Blues Code - "O Blues define-se como um estado intimista e abundante para os sentidos"

"O Blues define-se como um estado intimista e abundante para os sentidos"


É um pencil afundante criado para a pesca em água salgada, existem dois tipos distintos deste pencil, o C Type e o V Type.

C Type - Com 25 gramas de peso e 115 cm de cumprimento, este modelo define-se basicamente pelo embolo central com transferência de peso e um corpo perfeitamente balanceado que permite um bom trabalhar do artificial e lançamentos a grande distancia. Óptima utilização em correntes de média intensidade.

V Type - Com 34 gramas de peso e 115 cm de cumprimento, este modelo define-se basicamente pelo baixo centro de gravidade, ao contrario do C Type, este modelo não vem munido de transferência de peso, mas sim com uma calibragem fixa na base do artificial, o que permite um bom balançar do corpo e um excelente lançamento. Apesar das 9 gramas a mais que separa o V Type do C Type, em termos de lançamento as performances são muito idênticas. Óptima utilização em correntes de grande intensidade.

Ambos os modelos vêem munidos com anzóis triplos da Owner ST.


Ao ser utilizado em correntes ou escoas, uma vez que o pencil não tem palheta frontal, e sendo afundante, permite um trabalhar lento e calmo, onde os sentidos irão estar à prova, já que este artificial produz uma lenta natação.

Será necessário conhecer o artificial e a sua taxa de afundamento assim que o mesmo atinge a superfície da água após o lançamento, se estivermos a utiliza-lo em fundos mistos ou de pedras, nas praias não será necessário ter essa especial atenção.


Representante: Nautipeniche

Universidade do Algarve vai estudar lula gigante capturada por pescadores de Sagres


Especialistas da Universidade do Algarve vão estudar uma lula gigante capturada por pescadores e que será hoje à tarde transportada da lota de Sagres para as instalações do Campus de Gambelas, em Faro.


De acordo com fonte da capitania local, a lula - capturada através da pesca de palangre, que utiliza linhas e anzóis, possui cerca de dois metros de corpo, a que acrescem ainda os tentáculos.


O barlavento.online apurou no local que, no total, com corpo e tentáculos, a lula mede sete metros e pesa 83 quilos. Só os tentáculos medem 5,5 metros.


A lula foi pescada ao largo de Marrocos, pelo pesqueiro «Ribamar», registado no porto de pesca da Baleeira, em Sagres, cujo armador é o senhor José Carlos.


Segundo Teresa Borges, especialista no estudo de cefalópodes, o exemplar será transportado para a Universidade do Algarve para servir de objecto de estudo, já que é considerado de "grande importância para a ciência".



Comprimento total: 7 metros
Comprimento do corpo: Aproximadamente 2 metros
Comprimento dos tentáculos: 5,5 metros
Peso total: 83 kg
Captura: Largo de Marrocos
Técnica: Palangre

Fonte: Barlavento

Sardinhas dão à costa


As sardinhas são peixes da família Clupeidae, aparentados com os arenques. São peixes pelágicos que formam frequentemente grandes cardumes e alimentam importantes pescarias.


A quantidade de plâncton na costa portuguesa está a diminuir por causa das alterações climáticas e esse decréscimo poderá também conduzir à redução das comunidades de peixe nomeadamente da sardinha, que ficará sem alimento.


"Estes resultados vão permitir avaliar a sobrevivência da sardinha após a libertação dos peixes quando a cota de captura é excedida..."


Das duas três ou estas sardinhas foram libertadas, já sem vida, após atingida a cota máxima e foram trazidas até à costa pelas marés e águagens ou alguma rede de cerco se fragilizou e permitiu a saída desta caçada...


Elas não ficaram lá, não causaram nenhum impacto ambiental, apenas mais um impacto na espécie, que serviu de "dieta alimentar" para milhares de gaivotas que se deslocaram até ao local onde as mesmas deram à costa, para não falar de algumas pessoas que se deslocaram ao local e recolheram alguns kg consideráveis para isco ou engodo...

A natureza renovada, nada de destrói e tudo se recicla, não dirão o mesmo estas milhares de vitimas, que mais uma vez, a sua vida foi trocada por nada...

Agradecimento ao Pedro pelas fotos.

Pescadores apanham lula gigante em Sagres

Lula gigante possui cerca de 2 metros de corpo e terá cerca de 80 quilos

Especialistas da Universidade do Algarve vão estudar uma lula gigante capturada por pescadores e que será hoje à tarde transportada da lota de Sagres para as instalações do "campus" de Gambelas, em Faro.

De acordo com fonte da capitania local, a lula - capturada através da pesca de palangre, que utiliza linhas e anzóis -, possui cerca de dois metros de corpo, a que acrescem ainda os tentáculos.

Segundo Teresa Borges, especialista no estudo de cefalópodes, o exemplar será transportado para a Universidade do Algarve para servir de objecto de estudo, já que é considerado de "grande importância para a ciência".

O animal terá cerca de oitenta quilos, embora essa informação não tenha ainda sido confirmada.

As lulas gigantes já têm sido encontradas na Antárctida, a maior até hoje capturada tinha 10 metros de comprimento e pesava quase 500 quilos.

Fonte: Observatório do Algarve

A pesca lúdica e desportiva no programa da RTP2 " Portugal da Terra até ao Mar "


Foi ontem exibido o programa, na RTP 2, "Portugal da Terra até ao Mar" que abordou alguns aspectos da pesca lúdica e desportiva.

A Direcção da ANPLED, quer agradecer aos pescadores lúdicos e desportivos que participaram nesse programa, e a todos os outros que apesar de disponíveis, por razões diversas não o puderam fazer, sobretudo pelos motivos que já comunicamos anteriormente.

De facto, apesar de ter sido uma abordagem curta sobre a problemática da nossa actividade, constituiu, em nossa modesta opinião, uma viragem na forma como a pesca, da forma que a fazemos, deverá ser encarada.

Gostaríamos de agradecer, igualmente, à produção do programa, pela disponibilidade apresentada, crendo que no futuro poderemos fazer conjuntamente um programa sobre águas interiores, bem como, sobre outros assuntos da pesca lúdica e desportiva.

Para os companheiros que não tiveram oportunidade de assistir ao programa, ainda poderão fazê-lo, se eventualmente tiverem acesso à RTP Internacional, ou à RTP Açores, nesta madrugada na RTP Internacional pela 1.45 h ou na RTP Açores no dia 23 deste mês pelas 10.25 h.

Vamos igualmente solicitar à produtora do programa, uma cópia do mesmo, e autorização para fazer a sua divulgação no site da ANPLED em www.anpled.org, independentemente de outros companheiros terem procedido à sua gravação e o façam da forma que entenderem.

Não deixa a Direcção da ANPLED de reiterar a necessidade de todos os pescadores lúdicos participarem na vida desta Associação, sobretudo, porque, será dessa forma, que o trabalho empreendido, terá novas e mais vastas visões da nossa actividade.

Fonte: ANPLED

Press Release - I Torneio de Pesca Embarcada


A Zmar, o 1º eco-camping resort de 5 estrelas da Europa e a Duca, a primeira Empresa Marítimo-Turística Portuguesa a obter certificação de qualidade pelos seus serviços, assumiram em conjunto com o Município de Odemira e a EFSA a organização do I Torneio de Pesca Embarcada às espécies Pargo e Bica do Concelho de Odemira.

Esta prova irá realizar-se em 2 mangas nos dias 31 de Outubro e 1 de Novembro em Vila Nova de Milfontes e será pontuável para o Ranking EFSA nacional que servirá de apuramento para o Europeu do próximo ano a realizar em Albufeira.

O objectivo da iniciativa é dar a conhecer as potencialidades do Concelho para a pesca desportiva, seja ela embarcada, apeada ou de águas interiores.

O concelho de Odemira com os seus 55 kms de costa preservada, com apenas pequenos portos artesanais, com o Rio Mira e com a barragem de Santa Clara, é um destino impar para os amantes da pesca, cada vez mais procurado tantos por pescadores nacionais como por turistas estrangeiros que elegem esta região para as suas pescarias.

Os participantes que possuem barco só terão que suportar o custo de inscrição na prova que incluirá "coktail" de boas vindas e jantar de encerramento, para os concorrentes sem embarcação é conveniente que as procurem localmente ou através das Empresas Marítimo-Turísticas de Milfontes.

A Zmar facultará também preços acessíveis de alojamento para os participantes que queiram ficar nas suas instalações, bem como para acompanhantes.

Mais informações sobre a prova podem ser encontradas em:

Oceano Ibérico - Convivio


Irá realizar-se no fim de semana de 19 e 20 de Setembro um encontro/convívio no Parque de Campismo de Peniche. O objectivo é passar o fim de semana entre amigos, com pesca, convívio, petiscos, copos, "workshops" e actividades diversas.

Ainda sem o programa definido, posso adiantar que terá início na tarde de sábado e desenrolar-se-á até à tarde de domingo, depois de um GRANDIOSO CHURRASCO.

Pedimos a todos os membros que estejam interessados em participar, que dêem as suas sugestões ou opiniões, para que com a ajuda de todos possamos passar um fim de semana verdadeiramente inesquecível.

Cartaz do evento

Ideias que podem servir de base para o evento:

Sábado:

Quem quiser/puder, montar o "estaminé" durante o dia, faz-se um reconhecimento do local e pesqueiros, janta-se num qualquer local a combinar, e por fim, uma pesca nocturna.
Douradas, Carapaus, Sargos ou Robalos, tudo é possível ( eu vou para o molhe leste ás Douradas).

Domingo de manhã:

9.00 - A maré vazia é propicia para apanhar uma Tiagem, Biscas Longas entre outros iscos.
Se o mar deixar o spinning é uma alternativa que pode dar frutos.
10.30 - Fazer com quem não conhece uma viagem de apresentação dos pesqueiros e da costa.
11.30 - Fazer uma apresentação de como e onde se podem apanhar iscos (Tiagens, biscas longas, Grilos). Fazer uma apresentação da forma como se iscam vários iscos (Tiagens, Caranguejo, Grilos etc).
12.30/13.00 - Almoço com as capturas da noite anterior :hissing: :hissing: e com tudo o que o pessoal trouxer.

Depois, muito se pode fazer aqui ficam mais algumas ideias soltas, "Workshops" diversos, testes de amostras na piscina, caça ao tesouro género "ralli-papper", troca de brindes entre os participantes, entrega de prémios/sorteio de brindes oferecidos, finalizando o dia em beleza.

Inscrições

Fonte: Oceano Ibérico

Portugal da Terra até ao Mar


Anpled foi convidada para participar no programa " Portugal da Terra até ao Mar "


A nossa associação foi contactada pela produção do programa " Portugal da Terra até ao Mar " o qual é emitido semanalmente, no sentido de indicar associados para um documentário sobre a pesca lúdica e desportiva. Inicialmente foi sugerido que indicássemos praticantes de pesca de margem e praticantes de pesca embarcada, coisa que dado o pouco tempo que dispúnhamos e a produção do programa, igualmente, poucos dias para gravação, fizemos com as limitações impostas.

Inclusive conseguimos disponibilizar com o auxilio de um associado uma embarcação. Uma parte da pesca de costa foi gravada com quatro associados na Ericeira e na quarta feira seguinte uma entrevista com o Presidente da Direcção da ANPLED, João Borges.

Infelizmente e segundo informação da produção do programa, a segunda parte de pesca costeira não foi possível gravar por falta de tempo e condições meteriológicas adversas, bem como a pesca embarcada. Contudo, e segundo nos informaram hoje, o programa está quase pronto e para já, o material de que dispõem será o emitido. Ficou a promessa de brevemente ser feito um programa sobre pesca em águas interiores e eventualmente a reportagem sobre o que ficou por gravar.

Dadas as circunstâncias, parece-nos que o facto de ser difundido um programa sobre pesca lúdica, não sendo o programa que desejaríamos, é já um aspecto positivo, inclusive porque tem uma difusão que nos parece muito interessante. Esse programa será apresentado na RTP 2 no dia 20 deste mês ( próximo domingo ) pelas 11.00 horas da manhã, sendo igualmente retransmitido na RTP Açores, RTP i América, RTP i Ásia, RTP i, RTP Mobile e RTP África.

Os percebeiros e a mariscagem


É considerado um dos melhores e mais saborosos crustáceos que habitam as nossas zonas intertidais de falésia. Facilmente se encontram escondidos entre fendas nas falésias ou em grandes áreas onde a sua fixação por colónia assim o permite, normalmente são encontrados também na faixa intertidal onde os grandes bancos de mexilhão se fixam, coabitando entre eles.


Fixam-se criteriosamente em locais de difícil acesso estando a sua acessibilidade marcada por percursos sinuosos, onde o mar ganha mais força no vai vem da ondulação e a sua alimentação por filtragem se torna bastante mais facilitada, onde o avanço das marés lhe trazem as partículas e a oxigenação indispensável ao seu desenvolvimento. É nesta fase das marés que estão mais protegidos da apanha, mas não de uma forma completa, uma vez que a sua captura pode ser feita através de mergulho livre. É também nesta fase que o seu "inimigo público marinho nº 1" aparece em cima dos lavadiços onde se encontram aquando da maré cheia e se alimentam deles com o auxilio da força da ondulação, falo como é óbvio dos sargos, esse exímio mariscador.


Basicamente as diferentes fases das marés marcam e ditam a sua vida, já que aquando das marés vivas (marés de grande amplitude) ficam mais expostos e vulneráveis à apanha através do mariscagem, já as marés mortas (marés de pouca amplitude), protegem-nos dessa actividade, uma vez que a zona intertidal é bastante mais reduzida. As Preia mar favorece também a sua reprodução, uma vez que quando submersos esse acto torna-se bastante mais fácil.


Nas zonas litorais onde se desenvolvem, existe a pratica tradicional da mariscagem, onde os mariscadores munidos de um fato isotérmico, que proporciona bom conforto em termos de temperatura corporal e de salvaguarda de danos físicos em caso de pequenos toques em pedras, a arrilhada ou faca de mariscar, com a qual é retirado este crustáceo do substrato onde está fixado, de uma pequena bolsa onde guardam o resultado da apanha e de uma saca ou saco de rede onde guardam o produto final.


Normalmente juntam-se em pequenos grupos, apelidados de pinhas, que podem ser mais ou menos numerosos consoante as caracteristas da sua localização. Podem estar revestidos com algas na sua unha, o que lhes confere uma camuflagem considerada quer ao seu predador humano, como ao seu predador natural, o sargo.


A actividade de mariscar, é sem duvida perigosa, mesmo para os mais conhecedores do mar, embora salvaguardem esses riscos com a sua experiência de longas horas no mar, enfrentando variadíssimas condições adversas e bem distintas. É claro que a apanha desde crustáceo não se faz apenas com mares mais calmos e sem correntes, e que procura este marisco em zonas mais perigosas, acha sempre grandes pinhas de tamanho considerável o que aumenta o risco.

Definir a arte de mariscar por poucas palavras é extremamente fácil quando empregamos as palavras Risco, Adrenalina, Aventura ou Perigo.


De forma a evitar um declino desta espécie os mariscadores que actualmente se dedicam e tem o exclusivo da apanha para fins comerciais deveriam ter em atenção o tamanho e os locais onde se dedicam à apanha de forma a eles próprios terem a consciência da sustentabilidade do recurso, tendo em atenção a rotatividade da apanha nos diversos locais onde fazem a mariscagem.


Após a apanha aqueles mariscadores que não fazem a selecção dos tamanhos dos perceves na altura da apanha, fazem uma pausa para escolherem o marisco, retirarem os mexilhões, os perceves mais pequenos e os limos dos maiores exemplares.

Esta pratica pode efectivamente criar uma hipótese de salvação para esses seres mais pequenos seleccionados, uma vez que poderão ficar presos em fendas nas rochas e ai se desenvolverem criando outras colónias. Muitos acabarão por morrer devido à desidratação ou eventualmente, poderão servir de alimento a sargos ou safias, que aquando da maré baixa deambulam na oxigenação justamente à procura de algum alimento que venha da superfície levado pela força da enchente.



Muitos mariscadores recorrem de pranchas ou de barcos para acederem a pedras ilhadas que estão relativamente afastadas da linha de costa para procurarem lá estes crustáceos. Quando é utilizada uma embarcação deverá ficar no seu interior alguém para que auxilie a recolha do pessoal que se dedica à apanha, isto claro está quando se verifique condições de mar com alguma adversidade.


Munido da "arrilhada" um mariscador prepara-se para aceder a uma pedra ilhada através de uma embarcação, facilitando o desgaste físico que sem duvida em costas de enormes falésias é bastante acrescido.

Este crustáceo tem o seu período de defeso de 15 de Setembro até 15 de Dezembro.


Segue-se um comentário que foi colocado por DC, e que pela explicação mais cientifica entendi coloca-lo aqui.

"Apenas os juvenis de percebe têm capacidade de deslocação, essa capacidade é-lhes fundamental quando na altura do recrutamento larvar assentam nos percebes adultos.

A fixação dos juvenis realiza-se maioritariamente e preferencialmente sobre o pedúnculo dos percebes adultos (utilizado como substrato primário), depois desta fixação os juvenis iniciam uma lenta migração até à base do pedúnculo do adulto para então se fixarem ao substrato definitivo (ou secundário).

Esta locomoção consiste em projectar o tecido da base do seu pedúnculo na direcção pretendida. Após um período de tempo que pode mediar entre duas semanas a dois meses, os juvenis alcançam a base do pedúnculo do adulto ao qual se fixaram e fixam-se então ao substrato rochoso (se o houver disponível), perdendo nessa altura a capacidade de deslocação.

Quando perdem esta capacidade de deslocação, a glândula de "cimento" que possuem, que lhes permite fixarem-se nos sítios mais difíceis em termos de hidrodinamismo, atinge o seu máximo desenvolvimento, fixando-os definitivamente a um dos dois substratos onde pode viver, ou outro percebe ou a rocha.

Na grande maioria das pinhas apenas uma parte dos percebes adultos está fixa na rocha, os restantes encontram-se lá por migração e crescimento, não por fixação secundária.

Uma vez destacados da rocha e fora de água, e em boas condições de preservação, aguentam vivos cerca de 4 dias.

Em aquário, em condições semelhantes às naturais (por transposição de uma rocha já com percebes fixados) já se conseguiu a sua reprodução (cópula), mas as larvas apesar de viáveis inicialmente, não se passaram as fases larvares necessárias até à fixação por não existirem no aquário as condições ideais (que ainda se desconhecem) à sua metamorfose."

Agradecimento pelo contributo a DC

Constituição de um Grupo de Trabalho - Pesca Submarina


A ANPLED reuniu-se recentemente na Lourinhã, em Assembleia de associados com convite à presença de todos os pescadores interessados e entre outros assuntos, foi debatida a necessidade de criação de um documento global sobre a pesca lúdica e desportiva, que em primeira instância sirva de base às reuniões que irá manter, mas que sobretudo, constitua uma iniciativa construtiva para uma futura legislação.

Assim sendo é intenção dissertar os aspectos da actual legislação, apontando sustentadamente, os aspectos que merecem críticas, indicar os aspectos não contemplados, inclusive, sendo caso disso, comparando com experiência internacionais devidamente documentadas, inovando com ideias que não tenham sido abordadas até ao momento.

Foram já constituidos grupos de trabalho para quase todas as modalidades de pesca em mar, com os associados que se mostraram disponíveis e que participaram na referida reunião da Lourinhã, exceptuando para a pesca submarina.

Esse trabalho vai ser numa primeira fase alargado a todos os associados, os quais através de um núcleo de coordenação irá fazer chegar as suas opiniões e sugestões ao grupo de trabalho respectivo. Posteriormente e após redação final será apresentado e colocado à discussão em Assembleia de associados, aberta à participação de todos os pescadores interessados.

Em fase final será entregue ao poder politico e legislativo, acompanhado das reuniões que se julgarem úteis e que forem possíveis.

Conferindo a nossa base de dados dos associados, verificámos que indicou ser praticante de pesca submarina.

Certos de que o seu contributo, por pequeno que seja, é incontornável pela disponibilidade que lhe irá conferir, convidamos para que faça parte do grupo de trabalho para a pesca submarina.
Gostaríamos de obter a confirmação da sua disponibilidade, logo que lhe seja possível.

Muito obrigado

Fonte: ANPLED

Perceve - Pollicipes pollicipes

Pollicipes pollicipes - olho de perdiz

Reino: Fauna
Filo: Arthropoda
Sub-Filo: Crustacea
Classe: Cirripedia
Ordem: Peduculata
Família: Scalpellidae
Tons/Cor: Castanho-escura, castanho claro, amarelados, vermelho e branco.
Dimensões: Aproximadamente 6-8 cm de cumprimento, podendo por vezes superar largamente esse valor.
Nome conhecido: Perceve
Espécie: Pollicipes pollicipes


Em simbiose com o mexilhão

Observações: São compostos por duas partes distintas, isto é, a unha que é composta por várias placas calcárias onde estão localizados os órgãos (cirros) responsáveis pela filtragem dos nutrientes (alimentação) e libertação das larvas. A unha funciona também como protector do percebe de predadores e da desidratação que se poderia verificar aquando da baixa mar.

É composto pelo pedúnculo (corpo do perceve) uma secção flexível composta por músculo, nela se encontram os órgãos reprodutores, é também ai que esta localizada a produção da substancia adesiva que os fixa tão firmemente ás rochas e o seu valor gastronómico.

A sua fixação prima por base em locais de forte turbulência de águas nas zonas intertidais, de falésia ou em grutas.

O seu inimigo numero um pode ser considerado o sargo ou o homem.

Vivem em colónias, normalmente coabitam com mexilhões ou com grandes "tapetes" da mesma espécie.

Giant 6000

Giant 6000

O Giant 6000 é uma aposta da VEGA para o Light Jigging ou Jigging ligeiro, um carreto fiável e com boa resistência, revelando-se muito agradável no manuseamento, com imensa força, enrolamento do multifilamento impecável e certo.

O material de que é constituído o corpo do carreto é de uma enorme rigidez estrutural para evitar deformações derivadas dos esforços de combate, a asa de cesto tubular, o sistema anti-retrocesso infinito, a roda de coroa e o pinhão são construídos por ligas fortes e de grande resistência, o rotor balanceado, os seus 4 rolamentos bem colocados, são pormenores que dão a este carreto uma prova de confiança.


Una nota para a manivela, pois um carreto deste tipo merecia uma manivela de força.

A bobine é composta por alumínio e a sua capacidade suporta até 250 metros de multifilamento 0.25 mm.

O Giant 6000 é de facto uma óptima escolha devido à sua performance e estrutura interna, o que fazem dele uma boa máquina para o “Light Jigging”

O binómio pinhão e roda de coroa dão-lhe uma resistência extra e mesmo para aquelas duras lutas o drag micrométrico facilita sem margem para dúvidas mesmo em esforço.

A Vega disponibiliza este modelo em três cores; azul, cinzento e vermelho.

Usar este conjunto dá-nos de facto um grande prazer porque sabemos que temos em mãos equipamento pensado para as nossas necessidades.

Hummer Jigging

Hummer Jigging

A VEGA, cada vez mais presente no mercado, tenta aproximar-se de todas as técnicas, apresentando equipamentos de boa qualidade aventura-se agora nos domínios do Jigging.

O Jigging, vulgarmente conhecido como pesca com zagaia, tem vindo a conhecer um aumento de praticantes significativo e com isso uma notável evolução, quer de equipamentos, materiais e acessórios.

O maior motivo responsável por esta adesão é sem dúvida o sonho das capturas de pargos legítimos, capatões, robalos, lírios, corvinas, meros e até mesmo algumas espécies de tubarão.

Motivados por esta “febre”, praticantes como marcas de artigos de pesca como a VEGA, tem vindo a apostar nesta vertente.

Dado que é sem duvida uma técnica que exige bastante quer do pescador como do material e equipamentos energicamente, a utilização de equipamentos e materiais são sem duvida uma escolha decisiva quando chegamos ao momento do embate com um exemplar de peso.

O Jigging é uma técnica que consiste na utilização de artificiais pesados (constituídos por chumbo), que podem variar entre as 100 e as 400 gramas (dependendo da profundidade a que pescamos e da força das águagens), podendo as mesmas ser trabalhadas principalmente na vertical, mas também obliquamente.


A cana Hummer é a nova aposta da VEGA para esta vertente, tem o poder de facilitar o trabalho energético de animação dos Jigs/zagaias, mas também poderemos contar com ela para suportar e facilitar os embates mais duros, uma vez que, esta técnica essencialmente traduz-se na animação energética dos artificiais a profundidades de algum relevo e ferragem de grandes exemplares e sua recuperação até á superfície.

O modelo Hummer está disponível em duas versões de acções distintas, sendo a versão de 1,95m/20lbs, apresenta-nos uma acção semi-parabólica e tem um peso total de 320 gramas, já a versão de 2,10m/30lbs, apresenta-nos uma acção de ponteira de forma a lidar e trabalhar com jigs de maior dimensão de forma mais efectiva e tem um peso total de 350 gramas.

Ambos os modelos acima referidos são construídos em Carbono de Alto Módulo (Hi-Modulus C5 Radial Carbon), sendo esta cana elaborada e testada para combates e esforços extremos. É construída num único elemento (vara) a qual encaixa no cabo da cana, onde é fixado o porta carretos com um excelente acabamento e uma boa pega robusta, que facilita a interacção entre cana pescador na animação dos artificiais.

A qualidade de construção é muito boa, notando-se claramente o cuidado em pormenores significativos como as uniões dos passadores e do punho com a vara.

O gimbal pode ser utilizado ou não, consoante a utilização do cinto de combate, já que com um simples desencaixar, esta opção fica imediatamente disponibilizada, uma vez que o gimbal vem protegido com uma tampa de plástico.


Os passadores estão fixados por bons acabamentos e são do tipo SIC o que permite a utilização, entrada ou saída de qualquer tipo de multifilamento. O taco terminal é coberto com uma borracha muito agradável ao tacto que se prolonga pelo punho. Os passadores em titânio, são adequados às linhas que hoje se utilizam.

Produção em Aquaculturas ameaça vida nos mares


Em 2006 capturaram-se 20 milhões de toneladas de espécies marinhas selvagens para alimentar 50 milhões de toneladas métricas de espécies produzidas, cujo volume triplicou entre 1995 e 2007.

Um estudo realizado por uma equipa internacional de investigadores e que foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que a aquacultura, que em tempos foi uma actividade marginal, fornece actualmente metade do peixe e marisco consumido a nível mundial, tendo-se em 2007 atingido 50 milhões de toneladas produzidas, o que supôs o consumo de 20 milhões de toneladas de animais marinhos.

Com efeito, o peixe e o óleo de peixe são alimentos básicos nas aquaculturas que produzem peixes carnívoros como o salmão, a truta ou o atum mas também são usados para maximizar o crescimento e melhorar o sabor dos produtos em indústrias de outro tipo de peixes.

Por exemplo, a carpa chinesa e a tilápia são espécies vegetarianas, que podem ser alimentadas à base de produtos extraídos de plantas.

No entanto, no início dos anos 90, as pisciculturas que produziam estas espécies começaram a adicionar pequenas quantidades de peixe nas dietas.

Embora se tenha abandonado parcialmente essa prática – entre 1995 e 2007 a proporção de peixe utilizado em aquacultura de carpas e de tilápias diminuiu 50% e 66% respectivamente – a produção em aquaculturas destas duas espécies foi responsável pelo consumo de 12 milhões de toneladas de peixe.

Por outro lado, o crescimento do consumo mundial de ácidos gordos ómega-3 - que diminuem o risco de doenças cardiovasculares - também contribui para a expansão da indústria da Aquacultura, uma vez que a sua fonte são gorduras de peixe como o salmão, um peixe carnívoro.

Segundo explica Rosamond Naylor, da Universidade de Stanford e quem liderou a investigação “Enquanto a pressão da população preocupada com a sua saúde alimentar a produção das gorduras saudáveis dos peixes vamos exigir mais e mais da aquacultura pelo que se aumentará a pressão sobre as pescas para satisfazer essa procura”.

Os cientistas sugerem então que, para tornar a aquacultura de salmão mais sustentável do ponto de vista ambiental tem que se reduzir a quantidade de óleo de peixe na sua dieta dos animais produzidos.

Com efeito, uma redução de apenas 4% no uso destes óleos resultaria na redução de 2-2,5Kg de peixes selvagens necessários à produção de meio quilograma de salmão.

Outras alternativas que estão também a ser analisadas pelos cientistas são a produção de ácidos gordos ómega-3 a partir de proteínas produzidas com cereais e subprodutos da pecuária ou usando micro-organismos unicelulares e plantas modificadas geneticamente.

“Com incentivos apropriados e regulamentações adequadas pode-se acelerar a transição na alimentação e preparar o caminho para o consenso de que a aquacultura deve ajudar ao oceano mundial e não exauri-lo”, afirma Rosamond Naylor.

Fonte: Naturlink

Reunião na DGPA - Relatório ANPLED

Em representação da DGPA:

Sr.ª Subdirectora Geral Dr.ª Maria Helena Figueiredo
Sr.ª Chefe de Divisão dos Recursos Internos, Dr.ª Cristina Rosa.

Em representação da ANPLED:

João Borges
Fernando Sousa

Feitas as apresentações, a reunião teve início com a intervenção da Sr.ª Subdirectora Geral Dr.ª Maria Helena Figueiredo, informando que esta reunião esteve agendada para 29 de Junho, mas que desconhecia os motivos da sua não realização.

A ANPLED informou, nunca ter sido notificada desse agendamento pelo que insistiu nos pedidos para que esta reunião tivesse lugar.

Com a presença da Dr.ª Cristina Rosa, que tinha estado presente na reunião realizada na Secretaria do Ministério da Agricultura e Pescas e era conhecedora e portadora das questões e propostas de alteração à legislação, que a ANPLED havia transmitido ao Senhor Secretário de Estado, entenderam os representantes desta, fazer uma rápida abordagem sobre essas questões e dar maior realce a questões com maior dependência das decisões da DGPA, tais como a fiscalização e modo de actuação desta, os locais de proibição e sua sinalização, bem como as licenças para reformados.

Aproveitando a oportunidade, a ANPLED inquiriu a Dr.ª Cristina Rosa, sobre a utilização da toneira através de cana (dúvida levantada em reunião na Secretaria de Estado), a qual tinha ficado de esclarecer após consulta da legislação.

A Dr.ª Cristina Rosa, confirmou a restrição da utilização da toneira através de cana.

A ANPLED invocou as definições da portaria para linha de mão e cana de pesca, para dizer que ambas são idênticas, pelo que ambas se enquadram nas definições para a utilização da toneira.

A Dr.ª Cristina Rosa justificou a legislação, invocando que a toneira é um aparelho utilizado pelos pescadores profissionais e estes o utilizam apenas em linha de mão, pelo que não há razões para que na pesca lúdica e desportiva seja diferente.

Abordado o período de defeso do sargo, foi transmitido à Dr.ª Maria Helena Figueiredo, que a ANPLED e os pescadores lúdicos e desportivos, são contrários à sua instituição, nos moldes em que o mesmo foi instituído. São contrários, porque o Ministério do Ambiente diz não haver escassez de recursos e também por não ter qualquer impacto na preservação da espécie, uma vez que o mesmo não se aplica à pesca profissional. Por estas razões, os pescadores lúdicos e desportivos, são contrários a todo e qualquer período de defeso, cujo cumprimento não abranja também a pesca profissional.

A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, mostrou-se compreensível com tais razões, mas invocou razões subsistência e de direito ao trabalho, para que tais períodos de defeso sejam extensíveis à pesca profissional. É muito complicado “mexer” com questões que impõem restrições a uma actividade profissional, disse.

A ANPLED argumentou que a ser assim, o que os pescadores lúdicos e desportivos pedem, é o fim do período de defeso do sargo. Assumem a sua reduzidíssima quota de responsabilidade no contributo para a eventual diminuição da espécie, mas não aceitam, que aqueles que

praticam a devastação da mesma, o façam impunemente por falta de fiscalização e sem quaisquer restrições. Os pescadores lúdicos e desportivos, testemunham muitas vezes essa devastação e outras situações de pesca ilegal. Infracções que requerem a intervenção dos agentes fiscalizadores e o que consta são que muitas das denúncias telefónicas feitas para as capitanias, ficam sem resposta efectiva com o argumento da falta de meios. É por isso necessário o reforço de meios e um melhor desempenho das acções de fiscalização.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, confirmou que a DGPA é conhecedora de situações em que os pescadores profissionais se fazem passar por pescadores lúdicos, como é o caso de muitos profissionais que deram as embarcações para abate, mas continuam a actividade como falsos lúdicos, ou seja, profissionais.

Outra situação, em que existe alguma actividade de falsos lúdicos, verifica-se em regiões como a Costa Vicentina, mas essas são situações que estão enraizadas e muitas delas são situações de subsistência. Embora os meios não sejam os
suficientes, a fiscalização actua.

A ANPLED informou ser conhecedora de situações de sabotagem dos meios de fiscalização, ao que a Sr.ª Subdirectora informou estar a DGPA a tomar medidas para por cobro a essas situações, dotando os seus inspectores com viaturas descaracterizadas, ou de uso pessoal.

A ANPLED contrapôs, que os pescadores lúdicos e desportivos são parte interessada em defender os recursos e estão empenhados em denunciar os atentados e infracções com que se confrontarem. Para que tal seja mais fácil a todos os seus associados, a ANPLED inseriu no verso do cartão de associado, os números telefónicos das entidades com responsabilidades na fiscalização, entre as quais constam a DGPA e as Capitanias

Sendo o tema fiscalização, a ANPLED solicitou os dados estatísticos anteriormente requeridos, sobre as acções de fiscalização e valores das coimas aplicadas à pesca lúdica e desportiva.

A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, informou que tais dados estavam disponíveis desde Junho.

Após a entrega desses dados, passou a enumerar os locais com registo de maior número de infracções, realçando que desses números, fazem parte alguns processos que envolvem falsos lúdicos, dando como exemplo o de alguns ex-profissionais que deram as embarcações para abate, bem como outros que numa primeira acção de fiscalização se fizeram passar por lúdicos, mas acabaram por ser detectados em infracção por várias acções de fiscalização, o
que não deixa duvidas quanto à sua actividade. Fez menção ao parque Luís Saldanha, como sendo o local onde mais infracções têm sido identificadas.

A ANPLED, chamou a atenção para a importância das suas propostas de alteração da legislação, como são os casos da sinalização e revisão dos locais de proibição. A falta de sinalização é certamente o maior factor para a forte incidência de infracções verificadas nos parques Luís Saldanha e PNSACV. Não existindo sinalização nos locais de proibição, é difícil senão impossível, identificar através dos mapas e coordenadas, os locais interditos à pesca lúdica.

Da mesma forma, é também impossível ao pescador lúdico, identificar os limites de concessão das praias, pelo que consideramos que a falta de sinalização dos locais interditos, contribui para que o pescador menos informado e conhecedor da região, esteja a transgredir sem conhecimento do facto.

A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, informou, que tem sido recomendado aos agentes fiscalizadores, que perante uma primeira infracção, devem ter uma acção mais pedagógica junto do infractor, sendo conhecedora que essa tem sido uma prática comum.

Embora a sinalização possa ser retirada, reconheceu que a mesma é útil e que a sua inexistência contribui para a ocorrência de infracções. Por tal facto, tem a DGPA, na sua pessoa, procedido ao arquivamento dos processos, em que numa primeira vez, o infractor argumenta o desconhecimento da proibição de pescar no local da infracção. A excepção a esta regra tem sido os casos em que se verifica reincidência.

Tanto a Dr.ª Maria Helena Figueiredo, como a Dr.ª. Cristina Rosa, tomaram apontamentos, dizendo que em futuras reuniões com os responsáveis pelos parques naturais, iriam recomendar a instalação de sinalização nos locais de proibição.

Para reforçar a sua posição sobre os locais de proibição, a ANPLED, solicitou a revisão dos locais de proibição nos centros urbanos, ainda que em regime de exclusividade, afim de permitir aos portadores de deficiência, a pratica de pesca lúdica em locais de mais fácil acesso, sem que tenham de recorrer a locais, onde a sua integridade física é colocada em risco.

A Dr.ª Cristina Rosa questionou-se sobre o porque de as associações de deficientes, não se terem manifestado sobre tal assunto.

A ANPLED disse também desconhecer os motivos e achar tal facto estranho, ainda mais, quando se no seio de uma associação de deficientes bastante conhecida, existem núcleos de pescadores.

A Dr.ª Maria Helena Figueiredo confirmou que a proibição de alguns locais é limitadora para pessoas com deficiência, tendo tomado apontamentos, não sem antes se ter questionado como é que iria ser feita a identificação da pessoa com deficiência, recordando-se então que poderia ser através do cartão de que habitualmente são portadores e os identifica.

Em seguida a ANPLED, recordando as declarações do Sr. Secretário de Estado da Agricultura e Pescas, solicitou também à DGPA, a revisão do licenciamento para maiores de 65 anos, cancelando a obrigatoriedade de serem portadores de licença.

A Sr.ª Subdirectora tomou apontamentos, dizendo que aquando da elaboração da nova tabela de licenças, essa situação iria ser abordada e analisada.

Por fim a ANPLED abordou as limitações à pesca nocturna no PNSACV, dizendo que era conhecedora da realização de reuniões para definição da legislação, mas que lamentavelmente a tutela continuava a optar por não ouvir os praticantes, fazendo aquilo que bem entende, ainda que seja errado. Os pescadores e neste caso concreto, os pescadores locais, tal como a ANPLED, não irão aceitar, a forma como os seus interesses e o futuro da actividade têm sido tratados.

A ANPLED foi criada para defender os interesses da pesca lúdica e desportiva e os recursos naturais. Somos favoráveis ao diálogo e como tal pretendemos ser parte activa nas definições do que à actividade diz respeito. Como tal, não “vemos com bons olhos” que tais definições, sejam resolvidas sem ouvir os pescadores.

A Dr.ª Maria Helena Figueiredo e a Dr.ª Cristina Rosa, informaram que iriam ter uma reunião com os responsáveis pelo PNSACV e que iriam chamar a atenção para tal facto.

Terminada a reunião, a ANPLED agradeceu a disponibilidade da DGPA em ter recebido a ANPLED, tendo a DGPA agradecido a intervenção e colaboração que a ANPLED tem prestado.

Fonte: ANPLED

Reunião na Direcção Geral das Pescas e Aquicultura


De acordo com o comunicado anteriormente, ocorreu no passado dia 3 de Setembro, uma reunião entre a Direcção da ANPLED e a DGPA.

Segue em anexo a esta informação, relatório sobre a mesma.

A direcção da ANPLED tinha solicitado há uns meses à DGPA informação sobre o valor das coimas aplicadas desde Agosto de 2006, preferencialmente divididas por capitania.

Foi-nos entregue agora, uma relação com parciais regionais ( Norte - Centro e Sul ) e nacional, tendo sido informados que os valores por capitania por nós solicitado, não reflectia a realidade, porquanto o levantamento de autos é incubência da Policia Maritima , mas também, da GNR, que como se sabe não depende das capitanias. Esta relação, de acordo com a informação que nos foi prestada, reflecte o ocorrido entre Agosto de 2006 e Junho de 2009.

Segue em anexo a relação que nos foi entregue.

Clicar no quadro acima para aumentar


Fonte: ANPLED

Pesca Nocturna

INTRODUÇÃO

As praias do Sudoeste Alentejano são “abençoadas para a prática desta modalidade, sempre que as condições atmosféricas o permitam, característica indispensável para o êxito nesta vertente, para além da actividade lúdica em si (pesca), o excepcional contacto com a natureza, calma nocturna, plena harmonia e comunhão com o mar, o céu e ambiente nocturno e os astros.

Sendo usual estas jornadas nos proporcionam verdadeiras sensações de paz e tranquilidade.

O trabalho e o "stress" do dia a dia desaparecem como por magia.

Quando essas jornadas se prolongam de sol a sol, teremos o prazer e privilégio de observar dois dos mais belos espectáculos naturais colocados a nossa disposição: O Nascimento do sol e o Pôr-do-sol.

OBSERVAÇÕES;

  • Embora à primeira impressão se pense que poderá colocar em risco a vida dos seus praticantes, é seguramente a que menos perdas humanas e acidentes têm causado aos seus praticantes (assim revelam as estatísticas).
  • Para estas variantes de pesca (pesca de Falésia e de Praia Nocturna), dever-se a ter em consideração que os seus praticantes apenas procuram locais seguros, não fazem uma acção de pesca activa (andando de um lado para o outro), salvaguardam as condições do estado do mar, uma vez que sem as condições indicadas (mar manso) não justificará uma jornada, a lua cheia e quarto crescente não é aconselhável, as marés também deverão ser escolhidas pois nem todas as marés são indicadas, o fenómeno (ardentia das águas – tende a ver com a lua e microrganismos fotoluminescentes na água) também é um factor que pode ser significativo ou não para o abandono do local de imediato. Estes são apenas alguns factores que condicionam bastante o êxito destas vertentes, sendo impossível uma pressão nos recursos mediante tantos factos preponderantes.
  • Pesca-se com um anzol apenas, o qual é iscado normalmente com uma sardinha inteira ou uma metade, a chumbada é o meio que proporciona o lançamento do isco e o seu afundar da água. Normalmente perde-se alguma material devido aos locais escolhidos (zonas de pedra).
  • Como em todas as modalidades de pesca carece de uma área livre, pois a grande concentração de praticantes no mesmo local é desaconselhável, atendendo a que, pode causar conflitos nos lançamentos das montagens, com outros pescadores, motivados por cruzamentos de linhas ou proximidade de pescadores.
  • É uma modalidade de pesca que consiste em captura de grandes exemplares, o que remete para uma aproximação dos pontos das linhas de água, sem que a pesca em altura esteja excluída.
  • É uma modalidade de pesca que consiste em jornadas em locais específicos, que pela sua geo-morfologia nos indicam condições propicias para a sua pratica, isto é, fundos mistos ou de pedra, uma vez que as espécies alvo se encontram nesses locais específicos, preferencialmente por motivos de abrigo, alimentação, zonas de povoamento, etc
  • O período da pesca nocturna é considerado desde o início do por do sol até ao início do nascer do sol.
  • A pesca no período nocturno deve ser efectuada atendendo aos hábitos das espécies alvo e os seus locais de provável permanência, tais como fundos de pedra ou fundos de areia.
  • Normalmente a geo-morfologia da costa é o início do prolongamento para além da zona intertidal, isto é, o que observamos na linha de marés é o início da acção da erosão que ao longo dos tempos foi avançando pelas linhas de maré.
  • Para a prática da pesca nocturna existem características fundamentais a ter em conta, sem as quais não fará sentido a sua prática, são elas as espécies alvo, topologia geo-morfologia dos fundos, zonas de alimentação, altura do ano, condições de mar, condições de lua, etc.

Caracterização desta vertente e das espécies alvo

  • Podemos caracterizar, as principais espécies para a pesca nocturna em fundo rochoso; Abrótea (Phycis phycis); Carapau (Trachurus trachurus); Moreia (Muraena Helena); Pargo (Pagrus pagrus); Polvo (Octopus vulgaris); Rascasso (Scorpaena scrofa); Robalo (Dicentrarchus labrax); Sargo (Diplodus sargus sargus); Safio (Conger Conger). A principal característica dos pesqueiros propícios para a prática com êxito desta variante de pesca é a pesca de falésia nocturna. De salientar que apenas o sargo e o carapau se pode capturar em pleno dia, as restantes espécies apenas se capturam à noite, com a excepção do robalo que pode ser capturado ao nascer do sol (altura coincidente com o abandono da zona de falésia, que coincide com a zona de caça e alimentação para zona de abrigo) e ao por do sol (altura coincidente com a aproximação deste predador de terra para se alimentar durante a noite).
  • Podemos caracterizar, as principais espécies para a pesca nocturna em fundos de areia; Dourada (Sparus aurata); Linguado (Solea solea); Robalo (Dicentrarchus labrax); Sargo (Diplodus sargus sargus). A principal característica dos pesqueiros propícios para a prática com êxito desta variante de pesca é a pesca de praia nocturna. De salientar que apenas o sargo se pode capturar em pleno dia, as restantes espécies apenas se capturam à noite, com a excepção do robalo que pode ser capturado ao nascer do sol (altura coincidente com o abandono da zona de falésia, que coincide com a zona de caça e alimentação para zona de abrigo) e ao por do sol (altura coincidente com a aproximação deste predador de terra para se alimentar durante a noite).
  • A pesca nocturna em zonas de praia devem respeitar as épocas balneares e o período de concessão das mesmas. Embora isso não esteja previsto para praias não concessionadas deve imperar sempre o civismo da parte dos frequentadores e deixar as praias da mesma forma como as encontraram não deixando lixo, materiais de pesca ou iscos nos pesqueiros.
  • Deve fazer-se uma ou duas campanhas de sensibilização em termos de informação por ano, ou painéis informativos em pontos-chave.

SEGURANÇA:

- Deve conhecer bem o local (quer para a pesca como para estar à vontade no local não arriscando)

- Deve conhecer bem os horários das marés e as suas respectivas linhas (subida da maré e a vazante, as linhas intertidais são as linhas entre mares)

- Deve pescar sempre que possível com companhia (conversa com um amigo, auxiliam-se mutuamente em caso de ferragem de um bom exemplar ou no caso de um pequeno percalço)

- Deve informar os familiares para que zona se desloca e se sozinho ou acompanhado (mais ou menos vou para aquela zona e levo um amigo, levo também o telemóvel)

- Deve levar o telemóvel consigo (pode ser necessário ou não, mas pelo menos esta contactável)

- Não deve ingerir bebidas alcoólicas (podem ser prejudiciais em termos de reflexos)

- Não deixe lixo nos pesqueiros (se possível recolha algum lixo, ajude o ambiente com um pequeno gesto)

DEVE LEVAR:

- Cana, carreto, montagens, nylon, chumbadas e iscos (indispensável para uma jornada)

- Uma faca (para cortar o nylon, iscas e dar o golpe de misericórdia nas capturas)

- Uma lente frontal (da liberdade ás mãos)

- Um jogo de pilhas (nunca se sabe quando poderá acabar as que temos na lente)

- Mais uma lente suplente (para evitar que em caso de avaria fiquemos sem luz)

- Roupa extra mas confortável (evitar o frio e proporcionar boa mobilidade)

- Gorro quente (evitar o frio)

- Starlight (para colocar na ponta da cana afim de a mesma ser facilmente observada)

Navalheira - Necora puber


Reino: Fauna
Filo: Artrópodes
Classe: Decápodes
Ordem: Decapoda (Decápodes)
Familia: Portunidae
Tons/Cor: Castanho-escura, castanho claro, amarelados, vermelho e com manchas azuladas.
Dimenções carapaça: Aproximadamente 8 cm de largura (adultos), sendo a fêmea ligeiramente mais pequena.
Nome conhecido: Navalheira
Espécie: Necora puber


Observações: Com 10 patas: subdividindo-se em 2 patas nadadoras (meio de locomoção em água aberta, ver formato das patas traseiras); 2 patas troques (muito fortes como meio de defesa, alimentação, as maiores) por estas mesmas patas as duas primeiras frontais distingue-se perfeitamente os machos (maiores) das fêmeas (menores); as 3 patas que estão localizadas entre as dianteiras (troques) e as traseiras (nadadoras) são as de locomoção nos fundos e fendas, servem também para fixação em locais de forte turbulência de águas.

Na totalidade em termos de locomoção pode dizer-se que a navalheira é uma espécie com uma rapidez de movimentos das maiores da sua classe.

Toda a totalidade, incluindo os seus membros quase até as extremidades são cobertas por uma pilosidade semelhante ao veludo, muito curta.

É uma frequentadora da zona abaixo da linha de baixa mar, podendo encontrar-se em poças que ficam acima das mesmas linhas de maré.

É uma espécie necrófaga que coabita com outros necrófagos como por exemplo o safio, a moreia ou a abrótea.

O seu inimigo numero um pode ser considerado o polvo ou o robalo.