O "Big Brother Costeiro" em breve

O Ministério da Administração Interna, escolheu três empresas com quem vai negociar a instalação de radares para vigiar a costa portuguesa. Uma delas representa a maior indústria israelita deste material, usado em Gaza e na fronteira com o Líbano Empresas israelitas, americanas e francesas estão a competir para instalar na costa portuguesa o Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC), constituído por radares e câmaras de vídeo de grande alcance.

O combate ao tráfico de droga, contrabando, emigração ilegal e terrorismo, além de prevenção ambiental, são as principais missões deste projecto.


Em parceria com as concorrentes directas estes industriais apresentam o que melhor há no mundo em controlo de fronteiras marítimas.

A tecnologia é a parte mais importante do sistema que Portugal pretende comprar. O concurso, que está a decorrer na esfera do Ministério da Administração Interna (MAI), foi classificado secreto por razões de segurança.

O concurso está agora na recta final e, segundo o ministério da Administração Interna, a negociação com as empresas ficará "concluída ainda no mês de Fevereiro".

"poderá assim cumprir-se o objectivo de, no próximo Verão, colocar à disposição da Unidade de Controlo Costeiro da GNR o equipamento correspondente à fase 1 (Algarve)".


O SIVICC é há muito desejado pela GNR. Há cerca de um ano, um oficial da então Brigada Fiscal (BF), alertava publicamente que o sistema de vigilância que tinham a operar, estava "obsoleto". Segundo fonte da GNR, actualmente, dos sete radares que estão instalados, há dois que não estão a funcionar. Os equipamentos da visão nocturna estão praticamente todos desligados. "Para operações à noite só mesmo com a ajuda de câmaras portáteis".

O equipamento funciona em permanência sem ser precisa quase a presença humana.

O SIVICC vai contar com quase o dobro dos postos de observação (20) que a actual rede de observação (11). Doze deverão ser instalados em edifícios já existentes da ex-BF e oito vão ser contentorizados, podendo ser reposicionados por razões operacionais. A estes juntam-se oito móveis, instalados em viaturas.

Todo o sistema está ligado 24 horas por dia, 365 dias por ano a observar o mar e a registar todas as movimentações de barcos. As tecnologias em concurso têm a capacidade para observar uma embarcação de 2x3 metros a mais de 30 quilómetros.|

Fonte: DN

4 comentários:

Ricardo Silva disse...

Boas,

por mim, por enquanto, tudo bem, mas... tenho a certeza que em Portugal há know-how suficiente para implementar e fornecer um sistema destes.

Numa altura destas em que se fala tanto em investimento, teria sido bom aproveitar a prata da casa...

Bem sei que aparentemente trata-se dum concurso público, pelo que nada impediria à partida uma empresa Portuguesa de concorrer, mas com tanto secretismo e com o poder do lobby militar, fico com muitas dúvidas.

Quanto à questão "Big Brother", se forem salvaguardados os direitos constitucionais dos cidadãos, penso que os prós poderão ultrapassar em muito os contras, na fiscalização, prevenção, ambiente, etc.

Ricardo Silva

Anónimo disse...

Boas,
só espero que não cometam os mesmo erros que cometeram quando do concurso do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP). Neste caso, o Sr. Santana Lopes durante o seu período de desgovernação lesou o estado em largos milhões de euros.
Quanto ao sistema propriamente dito, em meu entender, a sua importância é óbvia e inquestionável, pois a partir do período de implementação de um sistema similar em Espanha, a nova Costa tornou-se um local privilegiado para a entrada de droga na Europa.
Como diz o outro "estamos cá para ver"!
Ruca

Fernando Encarnação disse...

Boas Ricardo.

O que interessa mais uma vez é gastar os dinheiros públicos, senão qualquer dia somos invadidos por os muçulmanos outra vez...

Hum, será que com isto conseguirão por um fim ás chaçinas por parte da pesca profissional? Vamos ver, se assim for vejo a minha parte de impostos que desconto bem empregada, mas o software já deve vir "chipado" para não detectar certas coisas...

Abraço Ricardo.

Fernando Encarnação disse...

Boas Ruca.

O SIRESP, esse belo investimento que esta em banho maria, eh, eh, eh.

Como diz o outro "estamos cá para ver"!

Droga, imigração ilegal, monitorização ambiental (não é preciso investir tanto para monitorização ambiental) basta ir um pouco a norte (Sines).

Que preocupações minha nossa, uma coisa tão pequena, qualquer dia declaramos guerra as "Regiões" de noutros hermanos...

;)

Abraço.