Governo pondera criar novas áreas de protecção para aves marinhas


Portugal vai ter três novas zonas marinhas protegidas, uma ao largo da Figueira da Foz, outra em Peniche, junto às Berlengas, e por fim no Algarve (junto à Ria Formosa), para defesa de aves marinhas.

A designação de novas áreas de protecção especial para aves marinhas nas zonas da Berlenga, Figueira da Foz e Ria Formosa está a ser ponderada pelo Governo, revelou hoje o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.

A análise técnica que está mais adiantada é a da Berlenga, processo sobre o qual “houve mesmo alguma interacção de discussão pública”. Ainda assim, adiantou, nenhuma das classificações é iminente e cada uma delas não avançará “sem a devida discussão pública e audição das partes interessadas”.


“O dever de estender a Rede Natura 2000 ao mar faz parte da agenda europeia. Portugal tem a vantagem de ter havido um estudo, o projecto Life, que avaliou onde estão as zonas particularmente ricas para certas aves marinhas e é esse estudo que fundamenta as propostas técnicas que estamos a apreciar”, referiu.

Humberto Rosa explicou que a classificação implica “deveres particulares de não interferência e protecção das aves” sem que se anteveja a necessidade de impor restrições significativas.

Isto porque o facto de as aves permanecerem nesses locais actualmente “denota compatibilidade com as práticas que lá decorrem, nomeadamente piscatórias”.

“A própria actividade piscatória acaba às vezes por ser benéfica, ao gerar, por exemplo, restos que as próprias aves podem aproveitar. Creio que os pescadores são um pouco os nossos tutores das aves marinhas no sentido de as respeitarem e até poderem ser proactivos na sua conservação”, disse o governante.

Com a extensão da zona económica exclusiva (ZEE) de Portugal, de 200 para 300 milhas marítimas, em resultado do alargamento da plataforma continental, as responsabilidades de Portugal no quadro da defesa ambiental também se reforçaram à luz das directivas da UE.


Fonte: Publico

Armadores portugueses ponderam desobediêcia ao acordo de quotas de pesca


Os armadores de pescas industriais portugueses consideraram que o acordo sobre quotas pesqueiras revela subserviência da UE a interesses externos e admitiram juntar-se a espanhóis e franceses no incumprimento do regulamento.

"Lamentamos muito que a Comissão Europeia continue com uma estratégia completamente suicida do setor de pescas europeu", afirmou o presidente da Associação dos Armadores de Pescas Industriais, Miguel Cunha.

Para Miguel Cunha, a Comissão Europeia mostrou ser "subserviente aos interesses de países externos à União Europeia", adiantando que "a Noruega aumentou o TAC (Totais Admissíveis de Capturas) em 16%, mas baixou em 43% as oportunidades de pesca da frota comunitária dentro de águas norueguesas".

Uma situação que Miguel Frota classifica como "inadmissível" já que significa que "o mercado está escancarado para os produtos vindos da Noruega, nomeadamente o bacalhau, e a Comissão Europeia não tem capacidade para fazer fazer prevalecer o seu peso".

Para o presidente da associação, o caso é ainda mais grave porque "num momento em que a UE está a passar momentos dificílimos e em que tem que criar riqueza e emprego, a Comissão Europeia é a primeira a assassinar um setor altamente rentável e competitivo".

Desobediência civil

Por isso, a Associação dos Armadores está a ponderar uma forma de, juntamente com os homólogos espanhóis e franceses, "fazer desobediência civil ao regulamento comunitário".

Admitindo que já conversou sobre a possibilidade de não cumprir este regulamento de Bruxelas com os colegas espanhóis, Miguel Cunha sublinhou que a situação é "inaceitável" e que "o mercado europeu é o maior do mundo em termos de pesca mas importa dois terços daquilo que consome".

Os ministros das Pescas da UE chegaram hoje de madrugada, em Bruxelas, a um acordo sobre as quotas de pesca para 2011.

Já esta manhã, o ministro da Agricultura e Pescas, António Serrano, considerou que os interesses portugueses foram "salvaguardados" no final das negociações "muito difíceis".

"Foi muito difícil, mas penso que salvaguardámos a matéria principal do interesse português", disse António Serrano, embora reconhecendo que não está totalmente satisfeito.

Os pescadores portugueses vão pescar em 2011 uma quota 4% maior de bacalhau e 7% no caso da palmeta, uma das preocupações de Lisboa antes do início das negociações.

Um segundo objetivo de Portugal tinha a ver com o plano de recuperação da pescada e do lagostim, em que a Comissão Europeia queria uma "redução drástica" dos dias de pesca das embarcações portuguesas, espanholas e francesas.

As 120 embarcações portuguesas de pesca destas duas espécies, que em 2010 podiam laborar apenas durante 158 dias, passam em 2011 para 98 (uma redução de 18%) barcos que irão pescar durante 142 dias.

Por seu lado, a quota de pescada aumenta em 15%, mas a de lagostim diminui 10%.

Fonte: Comunidade

Este espaço deverá permanecer online em 2011?

Esta a decorrer até ao dia 15 de Janeiro uma votação (lado direito inicio) para apuramento de opinião dos frequentadores deste espaço de qual será o rumo do mesmo apartir de 15 de Janeiro de 2011, não custa muito votar, a sua opinião conta.

As possibilidades de voto são:

- Só convidados
- Sim
- Não

Obrigado

Nota: Se a primeira opção ganhar agradeço que quem votar na mesma coloque o contacto de e-mail e identificação nos comentários (não será divulgado), uma vez que para efectuar os convites terei de ter um e-mail, e depois com o espaço aberto apenas a convidados vai ser difícil me contactarem a solicitar convite.

Cumprimentos e Boas Festas.

William Trubridge - 101 m - Record do Mundo mergulho livre


O hectómetro tem finalmente um registo, William Trubridge, tornou-se o primeiro Homem a chegar à marca dos 100 metros de profundidade em apneia sem assistência (barbatanas ou auxiliar de subida). William Trubridge chegou a 100 metros depois de uma única inalação de ar.

Piloto automático

Trubridge diz não lembrar de muitas coisas que ocorreram durante a nova quebra de recorde, pois, segundo ele, o mergulho foi feito no "piloto automático".

"Isto se torna parte de sua memória muscular, de seu subconsciente. Isto significa mais movimentos eficientes e, com o seu cérebro fora de acção, ele usa menos oxigénio", disse o neozelandês ao jornal "The Dominion Post".

O mergulhador diz que muitas de suas técnicas são decorrentes da prática do ioga.


William Trubridge - Dezembro 12 2010 - 100m World Record CNF Freedive - Video de Fundo



William Trubridge - Dezembro 12 2010 - 100m World Record CNF Freedive - Video de Superfície




Dean Blue Hole - O santuário do mergulho livre

Imagine uma piscina água salgada, com águas quentes e calmas que executar 203 m de profundidade, onde vivem pargos, peixes tropicais multicoloridos, zona que é patrulhada por tarpões prateados e visitado por raias curiosas, tartarugas e pequenos cavalos-marinhos. Uma catedral subaquática decorada com luz e vida.



A 203 metros (660 pés), Dean é o “Blue Hole” buraco azul, mais profundo do mundo, e a segunda maior câmara subaquática. Ele está contido em 3 lados por um anfiteatro de pedra natural e do terceiro lado por uma lagoa azul-turquesa e praia de pó branco. Nunca há qualquer ondulação ou vagas dentro do buraco, e a visibilidade é geralmente entre 15 e 30 metros (50-100 pés). Na superfície do “Blue Hole” é 25 x 35 m (80 x 120 pés), mas abre depois de 20m (60 metros) em uma caverna com um diâmetro de pelo menos 100 metros (330 pés).

É ainda desconhecido como “Dean Blue Hole” foi formado, como é quase duas vezes tão profunda como qualquer outro “Blue Hole” no Caribe que foram formadas quando câmaras de calcário cederam de cima. Uma hipótese é que uma caverna muito mais profunda foi ligeiramente movida para cima.




Um cardume de tarpões em suspensão nas sombras a 30 m (100 pés) e uma tartaruga amigável, por vezes, vem o buraco para uma pausa das ondas do oceano. Os corais, cavernas e bancos de areia do lado da entrada do porto, todos os tipos de peixes de recifes tropicais, meros e pargos.


Método

Vertical Blue é uma escola de mergulho livre fundada sobre três pilares da Academia Apnea:

- Sensibilização
- Segurança
- Gozo

Qualquer prática que não possui um desses elementos será incompleta, o objectivo é alcançá-los todos ao mesmo tempo atendendo aos objectivos individuais do aluno. Na Vertical Blue o curso teórico é integrado perfeitamente com exercícios práticos, tanto mentais como físicos, numa abordagem equilibrada que promove a aprendizagem.


A investigação da física, a fisiologia e a psicologia dos cumprimentos como um desporto, onde se é guiado através de exercícios precisos para melhorar as performances de apneia, aprendendo como aproveitar ao máximo a respiração, a fim de usá-lo como uma ferramenta para relaxamento e mergulhos livres mais longos e mais profundos.

Na sua formação para tentativas de recorde mundial o Director William Trubridge, desenvolveu várias técnicas completamente novas e exercícios de treino, sendo estes incorporados no programa do curso de 5 dias avançado.

Eles incluem:

- “MinEE”
- A estratégia de mergulho para minimizar o gasto de energia
- “No warm-up” de mergulho para reforçar o mergulho reflexo
- Divisão da pirâmide de treino para construir uma base de aptidão e apneia
- Regressão infinita através de yoga
- Subordinada programação da mente inconsciente

Fonte: Stuff.co.nz Vertical Blue

Feliz Natal e próspero Ano Novo


Desejo um Feliz Natal e um próspero Ano Novo a todos os frequentadores deste espaço, bem como às suas famílias.

Pescadores chegam a terra com todo o peixe já vendido


Sistema adoptado pela ArtesanalPesca dá novo impulso ao sector e à economia local

Os pescadores de Sesimbra estão a conseguir maior rentabilidade, através de acordos com grandes superfícies comerciais para a venda de peixe-espada preto e de polvo. O resultado foi alcançado pela ArtesanalPesca, uma organização de produtores.

"O pescador quando chega à terra sabe que apanhou tantos quilos e que vai ganhar tanto. Já não anda à sorte", explica Manuel Pólvora Santos, director da ArtesanalPesca e um dos 42 produtores associados. "Tem agora a garantia de que o peixe está vendido e é um preço justo aquele que conseguimos no mercado", acrescenta.

"Somos a única organização de produtores a ter contratos para a compra do peixe aos pescadores sem entrada na lota", congratula-se o presidente Manuel José Alves, que considera que se está "a assistir ao renascer das actividades da pesca e do mar em Sesimbra".

Movimentando um milhão de euros por mês, a ArtesnalPesca é também, diz o responsável, "a única que tem estruturas próprias em terra para a valorização dos produtos do mar".

Com 42 trabalhadores, a organização fundada em 1986 aumentou recentemente para o triplo a sua capacidade de congelação e armazenamento de produtos, com a modernização e ampliação das instalações. O projecto, financiado em 40% pelo programa operacional da pesca PROMAR, custou 2,2 milhões de euros.

Congelar 200 toneladas/dia

Os armazéns compostos actualmente por quatro câmaras para congelados e refrigerados, dois túneis de congelação rápida e um tanque de congelação para a sardinha que serve de isco têm agora capacidade para congelar 200 toneladas de peixe por dia.

O trabalho que é feito abrange a captura, a congelação, embalamento e comercialização. "Metemos no mercado, em lota, o que é para o dia. Depois congelamos e embalamos inteiro ou em postas", esclarece Manuel Pólvora Santos, frisando que a ArtesanalPesca tem acordos com todas as grandes superfícies comerciais.

A última conquista é a do polvo, que é embalado exclusivamente para ser vendido nos supermercados Pingo Doce. A etiqueta sai do armazém da ArtesanalPesca já com o preço de venda ao público, custando o quilo 5,99 euros.

"Este é o caminho que temos de seguir evitando que os produtores sejam a parte mais desfavorecida deste sector que vai desde a captura até à chegada à mesa do consumidor", realça o presidente da autarquia, Augusto Pólvora, frisando que a ArtesanalPesca "é um exemplo a nível nacional e local".

Para o secretário de Estado das Pescas e da Agricultura, Luís Vieira, é de organizações como esta que o país precisa para trazer mais valias para os pescadores.

"Trata-se de uma organização de base em que as pessoas começaram a acreditar que dar as mãos é a melhor forma de se valorizarem", disse ao JN, adiantando que a ArtesnalPesca é uma das mais importantes organizações de produtores do país.

ArtesanalPesca

Fonte: JN

16:9

The Rock

Avi fauna

Caneiros

"Between sky and scrapers"

Sólido Vs Líquido

The Bay

Portinho de pesca da Azenha do Mar

Rumar às vitórias


Nos tempos idos de Direito em Coimbra, entre nós, estudantes, havia quem sublinhasse o apego ao desporto. Com chuva ou com sol, fosse curta ou longa a noite, um de nós dirigia-se invariavelmente de madrugada para o Mondego. Treinava-se com denodo. Queria ganhar títulos. E ganhava. Não vivia sem o seu compromisso com a modalidade. Prolongou-o, mais tarde: desde 2004 é presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC). Falo de Mário Santos. Que foi eleito Chefe de Missão para as Olimpíadas de 2012.

Num país submerso numa “futebolização” castradora, a canoagem é o paradigma do crescimento sustentado de uma modalidade. Sem sofismas e sem lamurias. Sem desculpas na dependência do Estado. Um projecto em que se vê uma estratégia a prazo e medidas para a tornar plausível. Tudo mudou com a chegada de Mário Santos e o rejuvenescimento da FPC.

Rejuvenescimento em visão e, acima de tudo, em paixão. Intuiu-se que Portugal tinha as condições físicas e ambientais para ser uma potência. Planeou-se a emergência de massa humana para almejar o topo. Compreendeu-se que vale a pena investir para ganhar ou estar sempre próximo de ganhar. Para isso, houve que alterar regulamentos e práticas, de modo a premiar quem tivesse mais atletas jovens, mais atletas novos e atletas com mais qualidade.

Em 6 anos:

- Onde antes havia 1.700 atletas, agora há 2.300;
- Onde antes havia 850 menores de 16 anos a praticar, agora há quase 1.300;
- Onde antes se exibia uma medalha internacional, agora exibem-se 17 medalhas internacionais só em 2010, e muitas vencedoras;
- Onde antes ia um atleta a Jogos Olímpicos, agora estão dez no Projecto Olímpico.

Um dos traços essenciais foi enriquecer a base de recrutamento e tirar frutos depois no alto rendimento – onde chega a elite. A grande aposta da FPC é, para qualificar a elite, o desporto universitário. Com um protocolo “estrangeirado” com a Universidade de Coimbra e o aproveitamento do Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, ultrapassou-se a dificuldade de inconciliação de atletas universitários e talentosos: uma residência universitária modelar, treinadores e praticantes a viver em estágio permanente, agilidade nos estudos e aproveitamento escolar, desportistas com uma carreira, quase todos no trilho do olimpismo.

Chegaram naturalmente os títulos de campeões do Mundo e da Europa.

O outro ponto da filosofia era transformar Portugal num país de acolhimento de estágios e de provas internacionais, aumentando o peso relativo do país. Veja onde se está hoje: depois do sucesso do Mundial de Maratona de 2009, em Gaia, em 2012 teremos cá o Europeu de Velocidade de Juniores e de Sub-23 e, em 2013, a Taça do Mundo e o Campeonato da Europa de Velocidade. E, este ano, estarão 300 (!) estrangeiros das maiores potências mundiais a estagiar nos “training camps” do nosso inverno.

A estratégia foi certa e o Estado podia ver nela uma “carta” para a sua acção: ouviremos falar de canoagem em Londres’2012. Onde o estudante que se levantava mais cedo para se treinar no rio, e que ainda corre para vencer nas pistas dos “veteranos”, levará, justamente, a bandeira de Portugal!

Ricardo Costa

Fonte: Record

O Bom, o Mau e o Vilão

Foto transformada dos Amigos, Coucello,
Zé Carlos
e Ricardo algures em Corrubedo

Será uma sequela do clássico "The Good, The Bad and The Ugly", talvez, mas este filme é outro, a fiscalização continua ao sabor de ventos e marés neste País, as interpretações são distintas, as Portarias uma confusão, as entidades de direito legislam mas não sensibilizam e nem tão pouco identificam locais de proibições ou permissões e os autos vão sendo levantados, sem se saber verdadeiramente o que irão dar...

O Bom

É verdadeiramente por dualidade de critérios o pescador lúdico, porque paga uma licença, e conforme determinados espaços geográficos tem direitos e obrigações distintas do resto da população. O pescador lúdico que pratica caça submarina unicamente, vê a sua actividade ser colocada num patamar bem diferente da pesca apeada ou embarcada em termos de valor de licença, direitos e obrigações, quer temporais, locais e extractivas. O pescador lúdico que está protegido por quedas à noite, pois a legislação só o deixa pescar nas praias.

Mas o bom é também o agente da Autoridade com competências para fiscalizar a pesca lúdica, aqueles agentes que passam coimas e levantam autos e não olham a meios para as aplicar, a bem do financiamento parcial da sua entidade e da do Estado.

O pescador profissional, aquele que enfrenta os contratempos da natureza, que arrisca a vida no mar e que nenhuma legislação o proíbe de ir para o mar em dias maus, ou o obrigue a vestir um colete salva vidas sempre que anda no mar com mar mais mexido (tipo cinto de segurança). O pescador profissional que faz tudo para que tenhamos peixe à mesa.

O Mau

Será sempre o pescador lúdico, porque vai para o mar, "delapida" recursos que seriam uma mais valia em termos de rendimento para oito dezenas de mariscadores profissionais que se acham no direito de ter um recurso natural só para eles. Pescador lúdico esse, que apanha peixe, que eventualmente em tempos de crise, ou motivado por questões sazonais de carência de trabalho, vai para o mar capturando e vendendo alguns peixes para colmatar a carência financeira, mas que foge ao fisco, vende peixe a particulares e a restaurantes mais barato que os peixeiros que compram o peixe a um e vendem por três, mas pagando imposto. Pescadores lúdicos esses que também por falta de um neurónio ecológico em alguns, despejam todo o lixo que levam para o mar (cigarros, latas de cerveja, maços de tabaco, sacos de plástico, etc), tendo os restantes, com os neurónios q.b ter de pagar com autenticas lixeiras em locais que mais deveriam ser santuários que outra coisa. Mau também porque coloca as espécies em vias de extinção e é forçado a restrições de captura de espécies que em lado nenhum do mundo estão em vias de risco sequer, falo do sargo e da restrição de capturas para a pesca lúdica apenas. Um pescador lúdico que pega numa arma de pesca/caça submarina é um verdadeiro terrorista dos mares mesmo que seja selectivo nas suas jornadas, já um pescador profissional que numa rede emalha tudo e mais alguma coisa é diferente por pertencer a uma actividade profissional.

Mas o mau também é o agente que passa os autos, aquele que não sensibiliza, aquele que caça multas, aquele que fecha os olhos à pesca profissional (e não me venham dizer que não tem meios, pois estão bastante bem equipados), são aqueles também que reconhecem que está mal, mas que cumprem ordens apenas porque um dia juraram um dever de lealdade e um código de conduta (coisa que nos tempos que correm duvido que exista).

O pescador profissional porque captura tudo o que consegue para trocar por dinheiro, sem que tenha as questões de sustentabilidade patentes. Muito menos terá a sensibilidade de não poluir o meio que lhe dá o pão (basta que vejamos qualquer porto de pesca na area do PNSACV por exemplo). O pescador profissional que coloca panos de redes durante os fins de tarde de maré cheia junto ás falésias, para que de madrugada, sem que ninguém veja as possa recolher cheias de sargos na altura do falso defeso do sargo.

O vilão

Por fim o Vilão é todo aquele que pratica actos indignos, mas quer pescadores lúdicos, pescadores profissionais, agentes da autoridade ou o comum dos mortais a esta facção pertencerão...


"a Policia Marítima tem um contingente que não chega a 600 elementos a nível Nacional! Logo acredito que não será fácil cobrir toda a orla costeira"

Capitanias: Caminha, Viana do Castelo, Vila do Conde, Leixões, Douro, Aveiro, Figueira da Foz, Nazaré, Peniche, Cascais, Lisboa, Setúbal, Sines, Lagos, Portimão, Faro, Olhão, Tavira, Vila Real de Santo António

Dos 600 elementos, se for esse o número, dividindo por 19 Capitanias em Portugal dará aproximadamente 31 agentes por Capitania, será um facto que algumas Capitanias terão mais agentes que outras, mas em média 31 agentes para cada Capitania não me parece pouco.

Aliado ao facto que existe agora competências delegadas na UCC e dentro dos Parques Naturais existe também os vigilantes do ICNB, I.P., somando os agentes do SEPNA - Equipa de Protecção da Natureza e do Ambiente.

É muito agente mesmo, com delegações e competências de fiscalização para uma actividade lúdica, será que a pesca lúdica está englobada na criminalidade violenta que tem assolado o país?

Creio que seja mais que suficiente efectivos embora infelizmente a fiscalização efectiva apenas recai a “meia dúzia” de utilizadores de costa os tais pescadores lúdicos, e quando digo “meia dúzia” refiro-me a determinadas zonas que pecam por excesso em detrimento de outras zonas ou actividades.

Não tenho visto por exemplo, relatos de patrulhamentos ou fiscalização aos barcos de pesca profissional, pelo menos aqui por estes lados tenho observado barcos desses a colocar redes junto a borda de água (entenda-se 5/10/15 metros da pedra/falésia), mesmo perto do posto da UCC que ultimamente sofreu melhoramentos de equipamento a nível de controlo costeiro, teriam obrigação de estar dotados de melhores condições...

Baleia em tamanho real


Ao aceder a estas fotos terá o privilégio de observar
uma baleia em tamanho real no monitor

Fonte:
WDCS - Guia de espécies

WDCS – Whales and Dolphin Conservation Society


WDCS é bem conhecida em todo o mundo pela sua forte posição sobre questões de conservação e pela sua dedicação à protecção das espécies de cetáceos e suas populações em todos os lugares/oceanos, espaços que eles chamam de casa.

Além de exigir um nível elevado de investigação por parte dos seus investigadores, a WDCS também trabalha para melhorar o bem-estar de todos os cetáceos, promovendo a sua protecção, como indivíduos, comunidades, populações e espécies.

Como guardiãs dos interesses desses seres únicos, trabalham no sentido da protecção a longo prazo de seus ambientes naturais, no sentido de assegurar que terão a liberdade de expressar os seus comportamentos naturais, alargando o manto de protecção legal para garantir que os cetáceos são reconhecidos e protegidos, como indivíduos.

Estabelecida em 1987, a WDCS – Whales and Dolphin Conservation Society, é a líder caridade global dedicada à conservação e bem-estar de todas as baleias e os golfinhos (também conhecido como cetáceos).

Em suma, são a voz do mundo para a protecção desses animais, criando pressão para fazer a mudança nesse sentido.

O que isso significa?

Simplesmente, devemos defender estas criaturas notáveis contra as muitas ameaças que enfrentam.

- Caça
- Cativeiro
- Poluição química e sonora
- Colisões de embarcações
- Emaranhado em redes de pesca (capturas acessórias)
- Alterações climatéricas

Fazem isto do financiamento arrecadado, bombeando-o de volta para as campanhas e projectos em todo o mundo onde realmente tem um impacto…

Fonte: WDCS

Tormenta



Excerto do filme/documentário "Oceans"

Pode ou não pescar à noite?! Parte III

Relativamente à tematica colocada em Pode ou não pescar à noite?! e Pode ou não pescar à noite?! Parte II abordei um amigo que é agente da UCC - Unidade de Controlo Costeiro com a mesma pergunta:

- Pode ou não pescar à noite?!

Ao que me respondeu:

- Apenas em praias não concessionadas.

Tem passado vários autos no concelho de Odemira, que são remetidos ao ICNB. I.P., não sei, qual o procedimento dos outros destacamentos da UCC a nível nacional, nem tão pouco qual será o rumo ou caminho que esses mesmos autos irão ter, uma vez que a falta de "e nos pesqueiros autorizados pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, I.P. (conforme disposto no n.º2, do artigo 4.º da 458-A/2009), é da responsabilidade do referido Instituto Público.

Concluído e resumindo:

- Se formos à pesca do safio/moreia/abrotea (peixes com hábitos nocturnos) só o poderemos fazer por meio de caça submarina, se pretendermos capturas, uma vez que é praticamente impossível capturar estes organismos de dia (na linha de costa a pouca profundidade na pesca apeada)

- Poderemos ser autuados se formos fiscalizados a pesca de noite pela UCC.

- O auto é remetido para o ICNB, I.P., Instituto que à um ano deveria ter tratado de resolver este problema da lei, não o fez, agora recorre de autos para uma vez mais se financiar por um erro que cometeu, lesando uma vez mais os residentes e não residentes na área do PNSACV.

- Pescar em praias (salvo exepções de substrato rochoso) poder-se-ão efectuar capturas de safio/moreia/abrotea, embora praticamente seja quase impossível garantir boas capturas de exemplares de grande porte, é que existem organismos destes em algumas praias, são é juvenis.

Nota: Acredito e tenho fé que esta situação seja resolvida em breve (Fevereiro de 2011, com alteração de portarias), que não sejam limitados locais para a pesca nocturna de espécies territoriais de ocorrência sazonal (safio/moreia/abrotea, ocupam uma toca/buraco e permanecem lá de dia, saindo à noite à procura de alimento, regressando na madrugada ao local de repouso diurno), enquanto uma toca esta ocupada nenhum outro organismo dos três a ocupa (salvo excepções de tocas comunitárias um ou mais buracos), esse organismo irá permanecer nessa zona e toca até ser capturado ou morrer de causas naturais, "normalmente" o espaço médio de aparecimento de outro organismo na toca é de 1 mês, ou melhor, um mês lunar onde o ciclo completo leva 29 dias e meio.

Pescadores contra proibição da pesca lúdica na Costa Vicentina vão voltar à carga

Um pescador lúdico na
Costa Vicentina

Os pescadores lúdicos e da apanha de marisco prometem voltar a sair à rua em manifestações em todo o país.

Em causa está, de novo, a proibição da apanha de marisco no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) a não residentes do parque, bem como o regulamento da pesca lúdica para este território.

No passado, as medidas já levaram milhares de pescadores a participarem numa marcha lenta entre Lagos e Sagres e em duas manifestações, em Odemira e Lisboa.

David Rosa, um dos representantes das Comissões de Pescadores e População, disse ao «barlavento» que os pescadores estão descontentes com a proibição de pescar à quarta feira e à noite, na zona do Parque Natural, e querem ser autorizados a usar de novo os instrumentos de mariscar tradicionais.

Esta Comissão quer ainda que o Governo não discrimine os pescadores do resto do Algarve, Alentejo e outras regiões do país, que não podem mariscar no Parque Natural, pois não são residentes. «As leis têm que ser para todos, por isso consideramos que têm que ser alteradas».

Por outro lado, os pescadores, tal como sempre foi dito durante as manifestações que promoveram, consideram que estas regras, em vigor há mais de dois anos, prejudicam a economia dos concelhos integrados no Parque Natural.

Uma economia que sobrevive, no Inverno, devido aos milhares que se deslocam à Costa, para praticar aquele passatempo.

As Comissões de Pesca Lúdica da zona do Parque Natural entregaram já uma proposta de revisão desta legislação, no âmbito da discussão pública do Plano de Ordenamento do PNSACV, que decorreu até ao final de Abril do ano passado.

Um dos alertas que é feito também neste documento entregue à tutela e a que o «barlavento» teve acesso é o valor demasiado alto das coimas a aplicar, visto que este é um desporto generalizado e de origem popular.

Fonte: Barlavento

A 11.ª praga do Egipto


E, de repente, o paraíso dos banhistas e mergulhadores transformou-se num refeitório para tubarões. Enquanto os cientistas procuram respostas para os ataques em Sharm el-Sheikh, Israel já teve de garantir publicamente que não se trata de uma acção dos seus serviços secretos.

A vida decorre tranquila numa estância balnear, até que, um dia, uma série de ataques de tubarão lança o pânico na região. As autoridades tentam conter os danos, mas, logo a seguir, regista-se a primeira morte. Nessa altura, o alerta geral é dado e, enquanto os turistas são proibidos de entrar no mar, especialistas vindos de fora tentam perceber o que se passa.

Parece a sinopse do velho clássico Tubarão, mas é exactamente o que se passou na última semana em Sharm el-Sheikh, Egipto, uma das mais afamadas estâncias balneares e de mergulho do mundo. O primeiro susto já tinha acontecido dias antes, com os ataques a três turistas russos e um ucraniano, mas foi no domingo, dia 5, que a situação ganhou o dramatismo que nos traz à cabeça as imagens do filme de Steven Spielberg. O corpo de uma turista alemã de 70 anos deu à costa, com a perna direita dilacerada por dentadas de tubarão.

A cena foi horrível. "A água borbulhava como numa máquina de lavar. Eu andava aos tombos por entre o sangue. O tubarão continuava a golpear e a morder aquela pobre mulher e eu mal conseguia manter-me à superfície", relatou ao jornal The Guardian uma turista, Ellen Barnes, que estava na água quando se deu o ataque fatal. Mas isto não representou apenas uma escalada na violência: quando aconteceu, já a opinião pública estava a ser convencida de que os culpados tinham sido apanhados.

O turismo é uma fonte de receita essencial para o Egipto - emprega 11 por cento da população activa e, este ano, espera-se que faça entrar no país cerca de 8,8 mil milhões de euros. Dois terços deste total são gerados pelas estâncias balneares, contabiliza o Guardian. Por isso, não espanta que os ataques iniciais tenham dado origem a uma maciça caça ao tubarão nas águas do Mar Vermelho. A televisão egípcia divulgou imagens da captura de pelo menos um dos dois tubarões-de-pontas-brancas que teriam molestado os turistas.

Não eram eles. Ou, pelo menos, não eram apenas eles. E lá se vão as semelhanças com o filme, onde a vaga sangrenta se devia apenas a um tubarão "psicopata"... Especialistas internacionais apontam agora para a hipótese de haver outra espécie envolvida nesta vaga sangrenta: o tubarão-mako. E aqui a trama, como em qualquer filme de suspense, adensa-se. Tanto o pontas-brancas como o mako são tubarões de mar aberto e, por isso, raramente são vistos perto da costa. Por que razão estariam eles agora a caçar em águas pouco profundas, atacando, ainda por cima, seres humanos?

Assassinos ou vítimas?

Não são, propriamente, meninos de coro: os pontas-brancas são mesmo considerados os maiores responsáveis por mortes humanas no mar devidas a ataques de tubarão. Mas não em episódios individuais. Por causa da sua abundância e agressividade, eram eles que dizimavam os marinheiros que sobreviviam ao afundamento dos seus vasos de guerra durante a Segunda Guerra Mundial.

Muitos mergulhadores relatam episódios em que se viram na presença de tubarões-de-pontas-brancas, sem que se tenham sentido ameaçados. Mas reconhecem que se trata de uma espécie com um comportamento menos tímido do que a generalidade dos tubarões. Isto pode dever-se ao facto de habitarem águas muito despovoadas, em que qualquer presa potencial deve ser considerada. E se os mergulhadores, com fatos vestidos e uma noção apurada do que se passa em seu redor, são relativamente fáceis de identificar, já os banhistas e as pessoas que observam recifes com máscara - e que chapinham à superfície - são mais susceptíveis de serem confundidos com presas.

Com um comprimento que pode atingir os quatro metros, os pontas-brancas são um predador formidável, mas não são eles que atacam banhistas e surfistas. Pelo menos até aqui. As notícias e imagens dramáticas que de vez em quando nos chocam são, normalmente, protagonizadas por espécies como o tubarão-branco, o tubarão-tigre ou o tubarão-touro. A questão, portanto, é perceber por que razão andam eles em águas costeiras, fora do seu habitat natural.Um pouco mais pequeno (até 3,2m), o mako é também susceptível de atacar humanos, mas é raro no Mar Vermelho. Em qualquer dos casos, porém, a balança tem pendido muito para o lado da espécie que domina o planeta. Outrora muito abundante, o tubarão-de-pontas-brancas tem agora o estatuto de "vulnerável" porque é o favorito dos gourmets para a sopa de barbatana de tubarão. Quanto ao mako, pela sua velocidade e capacidade para saltar fora de água, é considerado um valioso troféu de pesca desportiva.

Um relance do futuro

A sua presença nestas águas costeiras pode significar que encontram aqui a comida que a sobrepesca lhes roubou em alto-mar, mas há ainda outras explicações possíveis: diz-se que um cargueiro terá, recentemente, lançado ao mar várias carcaças de ovelhas mortas durante uma viagem pela zona, o que atrairia os predadores. Ou que os tubarões, devido à massificação do turismo, estariam a habituar-se à presença contínua de pessoas na água e o seu comportamento começava a passar do medo para a curiosidade (e, nesse caso, quaisquer objectos brilhantes, como jóias, poderiam atrair a sua atenção).

Ou ainda que os serviços secretos israelitas, a mítica Mossad, teriam lançado no Mar Vermelho um tubarão assassino para atacar a indústria turística do Egipto. Seria assim uma espécie de 11.ª praga, depois das dez que Deus, segundo a tradição judaico-cristã, fez cair sobre o povo do Nilo. Parece coisa para rir, mas o Médio Oriente não é sítio para brincadeiras e de Israel já vieram desmentidos formais.

Até porque os rumores iniciais acabaram por ter eco oficial. "Dizem que a Mossad soltou um tubarão assassino no Mar Vermelho para dar um golpe no turismo do Egipto. Não descartamos essa hipótese, precisamos de tempo para confirmar estas denúncias", avançou, em declarações à agência Reuters, o governador do Sul do Sinai, Abdel Fadil Shousha. Em Israel, a reacção não tardou: "Parece-me que os funcionários egípcios andaram a ver demasiadas vezes o filme Tubarão. A Mossad tem muitos assuntos bem mais importantes pela frente do que enviar tubarões para os vizinhos", confidenciou ao jornal El Mundo um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Seja como for, e enquanto mergulhadores, pescadores e cientistas tentam perceber o que se passa e os ecologistas receiam uma escalada no morticínio de tubarões, os banhistas vêem-se agora forçados a olhar para as quentes águas do Mar Vermelho sem poderem, sequer, molhar os pés, relata a BBC online. "Os turistas mantêm as suas actividades nos hotéis, podem continuar a embarcar nos barcos com fundos transparentes e a fazer excursões em terra. Podem fazer tudo menos tomar banho e mergulhar na área delimitada", enunciou o porta-voz das autoridades locais.

Talvez o susto passe e os turistas esqueçam rapidamente os ataques (em Portugal, agências contactadas pelo P2 não notaram qualquer oscilação na procura de um destino que, no mercado nacional, é relativamente marginal). Mas há quem receie que esta vaga de ataques tenha sido apenas um relance do que nos espera no futuro.

Fonte: Público

Final da Conferência de Cancún: Negociações climáticas retomam o caminho depois do desaire em Copenhaga


Os líderes deixaram Copenhaga para trás e colocaram as negociações do clima novamente nos eixos. Devolveram alguma confiança e começaram a construir um espírito de colaboração em varias áreas. Os países avançaram alguns passos em direcção a um verdadeiro acordo climático, e há novos países a emergir como lideres.

As decisões tomadas hoje na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas em Cancún no México, terminaram duas semanas de negociações difíceis e complexas envolvendo delegados, ministros e chefes de Estado. A Quercus acolhe parcialmente o resultado algo misto mas esperançoso que neste momento crucial são fundamentais para se atingir um novo acordo internacional sobre o clima.

A vontade política para uma acção vigorosa ainda não é suficientemente forte para uma resposta global adequada para fazer face à ameaça climática, mas as acções nacionais mostram que os países reconhecem a necessidade e os benefícios de uma economia verde, e as conversações no quadro das Nações Unidas requerem essa confiança.

De uma forma geral, os resultados de Cancún são mistos. No lado positivo, um número de progressos específicos incluindo o estabelecimento de um Fundo Climático Verde, um processo para avaliar os diferentes aspectos das perdas e danos causados pelas alterações climáticas e o registo das acções dos países em desenvolvimento assegurando suporte financeiro para a sua implementação. As decisões reconhecem também que as actuais metas de emissões não são suficientemente ambiciosas e que os países têm que estabelecer limites mais restritivos num ambiente de contabilização transparente que permita uma real avaliação do progresso das mesmas.

Continuam também a existir vários aspectos negativos relevantes. A Conferência não avançou na questão crucial da definição do futuro quadro legal climático e não estabeleceu um calendário para tal ser decidido. Algumas falhas importantes no Protocolo de Quioto como o excesso de direitos de emissão atribuídos a alguns países e as emissões da desflorestação, estão ainda por resolver. Não há ainda decisão sobre as fontes adicionais de financiamento ou mesmo um processo para as identificar.

A Quercus ficou muito satisfeita por ver a União Europeia contribuindo positivamente em áreas relevantes tais como a continuação do Protocolo de Quioto. É porém necessário impedir falhas que põe em causa a integridade ambiental de algumas decisões. Muito trabalho é pois ainda necessário. Os países têm de olhar para os novos dados da ciência que apontam para a necessidade da temperatura não aumentar mais que 1,5 ºC em relação à era pré-industrial. A União Europeia, neste sentido, tem de passar urgentemente para uma meta unilateral mais ambiciosa que os 20% actuais de redução entre 1990 e 2020, fixando-a em 30%. Portugal deve activamente defender este compromisso que deve ser tomado antes da próxima Conferência em Durban, na África do Sul, dentro de um ano.

Temos assim um caminho muito muito longo pela frente e um número de aspectos fundamentais que necessitam de mais trabalho. Os países necessitam de fechar o intervalo de gigatoneladas (1 Gt = 1 000 000 000 toneladas), entre os compromissos em cima da mesa e os que a ciência exige; de assegurar que o Fundo Climático Verde é suportado por fontes públicas seguras; de implementar os programas de acção sobre adaptação, reduzindo a desflorestação, e de efectuar as transferências de tecnologia estipuladas em Cancún; e ainda de trabalhar para a segurança do Protocolo de Quioto e de um resultado complementar vinculativo sob a Convenção Quadro.

O progresso obtido aqui em Cancún foi possível apesar de um conjunto de países que dificultaram o consenso e avanços bem mais profundos, como os casos do Japão, Canadá, Rússia e Estados Unidos, em claro contraste com posições de países como a Índia e a China que aceitam traçar metas de emissões para o futuro, mesmo que voluntárias.

Há que aproveitar o ambiente favorável da Cimeira de Cancún no caminho para Durban, que pelo menos permitiu ultrapassar o desaire negocial de Copenhaga no ano passado, num ambiente de maior transparência, confiança e multilateralismo.

Num final dramático, onde a oposição da Bolívia, que afirmou que os textos finais não asseguravam a continuação de um segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto, não estabeleciam datas nem percentagens de redução de emissões, e se estava a caminhar para um sistema não vinculativo que resultará num aumento de temperatura de 4º C, a Presidente da Conferência considerou os documentos adoptados por consenso, com a oposição formal daquele país.

Fonte: Quercus COP 16

Transformação ou estagnação



Fonte: Alexandra Abreu

Mar arrastou quatro pescadores, um morreu e outro está desaparecido

Um pescador morreu depois de cair à água na Lapa de Santa Margarida, na Arrábida, e outro está dado como desaparecido, disse hoje, segunda-feira, o capitão do porto de Setúbal, Duarte Cantiga.

"Nas últimas horas caíram à água quatro homens que estavam a pescar à cana numa zona rochosa conhecida por Lapa de Santa de Margarida, mas dois foram resgatados com vida, ambos com hipotermia e um com pequenas escoriações", disse Duarte Cantiga, adiantando que os dois pescadores foram transportados para o Hospital de São Bernardo, em Setúbal.

Segundo o capitão do porto de Setúbal, o primeiro caso terá ocorrido cerca das 12:15 de domingo, quando um homem de 25 anos caiu à água, provavelmente surpreendido pela forte ondulação do mar, tendo o corpo sido encontrado já sem vida.

Os outros três pescadores lúdicos também terão sido arrastados para água cerca das 05:40 de hoje, ao que se julga também eles surpreendidos pela forte ondulação.

Dois deles foram resgatados com vida cerca das 08:30, mas o terceiro elemento continua dado como desaparecido.

A Autoridade Marítima prossegue as operações de busca e salvamento para tentar resgatar o pescador que continua desaparecido, com um helicóptero da Força Aérea Portuguesa, a corveta Baptista de Andrade e duas embarcações semi-rígidas.

Fonte: JN

Pode ou não pescar à noite?! Parte II


Com base no Pode ou não pescar à noite?!

Recebi um comentário anónimo, ao qual agradeço pela sua amabilidade de interpretação, passando a citar:

"Quando se tenta perceber uma determinada legislação, importa não só ler e tentar interpretar os artigos e as alíneas, mas também tentar perceber o espírito da mesma, há que ter em a atenção o objectivo para que foi criada, neste caso no preâmbulo da Portaria n.º 458-A/2009, está escrito que “No que se refere à limitação do exercício da pesca lúdica entre o pôr e o nascer do Sol, procede -se ao alargamento das áreas onde a mesma é permitida, garantindo que se mantêm as restrições por motivos de segurança dos praticantes que a fundamentam, mas compatibilizando o regime com o previsto na alínea d) do n.º 1 do artigo 7.º da Portaria n.º 144/2009, de 5 de Fevereiro.

Quero com isto dizer que as restrições criada na actividade da pesca lúdica apeada à noite em falésias, tem como objectivo principal salvaguardar e zelar pela segurança de quem a pratica em locais menos seguros, e que, como sabemos é onde acontecem mais acidentes durante todo o ano.

Assim no n.º2 do art. 4.º da portaria Portaria n.º 458-A/2009 de 4 de Maio, diz que:
- Exceptua -se do disposto na alínea b) do número anterior a pesca à linha nos molhes, para lá do limite de 300 m da linha da costa em frente a áreas de praia concessionadas durante a época balnear, nas áreas de praia concessionadas fora da época balnear, nas áreas de praia não concessionadas, e nos pesqueiros autorizados pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB, I. P.), sem prejuízo do disposto na regulamentação da pesca lúdica.

Ou seja, se foram criadas limitações na pesca entre o pôr e o nascer do sol, não tinha lógica que os locais autorizados durante o dia fossem os mesmos autorizados para pescar à noite, ou então não fazia sentido existir esta limitação temporal, porque os pesqueiros seriam os mesmos.

A única questão aqui, é que ainda não foram “criados” ou estipulados quais serão os pesqueiros autorizados para pescar à noite por parte do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).

Tanto quanto sei, já estão a ser avaliados vários pesqueiros por várias entidades ao longo do PNSACV, para definir quais os locais a autorizar para a actividade da pesca lúdica em período nocturno.

Espero ter ajudado na medida do possível, esta é a minha interpretação conforme fundamentei."

Ora segundo essa mesma interpretação, contraponho com a seguinte fundamentação:

  • Embora à primeira impressão se pense que poderá colocar em risco a vida dos seus praticantes, é seguramente a vertente de pesca lúdica que menos perdas humanas e acidentes têm causado aos seus praticantes ao longo dos últimos tempos, refiro-me à pesca nocturna em falésias.
  • Para estas variantes de pesca (pesca de Falésia), dever-se a ter em consideração que os seus praticantes apenas procuram locais seguros, não fazem uma acção de pesca activa (andando de um lado para o outro), salvaguardam as condições do estado do mar, uma vez que sem as condições indicadas (mar manso) não justificará uma jornada, a lua cheia e quarto crescente não é aconselhável, as marés também deverão ser escolhidas pois nem todas as marés são indicadas, o fenómeno (ardentia das águas – tende a ver com a lua e microrganismos fotoluminescentes na água) também é um factor que pode ser significativo ou não para o abandono do local de imediato. Estes são apenas alguns factores que condicionam bastante o êxito desta vertente de pesca, sendo impossível uma pressão nos recursos mediante tantos factos preponderantes.
  • Pesca-se com um anzol apenas, o qual é iscado normalmente com uma sardinha inteira ou uma metade, a chumbada é o meio que proporciona o lançamento do isco e o seu afundar da água.
  • Como em todas as modalidades de pesca carece de uma área livre, pois a grande concentração de praticantes no mesmo local é desaconselhável, atendendo a que, pode causar conflitos nos lançamentos das montagens, motivados por cruzamentos de linhas ou proximidade de pescadores.
  • É uma modalidade de pesca que consiste em captura de grandes exemplares, o que remete para uma aproximação da linha de água, sem que a pesca em altura esteja excluída.
  • É uma modalidade de pesca que consiste em jornadas em locais específicos, que pela sua geo-morfologia nos indicam condições propícias para a sua prática, isto é, fundos mistos ou de pedra, uma vez que as “espécies alvo” se encontram nesses locais específicos, preferencialmente por motivos de abrigo, alimentação, nomeadamente.
  • O período da pesca nocturna é considerado desde o início do por do sol até ao início do nascer do sol.
  • A pesca no período nocturno deve ser efectuada atendendo aos hábitos das “espécies alvo” e os seus locais de provável permanência, tais como fundos de pedra ou fundos mistos.
  • Normalmente a geo-morfologia da costa é o início do prolongamento para além da zona intertidal, isto é, o que observamos na linha de marés é o início da acção da erosão que ao longo dos tempos foi avançando pela linha de mar.
  • Para a prática da pesca nocturna existem características fundamentais a ter em conta, sem as quais não fará sentido a sua prática, são elas as espécies alvo, topologia geo-morfologia dos fundos, zonas de alimentação, altura do ano, condições de mar, condições de lua, etc.
  • Podemos caracterizar, as principais espécies para a pesca nocturna em fundo rochoso; AbróteaCarapau (Trachurus trachurus); Moreia (Muraena Helena); Pargo (Pagrus pagrus); Polvo (Octopus vulgaris); Rascasso (Scorpaena scrofa); Robalo (Dicentrarchus labrax); Sargo (Diplodus sargus sargus); Safio (Conger Conger). A principal característica dos pesqueiros propícios para a prática com êxito desta variante de pesca é a pesca de falésia nocturna. De salientar que apenas o sargo e o carapau se pode capturar em pleno dia, as restantes espécies apenas se capturam à noite, com a excepção do robalo que pode ser capturado ao nascer do sol (altura coincidente com o abandono da zona de falésia, que coincide com a zona de caça e alimentação para zona de abrigo) e ao por do sol (altura coincidente com a aproximação deste predador de terra para se alimentar durante a noite).
  • Podemos caracterizar, as principais espécies para a pesca nocturna em fundos de areia; Dourada (Sparus aurata); Linguado (Solea solea); Robalo (Dicentrarchus labrax); Sargo
  • A pesca nocturna em zonas de praia deve respeitar as épocas balneares e o período de concessão das mesmas. Embora isso não esteja previsto para praias não concessionadas deve imperar sempre o civismo da parte dos frequentadores e deixar as praias da mesma forma como as encontraram não deixando lixo, materiais de pesca ou iscos nos pesqueiros.
  • Deveria fazer-se uma ou duas campanhas de sensibilização em termos de informação por ano, ou painéis informativos em pontos-chave.
  • (Phycis phycis); (Diplodus sargus sargus). A principal característica dos pesqueiros propícios para a prática com êxito desta variante de pesca é a pesca de praia nocturna. De salientar que apenas o sargo se pode capturar em pleno dia, as restantes espécies apenas se capturam à noite, com a excepção do robalo que pode ser capturado ao nascer do sol (altura coincidente com o abandono da zona de falésia, que coincide com a zona de caça e alimentação para zona de abrigo) e ao por do sol (altura coincidente com a aproximação deste predador de terra para se alimentar durante a noite).
Nota: É claro que quando se legisla tenta-se sempre ir pelo lado do "espírito da coisa" esquecendo-se por vezes do mais importante que é o condicionalismo a que a "coisa" já está sujeita atendendo a inúmeros factores que um Licenciado/Master of Laws deverá ter em atenção, mas unicamente isso esquecendo-se do outro lado que é o espírito pratico da coisa...

Leis, portarias, condicionalismos, lacunas, proibições que atropelam a própria Constituição da República Portuguesa está o inferno cheio...

Old School


No passado domingo, foi tempo de uma jornada com o Pedro Cortes, já desde Abril que não pescávamos juntos ao sargo, o vídeo Pesca ao Sargo: O outro lado é relativo a esse dia.


Foi o regresso a um local que nos deu em tempos grandes alegrias, mas desta vez resolvemos tentar novos spots bem perto do Hot Spot.


O resultado foi bastante satisfatório, embora de 1/3 do peixe capturado (nº de exemplares) fosse devolvido pelo reduzido tamanho de alguns, embora a grande parte já entrassem dentro das medidas mínimas estabelecidas por lei, resolvemos deita-los à água para tomarem mais umas gramas de futuro.


Em média fazíamos três/quatro capturas e aproveitávamos um exemplar, mas como numa pequena área fizemos três pesqueiros conseguimos fazer uma boa jornada num pouco aquando a maré ainda tinha uma cota razoável, pois encontrava-se no baixa mar.


Como sempre a sardinha e o camarão foram os iscos de selecção, embora o Pedro tenha utilizado mais o camarão, as minhas iscas andaram na ordem dos 80% de sardinha, pois o peixe anda a comer muito bem sardinha nesta altura.


Por ultimo já no Hot spot, que desta vez nada teve de Hot, pois muito peixe miúdo, muito mesmo, era jogar um pouco de engodo para a água e não demorava mesmo nada a aparecerem ás dezenas...


Como já tínhamos a pesca feita e era domingo, resolvemos ir almoçar com a família, com um dia de pesca salutar entre amigos, mas para além das capturas efectuadas, foram muitos exemplares libertados.


Esquerda peixe do Pedro, direita o meu.