Pois é, eu digo dignidade porque orgulho esse já se foi há muito tempo com todas as coisas com que os lideres e “patrões” deste país nos presenteiam.
Somos um povo que segundo reza a História, suávamos braveza e determinação. A nós são-nos apontados feitos dignos das histórias de aventuras e conquistas marítimas.
Muito pouco nos enganamos ao dizer que os Portugueses fizeram um dia parte do grupo dos povos que reinavam sobre o mar. Pois bem, eu sou Português e nem ao mar posso ir apanhar um peixe com a minha filha quando, onde e como quero ou posso. Digam-me senhores ministros, deputados e outros pseudo-intelectuais que criam leis e regras sem qualquer conhecimento de causa, se não vos pesa na consciência como seres humanos ou até como burocratas, ao tirarem assim aos poucos mas cada vez mais a liberdade que faz com que nós, os Portugueses de segunda, consigamos encontrar na por vezes já difícil e muito carenciada vida, formas de passar bons momentos e dar um brilhozinho que nos traz uma simples mas muita apreciada felicidade e satisfação?
Fiquem com os vossos salários, pensões e reformas milionárias (que sai do nosso bolso), fiquem com os vossos carros topo de gama (que são comprados por todos nós), fiquem com as vossas casas de luxo e outras mais regalias que apenas são acessíveis a algumas pessoas neste país. Mas deixem-me a mim, aos meus amigos e àquele senhor que tem problemas de saúde, uma reforma de duzentos e poucos euros, sem carro, uma casita pequena e uma família distante, a possibilidade de podermos ter alguma distracção no mar numa segunda-feira se o mar estiver bom, na esperança de lá passar umas horas e quem sabe apanhar três ou quatro peixes. Não, esperem aí….vocês vão dizer-me que não pode ser porque indo a uma segunda-feira, o tal senhor vai exterminar o peixe do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, ou então, vão dizer que ele não pode ir pois aqueles peixes têm de ser lá deixados para os pescadores profissionais. Sim, porque os peixes que estes apanham não desovam e não se regem por calendário semanal.
Agora está proibido o engodo, pois bem senhores políticos, para as próximas eleições não devia haver nenhuma campanha política onde são apresentadas as maravilhosas e utópicas promessas que são, essas sim engodos desleais para “pescar” o eleitor.
Meus senhores, o mar não é uma horta, nem ninguém “plantou” lá aquele peixe fazendo com que pertença mais a uns que a outros. Mais importante que tudo o que aqui foi dito, é o facto do MAR não ser nem vosso, nem meu, nem de ninguém, É DE TODOS. Como tal, se deve haver restrições quanto ao seu uso, estas devem ser vistas e acordadas por TODOS e nunca por meia dúzia de pessoas que avaliando por algumas das restrições impostas, claramente se percebe que para elas a pesca deve ser apenas o acto de extrair peixe do mar, não sabendo como se faz, nem o que representa para quem tem neste desporto um meio de subsistência, passatempo, refúgio ou vício.
Com todo o respeito que tenho pela caça mesmo não sendo praticante, conheço algumas das suas regras tais como, os dias autorizados à sua prática e as proibições de matar certas espécies em determinadas alturas do ano. Pois bem, na pesca existe a condicionante das condições do mar que caso sejam adversas nos dias permitidos, adeus à pesca nessa semana, talvez deixando para trás uma segunda, terça ou quarta-feira com condições excelentes. É ainda de salientar que ao contrário da caça que antes de disparar, um caçador pode ver se irá atingir uma espécie autorizada ou não para a altura do ano, o pescador não o pode fazer pois logicamente não sabe que tipo de peixe está a morder o anzol. Será que estes dois factores foram tidos em consideração? Será que algum factor foi tido em conta?
Ninguém pensou no nosso comércio tradicional já quase esmagado com tamanha pressão e desigualdade das grandes superfícies e que com este tipo de decisões, vamos assistir a muitas casas de pesca a tremer pois durante três meses por ano praticamente não se pesca e o resto do ano está reduzido a 4 dias semanais. Estas casas pagam impostos, estas pessoas vivem e comem do lucro das vendas de material e iscos. O que os espera? Fecham a loja e depois? O estado toma a responsabilidade e sustenta estas famílias?
Então e o turismo de Inverno que muito dele se deve aos amantes da pesca!? Hotéis, residenciais, restaurantes, supermercados, etc...
Dizimam completamente o que faz mexer esta parte do país fora dos meses de Julho e Agosto, meses esses que temos de estar de sorriso nos lábios e braços abertos a receber os turistas que vêm passar algum tempo de qualidade, no que se pode chamar de colónia paradisíaca de férias. Os turistas vão poder ver os coelhinhos a passear, as aves a brincar, raposas a correr e claro... nós, os aborígenes encostados a um canto a ver toda a alegria e divertimento a passar-nos ao lado num território que faz parte da nossa vida, hábitos e cultura.
Meus senhores, digam “vamos fazer algo para ajudar a preservar ou aumentar os recursos marinhos”, e eu direi “vamos sim senhor”, mas vamos escutar todos aqueles a quem possa interessar o assunto, todos aqueles que percebam e realmente saibam do que se trata e todos aqueles a quem uma decisão mal tomada possa prejudicar de alguma forma, pois o que não se deve querer atingir é o extermínio de uma classe de Portugueses que um dia até pensou que residir no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina era algum privilégio… Esperem aí, ou será que é isso mesmo que se quer atingir!!?
Desde que saiu a Portaria 143/2009 vários têm sido os protestos e comentários que tenho presenciado. Num deles foi-me posta uma questão à qual não consegui responder, no entanto gostaria que quem, tal como eu, reside desde criança no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina tentasse responder convictamente. “Que benefícios tiveram os residentes do P.N.S.A.C.V. desde e com a sua criação? Alguém sabe responder? Eu não…
Em certas partes do país constroem-se auto-estradas, pontes, aeroportos, hospitais, etc….. mas aqui no P.N.S.A.C.V. não se pode melhorar uma estrada de terra por muito que seja necessário, não se pode plantar uma sebe na nossa propriedade sem que a árvore a usar seja autorizada, etc….
Para quem não sabe, o P.N.S.A.C.V. tem uma extensão de 110 km de costa e
74.414,89ha de área total em que 56.952,79ha destes são terrestres, uma população de 24.000 habitantes e cerca de 2.8 milhões de turistas anuais.
Sabem quantos hospitais existem no P.N.S.A.C.V.? Eu digo-vos, NENHUM!
Sabem quantas universidades existem no P.N.S.A.C.V.? Eu digo-vos, NENHUMA!
Com tanto dinheiro investido em projectos megalómanos, gastando o pouco que temos e que não temos como se um país rico nós fôssemos, continuamos a ser privados de infraestruturas que deveriam pertencer aos direitos básicos de qualquer população. E por falar em dinheiro, o que foi feito das receitas das licenças de pesca? Porque razão vou eu pagar a mesma quantia que um
pescador que exerça este desporto noutra parte do país por uma licença que lhe dá o direito de pescar mais 150 dias que eu, mais 2.5kg de peixe por dia que eu e que pode apanhar sargos durante todo o ano e eu não?
Para terminar, gostaria de deixar bem claro que nada tenho contra os caçadores, pescadores profissionais ou contra quem reside noutra parte do país que não esta, mas muito tenho contra quem nos faz sentir inferiorizados, aquando da aplicação de tamanha injustiça.
Se algo do que aqui foi dito está errado, resta-me agradecer a alguém que me corrija mas já que se vai dar a esse trabalho, esse alguém, pode também responder a todas a questões que aqui levanto e aí então, garanto que a gratidão será maior ainda.
Sou apenas um residente do P.N.S.A.C.V. que está indignado com o modo como a população deste país é tratada por quem afinal de contas deveria zelar por nós. Tal como disse de início, o orgulho já se foi e a dignidade de ser Português está a seguir pelo mesmo caminho, no entanto existe ainda a esperança de alguém abrir os olhos e ver a perfeita patétice e absurdidade em que tudo isto se tornou e corrigir pelo menos parte destes “males”.
Henrique Ruas, Português de segunda - Odeceixe
ruas.henrique@gmail.com
Obrigado Henrique pelo teu contributo.
Somos um povo que segundo reza a História, suávamos braveza e determinação. A nós são-nos apontados feitos dignos das histórias de aventuras e conquistas marítimas.
Muito pouco nos enganamos ao dizer que os Portugueses fizeram um dia parte do grupo dos povos que reinavam sobre o mar. Pois bem, eu sou Português e nem ao mar posso ir apanhar um peixe com a minha filha quando, onde e como quero ou posso. Digam-me senhores ministros, deputados e outros pseudo-intelectuais que criam leis e regras sem qualquer conhecimento de causa, se não vos pesa na consciência como seres humanos ou até como burocratas, ao tirarem assim aos poucos mas cada vez mais a liberdade que faz com que nós, os Portugueses de segunda, consigamos encontrar na por vezes já difícil e muito carenciada vida, formas de passar bons momentos e dar um brilhozinho que nos traz uma simples mas muita apreciada felicidade e satisfação?
Fiquem com os vossos salários, pensões e reformas milionárias (que sai do nosso bolso), fiquem com os vossos carros topo de gama (que são comprados por todos nós), fiquem com as vossas casas de luxo e outras mais regalias que apenas são acessíveis a algumas pessoas neste país. Mas deixem-me a mim, aos meus amigos e àquele senhor que tem problemas de saúde, uma reforma de duzentos e poucos euros, sem carro, uma casita pequena e uma família distante, a possibilidade de podermos ter alguma distracção no mar numa segunda-feira se o mar estiver bom, na esperança de lá passar umas horas e quem sabe apanhar três ou quatro peixes. Não, esperem aí….vocês vão dizer-me que não pode ser porque indo a uma segunda-feira, o tal senhor vai exterminar o peixe do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, ou então, vão dizer que ele não pode ir pois aqueles peixes têm de ser lá deixados para os pescadores profissionais. Sim, porque os peixes que estes apanham não desovam e não se regem por calendário semanal.
Agora está proibido o engodo, pois bem senhores políticos, para as próximas eleições não devia haver nenhuma campanha política onde são apresentadas as maravilhosas e utópicas promessas que são, essas sim engodos desleais para “pescar” o eleitor.
Meus senhores, o mar não é uma horta, nem ninguém “plantou” lá aquele peixe fazendo com que pertença mais a uns que a outros. Mais importante que tudo o que aqui foi dito, é o facto do MAR não ser nem vosso, nem meu, nem de ninguém, É DE TODOS. Como tal, se deve haver restrições quanto ao seu uso, estas devem ser vistas e acordadas por TODOS e nunca por meia dúzia de pessoas que avaliando por algumas das restrições impostas, claramente se percebe que para elas a pesca deve ser apenas o acto de extrair peixe do mar, não sabendo como se faz, nem o que representa para quem tem neste desporto um meio de subsistência, passatempo, refúgio ou vício.
Com todo o respeito que tenho pela caça mesmo não sendo praticante, conheço algumas das suas regras tais como, os dias autorizados à sua prática e as proibições de matar certas espécies em determinadas alturas do ano. Pois bem, na pesca existe a condicionante das condições do mar que caso sejam adversas nos dias permitidos, adeus à pesca nessa semana, talvez deixando para trás uma segunda, terça ou quarta-feira com condições excelentes. É ainda de salientar que ao contrário da caça que antes de disparar, um caçador pode ver se irá atingir uma espécie autorizada ou não para a altura do ano, o pescador não o pode fazer pois logicamente não sabe que tipo de peixe está a morder o anzol. Será que estes dois factores foram tidos em consideração? Será que algum factor foi tido em conta?
Ninguém pensou no nosso comércio tradicional já quase esmagado com tamanha pressão e desigualdade das grandes superfícies e que com este tipo de decisões, vamos assistir a muitas casas de pesca a tremer pois durante três meses por ano praticamente não se pesca e o resto do ano está reduzido a 4 dias semanais. Estas casas pagam impostos, estas pessoas vivem e comem do lucro das vendas de material e iscos. O que os espera? Fecham a loja e depois? O estado toma a responsabilidade e sustenta estas famílias?
Então e o turismo de Inverno que muito dele se deve aos amantes da pesca!? Hotéis, residenciais, restaurantes, supermercados, etc...
Dizimam completamente o que faz mexer esta parte do país fora dos meses de Julho e Agosto, meses esses que temos de estar de sorriso nos lábios e braços abertos a receber os turistas que vêm passar algum tempo de qualidade, no que se pode chamar de colónia paradisíaca de férias. Os turistas vão poder ver os coelhinhos a passear, as aves a brincar, raposas a correr e claro... nós, os aborígenes encostados a um canto a ver toda a alegria e divertimento a passar-nos ao lado num território que faz parte da nossa vida, hábitos e cultura.
Meus senhores, digam “vamos fazer algo para ajudar a preservar ou aumentar os recursos marinhos”, e eu direi “vamos sim senhor”, mas vamos escutar todos aqueles a quem possa interessar o assunto, todos aqueles que percebam e realmente saibam do que se trata e todos aqueles a quem uma decisão mal tomada possa prejudicar de alguma forma, pois o que não se deve querer atingir é o extermínio de uma classe de Portugueses que um dia até pensou que residir no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina era algum privilégio… Esperem aí, ou será que é isso mesmo que se quer atingir!!?
Desde que saiu a Portaria 143/2009 vários têm sido os protestos e comentários que tenho presenciado. Num deles foi-me posta uma questão à qual não consegui responder, no entanto gostaria que quem, tal como eu, reside desde criança no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina tentasse responder convictamente. “Que benefícios tiveram os residentes do P.N.S.A.C.V. desde e com a sua criação? Alguém sabe responder? Eu não…
Em certas partes do país constroem-se auto-estradas, pontes, aeroportos, hospitais, etc….. mas aqui no P.N.S.A.C.V. não se pode melhorar uma estrada de terra por muito que seja necessário, não se pode plantar uma sebe na nossa propriedade sem que a árvore a usar seja autorizada, etc….
Para quem não sabe, o P.N.S.A.C.V. tem uma extensão de 110 km de costa e
74.414,89ha de área total em que 56.952,79ha destes são terrestres, uma população de 24.000 habitantes e cerca de 2.8 milhões de turistas anuais.
Sabem quantos hospitais existem no P.N.S.A.C.V.? Eu digo-vos, NENHUM!
Sabem quantas universidades existem no P.N.S.A.C.V.? Eu digo-vos, NENHUMA!
Com tanto dinheiro investido em projectos megalómanos, gastando o pouco que temos e que não temos como se um país rico nós fôssemos, continuamos a ser privados de infraestruturas que deveriam pertencer aos direitos básicos de qualquer população. E por falar em dinheiro, o que foi feito das receitas das licenças de pesca? Porque razão vou eu pagar a mesma quantia que um
pescador que exerça este desporto noutra parte do país por uma licença que lhe dá o direito de pescar mais 150 dias que eu, mais 2.5kg de peixe por dia que eu e que pode apanhar sargos durante todo o ano e eu não?
Para terminar, gostaria de deixar bem claro que nada tenho contra os caçadores, pescadores profissionais ou contra quem reside noutra parte do país que não esta, mas muito tenho contra quem nos faz sentir inferiorizados, aquando da aplicação de tamanha injustiça.
Se algo do que aqui foi dito está errado, resta-me agradecer a alguém que me corrija mas já que se vai dar a esse trabalho, esse alguém, pode também responder a todas a questões que aqui levanto e aí então, garanto que a gratidão será maior ainda.
Sou apenas um residente do P.N.S.A.C.V. que está indignado com o modo como a população deste país é tratada por quem afinal de contas deveria zelar por nós. Tal como disse de início, o orgulho já se foi e a dignidade de ser Português está a seguir pelo mesmo caminho, no entanto existe ainda a esperança de alguém abrir os olhos e ver a perfeita patétice e absurdidade em que tudo isto se tornou e corrigir pelo menos parte destes “males”.
Henrique Ruas, Português de segunda - Odeceixe
ruas.henrique@gmail.com
Obrigado Henrique pelo teu contributo.
14 comentários:
Ah! Grande Ruas, Henrique.
Não me tirou as palavras da Boca porque não as tinha assim tão expressivas.
Mas asseguro-lhe que os meus sentimentos são iguaizinhos, a minha decepção, a minha incredulidade, a minha ingenuidade e a minha raiva em relação a tudo quanto relatou, em todos os pontos em que tocou.
Só tenho pena que muitos não saibam que verdades destas foram ditas.
Isto deve ser repetido até ser ouvido e meditado.
Depois de meditado isto é dinamite.
Obrigado.
Sou um pescador que já levou os filhos à pesca ,mas não conseguiu pescar nada.
Mas que sonha um dia engatar e enganar um peixito, com engodo e tudo, para acreditar no manual de sobrevivência.
Araújo Felgueiras
Viva Araújo Felgueiras.
Desde já obrigado pelo comentário.
Sim o Henrique esta completamente desmotivado, perplexo e incrédulo para o que se está a passar.
Também a mim o vicio da pesca foi-me passado pelo meu pai, e com ele vivi até aqui, começam-me a faltar forças para enfrentar e aceitar tantas injustiças, já nem ao mar me apetece ir...
Abraço.
Henrique não tenho o prazer de o conhecer apenas sigo o seu blog,no meu e as suas palavras são as minhas e a de milhares de portugueses de 2ªque procuram muitas vezes passar um dia de folga e agora não conseguem fazendo o que gostam «Pescar»
Obrigado um abraço
completamente de acordo contigo henrique.Mas o que é que voces esperavam deste Governo ? Que vos espera-ce de bracos abertos? ou que tivessem tempo para os vocos problemas ?Entao tem que esperar muito, ou cultivar notas de € no PNSACV.
O PNSACV que tem feito, a nao ser chular,para o proprio Parque?Vi Obras feitas no distrito de Aljezur,caminhos alcatroados e passadeiras ate as falésias, da gosto de ver, em Odemira que tem la feito? se nao fosse a CMO nada la existiria.Agora querem enviar 40-50 Policias Maritimos para a entrada da barca-Zambujeira, para que ?Mandem eses gajos mas e para Almada a ver se acambam com a bandidagem, e nao para multar simples Pescadores que ca ja estavam antes de eles saberem o que e o Mar e a sua fauna, pois se assim nao fosse hoje a nossa costa nao estaria tao bem preservada, nao foi com os decretos desses senhores de Lisboa que ela assim se encontra, e ainda muito menos por o PNSACV, esses que limpem mas e a sua sucateira que tem em Odemira por tras da sua séde, ai e que deviam ter vergonha.Ja agora tambem queria relembrar a Policia Maritima que as dunas nao sao pistas de cross para suas Motos 4x4.
Ánimo amigos. Fuerza y adelante.
Un abrazo
Viva Cordeiro.
O Henrique é um conterraneo amigo, não fui eu que escrevi o texto, mas também eu me enquadro na totalidade com as suas palavras.
Existe milhares de portugueses de 2ª, eu começo é a considerar-me que vivo num pais de 3º mundo...
Um abraço.
Viva anonimo.
Desde já obrigado pelo comentário, mas mesmo sem nome vejo que o amigo esta a par do que se passa por estes lados, à que esconder o nome não vá aparecerpor ai uma autoridade frequentadora deste blog.
;)
Eu esperava um pouco de mais atenção da parte do Sr. Ministro do Ambiente, somente isso nada mais.
As notas já cá foram cultivadas mas em Reliquias e eram dolares.
É mesmo o ICNB nada fez neste concelho, tambem conheco a realidade de Aljezur, mas tambem me parece que por lá nao tenham feito grande coisa, esse instituto mal tem dinheiro para o combustivel do unico guarda da natureza desta area.
A CMO tem feito bastantes coisas, quando o ICNB é que tem obrigação das fazer.
Enviar 40-50 agentes é para fazerem a colecta das coimas, vai andar tudo em sentido, infelizmente deveriam mandar esses agentes para outros locais, onde existe criminalidade e onde verdadeiramente as pessoas já não saem à rua com problemas de segurança.
Eu tenho visto autenticas lavouras de moto 4, se são a PM não sei, mas se algum civil faz isso leva uma talhada bem grande, só pode ser mesmo.
PNSACV Dakar
Abraço e para a proxima não tenha medo de colocar um nome, nem que o mesmo seja falso.
;)
Hola Toño.
Con un pais como este es dificil compañero.
Ahora nem podemos pescar un sargo, solamente en Portugal.
Cordial saludo
Viva amigo Fernando,
eu gosto bastante de ler os artigos do teu blog, até agora ainda não tinha feito qualquer comentário, mas perante este " desabafo " do Henrique Ruas , não podia ficar indiferente, este texto exprime muito bem o sentimento que vai na alma da maioria das pessoas que ai habitam.Tenho seguido toda esta problemática da nova legislação e tenho gostado bastante do que tens escrito, tens mostrado coragem e indignação perante o que está a acontecer, não tenhas medo que te chamem sindicalista ou revolucionario, afinal o que falta em Portugal é gente de coragem , gente com vontade de resolver os problemas, já chega de gente com discursos bonitos e que nada fazem em prol da população.Eu defendo que se deve lutar pela verdade e pela liberdade, coisas que vão estando cada vez mais em extinção em Portugal, o que vamos vendo cada vez mais na televisão é gente com cargos de responsabilidade a dizer mentiras ( a justiça em Portugal é uma vergonha), quanto á liberdade vamos a perdendo aos poucos , muitas vezes sem dar por isso.
Eu moro em Setúbal, adorava pescar na Arrábida mas com a criação do parque natural perdi essa possibilidade, agora a região está entregue aos pescadores profissionais nocturnos que lá vão de noite " sacar " os parguetes e os salmonetes que ainda lã existem.
Comprendo bem quando afirmas que adoras pescar mas ultimamente tens estado sem vontade, afinal ter paixão pela pesca não é , no meu ponto de vista ,apenas ir para os foruns colocar fotografias de capturas.
Se tiver possibilidade vou ai a Odemira no dia da manifestação para me manifestar e para mostrar solidariedade com toda as pessoas que residem na zona do parque e que são as mais afectadas .
Um abraço desde Setúbal
Zé ( Diogojose )
A próxima depois de Odemira, parece-me dever ser a desobediência civil.
Vamos todos pescar para a Costa Vicentina, todos em fila e com engodo e tudo.
Que venha a Polícia Marítima (PM) e mais a outra, polícia que em vez de andar a caçar ou pescar ladrões, serão mandadas multar os desobedientes?! e arruaceiros?!?
As contestações às multas ou coimas irão ser todas iguaizinhas, só mudam os nomes e já agora vamos desafiar esses democrats de me
ia tigela.
Isto é só uma questão de organização.
Como dizia um comentador, a prescrição e o entupimento dos tribunais também terá de servir para os pobres.
Eles não podem levar a melhor.
Teresa Carvalhal
Ola Amigos
Embora eu me encontre longe do PNSACV, (Alemanha),consigo muito bem compreender a vossa indignação sobre as novas restricções implementadas pelo "vosso" Governo.Ao fim de lêr um pouco as portarias 143/144-2009 fiquei logo a compreender qual a preocupação dos chulos "Ministros", nada tem a ver com a defêsa de artes em risco de extinção, mas sim com vicio de fazer dinheiro, mesmo com aqueles que menos tem "Pescadores".
Artigo 8.º
Deveres dos praticantes
1 — Os praticantes de pesca lúdica devem respeitar as
restrições biológicas fixadas na legislação em vigor para
a pesca comercial.
2 — Os praticantes de pesca lúdica, quando operem
a partir de terra, devem guardar entre si ou em relação
a pescadores profissionais, salvo acordo em contrário, a
distância mínima de 5 m.
Isto quer dizer:Não estrovar quem pesca para pagar impostos para o Estado.
8 — Tendo em vista a diferenciação do pescado objecto
de captura na actividade de pesca lúdica, é obrigatória a
marcação de todos os exemplares capturados, antes do
abandono do local de pesca, quando a mesma for praticada
a partir de terra, ou do desembarque, quando seja
exercida em embarcação, através da aplicação de um corte
na respectiva barbatana caudal, conforme indicado no
anexo V.
Outro parágrafo imbecil:
Para apanhar Peixe vendido a "candonga".Isto não impede ninguem a vender o Peixe, corta a s barbatanas por completo e escama o Peixe, quem e que depois vai provar que foi comprado no mercado negro ?
1 — A pesca lúdica no PNSACV só é permitida nos
seguintes períodos:
a) De quintas -feiras a domingos e aos dias feriados;
b) Entre o nascer e o pôr do Sol.
ponto a: elaborado por Robotes de secretaria, made in Lisbon.
ponto b: para não impedir ou estrovar a pesca comercial, lançar redes,aparelhos com milhares de anzois etc, pois estes nada estragam, ajudam a encher os cofres do estado.
3 — Sem prejuízo da aplicação dos períodos de defeso
fixados na legislação em vigor para a pesca comercial e
na regulamentação para a apanha comercial do perceve no
PNSACV, é interdita a captura de:
a) Sargos, Diplodus sargus e Diplodus vulgaris, entre
1 de Janeiro e 31 de Março;
b) Bodião, Labrus bergylta, entre 1 de Março e 31 de
Maio.
mas somente para Pescadores ludicos, pois estes destroiem com um simples anzol toda a fauna.
Artigo 11.º
Entrada em vigor
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao
da sua publicação.
Pelo Ministro da Presidência, Laurentino José Monteiro
Castro Dias, Secretário de Estado da Juventude e do
Desporto, em 2 de Fevereiro de 2009. — Pelo Ministro
da Defesa Nacional, João António da Costa Mira Gomes,
Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos
do Mar, em 26 de Janeiro de 2009. — Pelo Ministro do
Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento
Regional, Humberto Delgado Ubach Chaves
Rosa, Secretário de Estado do Ambiente, em 22 de Janeiro
de 2009. — Pelo Ministro da Economia e da Inovação,
Bernardo Luís Amador Trindade, Secretário de Estado
do Turismo, em 23 de Janeiro de 2009. — Pelo Ministro
da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas,
Luís Medeiros Vieira, Secretário de Estado Adjunto, da
Agricultura e das Pescas, em 22 de Janeiro de 2009.
estes acima,nada percebem, a não ser "cobrar", espetam-lhe estes decretos á frente, e sem os ler assinam tudo.
para aqueles que não sabem o que isto significa:(ICNB):
Instituto de cobradores nacionais burrocratas.
Viva amigo Zé.
Desde já obrigado pelo comentário.
Também eu tenho seguido e bem esta problemática, que infelizmente parece que só toca a meia duzia de pessoas, mas que por obra e graça do espirito santo, as pessoas começaram a abrir os olhos cedo, isto é bastante mais complexo do que se possa imaginar à partida, e é claro que não é apenas pela pesca.
Coragem, indignação, revolta e sei lá mais o quê...
Não tenho medo fica descansado (sindicalista ou revolucionario), antes fosse, sou apenas uma pessoa que gosta mais da sua terra do que qualquer plano, projecto ou fundamentalismo, tenho esse direito e dever de querer algo de melhor para os meu(s) futuros filho(s), uma vez que sempre vi que as gentes deste território sempre preservaram melhor do que ninguem este espaço.
Também eu defendo que se deve lutar pela verdade e pela liberdade, coisas que vão estando cada vez mais em extinção em Portugal, temos o direito de querer o melhor para todos uma vez que já vai chegando o que se tem feito nos anteriores anos por Portugal, ou melhor NADA!
Estou desacreditado por tudo.
Liberdade começa a parecer uma utopia cada vez mais...
Afirmo que adoras pescar, passear à beira mar, mergulhar com ou sem peixe, ultimamente tenho estado sem vontade claramente pois vejo que se for para a beira mar estou a ser espiado como se de um criminoso se tratasse, já só falta mesmo é snipers em cima das falesias à caça de pescadores lúdicos, porque o aparato já cá está, se calhar tinhamos falta de uma guerra para dar trabalho a esta gente...
Um abraço Zé e obrigado pelas palavras.
Viva Teresa Carvalhal.
"A próxima depois de Odemira, parece-me dever ser a desobediência civil."
É uma ideia...
Isto é mesmo só uma questão de organização.
"Como dizia um comentador, a prescrição e o entupimento dos tribunais também terá de servir para os pobres."
Claramente, mas vamos aguardar noticias esta semana já se vai saber alguma coisa, vai haver reuniões sérias ou talvez não lá para os lados de Lx...
Obrigado pelo comentário.
Olha o Luizinho, então caro amigo/vizinho como está?
estás a ver uma vez mais o caminho que isto esta a ter, para além das corrupções, gamanços, roubos, crises, sobreiros a baixo, mentiras, agora é o PNSACV outra vez, aqueles senhores que mais fizeram por este território que tão bem conheces apesar da distancia...
Epa arranja ai um TRABALHO que eu quero fugir deste pais de 3º mundo.
Abraço e quando pensares em vir de ferias, pensa bem...
;)
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