidamente porque qualquer dia é tarde, vamos claramente identificar uma melhoria na nossa vida observando e compartilhando o que de melhor temos com quem vem por bem.


Com a base na passado vamos voltar-nos para o mar, das praias de que nos orgulhamos de possuir, das falésias e dunas que vedam a terra do mar, do turismo de ambiente que cada vez mais esta em moda e é procurado, o contacto com o ambiente na pesca lúdica, construindo um presente sustentável para um futuro perfeito.

O Alentejo e o mar, agora e sempre!