Os pescadores lúdicos e da apanha de marisco prometem voltar a sair à rua em manifestações em todo o país.
Em causa está, de novo, a proibição da apanha de marisco no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) a não residentes do parque, bem como o regulamento da pesca lúdica para este território.
No passado, as medidas já levaram milhares de pescadores a participarem numa marcha lenta entre Lagos e Sagres e em duas manifestações, em Odemira e Lisboa.
David Rosa, um dos representantes das Comissões de Pescadores e População, disse ao «barlavento» que os pescadores estão descontentes com a proibição de pescar à quarta feira e à noite, na zona do Parque Natural, e querem ser autorizados a usar de novo os instrumentos de mariscar tradicionais.
Esta Comissão quer ainda que o Governo não discrimine os pescadores do resto do Algarve, Alentejo e outras regiões do país, que não podem mariscar no Parque Natural, pois não são residentes. «As leis têm que ser para todos, por isso consideramos que têm que ser alteradas».
Por outro lado, os pescadores, tal como sempre foi dito durante as manifestações que promoveram, consideram que estas regras, em vigor há mais de dois anos, prejudicam a economia dos concelhos integrados no Parque Natural.
Uma economia que sobrevive, no Inverno, devido aos milhares que se deslocam à Costa, para praticar aquele passatempo.
As Comissões de Pesca Lúdica da zona do Parque Natural entregaram já uma proposta de revisão desta legislação, no âmbito da discussão pública do Plano de Ordenamento do PNSACV, que decorreu até ao final de Abril do ano passado.
Um dos alertas que é feito também neste documento entregue à tutela e a que o «barlavento» teve acesso é o valor demasiado alto das coimas a aplicar, visto que este é um desporto generalizado e de origem popular.
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