LPN dá parecer negativo ao plano do PNSACV, mas quer colaborar com o Ministério na sua reformulação


A Liga para a Protecção da Natureza (LPN) apresentou um parecer negativo sobre a sexta versão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), cuja discussão pública termina esta sexta-feira.

A associação ambientalista «considera que o Plano de Ordenamento proposto não tem condições para ser aprovado e identifica uma clara violação das diretivas comunitárias de conservação da natureza», avançou a direção nacional da LPN em comunicado.

Apesar do parecer negativo, a Liga mostrou-se disponível para colaborar com o Ministério do Ambiente na reformulação do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

As duas grandes ameaças à conservação do património natural do Parque, que sustentam a posição da mais antiga associação ambientalista do país, são a «agricultura intensiva desenvolvida no perímetro de rega do Mira (Odemira) e os interesses urbano-turísticos» no litoral.

A LPN justificou o seu parecer negativo com cinco razões: o Plano de Ordenamento «tem uma incorreta caraterização dos valores da biodiversidade e da forma como são protegidos, tem uma lógica errada de planeamento do território para a conservação da biodiversidade e uma insuficiência de ordenamento e proteção da área marinha».

A direção nacional da LPN acredita ainda que esta versão do Plano de Ordenamento promove o agravamento quer «dos impactos negativos da agricultura intensiva no PNSACV, quer da pressão das atividades urbanas e turísticas» no mesmo território.

A LPN reforça que, «na sua redação atual, este Plano de Ordenamento não deve ser aprovado e que deve ser reformulado no mais curto prazo de tempo», sendo essa nova proposta sujeita a uma nova discussão pública.

«Com base no seu historial de conhecimento e contribuição para a classificação desta área, a LPN disponibiliza-se a colaborar com o Instituto da Conservação da natureza nesta reformulação, sendo que durante o período de reformulação deverão manter-se as medidas preventivas definidas pela Resolução do Conselho de Ministros nº19/2008 de 4 Fevereiro», adiantou.

A associação alerta ainda que deve ser revogado o artigo 3º-A do Decreto Regulamentar 9/99 de 15 Junho, com caráter de urgência.

Isto porque este artigo possibilita, em casos excecionais devidamente justificados, a construção de edificações em locais com grande valor para a conservação da biodiversidade.

Consulte aqui o parecer da LPN

Fonte: Barlavento

13 comentários:

Volframio disse...

copiando propostas de pescadores ludicos e atacando a actividade hey...
e sagres é mesmo para acabar com as pessoas muito bem viva a natureza e abaixo a condição humana
vivem certamente num aquario ai para oa lados de lx e respiram com mascaras michael jackson
tenham dignidade com as pessoas para alem da dignidade animal

Anónimo disse...

o barba ruiva vai atacar

;)


O ciganito do mar

Anónimo disse...

ACABEI DE ME TORNAR FUNDAMENTALISTA CONTRA A LPN.TENHAM VERGONHA DEIXEM OS POBRES EM PAZ GOVERNAR A VIDA COMO CONSEGUEM OU AINDA VAMOS BATER A VOSSA PORTA PARA NOS DAREM PÃO DEVEM TER ALGUM PROBLEMA MUITO SERIO PARA SE METEREM COM A GENTE HUMILDE ABTARDAS BOIS.QUEM SÃO VOÇES PARA TEREM A CORAGEM DE AFRONTAR AS CAMARAS E AS PESSOAS QUE MORAM NESTA FAXA DE GAZA?

ANR

Fernando Encarnação disse...

Parte 1

O parecer da LPN, na minha humilde opinião, é o ponto de vista e o interesse da referida Liga Ambientalista.

Mas fazendo uma breve analise sobre o mesmo deparo-me com uma questão.

"A agricultura intensiva desenvolvida no PRM e os interesses urbano turísticos que ameaçam o litoral constituem as duas principais ameaças à conservação do património natural do PNSACV"

Ora vejamos, não duvido desta questão, mas parece-me que não existirá alternativa, a não ser que estes municípios cruzem os braços e depois, terão de fechar as portas, o financiamento das autarquias locais está pela rua da amargura e ainda mais em tempos de crise, o poder central remete cada dia mais o peso das delegações de competências, e onde estará a fonte de rendimento? Isto não é desculpa, mas é um facto, como a agricultura intensiva também o é, existe um numero considerado de trabalhadores locais e importados, o que fazer com eles? A economia sectorial e local que fazer com ela?

- Uma questão que acho bastante pertinente é sem duvida a das lagoas temporárias e a sua exterminação em pouco tempo, bem como os habitats que abarcam.

- As lontras, é caricato mas pelos rumores que ouvi, acho que esse estudo do ICN (na altura) matou algumas lontras. Quanto à sua existência no litoral, poderei até confirmar alguns locais onde já as avistei (como pescador lúdico).

- Plantago Almogravensis, também sou da mesma opinião, devem ser criadas zonas que possibilitem a expansão e defesa da mesma, criando também uma protecção a outras actividades que possam lesar a espécie.

- A pressão das actividades urbanas e turísticas são isso mesmo, turismo e dia-a-dia, custa me a querer que se defenda condicionalismos neste território que condicionem a visitação, turismo ou simples livre transito dos que cá vivem, não vamos entrar com caminhos tipo lagoas temporárias... Acabaríamos com as praias, festivais de verão, idas à pesca, caminhadas, etc...

Quanto ao ponto 23

i. Concordo com a justificação, mas o grande impacto a nivel mundial não é Portugues, existem paises a serem "comprados" para aumento de cotas e votos da super potencia mundial que mais chacina num dia que todo o pais num mes...

ii. Portugal comprometeu-se com tanta coisa... e falhou...

iii. a responsabilidade deverá em primeiro lugar ser acrescida na fiscalização e monitorização o que trará mais encargos.

iv. essa do cluster do mar ou hiper cluster da economia do mar dá pano para mangas.

v. é um facto, se tivermos um aquario com 10 crustaceos e durante um tempo não retirarmos nenhum eles acabarão por se reproduzir e aumentar o número de efectivos como é obvio. A recuperação de recursos e exportação de biomassa seria bem vinda, mas a melhoria da qualidade sócio económica da população da região, suporte da economia local viria quando? Talvez quando já não existirem cá as pessoas que se dedicam actualmente a essas actividades, isto é muito bonito, mas vale a pena descer à terra, existem pessoas a viver do que o mar lhes da no dia a dia é um facto...

vi. e já pensaram em aumentar ou propor outras áreas protegidas no litoral de Portugal?

vii. a legislação da pesca profissional e da pesca lúdica são suficientes perfeitamente, antes apanhava-se o que se podia, actualmente existem regras, pesos e tamanhos, bastantes restrições que foram melhoradas e aceites perfeitamente, mais será complicado.
Os peixes vai e vem, não esta no mesmo local, encosta a terra para mariscar e segue viagem, isto não é o oceanário, muitas espécies entram em sagres e começam a arribar para norte, zonas mais frias, com outro tipo de alimento, fundos, etc, apenas os crustáceos e bivalves por aqui permanecem e algumas espécies territoriais.

Fernando Encarnação disse...

Parte 2

viii. o conhecimento existente é incapaz de responder a todas as questões inerentes a gestão, mas é mais que suficiente? INCAPAZ SUFICIENTE? O principio da precaução devia estar reflectido em muitas coisas, por exemplo na questão das falesias em risco nas zonas balneares, tambem é contra natura tratar do saneamento das mesmas, que fazer? deixar que as mesmas caiam em cima das pessoas?

ix. 76.4% dos pescadores? Essa amostragem é referente a quantos 20, 40, 60, 100? Numa amostragem que se refere a menos de 10% do território em causa mencionar esse ponto como base de fundamentação num todo não me parece positivo, muito pelo contrario. Nem tão pouco se pode comparar o tipo de pesca exercida em Porto Covo, com a exercida em Odemira, Aljezur, Sagres, nem tão pouco em termos comparativos da pressão em termos de massa humana nestes três concelhos ou pressão de visitantes lúdicos. No molde da área marinha Luiz Saldanha, não concordo que aqui seja implementada uma, mas se for escolhido um local onde não interfira directamente com zonas frequentadas ou perto de povoamentos litorais, já me parece mais aceitável.
A certificação dos produtos do mar foi uma proposta avançada pelo MOVPNSACV e apresentada ao Sec. Estado do Ambiente Humberto Rosa, bem como a questão do pescador profissional de cana (aqueles que vivem do mar como fonte de rendimento).

24. A % é insuficiente porque é?
26. Uma área marinha protegida é Protecção total como podem beneficiar as condições sócio económicas das populações que vivem nessa áreas protegidas?

O exemplo Luiz Saldanha já me foi transmitido por gente de Sesimbra que parte do ambiente sócio económico esta a desaparecer em contraste com a biomassa que se vai expandindo...
O sócio económico é amplo e vasto quando tratado com a simplicidade que aparenta, existem um grupo de actividades lúdicas que carecem de estabelecimentos de oferta, se condicionamos uma actividade esses estabelecimentos perdem a fonte de rendimento, mas mantém os encargos deixa de ser uma actividade sustentável e origina desemprego, fundo de desemprego, fim do social, etc por exemplo temos as lojas de pesca, os cafés, tascos, restauração, locais para pernoitar ou casas para alugar (nós aqui não temos hotéis), entretanto de passagem passa-se pelo Rogil e leva-se uns amendoins ou umas batatas doces...

É de lamentar que se considere terra, areia e rocha de perturbação de espécies típicas das arribas, não convém generalizar o que se tem uma ideia ou o que se conhece minimamente.

"Pesqueiros que foram criados e equipados com sofisticados equipamentos de escalada"

Os pesqueiros não são criados, estão lá, sempre estiveram, um pesqueiro não se cria, é água pedras e areia, onde existe vida em circulação.
Eu utilizo uma corda e em 25 anos de frequentador de mar apenas vi 4 pescadores utilizarem equipamento de escalada/rappel, nas minhas contas dará 1 pescador em 8,3 anos. Por outro lado é bastante positivo a meu ver que se utilize esse tipo de equipamentos, pois são um reforço de segurança e não um atentado ao meio ambiente, descer uma falésia de xisto por exemplo onde não há vida para alem de pedra condiciona a fauna e flora onde?

Nota: Infelizmente não vi nenhuma menção sobre a questão da população de ostras ou alguma inclusão contra futuros PIN na zona do PNSACV.

Fernando Encarnação disse...

Parte 3

Artigo 8

No que diz respeito as apreciações especificas, a alínea ccc) irá abrir as portas não à construção de empreendimentos turísticos, mas sim a PIN`s da mesma ou de outra natureza.

Porque raio deve ser interdita a construção ou instalação de campos de golf, por acaso até temos um espaço dentro do PNSACV que noutros tempos teve a permissão de expansão e nele dedicam-se a venda de tapetes de relva, seria sustentável apenas abrir uns buracos e voilá um campo de golf. Economicamente é vantajoso, turisticamente também, o golf é uma actividade Green, que só peca pelo elevado consumo de água, mas estamos a falar de um PRM.

A questão dos caminhos é fácil de gerir, tudo o que estiver na cartografia militar é caminho, tudo o que não estiver é auto para a ARH, ou também se vai proibir agora o acesso ao mar? Mares Privados?

Artigo 9

Ponto 1, alínea p) Concordo plenamente.

Ponto 2 "A instalação de parques eólicos e de aerogeradores" como gosto particularmente de morcegos sugiro uma leitura (Morcegos e Parques Eólicos relação entre o uso do espaço e a mortalidade, avaliação de metodologias, e influência de factores ambientais e ecológicos sobre a mortalidade) onde se pode ler "Actualmente assiste-se a uma aposta crescente em energia eólica sendo que, em muitos casos, os estudos de monitorização e acompanhamento destes projecto têm revelado mortalidade de morcegos. Este trabalho pretende avaliar a eficácia dos métodos geralmente utilizados na previsão dos impactes destes projectos, bem como compreender a forma como algumas variáveis influenciam a mortalidade, e como esta pode depender da ecologia de determinadas espécies. O estudo decorreu no Parque Eólico de Candal-Coelheira, localizado no litoral norte de Portugal, entre Março e Outubro de 2007; o Parque engloba 20 aerogeradores, Determinou-se a utilização do espaço com detectores de ultra-sons em 20 pontos de amostragem, e a mortalidade num raio de 50 metros em redor de cada aerogerador. Sempre que possível os trabalhos realizaram-se semanalmente e as amostragens de utilização do espaço decorreram na noite anterior à prospecção de cadáveres. A análise estatística permitiu avaliar a relação entre as variáveis meteorológicas e a actividade e mortalidade. A mortalidade total foi estimada utilizando duas fórmulas, tendo sido necessário avaliar a eficiência de detecção dos observadores bem com a taxa de remoção de cadáveres. Identificou-se uma relação entre a actividade e a mortalidade, em ambos os casos as espécies Nyctalus leisleri e as do género Pipistrellus foram as mais representativas. Os maiores valores de actividade e mortalidade registaram-se entre Agosto e Outubro. A actividade e a mortalidade revelaram uma correlação significativa com as variáveis meteorológicas velocidade do vento, temperatura e humidade relativa, sendo que a mortalidade parece ainda estar relacionada com os ventos SE. Os resultados indicam que as condições de visibilidade influenciam a eficiência de detecção, enquanto os testes de remoção não revelaram diferenças na utilização de ratos ou morcegos. A estimativa de mortalidade revelou diferenças entre as fórmulas utilizadas, sendo a fórmula de Arnett (2005) mais robusta".

Fernando Encarnação disse...

Parte 4

As áreas de PT e PPI são insuficientes, pudera nem sei porque a Lpn não propõe todo o território do PNSACV a PT teria mais lógica...

Artigo 66º alínea e) e f) muito sinceramente também não concordo que numa zona onde existe condicionalismos para a pesca comercial e pesca lúdica se abra uma excepção aos mariscadores profissionais, acho que deveria ser abolida esta permissão, ficando a PPI como uma PT aumentando consideravelmente essa reserva de biomassa, por outro lado também essa PPI deveria ser transferida (cabo sardão - Ponta da perceveira) para (carraca - telhado) minimizando o pisoteio dessa zona mais ou menos virgem e com grande potencial natural de variados habitats.

A titulo de conclusão, vejo a posição da Lpn na defesa dos interesses que acha e idealizam para uma sustentabilidade de futuro a longo prazo, não poderei concordar com algumas propostas, reconhecendo sem duvido mérito nas outras, o qual felicito e empenho e dedicação.

O que não posso aceitar são as propostas, que em algumas medidas ultrapassam o condicionalismo e proibição do ICNB no PO.

Muita coisa esta mal, muito condicionalismo à mistura onde existem pessoas e povoação, onde existe praias e pontos turísticos, onde existe um Perímetro de Rega do Mira, onde existem 4 concelhos tão distintos, onde existem tradições centenárias e milenares (agricultura, pesca, caça, pecuária), onde existe um festival sudoeste e mais alguns em sagres e Porto Covo, onde existe pouca oferta de trabalho (sazonalidade laboral), onde as populações desde sempre acorreram ao mar como fonte de rendimento e/ou subsistência, etc.

Porque isto é um território rico os "autóctones" sempre cuidaram dele, apenas foram criadas leis e portarias que condicionaram na teoria, porque na pratica nunca houve uma preocupação de fiscalização.

Mas creio e tenho a esperança que este PO não irá para a frente tal como está e algumas destas propostas da LPN nunca serão aceites pela totalidade destes concelhos, principalmente porque se esqueçam das pessoas e essas são sem duvida a natureza a proteger...

Se não pudermos parar o PO, se não pudermos repara-lo, esqueçam os problemas maiores, não ha esperança...

Anónimo disse...

Era isto mesmo que o icnb queria.
Eis uma cambada a dizer que o icnb é pouco ambicioso.

Um diz que mata e o outro acha pouco e diz , primero esfsubmetido ao mesmo regimeola que dá mais gozo.

Com a lpn os tipos do icnb são uns anjinhos.
PQP

Sim, sim, essa malta seria considerada "da maior" se pusesse todo o território nacional dentro de um parque que, assim, seria "nacional".

Anónimo disse...

é mesmo a lpn esta a dar um paço + a frente que o icn a querer o nacional dos parques mas assim vai ter é o maior rotulo nacional do fundamentalismo tanto o icn como os arabes sao menos fundamentalistas que a lpn porque será, quem pensam ser para escrever propostas destas com quem falaram ou com quem dialogaram do algarve ao alentejo?
isto começa de veras a ser demais mesmo. por a lpn fazemos um parque de norte a sul nacional espulsamos as pessoas de la e damos lhes as terras para eles gerirem tipo reforma agraria como ja li em alguns sitios. começo a ficar confuso e iritado com tanto fundamentalismo mediocre.

Anónimo disse...

Termiou na sexta-feira o período de discussão pública da proposta de Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina. E, por isso mesmo, os deputados algarvios do PSD, Mendes Bota e Antonieta Guerreiro endereçaram nesse mesmo dia (30 Abril) um conjunto de perguntas ao Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, manifestando a sua preocupação pelos impactos negativos nos municípios de Vila do Bispo, Aljezur, S. Teotónio e Odemira, cujo texto integral se reproduz aqui:

“A proposta de Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina, cuja discussão pública termina hoje, aparenta prolongar a ausência de um modelo sustentável e de qualidade de vida das populações dos municípios por ele abrangidos.
Ali não se vislumbram quaisquer caminhos que permitam estimular os sectores da Pesca, da Agricultura ou do Turismo.
Parece em contradição com as orientações definidas no PROT Algarve, na Estratégia Nacional para o Mar e na Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável.
O seu carácter proibicionista, aliado à inexistência de quaisquer medidas compensatórias para o território e os cidadãos que o ocupam, mostra-se incapaz de convencer quem quer que seja de que é bom viver num Parque Natural.
Assim, impõe-se uma reorientação das medidas nele preconizadas, sob pena de se constituir nos próximos 20 anos num instrumento de bloqueio do desenvolvimento e de promoção da desertificação nos municípios daquela área do Algarve e do Baixo Alentejo.
Ao abrigo das disposições constitucionais, legais e regimentais, requere-se a V. Exa. se digne obter do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território resposta às seguintes perguntas:
1- Está o Governo disponível para tomar medidas de discriminação positiva, a título de contrapartida e compensação pelas restrições a que o PNSACV obriga, designadamente ao nível de investimentos públicos e financeiros, naquela área?
2- Está o Governo disponível para mandar elaborar uma Avaliação Estratégica que analise o impacto social e económico que a presente proposta de Regulamento do PNSACV, caso vá adiante, terá sobre aqueles municípios e populações?
3- Que planos ou incentivos financeiros, no âmbito do QREN, FEADER ou PROVERE, estão previstos para o PNSACV?”

Anónimo disse...

Os deputados algarvios do PSD questionaram hoje a Ministra do Ambiente sobre se o Governo prevê medidas de discriminação positiva para as restrições do regulamento Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina.

A discussão pública do Plano de Ordenamento e Gestão do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina (PO-PNSACV) termina hoje, o dia escolhido para os deputados do PSD do Algarve manifestarem a sua preocupação pelos impactos negativos nos municípios de Vila do Bispo, Aljezur, S. Teotónio e Odemira.

"Está o Governo disponível para tomar medidas de discriminação positiva, a título de contrapartida e compensação pelas restrições a que o PNSACV obriga, designadamente ao nível de investimentos públicos e financeiros, naquela área?", lê-se no comunicado enviado hoje à comunicação social.

Segundo os deputados algarvios, a proposta do PO-PNSACV "aparenta prolongar a ausência de um modelo sustentável e de qualidade de vida das populações dos municípios por ele abrangidos".

Os deputados questionam também a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, sobre que "planos ou incentivos financeiros, no âmbito do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), FEADER (Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural) ou PROVERE (Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos), estão previstos para o PNSACV".

A terceira questão endereçada a Dulce Pássaro foi se o Governo está disponível para mandar "elaborar uma Avaliação Estratégica que analise o impacto social e económico que a presente proposta do regulamento terá sobre aqueles municípios e populações".

Para os deputados o Plano de Ordenamento daquele Parque não "vislumbra quaisquer caminhos que permitam estimular os sectores da Pesca, da Agricultura ou do Turismo".

O Plano de Ordenamento abrange quatro concelhos - Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo e o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) conta entregar no início do verão ao Governo a proposta de gestão para o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentino.

Criar infraestruturas para praticar surf e caravanismo, mesmo em zonas de proteção elevada e autorizar hotéis de quatro estrelas, fazem parte do PO-PNSACV.

Anónimo disse...

A LPN defende as suas posições, coloca os seus limites e objectivos. Aborda o PNSACV na perspectiva que lhe compete como Liga para a Protecção da Natureza. Mas a Natureza dos Homens resume-se a €uros, é com €uros que as pessoas se governam. Este parecer está elaborado em termos científicos e olhando para o que a criação do PNSACV pretende, mas esquece-se de dar valor à vida e aos bens das pessoas. Uma coisa é prevenir e evitar que a carga humana seja demasiado grande sobre o território, outra é impossibilitar a existência daqueles que aqui vivem. A LPN com o direito que lhe assiste em defender a Natureza (e ainda bem que há LPN’s…), também tem o dever de explicar como se vai compensar aqueles que deixam de poder fazer o que pretendem nas suas propriedades (Nem que seja vende-las a um Camone qualquer cheio de papel, e mesmo que nunca tenha conseguido tirar de lá 5 cêntimos agora vale milhões, a Natureza do Homem é especulativa e a LPN sabe disso). Relativamente aos que não são proprietários, mas que aqui vivem, como é que se resolvem as simples questões do posto de trabalho, da pesca de subsistência?
Ou será que a ideia da LPN é fixar estes objectivos tão altos, e depois do POPNSACV ser cozinhado, com a sua aprovação ou não, hibernar, desaparecer?
Por exemplo nos últimos 20 anos, no PNSACV, nem a LPN, nem as Autarquias, nem o ICNB, alertaram as populações para o decréscimo e sobre exploração dos recursos marinhos e de repente, passaram a chamar lúdicos a pessoas que sempre viveram do que o mar dá, emitindo legislação de forma pouco adequada em democracia.
Estou certo que a LPN percebe que para que tudo isto seja possível, tem estar presente no território uma cultura educacional e de permanente contacto com as populações, e claro as questões monetárias, quanto vale em €uros esta Natureza que se quer proteger? Está claro que as populações não querem proteger a mesma Natureza que a LPN , não somos todos cientistas, temos as nossas limitações para entender certas coisas, como por exemplo: por que razão estas ervinhas e bichinhos que nem se vêem (mesmo que se vejam) são tão importantes de proteger ou porquê só nós pagarmos por uma coisa que é importante para todos, do mundo inteiro? Se é mesmo importante tem que se pagar, de outra forma, em 2011 só restam 3 lagoas, os médos serão cada vez mais amarelos, etc. etc.

JN

Anónimo disse...

A LPN e, agora, segundo as últimas notícias, também a Quercus, vêm servir de calçadeira à grande querca que estes finórios da natureza nos querem dar de prémio por vivermos aqui na zona do PNSACV.
Mal andaram todos, repito todos,aqueles que se dispuseram a dialogar( que é o mesmo que baixar as calças...) com safados como esses, ao dar-lhes a entender que aquela coisa até lá ía mais leve aqui, mais macia ali...,
Há coisas que não se podem admitir!

Ao aceitarem um princípio de desprezo pelas gentes locais que é isso que está implícito no PO, tiveram o que mereciam.

Quem lê os estudos da tal firma que tentam justificar cientificamente o projecto de Plano de Ordenamento, fica convencido que o Parque poderia ser colocado noutro sítio qualquer do Algarve ou do Alentejo, pois que as plantas e animais dali , pelo menos existem nesses outros sítios.
Então pergunta-se: PORQUÊ só nós os sacrificados?
E justifica-se tamanho rigor?

Sim, sim: onde está?, como bem foi referido, o ESTUDO DE IMPACTO SOCIAL, ECONÓMICO?

Então para as pessoas não tem importância, seus hipócritas!???