Costa: Enchimento de praias no Algarve custa mais de 12 milhões de euros

Praias recuam 2 metros

As arribas arenosas do Algarve recuam, em média, 1,4 metros por ano, segundo um relatório sobre a Gestão do Litoral da Administração da Região Hidrográfica do Algarve (ARH-A). Está em causa um dos troços mais turísticos da região, entre Olhos d’Água (Albufeira) e Garrão (Loulé), que inclui Vale do Lobo. Os especialistas constataram que o Trafal registou um recuo médio anual de 84 centímetros, enquanto o Forte Novo atingiu 2,27 metros. No País, só existe uma erosão semelhante: em Pinheiro da Cruz (Grândola).

Para tentar minorar o problema, as praias mais afectadas vão ser alvo da maior operação de alimentação artificial já realizada no País: 8,6 milhões de euros para encher cinco quilómetros de praia, num total de 1,2 milhões de metros cúbicos de areia dragada do mar. O areal irá aumentar 40 metros de largura. Cinco praias de Albufeira, com uma extensão de dois quilómetros, também vão ser enchidas até ao Verão, num custo de quatro milhões de euros.

O Litoral algarvio de arribas arenosas não apresenta uma taxa de recuo homogénea. Em declarações ao CM, Alveirinho Dias, investigador da Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente da Universidade do Algarve e especialista em erosão costeira, refere que "entre Olhos d’Água e Vilamoura recua menos devido à protecção de molhes", verificando-se o maior impacto na zona entre Forte Novo e Garrão. Num estudo elaborado pelos investigadores Sérgio Oliveira, João Catalão, Célia Sousa e Alveirinho Dias é referido que "a faixa costeira entre Forte Novo e Garrão, a oriente de Quarteira, é um bom exemplo de um litoral de arribas sujeito a acentuada erosão", ampliada "pela construção de estruturas rígidas (molhes de entrada da Marina de Vilamoura e campo de esporões de Quarteira".

PRIVADOS PAGAM 70 POR CENTO

O concurso público da obra de enchimento das praias de Loulé foi lançado em Setembro. O investimento, de 8,6 milhões de euros,é suportado em 70 por cento pelo grupo Vale do Lobo, cabendo os restantes 30 por cento ao Estado.O prazo de execução da empreitada é de 182 dias, devendo estar concluída antes do pico do Verão de 2010. A praia de D. Ana, em Lagos, é outra das praias sujeitas a recarga de areia.

ARRIBAS ROCHOSAS SÃO RISCO

A praia Maria Luísa (Albufeira), onde morreram cinco pessoas no dia 21 de Agosto, tem arribas consideradas rochosas, características da zona mais barlaventina do Algarve. Neste tipo de formações, segundo o relatório sobre o acidente da Administração da Região Hidrográfica do Algarve (ARH-A), "as taxas médias de recuo não têm utilidade na avaliação do risco", dado que a sua evolução se "processa por uma sequência de movimentos de massa descontínua no espaço e no tempo". Segundo a ARH-A, nos últimos 14 anos registaram-se, em média, 14 movimentos por ano de massa nas arribas do Barlavento, dos quais cerca de metade têm largura maior ou igual a um metro.

"A SOLUÇÃO NÃO É DESTRUIR"

"Todas as arribas são perigosas, quer sejam rochosas ou não-consolidadas.A solução não passa por destruir este património, mas sim por responsabilizar os cidadãos", defende Alveirinho Dias, investigador da Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente da Universidade do Algarve. Nas zonas de praias concessionadas deverão ser feitas intervenções pontuais quando existir risco para os utentes, mas em zonas não-concessionadas "o cidadão deve estar por sua conta e risco", considera o especialista em erosão costeira.

QUEDAS SÃO IMPREVISÍVEIS

O tipo de ocorrência verificado na Maria Luísa "tem nível de previsibilidade muito baixo", não existindo "capacidade de prever quer a data da ocorrência, quer o local onde poderá ocorrer um fenómeno desta natureza, cujo nível de previsão é idêntico ao dos sismos". Segundo a ARH-A, a faixa de risco para o mar (espaço que deve ser guardado como distância de segurança) corresponde a uma vez e meia a altura da arriba – no caso de ser rochosa – e a um espaço igual ao da altura da arriba, se for arenosa.

DISCURSO DIRECTO

"NÍVEL DO MAR PODE SUBIR UM METRO": Filipe Duarte Santos Professor de Física na Univ. Lisboa

Correio da Manhã – Que risco representa o recuo das arribas arenosas no Algarve?

Filipe Duarte Santos – No Algarve existem diferentes tipos de arribas. As da costa sul são mais instáveis. Já as da costa oeste são mais resistentes. Mas é um facto que as arribas estão a recuar. É necessário monitorizá-las e demolir as que apresentam perigo.

– Em que zona costeira do País a situação é mais preocupante?

– Existem zonas mais vulneráveis do que outras. Se partirmos do Norte, a zona desde a Cortegaça atéà Barra de Aveiro tem um recuo da costa muito pronunciado. Assim como a zona desde a praia do Ancão até à foz do Guadiana, no Algarve.

– Porquê?

– A subida do nível do mar é um dos factores. No século passado, o nível do mar subiu cerca de 15 cm em Portugal. Actualmente sobe 3,5 mm por ano. Se este ritmo se mantivesse, subiria 35 cm neste século, mas a verdade é que está a aumentar. Até ao final do século calcula-se que o nível do mar possa subir 1 metro.

SAIBA MAIS

CUSTO DA SINALIZAÇÃO

A colocação de placas a alertar para os riscos das arribas custa um a dois euros por metro linear. As placas têm um tempo de vida de dois anos.

25 euros é o preço máximo por metro de rede a isolar zona de risco e dura de 5 a 10 anos.

300 euros é o custo máximo de desmonte de arribas, como o realizado na praia Maria Luísa, e reduzo risco por 10 a 50 anos.

COLOCAÇÃO DE AREIAS

A alimentação artificial atinge os 500 euros por metro e dura entre cinco e dez anos. A contenção das arriba custa cinco mil euros e tem uma ‘garantia’ de 25 a 50 anos.

NOTAS

CAPARICA: 22 MILHÕES DE EUROS

O reforço dos espigões e a alimentação artificial com areia das dunas da Costa de Caparica envolvem uma obra de 22 milhões de euros, que ficará pronta no próximo ano

VIGILÂNCIA: ARRIBAS DO OESTE

O Instituto da Água tem a trabalhar uma equipa de vigilância das arribas situadas no troço doLitoral entre a praia de São Pedro de Moel (Marinha Grande) e o limite sul do concelho de Mafra

LITORAL: 300 MILHÕES DE EUROS

O ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, disponibilizou 300 milhões de euros para protecção da zona litoral dos distritos de Aveiro, Faro, Braga e Viana do Castelo

ANPLED - COMUNICADO DE IMPRENSA

Ao abrigo do Programa Operacional Espaço Atlântico, a ANPLED (Associação Nacional de Pescadores Lúdicos e Desportivos) apresentou candidatura ao projecto FISH-NET, tendo sido seleccionada com mais quatro entidades Europeias ligadas à actividade da Pesca Lúdica.

O Projecto FISH-NET tem carácter transnacional e tem como objectivos o enquadramento e promoção da pesca recreativa, nos Países e regiões das entidades envolvidas.

O valor estimado para concretização do projecto FISH-NET é de cerca de 2.000.000€, repartidos pelas cinco entidades seleccionadas e conta com o financiamento de 65% desse valor, por parte da Comunidade Europeia.

São parceiros Europeus da Anpled:

Reino Unido: Conwy County Council (in partnership with GwyneddCounty Council & Countryside Council for Wales), Causeway Coast & Glens Heritage Trust, Eden Rivers Trust

Irlanda: Inland Fisheries Ireland, Kildare County Council

França: Fédération de pêche des Pyrénées Atlantiques, Fédération de pêche du Morbihan

Espanha: Diputación Provincial de A Coruna, Fundación Padeia Galiza

A candidatura da Anpled, foi apresentada tendo como linhas mestras a investigação cientifica, a formação de jovens praticantes e a interacção com os pescadores lúdicos e outros cidadãos, com o objectivo de implementar melhores práticas de pesca e a co-responsabilização dos usuários e gestores dos recursos marinhos, por forma a que tais práticas contribuam para uma melhor gestão, protecção e conservação dos mesmos.

A intervenção ao abrigo do referido programa, abrangerá toda a área do PNSACV (Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina).

Para levar a efeito o programa FISH-NET, a Anpled conta com a colaboração das Universidades de Évora e Algarve, tendo já solicitado o agendamento de reuniões aos responsáveis por todas as Câmaras Municipais da área envolvente do PNSACV e à Secretaria de Estado do Ambiente, estando a aguardar resposta a tais solicitações.

ANPLED - Associação Nacional de Pescadores Lúdicos e Desportivos

Fonte: ANPLED

"Oceans" by Disney Nature


Sinopse: Oceanos (Oceans) é um documentário épico produzido pela Disney Nature.

Aproximadamente três quartos da superfície terrestre são cobertos por água, e o filme explora as histórias e mistérios que neles se escondem.

Os directores mergulharam fundo nas águas que sustentam a vida humana, explorando o esplendor e as duras realidades das criaturas marinhas, filmadas com a mais avançada tecnologia de captação de imagens subaquáticas.




A vida submarina como nunca foi filmada, como nunca ninguém a tinha visto...


Fonte: DisneyNature

Atlantic Spade Fish: O Combatente


Familia Ephippidae, SPADEFISHES Chaetodipterus faber

Ver Video: Spade Fish

Descrição:

- Prateado
- Com 4-6 faixas verticais pretas de cada lado, que às vezes se tornam obscuras em exemplares maiores
- De corpo achatado
- Duas barbatanas nadadoras alongadas separadas da barbatana anal (são estas três barbatanas que em conjunto proporcionam a potencia nadatória a este exemplar)

Peixes semelhantes: Não há semelhanças, mas com frequência e equivocadamente são chamados de Angelfish.

Onde encontrados:

- Próximos da costa em recifes naturais e artificiais, especialmente perto de marcadores de navegação costeira entre os 4,5 m a 6 m de profundidade
- Tamanho normal de capturas 1 kg, conhecido por chegar aos 6/7 kg.

Observações:

- Desova na primavera/verão, viaja em grandes cardumes.
- Pequenos juvenis são quase totalmente pretos
- É conhecido por "derivar" em seus lados imitando detritos flutuantes
- Alimenta-se de crustáceos e pequenos invertebrados
- Pode alimentar-se dos tentáculos da água-viva sem problemas

Fonte:
Indian-river.fl.us
Online converter
Wfn.tv

Spinning e novo trio maravilha


Após a jornada de fim de semana da praxe, coincidido com o primeiro contacto com a Max-Rap 17 e a suas primeiras impressões na água são boas, um artificial que lança bastante e trabalha bem, consegui fazer uma captura de um exemplar que deveria ter também os 17 cm pois não era maior que a Max-Rap.

Após bater uma larga zona consegui fazer o exemplar de honra com a artificial Flash Minnow MR 130 da Lucky Crafth "Painting by" amigo Filipe Pais.


Este é o novo trio de aquisição para completar a actual equipa:


Rapala: Max Rap - Flake Green
Lucky Crafth: Flash Minnow MR 130 - Ancovy Venus
Lucky Crafth: Flash Minnow MR 130 - MJ Herring

Fundo: Misto
Maré: Baixa-mar
Multifilamento: Fireline Cristal 0,17 mm
Cana: Vega - Predador 3.30
Carreto:Tica - Splendor SJ 3000
Artificial:
Lucky Crafth: Flash Minnow MR 130 - By Filipe Pais

Tunning Zone



Tendo uma Saltiga no estaleiro que praticava já o nudismo (falta de cor), resolvi dedicar-me ao "tunning", procedendo a uma invenção entre o "red head" e o castanho translucido com umas pintas a imitar a sardinha, veremos se este artificial dará algum fruto nas próximas jornadas que por ai virão...

Lontra vestigios





Numa jornada de spinning, detectei pegadas que muito provavelmente correspondem com as da lontra, identifica-se cinco dedos claramente, a lontra acenta a pata por completo no solo, detectando-se também a base de sustentação conforme demonstra a foto o que se designa por plantiguadia.


O rasto da vegetação e entrada no areal de uma praia, muito provavelmente em busca de alimento, situação que se verificou durante a noite uma vez que a maré se encontrava em baixa mar ao romper do dia.


A lontra é um animal mamífero da sub-família Lutrinae, pertencente à ordem carnívora e à família dos mustelídeos.

Vive na Europa, Ásia, África, porção sul da América do Norte e ao longo de toda a América do Sul, incluindo o Brasil e a Argentina.

Seu habitat é no litoral ou próximo aos rios onde busca alimentos como peixes, crustáceos, répteis e menos frequentemente aves e pequenos mamíferos.

Geralmente a lontra tem hábitos nocturnos, dormindo de dia na margem do rio e acordando de noite para buscar alimento.

Os grupos sociais são formados pelas fêmeas e seus filhotes, os machos não vivem em grupos e só se junta a uma fêmea na época de acasalamento.

O período de gestação da lontra é de cerca de 2 meses e ao fim nascem de 1 a 5 filhotes.

A lontra adulta mede de 55 a 120 centímetros de comprimento (incluindo a cauda) e pesa até 35 quilos.

Embora sua carne não seja comercializada em larga escala a lontra faz parte da lista de animais ameaçados de extinção principalmente pelo alto valor da sua pele e pela depredação dos ecossistemas aos quais a lontra está adaptada.

Esse animal possui uma pelagem com duas camadas, uma externa e impermeável e outra interna usada para o isolamento térmico.

O corpo por sua vez é hidrodinâmico, preparado para nadar em alta velocidade.

A lontra é capaz de assobiar, chiar e guinchar.

Pode ficar submersa durante 6 minutos e ao nadar pode alcançar a velocidade de 12 km/h.

Fonte: Nicola Bianchi

+ info: SIC Costa Sudoeste Lutra lutra

Fonte: Wikipédia

Falar de pesca



Um bom conhecedor da matéria, quando falamos de pesca, mas será que não existirá por ali uma falta de sorte...

BIOMARES – Parque Marinho Professor Luiz Saldanha

Parque Marinho Professor Luiz Saldanha é já um caso de sucesso!

Amanha, dia 14 de Outubro 2010, o Parque Marinho Professor Luiz Saldanha festeja 12 anos de existência com uma boa notícia! Já há indícios de recuperação da fauna marinha nesta região costeira.


Os resultados da monitorização da pesca experimental realizada no âmbito do Projecto Biomares, mostra que há maiores capturas nas zonas de protecção parcial e total comparativamente com a zona de protecção complementar. Além disso, para o último ano de 2010, já se observou um considerável aumento de biomassa capturada nas áreas com o estatuto de protecção parcial e total. É de realçar que não é comum observarem-se resultados do efeito de protecção em áreas marinhas ao fim de tão poucos anos e neste sentido, o Parque Marinho Professor Luiz Saldanha é já um caso de sucesso.


A pesca experimental é uma das tarefas principais do Projecto Biomares. Consiste em simular uma pesca comercial, ou seja, é realizada a pesca com rede de tresmalho, as espécies são identificadas, medidas, pesadas e devolvidas ao mar.

Esta tarefa teve início em 2007 e ao fim de três anos os resultados desta tarefa de monitorização ambiental já mostram que as espécies do Parque Marinho estão a responder bem à regulamentação adoptada.

Alguns grupos de espécies parecem beneficiar da protecção mais que outros, em grande parte por apresentarem hábitos mais sedentários e/ou fidelidade ao território. É o caso de das raias. Este grupo aparenta já estar a beneficiar das medidas de protecção do parque marinho, e para estes peixes, qualquer indício de recuperação é importante, pois têm-se observado preocupantes declínios nas populações mundiais nas últimas décadas. As raias, tubarões e cações que também mostram uma boa recuperação no Parque Marinho são particularmente vulneráveis à sobrepesca, uma vez que têm crescimento lento e baixas taxas de reprodução. É portanto uma boa notícia saber que encontram no parque marinho um refúgio para recuperar a população!

As espécies de raias que ocorrem na zona do parque marinho com maior frequência (raia-lenga Raja clavata, raia-riscada R. undulata, raia-branca Rostroraja alba) são alvo da pesca com redes dado o seu valor comercial. Os resultados da pesca experimental revelam que estas raias estão a beneficiar das áreas de protecção parcial e total, além de mostrarem tendência de aumento em todo o parque marinho, o que é um sinal do potencial que as medidas de protecção têm de influenciar positivamente inclusive as áreas onde ocorre mais pesca.


Estes resultados indicam que as medidas de protecção implementadas no Parque Marinho estão a contribuir para o desenvolvimento de uma pesca sustentável, um legado importante para as gerações vindouras.

Contactos:

ICNB (Gabinete de Apoio à Presidência): T: 213 507 900, icnb@icnb.pt

CCMAR-Biomares (Dra.Alexandra Cunha) T: 289 800 051, acunha@ualg.pt

Fonte: PONG e Biomares

Segurança!?


Como demonstra a sequência de imagens, e na minha humilde opinião, nem tenho palavras para descrever o que estarão esses "pescadores" a fazer nesse local, pescar? Não me parece...


Em primeiro lugar, o estado do mar não está propicio para a pesca de bóia, digam o que disserem, não estão reunidas as condições mínimas de segurança. Até poderiam estar lá a sair sargos com dentes de ouro que aquilo não é local para ninguém se colocar, principalmente com a potencia destruidora daquelas vagas.


O mínimo descuido é fatal em condições destas, sem grandes condições de fuga (devido à característica do substrato) ou abrigo a uma vaga maior e não creio que seja de arriscar pescar no local para capturar seja ele qual for o peixe, a sua dimensão e quantidade.


Aquelas vagas que se vem ao fundo terão aproximadamente entre os 3.5 a 4.5 metros, sobre uma profundidade constante de 12 a 15 metros, ao embatem na falésia provocam esta elevação brutal de massa de água, de salientar que aquele pescador que se encontra sentado (no canto superior esquerdo), está sensivelmente a uns 15 metros do nível do mar, a estes teremos de somar mais uns 10 metros acima da zona media de falésia no local, o que dará aproximadamente 25 metros desde o nível do mar até ao máximo da expansão da água após o embate, em altura, por vezes essa expansão estende-se à mesma distancia mas em comprimento desde o topo da falésia para o interior.


Existem particularidades na falésia observáveis na primeira foto (em frente ao pescador de branco) e na segunda foto (perto do canto inferior esquerdo) que se nota uma afluência de água sobre a rocha, motivado pela erosão e túneis na falésia, onde a agua se eleva até ao topo, após ter embatido na base da falésia (chamados de sumidouros ou supradouros) .





























Esta sequência pertence à mesma vaga da primeira, embora tenha sido registada em modo automático da esquerda para a direita, a vaga é a mesma. Isto reforça o poder destruidor em termos de amplitude da massa de água no local, um varrimento muito violento.

Gosto bastante deste mar, mas não para pescar, para vê-lo a "galgar" a pedra, rebentar como que se dinamite se tratasse e acalmar-se sobre o topo da falésia no escorrimento sobre as rochas, onde uma vez mais voltará a cumprir esse ciclo, a Natureza é bela e destruidora.

Por ultimo, deixo apenas uma palavra aqueles que desaviam condições extremamente adversas como as demonstradas nas fotos:

- Valerá a pena arriscar a vida por peixe(s);
- Pensem na vossa família e amigos;
- Há mais marés do que marinheiros;
- Se não existem condições mínimas de segurança porque potencializar o risco;
- Será que são as condições indicadas para a pratica da modalidade;
- Os acidentes mortais que já ocorreram no local não são dissuasores;

Pesquem, em segurança!


Agradecimento ao Paulo Cabrita pela cedência das fotos.

Que Futuro o Futuro...

É melhor começarem a dar ideias para o Plano de Ordenamento do Mar, pois que todo esse imenso espaço que vai para além das 200 milhas e que Portugal está perto de conseguir seja reconhecido como território nacional, vai ser "um mar de concessões", ou seja, vastas áreas vão ser concessionadas a privados para exploração nos termos desse futuro Plano de Ordenamento.

Preparem-se, pois, para a divisão do mar em talhões, seja para a exploração petrolífera, seja, outras fontes de energia, bancos de pesca, turismo sob as suas mais diversa formas nomeadamente construções subaquáticas etc.

Aliás, esta pode ser a saída de Portugal para criar novas empresas e criar novos empregos, e para isso podem dispensar o ICNB, basta um Ministério do Mar com condições para evitar a poluição, e, se assim for, verão que a biodiversidade estará em todo o lado.

Por outro lado esqueçam essa visão saudosista e poética do passado.

Essa reivindicação de quererem uma costa só para os "pescadorzinhos" tradicionais vai acabar.

A população aumenta, o mar é de todos e, aquilo que se lê nestes blogues é de que o verão é para esquecer porque os turistas estragam tudo e delapidam as coisas que só devem pertencer aos locais.

Portanto, a solução vai ser concessionar a costa, mariscos, etc a quem mediante Concurso Público pagar mais pela exploração dos recursos Públicos, quer o faça para comer seja para depois vender.

Se já concessionam os locais nas praias para os banheiros, que mais querem?

Claro que têm razão em estar contra essas portarias e outras regras que não lembram ao diabo.

Claro que o ICNB não é preciso, que devia ser extinto para melhorar o défice, passar as suas competências para o Ministério da Agricultura ou do Mar, sem esquecer que algumas das suas competências só servem para emaranhar, complicar e entorpecer.

Eu estou como o outro disse por aí algures, "Se querem biodiversidade, acabem com a poluição".

Mas este país está cheio de tipos milionários, que são os melhores do mundo e que se gabam de ter sempre o melhor da Europa e do mundo. A Assembleia da República, por exemplo montou um sistema de audiovisual e de parafrenália de novidades que ultrapassou todos os parlamentos do mundo.

Pudera, estamos tesos e todos aqueles que têm votado nestes tipos são os culpados.

Exijamos ver o Nosso Deputado em São Bento para lhe apertarmos os colarinhos e corramos com toda esta cambada.

A mudança é de fundo e olhem também não vale a pena desejarmos as confrarias do tipo espanhol.

Edmundo Paixão

Nota: Este comentário foi publicado em ver link

Desafios e oportunidades do Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo


Não perca o evento dedicado ao Mar Português dia 21 de outubro – 5.ª Expo conferência da Água

A conferência “Espaço Marítimo: Novos Territórios da Água”, organizada pelo Jornal água&ambiente em parceria com o INAG, com o apoio da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar e com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República, abordará, de forma integrada e intersectorial, as potencialidades do mar português.

O Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo, em finalização e com início do processo de Consulta Pública previsto para breve, constitui um importante instrumento de apoio à gestão do espaço marítimo, que vem definir uma espacialização das utilizações, clarifica procedimentos para a sua utilização sustentada atendendo aos diferentes sectores envolvidos, contemplando o mar na sua multidimensionalidade, incluindo a sua utilização diferenciada ao longo da coluna de água, desde o fundo à superfície e até à atmosfera.

Este será o tema em destaque neste encontro sobre o Mar, que inclui uma importante vertente participativa aberta a todos os interessados.

Esta conferência inédita é direccionada a todos os sectores e instituições públicas e privadas que se relacionem com o espaço marítimo e com o mar, onde se incluem os diversos sectores económicos com actividades actuais ou potenciais neste território, desde associações de pescas, aquicultura, turismo, transporte e segurança marítima, até às actividades de ambiente e conservação da natureza, recursos marítimos e minerais, abrangendo ainda as autarquias, universidades e institutos de investigação.

A conferência Espaço Marítimo: Novos Territórios da Água, subordinada ao tema “Dimensão Económica e Potencialidades do Mar Português”, terá lugar no dia 21 de Outubro, sendo uma das várias iniciativas integradas na 5.ª Expo conferência da Água, que se irá realizar nos dias 19, 20 e 21 de Outubro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Mais informações e inscrições em Expoagua2010


Comunicado da C.P.P. – Comissões de Pescadores e População


Recebi por e-mail o Comunicado com pedido de divulgação da C.P.P. – Comissões de Pescadores e População.

INFORMAÇÃO IMPORTANTE - MAR PRIVADO? NÃO OBRIGADO! - À POPULAÇÃO DA COSTA PORTUGUESA

O Descontentamento contra a lei da pesca Lúdica e da Apanha de Marisco tem vindo a alastrar a toda costa portuguesa, à medida que as multas chovem, com especial relevo para a Costa Vicentina e para Arrábida.
As populações do litoral já perceberam que o governo não tem vontade – ao contrário do que tem afirmado – em alterar as brutais e rocambolescas leis que atentam gravemente sobre a vida, o trabalho e o lazer das populações costeiras e dos portugueses em geral!

EXPULSAM-NOS DO LITORAL, NÃO NOS DEIXAM MARISCAR, DESTROEM A INICIATIVA PRIVADA LOCAL E O CONVIVIO, IMPEDEM-NOS O ACESSO AOS BENS NATURAIS PARA ABRIR PORTAS AOS GRANDES EMPREENDIMENTOS!

Informamos o Povo do seguinte:

1. Reunimos na Primavera deste ano no Algarve, (Vila do Bispo), com os Deputados do Partido que está no Governo, onde lhe apresentámos detalhadamente as nossas reivindicações, aliás expressas já numa gigantesca concentração no dia anterior em Aljezur, onde também participámos de repudio pela revisão do Plano do ordenamento do Parque Natural, um conjunto legislativo que a coberto de pretensas protecções ambientais mais não visa do que despojar as pessoas dos seus direitos e das suas propriedades!
Diariamente assistimos à saída de legislação na área da agricultura, do pequeno comercio ou da pesca desportiva ou artesanal, todas no sentido de defender o grande e estrangular o pequeno!

2. Mais tarde, e não tendo até aí qualquer informação positiva, reunimos na Carrapateira, (Aljezur), com o Sr. Secretário de Estado do Ambiente, Presidente do I.C.N.B., deputados do Governo, Governadora Civil de Faro e outras individualidades, encontro este onde ficou patente o entendimento entre os pescadores desportivos e profissionais, mas onde nada foi adiantado de concreto pelo governo! Ficámos com a sensação de que estão à espera que nos cansemos!
Não nos cansaremos! Não nos dividiremos! A luta é para continuar e vamos estendê-la a toda costa Portuguesa! Continuaremos a reivindicar o que é nosso:

• Fim da descriminação dos Portugueses do Norte, do Centro, do Interior e da costa Sul do Algarve que estão proibidos de mariscar na Costa Vicentina . As leis são para todos!
• Fim da lei pouco clara que proíbe a pesca nos locais com melhor vista da Costa durante a noite!
• Quantidades permitidas de marisco adequadas a um convívio familiar ou amigável! Porquê esta mania, que tem séculos, das classes dominantes esmagarem o convívio dos pobres!?
• Controle e fiscalização das potenciais fontes principais de poluição da costa Portuguesa, Sines, celuloses, grandes explorações do Mira, etc.
• Fim da proibição de pescar à quarta-feira na costa alentejana! Que raio de justificação pode sustentar esta cláusula? Para que é que querem a costa à Quarta-feira sem ninguém!? Nem de dia, nem de noite!?
• Autorização para o uso de vários instrumentos tradicionais de mariscar das várias regiões do País!
• Condições de trabalho para a frota artesanal!
• O defeso actualmente na Costa Vicentina a manter-se terá que ser aplicado por igual a todos os pescadores e não apenas os da cana como acontece.

Sr. Secretário de Estado do Ambiente, que interesse se pretende defender com a teimosia em manter a costa Alentejana e Vicentina deserta à noite? O que é que nós perturbamos ou o que é que se quer que nós não vejamos à noite?

3. As nossas propostas foram entregues aos Srs. Deputados do Partido do Governo sob a forma de projecto de Portaria já há alguns meses!

4. Apelamos à População, aos clubes recreativos, culturais ou desportivos, à A.N.P.L.E.D., aos sindicatos, às associações regionais a todos os que queiram defender os seus bens privados ou colectivos, que participem nas iniciativas futuras!


Português que vives no Litoral ou aí vais à praia ou à pesca!
Não deixes o lixo nas praias ou nos rochedos!
Deita as pilhas no Pilhão!
Não faças como “eles” que nada fazem para defender o ar e o mar dos dejectos industriais ou como acontece em Odemira com as explorações da agricultura intensiva em cima das falésias e nos culpam a nós pescadores de cana de sermos os predadores da costa!
Quem destruiu as algas laminares na costa Alentejana e Vicentina?
Quem encheu o mar de Leiria com espuma?
Para onde vão os óxidos de enxofre e o etileno de Sines?

MAR PRIVADO? NÃO OBRIGADO!

C.P.P. – Comissões de Pescadores e População

Contactos: 961231650 e 963170493
- Costa a norte do Cabo Carvoeiro - 917242402
- Costa do Cabo Carvoeiro ao Cabo de Sines - 918711769
- Costa a sul do Cabo de Sines – 962561875
Morada: Quinta Nova do Cerrinho – Castanhal
7630 – 033 Boavista dos Pinheiros
Correio electrónico: comissõespescadorespopulação@gmail.com

Portimão, Sagres, Aljezur, Odemira, Sines, Setúbal, Marinha Grande, Ericeira, Peniche, Leiria, Nazaré, Figueira da Foz, Aveiro / Outono 2010.

Censo mundial descobriu 20 mil novas espécies marinhas na última década

Os cientistas estimam que existam, pelo menos,
um milhão de espécies marinhas
(Foto: Dani Cardona/Reuters/arquivo)


Um censo da vida marinha do planeta permitiu identificar 20 mil novas espécies, depois de dez anos de trabalho, foi hoje divulgado. Ainda assim, um quinto dos oceanos continua por explorar.

“O censo veio mostrar uma profusão inesperada de espécies”, ou seja, cerca de 250 mil espécies, contra as 230 mil que estavam descritas até ao momento, concluem os cientistas envolvidos no CoML (Census of Marine Life). Este projecto teve a participação de 2700 investigadores, de 80 países, que embarcaram em 540 expedições organizadas em 17 grandes projectos.

Entre as espécies descobertas está um caranguejo "peludo", peixes fluorescentes nas profundezas onde não chega a luz do Sol, um camarão que se pensava extinto em tempos Jurássicos e uma lula com sete metros de comprimento.

De acordo com este censo – que começou em 2000 e que durante dez anos tentou avaliar e explicar a diversidade, distribuição e abundância da vida nos oceanos -, “existem espécies em todas as zonas” estudadas, “mesmo onde existe muito pouco oxigénio e luz”.

Este trabalho, além de ter criado a primeira lista global e unificada da vida marinha, cartografou também a vida nos oceanos – indicando os locais onde as diversas espécies foram encontradas e os seus possíveis territórios - e mostrou os trajectos migratórios das espécies, estabelecidos graças a satélites e outros equipamentos electrónicos.

Mas não só. “Quisemos saber não apenas que existe algo como um caranguejo de Madagáscar mas também quantos existem”, explicam os responsáveis no site do CoML.

Ainda assim, muitas espécies continuam por descobrir. Os cientistas só podem extrapolar que existam, “pelo menos, um milhão” de espécies marinhas.

Estes dados poderão servir de “base para avaliar as modificações na vida marinha ligadas às alterações naturais e à actividade humana”, nomeadamente as marés negras. Tanto mais que o estudo de dez anos também documentou a sobre-exploração pesqueira do atum e do bacalhau e o impacto de vários tipos de poluição e do aquecimento global.

“A vida no mar fornece metade do nosso oxigénio, muitos dos nossos alimentos e regula o clima”, lembrou à BBC Ian Poiner, responsável pelo Comité coordenador do Censo, falando em Londres antes da conferência de apresentação dos resultados.

A divulgação dos resultados do estudo - que custou 650 milhões de dólares (471 milhões de euros) surge por ocasião do Ano Internacional da Biodiversidade e a duas semanas da cimeira das Nações Unidas sobre Biodiversidade, em Nagoya, no Japão (18 a 29 de Outubro).

Fonte: Público.pt