muito peso nas economias locais
Ainda é cedo para saber se a publicação da Portaria 458-A/2009 de 4 de Maio, que altera algumas disposições das portarias 143 e 144/2009 de 5 de Fevereiro e revoga a Portaria 868/2006 destinadas a regulamentar o exercício da apanha e da pesca lúdica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) é decisiva para pacificar autarquias e movimento associativo.
Apesar de o Governo ter reconhecido a pertinência de algumas das reivindicações expressas pelos opositores àquelas portarias, tanto o presidente da câmara de Vila do Bispo, Gilberto Viegas, como o dirigente da Associação dos Apanhadores e Pescadores Lúdicos, Carlos Carvalho, partilham de um ponto de vista comum: há melhorias, mas podia ter-se ido mais longe.
O presidente da Câmara de Odemira, António Camilo, está satisfeito com os progressos alcançados com as alterações, ao contrário das portarias de Fevereiro, que justificaram o seu "repúdio" pelas restrições impostas. Gilberto Viegas constata que "há melhorias significativas" em relação à anterior portaria, mas diz ter dificuldade em perceber como é que uma das alterações expressas volta a contemplar o defeso à pesca do sargo.
Não compreende que passe de três meses para dois, quando se está "a falar de pesca à cana", observa. Para mais, prossegue, quando se sabe que há períodos no Inverno em que por causa do temporal "ninguém vai pescar" nas escarpas que caracterizam a costa do Barlavento algarvio, "a existência de um defeso não faz sentido", acentua o autarca.
O seu congénere de Odemira, António Camilo, está mais optimista com o teor da nova portaria: "As coisas melhoraram"; acrescenta que ainda não teve reacções dos pescadores no sentido de continuarem a opor-se à legislação para a pesca lúdica.
Mas adverte: "Como acontece com todas as leis, vamos ver se vai ajustar-se à realidade." António Camilo acentua que a pesca lúdica "tem peso na economia familiar e local", frisando que se sente o efeito nos meses de férias que trazem até à costa alentejana e vicentina milhares de pessoas que "alugam quartos para poderem pescar à cana um ou outro sargo".
Pela experiência que tem desta realidade, "o prazer lúdico de pescar é determinante" no comportamento das pessoas que a praticam. Apesar de afirmar que não é "partidário da porta aberta", defende qua a legislação "tem que se ajustar ao sentir das pessoas".
Mais crítico, Carlos Carvalho, depois da interpretação que faz das alterações à portaria, diz que continua a não entender "as restrições com base na preservação e os impactes ambientais" nos ecossistemas costeiros, quando há um conjunto de actividades que contribuem "significativamente para o declínio das espécies da fauna marinha", referindo os focos poluentes que continuam a prevalecer ao longo da costa alentejana.
Um aspecto importante que não foi contemplado e merece a sua crítica incide sobre a discriminação positiva que devia ser estabelecida para todos aqueles que praticam a pesca e a apanha lúdica.
Fonte: Público
O presidente da Câmara de Odemira, António Camilo, está satisfeito com os progressos alcançados com as alterações, ao contrário das portarias de Fevereiro, que justificaram o seu "repúdio" pelas restrições impostas. Gilberto Viegas constata que "há melhorias significativas" em relação à anterior portaria, mas diz ter dificuldade em perceber como é que uma das alterações expressas volta a contemplar o defeso à pesca do sargo.
Não compreende que passe de três meses para dois, quando se está "a falar de pesca à cana", observa. Para mais, prossegue, quando se sabe que há períodos no Inverno em que por causa do temporal "ninguém vai pescar" nas escarpas que caracterizam a costa do Barlavento algarvio, "a existência de um defeso não faz sentido", acentua o autarca.
O seu congénere de Odemira, António Camilo, está mais optimista com o teor da nova portaria: "As coisas melhoraram"; acrescenta que ainda não teve reacções dos pescadores no sentido de continuarem a opor-se à legislação para a pesca lúdica.
Mas adverte: "Como acontece com todas as leis, vamos ver se vai ajustar-se à realidade." António Camilo acentua que a pesca lúdica "tem peso na economia familiar e local", frisando que se sente o efeito nos meses de férias que trazem até à costa alentejana e vicentina milhares de pessoas que "alugam quartos para poderem pescar à cana um ou outro sargo".
Pela experiência que tem desta realidade, "o prazer lúdico de pescar é determinante" no comportamento das pessoas que a praticam. Apesar de afirmar que não é "partidário da porta aberta", defende qua a legislação "tem que se ajustar ao sentir das pessoas".
Mais crítico, Carlos Carvalho, depois da interpretação que faz das alterações à portaria, diz que continua a não entender "as restrições com base na preservação e os impactes ambientais" nos ecossistemas costeiros, quando há um conjunto de actividades que contribuem "significativamente para o declínio das espécies da fauna marinha", referindo os focos poluentes que continuam a prevalecer ao longo da costa alentejana.
Um aspecto importante que não foi contemplado e merece a sua crítica incide sobre a discriminação positiva que devia ser estabelecida para todos aqueles que praticam a pesca e a apanha lúdica.
Fonte: Público
4 comentários:
Estou de acordo que as portarias sao agora mais de acordo dos pescadores ludicos.
Mas nao estou de acordo com o defeso aos sargos.
Se e defeso e para todos e toda a costa Portuguesa se nao for assim nao faz sentido haver um defeso.
Os grandes destruidores da especie continuam a poder pescar todos os dias.p.suica
nÃO ESTOU DE ACORDO COM AS PORTARIAS.
NÃO ME PARECE NADA COM NADA E DADO QUE A POLUIÇÃO ESTÁ EM SALDO TAL COMO É REFERIDO NESTE BLOG ENTÃO AINDA MENOS SE ENTENDE A EXISTÊNCIA DESTA PORTARIA.
CÁ PARA MIM ESTE TRABALHO É PARA JUSTIFICAR OS DINHEIROS QUE ESTE GOVERNO PAGA AOS QUE MENOS SABEM...(APESAR DE TER VOTADO NESTE GOVERNO MAS TENHO MIOLOS PRA VER QUE TUDO TEM UM LIMITE)
ENFIM, CONVERSA DA TRETA E O MEXILHÃO É QUE PAGA.
SOU ESPOSA DE UM PESCADOR LUDICO, NÃO ME PARECE QUE OS AUTARCAS TENHAM FEITO ALGUMA COISA, NEM OS QUE PRETENDEM SER AUTARCAS, PARECE-ME UMA COISA MAL AMANHADA SÓ PARA TIRAR AREIA PROS OLHOS DE TODOS E PARECE-ME TA,BÉM QUE TODOS ESTAMOS A SER CONIVENTES COM ISTO E FAZEREM-NOS PASSAR POR PARVOS REVOLTA-ME.
BEM HAJAM OS INCONFORMADOS E OS QUE AQUI DEMONSTRAM QUE VÃO LUTAR .
Viva P. Suica.
Desde já obrigado pelo comentário.
Tambem chego a essa conclusão, apesar de ter a consciência que estas alterações não chegaram para alegrar todos...
Abraço.
Viva anonimo.
Cada vez mais irá haver falsas restrições, e esta politica do ambiente esta a acabar com tudo quando apenas querem ver o que esta bem, o desenvolvimento, as empresas que dão trabalho, sem verem o que esta mal, as poluições que fazem, os danos que causam, os impactos que trazem para as economias locais, subsistencias das populações e direito à liberdade dos cidadãos.
Ao que parece isto não vai ficar por aqui, e vai haver bastante mais indignação que só resultará quando houver uma união entre todos, até lá, vão aparecendo algumas pessoas (no universo de portugal) que por carolice tentam mostrar a indignação.
Obrigado pelo comentário.
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