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Município de Aljezur, mais uma vez, manifesta a sua preocupação com a Portaria do Defeso do Sargo


Foram endereçadas missivas, aos Senhores Secretários de Estado do Ordenamento do Território e Florestas, sobre o defeso do sargo no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que irá ter um novo período, a partir do dia 1 de fevereiro e termina a 15 de março.

A Portaria n.º 14/2014, de 23 de janeiro, que passados 9 anos, em nosso entendimento, gera injustiças, principalmente em concelhos como Aljezur, onde muitos dos residentes, têm na pesca lúdica um modo de lazer, mas também um modo de complemento da sua economia familiar, uma vez que capturam o pescado para a sua alimentação, atividade com muitos anos de tradição, numa comunidade que vive entre a agricultura e a pesca.

A Portaria que definiu este defeso, em 2014, cuja preocupação primeira foi a situação do recurso “Diplodus sargus e Diplodus vulgaris”, ao qual chamamos de sargo, nunca teve um acompanhamento nem uma avaliação dos efeitos desta medida.

A proibição da captura desta espécie continua, no entanto, a ser dirigida aos pescadores lúdicos apeados, que pescam em cima das falésias. Os pescadores que usam embarcações ou equipamentos subaquáticos não estão abrangidos por esta paragem biológica. Situação que sempre indignou os pescadores lúdicos, os residentes e os que procuram estas paragens.

Depois de várias iniciativas, com os vários governantes desta área, com os Presidentes das Câmaras do PNSACV, e os diferentes Secretários de Estado, foi colocado em cima da mesa, a possibilidade de revogação da proibição temporária à pesca lúdica, ou que, a existir uma época de defeso, deverá ser abrangente, a todas as modalidades de pesca.

Ora, volvidos 9 anos e com mais um período de defeso a iniciar-se, perguntamos:Como está a situação do recurso Sargo, que monitorização foi feita e que resultados e dados foram obtidos?

Para quando a revogação da Portaria em causa? Ou se, tratando-se de um recurso que necessita desta proteção, para que exista uma igualdade de tratamento, não deve o defeso ser para todos?

As zonas de interdição da pesca, mantêm-se sem que, aparentemente, exista algum estudo científico a sustentá-las e a monitorizá-las. E assim vão ficando?

Como está o projeto MarSW, que poderá ajudar a “concluir pela necessidade de uma revisão desses limites e/ou a criação de novas áreas de interdição”?

Foi assim mais uma vez, solicitada a melhor atenção sobre as questões levantadas, que entendemos serem da maior pertinência e justiça, e que possamos ser esclarecidos sobre as mesmas.

Aprovado o primeiro plano de Cogestão de uma pescaria em Portugal, com forte participação do MARE da Universidade de Évora



Foi aprovado, no passado dia 4 de janeiro, o Plano de Cogestão para a Apanha de Percebe (Pollicipes pollicipes) na Reserva Natural das Berlengas, com participação importante da Universidade de Évora através do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE). No seguimento da criação do Comité de Cogestão para a Apanha de Percebe (Pollicipes pollicipes) na Reserva Natural das Berlengas, também pioneiro em Portugal, é agora aprovado o primeiro plano de Cogestão de uma pescaria no nosso país.

O plano de Cogestão para a Apanha de Percebe (Pollicipes pollicipes) na Reserva Natural das Berlengas (RNB) define os objetivos e as medidas de gestão da apanha do Percebe deste recurso marinho no arquipélago das Berlengas, cuja área faz parte da Reserva da Biosfera das Berlengas, classificada pela UNESCO em 2011. Fazem parte destas medidas de gestão o combate à venda ilegal, a redução da escala espacial (novo zonamento) da gestão e monitorização, o desenvolvimento de estratégias para uma apanha mais cuidada, minimizando a apanha de percebes de menores dimensões e reduzindo o desperdício, e a monitorização da abundância do percebe com recurso a tecnologia como os drones.

Conforme se lê na portaria agora publicada em Diário da República, a apanha de percebes (Pollicipes pollicipes) no Arquipélago das Berlengas “é uma atividade com relevância socioeconómica a nível regional, sendo o percebe da Berlenga um recurso biológico altamente apreciado e valorizado em termos nacionais e internacionais”. Este contexto singular e existência de vários estudos e projetos desenvolvidos ao longo dos últimos anos, do qual se destaca o projeto Co-Pesca 2, financiado pelo MAR2020 e que tem a Universidade de Évora como entidade parceira, permitiram “alavancar as ações necessárias para a implementação de uma gestão partilhada da apanha de percebe na RNB, que possibilita alcançar a sustentabilidade a nível ambiental, económico e social, num equilíbrio entre a preservação ambiental e a exploração do recurso, baseado numa atitude cooperativa, responsável e de respeito entre os diferentes intervenientes — designadamente, mariscadores, cientistas e entidades oficiais.”

Recorde-se que a Universidade de Évora estuda a biologia e a pesca do percebe há vários anos e integra este Comité de Cogestão, único em Portugal. Os estudos e projetos desenvolvidos pelos investigadores da Universidade de Évora e do MARE, sobre o estado do percebe e desta pescaria, tomam um papel importante no plano de cogestão agora aprovado.

Trata-se de um passo pioneiro alcançado no campo da Cogestão, não só no que diz respeito à apanha do percebe, mas também numa possível extensão a outras pescarias em Portugal.

Fonte: UÉvora


Pescadores lúdicos têm lucro de quase 5 milhões de euros na Costa Vicentina


Os pescadores lúdicos capturam por ano cerca de 1300 toneladas de peixe no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, segundo um estudo apresentado pela Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM). “O sargo e dourada são as espécies mais pescadas na zona, estimando-se que as capturas sejam de 489 e 219 toneladas, respetivamente”, de acordo com o documento (aqui).

“O impacto económico e social da pesca lúdica é relevante”, verificando-se que “o peixe capturado, valorizado a preço de mercado, tem um valor aproximado de 15,2 milhões de euros” e “o exercício da pesca representa gastos em torno de 10,3 milhões de euros”.

Isto significa, portanto, um ‘lucro’ para os pescadores lúdicos de 4,9 milhões de euros. Por modalidades, “a pesca apeada tem um saldo positivo de 1 milhão de euros (9,3 milhões de euros de receita teórica e 8,3 milhões de euros de gastos)”, enquanto “pesca embarcada e a pesca submarina geram saldos positivos de 3,2 milhões de euros e 0,7 milhões de euros, respetivamente”.

De acordo com o estudo, “as elevadas capturas da espécie sargo e dourada, não só nesta zona mas também a nível nacional, bem como a indicação de cerca de metade dos pescadores lúdicos da zona de de que, nos últimos anos, as capturas e o tamanho médio dos exemplares capturados têm vindo a diminuir, sugere-se a manutenção do período de defeso já existente para o sargo nesta zona nos meses de fevereiro e março, bem como a implementação de período de defeso da dourada durante a época de reprodução (outono/inverno)”.

Fonte: algarvemarafado.com

Projecto: O Mar Sudoeste (MARSW)



O Mar Sudoeste (MARSW) é um projeto científico que pretende conhecer os fundos e a vida marinha do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) e contribuir para que se mantenham saudáveis no futuro. Pretende-se ainda que a informação recolhida esteja acessível a todos.

Os objetivos principais são criar um sistema de informação baseado em mapeamento (físico e biológico), desenvolver e testar um protocolo de monitorização que permita avaliar as medidas de proteção do Parque, mas também dos habitats e espécies da Rede Natura 2000 para o meio marinho, e ainda contribuir para melhorar o atual plano de gestão do parque marinho e o dos sítios da rede natura. A comunicação do projeto e dos seus resultados de forma eficiente e inclusiva é também central. 

Pescas sustentáveis ​​e política de conservação


Uma política melhorada de pesca e conservação da natureza reflete as necessidades dos pescadores mais de perto. Crédito: Florian Moellers


Há cerca de cinco vezes mais pescadores recreativos do que pescadores comerciais em todo o mundo. E, no entanto, as necessidades e peculiaridades desses 220 milhões de pescadores recreativos têm sido amplamente ignorados na política internacional de pesca e conservação. Isto dá origem a conflitos e perda de bem-estar social, e não é propício para a gestão sustentável dos recursos pesqueiros. Uma equipe internacional de cientistas pesqueiros, economistas, sociólogos e ecologistas, liderada por Robert Arlinghaus, do Instituto Leibniz de Ecologia de Água Doce e Pesca Interior (IGB), apresentou agora um plano de cinco pontos para promover a reforma.

Restrição a pesca lúdica captura de Sargo e Safias


Termina já amanha a restrição imposta apenas aos pescadores lúdicos munidos de cana, carreto, monofilamento e anzol, que por questões de Conservação não foram autorizados a capturar e reter efectivos da espécie Diplodus sargus e Diplodus vulgaris.

A atribuição do valor da conservação a determinados recursos ecológicos é um factor determinante para incentivar a preservação de determinada espécie, não o sendo suficiente pois as dimensões económicas não permitem essa mesma conservação se não forem agregadas a factores não económicos que envolvem valores tradicionais de determinadas gentes e locais. 

Navio Grande América: ameaça de maré negra

O navio mercante italiano Grande América, em chamas, ao largo da costa da Bretanha francesa 
LOIC BERNARDIN / MARINE NATIONALE / AFP

Segundo o ministro francês da Transição Ecológica François Rugy, uma segunda camada de poluição de hidrocarbonetos, provocada pelo naufrágio do navio italiano Grande América ao largos das costas francesas, foi identificada nesta quinta-feira. As autoridades francesas receiam que o transbordo dos hidrocarbonetos transportados pelo navio italiano, provoquem uma maré negra.

Workshop: A Segurança e a Salvaguarda da Vida Humana no Mar


Projeto “AL Percebe - Estado do percebe e alteração da gestão da sua apanha no Cabo de Sines: transferência de conhecimentos entre cientistas e pescadores”

Entidades Parceiras: Universidade de Évora, GAL Pesca Litoral Alentejano, representado pela Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano (ADL), Associação de Mariscadores da Terra do Vasco da Gama (AMTVG) e Associação de Armadores da Pesca Artesanal e do Cerco do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (AAPSACV).

Governo recusa acabar com defeso do sargo


Ministério do Ambiente diz que proibição é necessária para a preservação dos recursos. 

O Ministério do Ambiente recusa acabar com o defeso do sargo para a pesca lúdica apeada na Costa Vicentina. A decisão é justificada com a necessidade da preservação dos recursos. Mas os pescadores desportivos queixam-se de discriminação em relação à pesca embarcada e à submarina - que não são abrangidas pela proibição - e ameaçam avançar com formas de luta. 

"O período de defeso estabelecido [entre 1 de fevereiro e 15 de março] está relacionado com o fenómeno de arribação das espécies que ocorre naquela altura do ano, em que os animais se deslocam massivamente para a linha de costa para a desova", refere o Ministério do Ambiente, numa resposta dada esta semana a questões do deputado João Vasconcelos (BE), a que o CM teve acesso. 

AGRICULTURA INTENSIVA SEM CONTROLO NO PARQUE NATURAL DO SUDOESTE ALENTEJANO E COSTA VICENTINA


Em resposta às muitas denúncias que tem recebido em relação à atividade agrícola no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, solicitou esclarecimentos ao Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) sobre a execução de medidas e o cumprimento das normas ambientais previstas no Plano de Ordenamento daquela Área Protegida.

Efetivamente, o ICNF reconhece que existe atualmente um forte incremento da atividade agrícola intensiva, com instalação de novas estufas, mas a execução das medidas e normas previstas no Plano de Ordenamento do PNSACV ou não está a acontecer (p.e. certificação ambiental dos agricultores e a sua sensibilização para práticas agrícolas de menor impacto ambiental), ou só agora está a dar os primeiros passos (p.e. controlo da qualidade da água). Para mais, o ICNF reconhece não saber qual a área acupada por estufas e túneis, quando existe um limite imposto por lei de 30% no perimetro de rega do Mira.

Esta situação está a originar reclamações e conflitos por parte das populações residentes e de agentes turísticos e a gerar impactes nos valores naturais, traduzindo uma situação que, do ponto de vista da sua capacidade legal e da articulação entre entidades, não tem permitido prevenir o que está a acontecer.

Pesca Lúdica: Esboço da portaria que revoga o defeso do sargo no PNSACV não passará disso mesmo, lamentável!


Durante o primeiro semestre do ano em curso, as Câmaras Municipais da zona de intervenção do PNSACV, em parceria com as Associações representativas da Pesca Lúdica, discutiram, reuniram e refletiram com a Senhora Secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza Dra. Célia Ramos e o Senhor Secretário das Pescas Dr. José Apolinário, a necessidade de alterar a Portaria, no sentido de abolir de imediato o defeso do sargo, por um lado, e ver suspensas as Áreas de Proteção Parcial I Marinhas, permitindo a atividade da pesca lúdica até à Revisão do atual Regulamento do PNSACV.

Nesse sentido, de forma consequente e responsável, da parte do Gabinete do Secretário de Estado das Pescas, Dr. José Apolinário, foi elaborado um primeiro esboço de Portaria que revogava o defeso do sargo no PNSACV.

Por seu turno, a Secretária de Estado Dra. Célia Ramos “escudando-se” num estudo elaborado por “sumidades” desta matéria, que não os pescadores obviamente, não viabilizará a alteração à referida Portaria.

Cientistas «NÃO SABEM» se a Ria Formosa ainda é o santuário do Cavalo-Marinho

Investigadores sabem que há um decréscimo das populações e identificaram algumas
das causas. No entanto, estes animais continuam presa fácil para a captura ilegal.

Em meados de novembro, na estação de autocarros de Marbella, em Málaga, três portugueses vindos de Olhão, tentam vender 7 quilos de cavalos-marinhos secos (2133 exemplares no total), por 10 mil euros. Os recetadores querem levar a mercadoria para a China, onde são usados como afrodisíacos, uma espécie de «Viagra» da medicina tradicional. Correu mal. A Guardia Civil apanhou-os em flagrante e cinco pessoas foram detidas.

No início de março, uma nova apreensão fez manchetes na imprensa espanhola, desta vez em Puerto de Santa María, Cadiz. Estas notícias não passam despercebidas aos biólogos Jorge Palma e Miguel Correia, que desde 2007 estudam as espécies Hippocampus hippocampus (focinho curto) e Hippocampus guttulatus (focinho longo), as mais vulgares na Ria Formosa.

«Sabemos que há pessoas que os capturam por meios ilegais, quer por mergulho, quer por arrasto, ambos interditos. Um dos problemas dos cavalos-marinhos é a fertilidade, que é muito baixa. O macho pode libertar 200 a 300 juvenis, mas, em meio natural, pouquíssimos sobrevivem. Toda a população acaba por não ter capacidade de gerar um descendência em número suficiente. Se forem retirados do ambiente aos milhares como estão a ser atualmente, rapidamente esta população pode entrar em colapso», explica Jorge Palma.

Governo garante fim do defeso do sargo na Costa Vicentina «assim que possível»

Fonte imagem: Comissões de Pescadores e Populações
O período de defeso da espécie sargo na área do Parque Natural da Costa Vicentina e Sudoeste alentejano (PNCVSA) tem os dias contados. A revogação desta proibição temporária à pesca lúdica vai ser publicada em Diário da República «assim que possível», garantiu o secretário de Estado das Pescas José Apolinário, numa reunião que manteve com as Comissões de Pescadores da Costa Portuguesa, em Aljezur.

José Apolinário e Célia Ramos, secretária de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, reuniram-se com as comissões que representam os pescadores lúdicos, presidentes de Câmara da Costa Vicentina e dirigentes do Instituto de Conservação da Natureza Florestas (INCF), na passada semana. Também estiveram no encontro deputados à Assembleia da República.

Um primeiro esboço da portaria que irá ser publicada em breve, à qual o Sul Informação teve acesso, revoga o período de defeso de pesca de sargo, ao mesmo tempo que aumenta num mês o período de proibição de apanha de bodiões, uma sugestão avançada pelos pescadores lúdicos.

Os sargos apreendidos no SW Alentejano e Costa Vicentina


Os sargos apreendidos encontravam-se numa saca escondida no meio das rochas de um dos pesqueiros...

Apreendido peixe capturado ilegalmente no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

O Comando-local da Polícia Marítima de Lagos realizou, no dia 5 de março, uma operação de fiscalização da orla costeira, no interior do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, nomeadamente à atividade de pesca do sargo que se encontra no seu período de defeso, tendo apreendido uma saca contendo 11 kg de sargo.

Os sargos apreendidos encontravam-se numa saca escondida no meio das rochas de um dos pesqueiros, não tendo sido possível identificar o seu proprietário.

Foram ainda fiscalizados oito pescadores lúdicos, que se encontravam em situação legal.

Pesca lúdica PNSACV resposta do Secretario de Estado das Pescas

Pesca lúdica questões ao Secretário de Estado das Pescas

Fonte: Rodrigo Zacarias