LPN: Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina – Agricultura Intensiva é inimigo nº 1


A associação conservacionista denuncia a destruição dos valores de Biodiversidade pela agricultura intensiva no Perímetro de Rega do Mira criticando a apatia do Ministério do Ambiente e pedindo a correcção da situação.

O aproveitamento hidroagrícola do Mira abrange cerca de 21% da área terrestre do Parque Natural do SW Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV). Na última década, os valores de biodiversidade do Parque têm sido progressiva e rapidamente destruídos pelas práticas agrícolas intensivas no Perímetro de Rega do Mira (PRM).

Um estudo científico recente confirma que a agricultura intensiva praticada no PRM tem sido responsável pela destruição de habitats e espécies protegidos. As taxas de desaparecimento de lagoas temporárias (nas quais ocorrem vários habitats e espécies protegidas) entre 1991 e 2009 foram muito elevadas no interior do PRM (57,6%), tendo sido em 2010 registada destruição adicional.

Em 2005, o Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) elaborou um relatório sobre os valores de biodiversidade na área do PRM, no âmbito da preparação do Programa Sectorial Agrícola do PRM (PSAM). Este relatório evidencia os valores de conservação, com espécies e habitats únicos no mundo. Os pareceres do ICNB foram ignorados, as suas sugestões de cartografia parcialmente ignoradas, e em 64% da área destinada a agricultura amiga da biodiversidade foi permitida uma agricultura intensiva de regadio.

A proposta de Plano de Ordenamento do PNSACV, em discussão pública, só piora esta situação, assumindo que existe apenas cerca de 1 dezena de lagoas (em vez das 170 referidas no estudo). Além disso, grande parte do PRM vem classificado como Protecção Complementar II (“áreas agrícolas do PRM”) e destina-se à “produção agrícola em regadio”, incluindo estufas para produção intensiva.

A LPN lamenta a insensibilidade ambiental do Ministério da Agricultura e a apatia inaceitável do Ministério do Ambiente. Enviou ao Secretário de Estado do Ambiente um memorando que será enviado à Comissão Europeia, evidenciando a degradação contínua desta área e a destruição progressiva de habitats e espécies protegidos por legislação europeia e internacional.

Como reverter esta situação?

A LPN considera que as medidas mínimas de protecção da biodiversidade na área do PRM devem ser incluir:

(a) a reclassificação de uma parte substancial do PRM (pelo menos 40%) em categorias de protecção mais elevadas, no âmbito da revisão do Plano de Ordenamento do PNSACV;

(b) a implementação de um programa agro-ambiental atractivo para os proprietários (revendo a actual ITI), que compense as perdas económicas pelo fim das actividades de agricultura intensiva.

Ver comunicado

Leituras Adicionais

LPN inicia campanha “Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina a Parque Nacional”

Aves sofrem efeitos da agricultura intensiva

Dieta do rato de Cabrera no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

Documentos Recomendados

Conservation of european farmland birds: abundance and species diversity

Recensão do livro - Farming and Birds in Europe. The Common Agricultural Policy and its Implications for Bird Conservation

Fonte: Lpn
Naturlink

24 comentários:

Anónimo disse...

Ora finalmente...
Apesar das criticas que tenho feito
à LPN, reconheco finalmente uma boa posição e quero felicita-los, em 3 coisas:
1 - por estarem do lado das pessoas finalmente
2 - por se terem demarcado de lobbies e interesses, fazendo juntamente o contrario que o icnb tem feito até agora, virar as costas as populações.
3- por tocarem no calcanhar de aquiles deste parke o PR do mira que só pensa em facturar sem aproveitamento das aguas que correm livres para o mar, sustentabilidade? Onde?

LPN LPN LPN

JPSC

Anónimo disse...

Vamos pedir na nossa participação para a discussão pública o seguinte:

Queremos ver as contas feitas, desde o tempo do Roussel, o dinheiro (a parte que chegou a este território dos subsídios da CE) que já foi enterrado aqui (e continua a ser!) e que riqueza gerou para o País? Temos que ponderar várias parcelas e factores. O caso desta Horticultura duvidosa que se tem praticado aqui nos últimos 20 anos, é com certeza, um bom exemplo de como não se deve combater o défice, por um lado exporta-se meia dúzia de coisas; pergunta-se como é que se produziu esse produto para exportação? Quanto custou essa exportação? Quanto é que se importou para produzir essa exportação? E os fundos da CE que podiam ter sido usados de outra forma e que essas empresas absorveram e adsorveram, que valores teriam gerado? E o preço Ambiental? E social? Quantas empresas já passaram por este território nos últimos 20 anos e qual a sua viabilidade real? Quantas continuam saudáveis? Que características devem ter as empresas a implementar no futuro tendo como base os últimos 20 anos? Mais do mesmo? Porquê? Mostrem lá as contas? O plano de ordenamento deve ser a sede desta discussão, para se perceber se economicamente essa tal «agricultura competitiva, como se diz por aí» traz realmente riqueza para o país, ou é mais do mesmo!?…

As contas deste perímetro de rega devem ser matéria de interesse Nacional, uma vez que mais barragens e mais perímetros vão surgir pelo país, o país está farto de ser governado no abstracto, vamos pegar nos valores reais, o que se passou neste território, com €UROS, com €UROS, mostrem-nos lá a importância que o perímetro de rega do Mira tem para o PIB.

Neste país, em que ninguém é responsável por nada, é claro que não se vai fazer este exercício, ninguém quer saber como a coisa é, chegariam certamente à conclusão que o dinheiro que a comunidade europeia atribuiu a este território, foi na sua maioria directamente para o mar na forma de pesticida ou fertilizantes, sem gerar uma grama de riqueza, bem pelo contrario, poluindo desnecessariamente. Que fique registado que nada se faz, que o desgoverno é total.

JN

PêJotaFixe disse...

Até que enfim que a LPN abriu a pestana e viu com olhos de ver as atrocidades cometidas pelo ICNB e por este Plano de Ordenamento do PNSACV. Qualquer dia as tradicionais culturas de batata doce, amendoim, feijão, etc... irão dar lugar às culturas intensivas de flores, tomate, morangos, etc... com recurso a grandes mãos de quimica.

Anónimo disse...

Este apoio à LPN não me cheira bem.

A crítica do tipo de agricultura feita no perímetro de rega não se pode, a meu ver diferenciar de qualquer outro ponto de Portugal onde se faz agricultura intensiva.

Querem ali um Parque Natural, ali, naquele sítio? Só com agricultura biológica, com comida para ratos cabrera etc.? Nada intensivo, ou seja só com uma cultura de 2 em 2 anos? Quando muito uma anualmente ?

Isso não vai ser possível. É melhor emigrarem para outro país e que terá de ser do terceiro mundo.

Não percebo qual é o problema das estufas, são feias? nem qual é o inconveniente de usar os químicos e adubos soft, terão de me explicar melhor essa má vontade contra a agricultura que se pratica por aqui.
Os empregos não contam, pois não?

De que vivem vocês que tanto mal dizem do sistema aqui instalado?

E os campo de morangos ( e de outras primícias) da vizinha Andaluzia de onde partem todos os dias camiões para na manhã seguinte estarem os produtos frescos em Paris, Amesterdão etc.?
Já percebi: exploram a mão de obra portuguesa e do norte de África...

Palavra de honra que gostaria de entender em que mundo é que vocês vivem.
Viajem até às planícies da França, Alemanha e por aí fora e digam que agricultura fazem lá! Esta biologicazinha que para aqui defendem?
Ester Correia

Anónimo disse...

Não sei se somos nós a apoiar a LPN, se é a LPN a apoiar-nos a nós, mas isso não é muito importante, nós estamos cá todos e é aqui e agora que temos que nos entender, dentro das possibilidades, flutuações e inclinações próprias da democracia.

É bom dizer que num perímetro de rega tem que haver regadio, temos que ter horticultura, temos que ter uma agricultura inovadora e produtiva. E talvez se justifiquem algumas estufas, até ver as empresas que mais tempo se têm mantido em produção neste território, supostamente com actividades de maior rentabilidade, não recorrem a estufas, ou se o fazem é numa percentagem baixa relativamente ao todo da sua actividade. Mas há muitos tipos de «Estufa», até pode fazer sentido. Para começar deve cumprir-se e respeitar-se o programa sectorial para a área em questão. Cumprir aquilo a que se comprometem quando lhes são atribuídas certificações como GLOBALGAP e outras.

O P.R.Mira nos últimos 20 anos, independentemente de ser Parque ou não, tem sido palco de práticas agrícolas e hortícolas não aconselháveis em qualquer parte do mundo. Com resultados negativos. Como escrevi na outra entrada é urgente fazer as contas.

Claro que as empresas são necessárias, que os postos de trabalho são necessários, mas há que avaliar a situação e perceber o que se está a passar no território. Falar com a Câmara Municipal e Juntas de Freguesia, com a população e perceber o que se está a passar.

Se durante estes últimos anos estas empresas tivessem trabalhado em conjunto com os agricultores locais, se a tecnologia e o conhecimento estivessem ao alcance dos Portugueses como está dos Espanhóis, talvez hoje o tecido empresarial fosse diferente, quem sabe mais sustentável e economicamente viável e mais abrangente, com menor impacto ambiental e mais produtivo. No terreno seria com certeza mais fácil harmonizar a produção agrícola e hortícola com o respeito pela água e pelo solo, por exemplo.

A agricultura tradicional também tem riscos associados, neste país continua a vender-se pesticidas e fertilizantes a qualquer pessoa, sem o devido acompanhamento técnico (como se passa na França, na Alemanha?), mesmo que não tenha os conhecimentos necessários para manipular esse produto, ou que não saiba ler, cá no burgo continua a privilegiar-se a negociata?

Queria ver estas empresas a actuarem da maneira que o fazem em Portugal, nesses países que foram referidos, Alemanha, França, UK, e ainda por cima num Parque Natural, devia ser lindo.

Anónimo disse...

Em França e na Alemanha produz-se muito sem dúvida, mas respeita-se a rotação, os solos, a água, os pesticidas, mais do que aqui. Nesses sítios as pessoas estimam os recursos naturais. Amam as suas terras, não vivem à espera que aparece alguém que lhes pague uma fortuna por meia dúzia de hectares. Por outro lado, nesses países, trabalham em associações ou cooperativas, não de forma individualizada como neste território. Onde está a colaboração com os portugueses?

Não se entende porque razão nunca se vocacionado o investimento em prol das pessoas, dos portugueses que vivem com a Natureza, os montes têm água imprópria, o maneio do gado está a necessitar de adaptações, os sistemas de rega modernos ainda não são usados pela maioria dos agricultores, a extensão rural e a criação de condições para que se possa produzir e vender, são inexistentes. Inovar sim, mas mantendo o tal mosaico que caracteriza o território.

Pois é verdade, se precisam de imigrantes para os vossos campos tem que ser responsáveis por eles e trata-los bem e dignamente, e não pelo número ou como carne para canhão. O GLOBALGAP também exige isso ou não?

Podia dar-lhe muitos exemplos, mas vou falar de três recentes, posso apresentar provas se necessário:

- A empresa A, usou veneno para ratos cabrera e outros, sem se preocupar em utilizar armadilhas que não permitissem a fuga do rato após ingerir o veneno. Uma coisa é matar os ratos outra é contaminar a cadeia alimentar. Acha bem? Porquê, o falcão que come esse rato também é para morrer envenenado. Os falcões são só dos empresários? Você ironicamente fala em alimentar ratos.

- A empresa B, em 2009 usou 800 kg de azoto para produzir um hectare de couve. Havia necessidade? Acha que isto tem alguma importância?

- A empresa C, chegou, comprou e arrasou, nivelando a terra da forma que fez comprometeu a capacidade produtiva do solo. Nem bom para eles nem para ninguém.

A propriedade privada, hoje é de um, amanhã é de outro, mas os recursos naturais são de todos, a água contaminada na minha propriedade também contamina a dos outros, os venenos utilizados no meu terreno também influenciam o meu vizinho, a minha floresta que não está limpa é um risco de incêndio para o meu vizinho, ou não?

«As taxas de desaparecimento de lagoas temporárias (nas quais ocorrem vários habitats e espécies protegidas) entre 1991 e 2009 foram *muito elevadas no interior do PRM* (57,6%), tendo sido em 2010 registada destruição adicional.»

É isto que está errado, a forma como estas empresas actuam, se já destruíram já não está lá, e não vai certamente constar do novo POGPNSACV.E destroem por duas razões, a primeira porque não respeitam nada nem ninguém, a segunda, porque não há acompanhamento nem fiscalização. Para cúmulo, nessas pequenas áreas que são as lagoas destruídas, as plantas desenvolvem-se mal, mesmo com drenagem, isto porque essas empresas produzem no Inverno, e com a chuva a humidade nessas zonas de lagoa é asfixiante para as plantas. É estragar só por estragar.

Vivemos neste mundo, neste planeta e esta também é a nossa terra e a nossa casa.

AS CONTAS, URGENTE VER AS CONTAS. VAMOS A ISSO FALEMOS DE €UROS!!

JN

joaquim disse...

Bem...pelos vistos o que todos nós conhecemos e que obrigatóriamente temos que conviver chegou á LPN.
É uma pena que seja sómente a LPN a denunciar isto, é uma pena que a quercus não se envolva...mas desse lado já todos sabemos o que a casa gasta...gasta batatinhas e saladinhas embaladas....em jantarinhos regados a sangue suor e lagrimas...
a melhor forma de acabar com este mal de vez é exigir que os métodos e o alvo da produção agricola da região mude de rumo e abrace o que de bom a região tem, o que de genuino e natural cresce e floresce sem plasticos e vidros..
voltar ás origens, alho, alcagoitas, batata doce,searas,arvores de fruto etc...
è necessário um novo rumo , pois todos nós sabemos que mais cedo ou mais tarde o norte de marrocos terá o seu plano de rega e os preços serão mais baixos..e será o fim já anunciado das empresas agricolas da região..mas não há problema ,,,nessa altura poderão implementar a segunda fase do investimento... a imobiliária, é que todas elas tem projectos megalomanos de construção de aparts e alojamentos há muito tempo aprovados.. por isso a boa fé transforma-se amarga como o café!!
uma sugestão...
o primeiro passo para contestar é não consumir o que produzem...
pois estando dentro de u,m parque natural que é manipulado pelo perimeto de rega , pelas associações no interesse de alguns gulipões gamarem o que é nosso desde gerações há que dizer ..goodbye!!!
como é possivel ter doi pesos e duas medidas, em que uma parte da população está sujeita a regras e mais obrigações e que ao redor de 3 papões esao esquemas e lobbies a operar no sentido de controlar e alterar as leis ...
o nosso maior enimigo não é o ministerio... são os fundos comunitários , esse é que é o nosso maior inimigo.. pois é ás custas do dinheiro de todos que alguns se orientam!!
ERA
(Exercito Revolucionário Alentejano)

Anónimo disse...

Primeira verdade: sem pagar às populações, proprietários e agricultores nada se consegue se querem ter um Parque Natural tal e qual o idealizaram e, como a gente sabe, com todas essas exigências a que alguns chamam de fundamentalismos;

Segunda: O ICNB ou tem dinheiro ou então bem pode fechar portas e de nada lhe adianta remeter-se para as verbas do Ministério da Agricultura cujos pareceres técnicos nem sequer respeita!!

Lá fora a biodiversidade é fomentada nas florestas (leiam os relatórios) e no resto quando há interesse na conservação compram ou arrendam!
Aqui, querem tudo de graça, e, claro, nada terão e isto porque não são pessoas respeitadoras e decentes, porque se o fossem já teriam percebido isso.

Terceira: O PRODER é uma grande treta para os pequenos agricultores e propritários em geral: Só quem tem dinheiro para investir(??) na agricultura (?) pode candidatar-se aos investimentos que lhes dão ajudas de 50 e 60%. A esmagadora maioria não tem dinheiro e portanto está fora.

Finalmente, umas perguntas: Por acaso sabem como actua o veneno nos ratos?
Têm a certeza de que aquilo vai na água para os aquíferos?
Já viram uma águia comer um rato morto?
Obrigada
MJ

joaquim disse...

MJ DISSE:
"Finalmente, umas perguntas: Por acaso sabem como actua o veneno nos ratos?
Têm a certeza de que aquilo vai na água para os aquíferos?
Já viram uma águia comer um rato morto?
Obrigada"

ui!!!
acho que não.. nunca vi uma águia comer um rato morto...
então quer dizer que nenhum animal vai comer esse rato??
e se o veneno dos ratos vai para as linhas de água??
fossem esses os unicos venenos que por aqui andam estavamos nós bem...
como é possivel escrever tudo tao bem..e depois dar uma kalinada destas?
explique lá então o que acontece...

Rato de Cabrera disse...

Presumo eu que os ratos não tem um avc quando consomem o produto xpqo, presumo eu que por mais fome que eles tenham esse engodo não será propriamente um pitéu, mas cara MJ, caso não se tenha apercebido, estamos a falar de um local onde existe uma espécie protegida, o rato de cabrera.

Mas também temos uma nova espécie importada da tailandia, que pelos zum, zums que por cá circulam, andam a contribuir com o saneamento de cães e gatos abandonados, isto se me faço entender..., mas isso é outra história (bastante grave) que está a acontecer.

Uma águia ganha um campeonato, um abutre come porque é necrofago, mas esses por enquanto não existem por cá até ver...

"E no dia em que as águias levantarem voo, não vai sobrar um rato pra contar, como é que foi..."

Já diziam os Xutos e pontapés no Voo das águias.

Talvez seja uma solução colocar muitas águias ou aves de rapina por cá, para dizimarem os cabrera boys, colmatando a utilização dos venenos...

Ratos transgénicos ainda ninguém falou?

Anónimo disse...

Ratos cabrera protegidos?

Sim , protegem-nos porque julgam que eles só estão na Costa Vicentina.
Mas estão errados, também os há em tr+s-os-montes E POR TODO O pORTUGAL.

Não suporto a ignorância e este excesso de ir atrás sem cuidar da crítica.
Por este andar está tudo em perigo porque um malandreco preguiçoso resolveu dizer que só há ali.

Parem com os chavões, os ratos morrem de facto com uma espécie de ataque cardiáco depois de sentirem muita vontade de beber e, bebendo, morrem secos.
O veneno não passa para mais lado nenhum.

Já percebi, se vos tocam na pesca aqui del rey, pois que o resto tem de ser forçosamente pela cartilha da ignorância ou cultura livresca e seguidista.
mj

Fernando Encarnação disse...

Gostaria de deixar claro aqueles que já fizeram alguns comentários que não são correctamente elaborados em bom português (entenda-se falta de educação), que os mesmos não serão publicados.

Identificados ou não poderão dentro do limite da decência colocar os vossos comentários/contributos.

Obrigado pela compreensão.

Rato de Cabrera disse...

Ratos cabrera protegidos, leia o POPNSACV, informe se...

Parece que quem nao esta informado/a é o mj.

O que mais esta em perigo é a LIBERDADE.

Chavões???

Leia o produto RATAK AG da Syngenta por exemplo e informe se dos danos causados...

O veneno não passa para mais lado nenhum.

Diz voçe...

Aqui não estou a falar de pesca, mas sim de dualidade de critérios, por um lado protege-se e alega-se protenção da biodiversidade, por outro lado os srs das estufas fazem o que querem e lhe apetece contaminando tudo e mais alguma coisa sem condicionalismos.

Anónimo disse...

Uma contradição para nos lembrar que temos obrigação, TODOS, de sermos críticos com o que por aí se escreve a propósito da falta de cuidado com o envenenamento dos ratos e outros excessos de funadamentalismos:

"sem se preocupar em utilizar armadilhas que não permitissem a fuga do rato após ingerir o veneno. (...)" JN"

ENTÃO SE AS ARMADILHAS CAÇAM OS RATOS PARA QUÊ USAR O VENENO?


OUTRA do mesmo:
«A empresa B, em 2009 usou 800 kg de azoto para produzir um hectare de couve. Havia necessidade? Acha que isto tem alguma importância?»

Vejamos: um hectare são 10.000 m2 ou seja uma área equivalente a um campo de futebol para percebermos melhor a dimensão.
Usar a expressão "produzir um hectar de couve" não faz sentido, talvez queira dizer plantar..., mas mesmo que seja esse o sentido, é evidente o disparate ou de quem semeia/planta ou de quem o afirma.
E o disparate consiste no facto de 800 kg, quase UMA TONELADA (1.000 Kg) custar tanto dinheiro que as couves só serviriam para disfarçar (e, muito mal)um negócio de droga, só pode ser!
Só quem nunca semeou, lavrou, mondou ou arrancou ervas, plantou, colheu e tem experiência como funciona a natureza pode falar assim.

E. Falcão

Fernando Encarnação disse...

Quero agradecer os comentários aos visitantes deste espaço, por partilharem um pouco de agricultura com o pessoal, estou a gostar de ver...

;)

Reitero os meus agradecimentos pelos comentários.

Anónimo disse...

ESTA É PARA O senhor que se assina "RATO CABRERA" e que insiste que "ele" SÓ EXISTE no Parque da Costa Vicentina ou seja entre Sagres e Sines:

Só queria dizer que não me mande ler o POPPNSACV porque foi neste Blogue que eu li que o que está escrito no PO é mentira, assim como a Câmara de Aljezur o disse (é oficial e são técnicos que o dizem) no que toca a plantas que ali e pelo menos em certo sítio também não existem.

Sr. rato leia as actas da concertação que estão na internet que essas são verdadeiras e estão assinadas e têm data e caras conhecidas

Isto quer dizer que a "CARTILHA" do PO ou proposta de PO não está correcta e que tem falhas e pelos vistos graves, e também poderá querer dizer que, À FORÇA, QUEREM METER, COMO ÚNICOS NO PARQUE, ANIMAIS E PLANTAS QUE EXISTEM PELO MENOS EM TODO O ALGARVE mas só aqui no PARQUE querem o jardim e o ZOO para chatear a malta.

E diga lá aos seus amigos para explicarem com inteligência (que lhes falta!) por que razão nós aqui, os "ÍNDIOS" do PARQUE temos de gramar todas as restrições que os demais algarvios abrangidos pelo PROTAL estão isentos, sem qualquer vantagem ou contrapartida e que nem Aos demais portugueses é imposta coisa assim limitativa deste jaez.

Se assim procedem e com esta arrogância, só posso tirar uma conclusão: estão a roubar o povo do Parque!!!! E estão a roubar-me a mim, percebe?!!
E olhe, senhor "Rato Cabrera" tambe´m li aqui neste Blogue que esse mesmo RATO paralizou uma estrada ou autoestrada em Trás-os-Montes e se bem me recordo tb de ler nos jornais era ali para os lados de Bragança.

Agora, diga-me lá: que exactidão de estudo pode ser esse o do PO que diz que esse rato só existe no Parque e que está em extinção?

Em extinção estamos nós senhor Rato Cabrera com o desemprego, a miséria moral e material e ainda por cima temos que gramar estes tipos do Icnb a meter-nos a mão pelo fundo das calças...
Obrigada.
MJ

Rato de cabrera disse...

Senhor ou senhora MJ.
Não viu eu dizer que ele só existo no PNSACV em lado nenhum.
Hum...quanto a isto sem comentários, concordo plenamente.
"Isto quer dizer que a "CARTILHA" do PO ou proposta de PO não está correcta e que tem falhas e pelos vistos graves, e também poderá querer dizer que, À FORÇA, QUEREM METER, COMO ÚNICOS NO PARQUE, ANIMAIS E PLANTAS QUE EXISTEM PELO MENOS EM TODO O ALGARVE mas só aqui no PARQUE querem o jardim e o ZOO para chatear a malta."

Se assim procedem e com esta arrogância, só posso tirar uma conclusão: estão a roubar o povo do Parque!!!! E estão a roubar-me a mim, percebe?!!
"E olhe, senhor "Rato Cabrera" tambe´m li aqui neste Blogue que esse mesmo RATO paralizou uma estrada ou autoestrada em Trás-os-Montes e se bem me recordo tb de ler nos jornais era ali para os lados de Bragança."
Pois, penalizou a auto estrada e vai penalizar todas as populações com excepção ao PRM Perímetro de rega do Mira, onde tudo é possível, é estado.
"Agora, diga-me lá: que exactidão de estudo pode ser esse o do PO que diz que esse rato só existe no Parque e que está em extinção?"
Não existe exactidão caro amigo ou amiga, como em tantas as coisas...
"Em extinção estamos nós senhor Rato Cabrera com o desemprego, a miséria moral e material e ainda por cima temos que gramar estes tipos do Icnb a meter-nos a mão pelo fundo das calças..."
É verdade, mas ao que parece percebeu mal, eu não gosto do icn nem do park=faixa de gaza, não gosto do tipo de agricultura que se faz na zona rica (Odemira) do pnsacv, detesto fundamentalismos e estou a tornar me fundamentalista com tanta aberração.
Abraço ou beijinho MJ

Fernando Encarnação disse...

Ora viva, não querendo influenciar alguma coisa gostaria de deixar o meu contribua para a discussão sobre os apelidados pela National Geographic - Os Ratos Alentejanos que na comunidade cientifica tem o nome de Microtus Cabrerae, vulgarmente apelidado de rato de cabrera.

Em: http://bigeo.es-mcgodemira.net poderão encontrar um artigo escrito e publicado no NG, tem como base um grupo de alunos e a investigação no Microtus Cabrerae, conclusões, etc.

O problema para esta espécie que ao que parece já inviabilizou uma auto estrada é, com base no estudo a agricultura intensiva é um grande problema de sustentabilidade da preservação desta espécie, será que a mesma vai ser inviabilizada???

É interessante ver este artigo, e talvez seja interessante cada um interiorizar a dualidade de critérios do POPNSACV, mas isso é outra história que vou deixar para a minha ficha de participação que vou entregar até ao dia 30 deste mês na sede do PNSACV do ICNB.

O rato existe apenas na Peninsula Ibérica, localizações, segundo o estudo;

Norte interior
Centro litoral e interior
Faixa litoral

Relativamente a este blog, apenas disponibilizo informação, não publico comentários ofensivos com palavras menos correctas sendo os restantes conteúdos da responsabilidade de quem os escreve, isto é apenas um passatempo meu...

Grato pelos comentários.

Anónimo disse...

Creio que o senhor sargus não deve de ter lido a revista da NG mas sim deve de ter ouvido falar,esse grupo de alunos orientados pela prof Paula Canhâ levaram a cabo essa investigação acerca tão famoso rato mais logo e mais famoso que o Mickey na freguesia de Colos Conselho de Odemira relativamente longe da alçada do parque.
Convém quando se escreve para o (publico)estar minimamente informado para não induzir os outros em erro

Fernando Encarnação disse...

Viva.

Agradeço o reparo, mas permita-me que lhe diga que não é na freguesia de Colos mas sim de Bicos (uma outra freguesia limítrofe a Colos), mais concretamente na Herdade da Água Branca, que fica fora do PNSACV.

Mas também li que "a situação do rato de cabrera não é das mais animadoras. Para Paula Canha, "a população destes ratos está em declineo, sobretudo nas zonas mais junto ao litoral onde funcionam explorações agrícolas com uso intensivo do solo. Onde se mantiver a agricultura típica desta região é possível a conservação do seu habitat", conclui. Pastoreio extensivo, cultura com rotação e pousios, que alguns agricultores insistem em manter através dos tempos, são essenciais para o equilíbrio natural desta espécie."

Não induzi ninguem em erro caso se tenha aprecebido disso, pois até passo a citar a fonte, para bom entendedor meia palavra basta:

http://bigeo.es-mcgodemira.net/

National Geographic - Os Ratos Alentejanos

http://bigeo.es-mcgodemira.net/
index.php?option=com_content&view
=article&id=81:national-geographic
-os-ratos-alentejanos&catid=37:
artpublicados&Itemid=53

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Esta gente para além de fundamentalista, é cínica, claro que o seu egoísmo vai muito para além dos ratos, das lagoas ou doutra qualquer coisa que tenha vida. Para além do seu próprio ser, da sua existência, nada interessa. Somos todos uns malandros e eles pessoas de bem e trabalhadoras.
Os ratos!? Protegem-nos porque à partida fazia todo o sentido, já que é Parque Natural, proteger a biodiversidade é básico, ratos e o resto.
Mas para produzir é mesmo preciso matar tudo o que mexe à nossa volta?
Os malandros que chegaram nestes últimos anos é que sabem, chamam ignorantes e burros aos portugueses, correm com eles do perímetro de rega, que isto agora é nosso! Os portugueses são uns preguiçosos que não gostam de trabalhar e não sabem fazer nada. Basta olhar para as parcerias dos últimos 20 anos.
Também é verdade, podemos colocar umas setinhas a indicar o caminho da armadilha, que o rato se tiver a inteligência de certos tipos com certeza que se vai lá encurralar. E depois caro E. Falcão, chamamo-lo a si para comandar o pelotão de fuzilamento? Ouvi dizer que os Cabrera gostam de Queijo da Serra, se as setinhas não funcionarem pode sempre experimentar o queijo, e depois chamar os malandros que você defende para assistir à chacina.
«…Usar a expressão "produzir um hectare de couve" não faz sentido, talvez queira dizer plantar..., mas mesmo que seja esse o sentido, é evidente o disparate ou de quem semeia/planta ou de quem o afirma…»
Plantar!? Plantar o quê? Ignorância? Da mesma forma que esses indivíduos que você defende têm feito desde que aqui chegaram?
A plantação é uma das operações culturais de uma produção de couves, para além das outras 10 ou 14, que não são relevantes neste momento.
«…custar tanto dinheiro que as couves só serviriam para disfarçar (e, muito mal) um negócio de droga, só pode ser!»
Por isso era importante fazer as contas, acompanhar, fiscalizar…
A empresa em questão segundo reza a história perdeu 2 milhões nos primeiros 2 anos de Brejão, mas isso não interessa porque os subsídios já chegaram e já estão no bolso desses senhores vossos amigos. E sabem que dinheiro era esse? Era para desenvolver Portugal e os Portugueses. Mas não, os tubarões abençoados e salvadores da pátria tudo trituram, e ainda assim conseguem ter quem os aplauda.
E sabe porquê tanto azoto? Conhece a lei do Mínimo? Na fertilização das culturas?
Pois é, como aquilo não crescia e estava amarelo, o problema era azoto diziam, e vá todas as semanas 250kg de Nitrato de Amónio, depois de 300 kg de Azoto de fundo…tristeza.
Mas não era, o problema era molibdénio, boro e magnésio, assim o disseram as análises foliares. Esta é que é a verdadeira realidade do Perímetro de rega, asneira atrás de asneira.
Na minha horta mondo e arranco ervas, mas já apliquei muitos herbicidas no Perímetro de rega do Mira, e outros pesticidas. Já ajudei a produzir muitas toneladas para exportação, e é com bastante pena que não continuo a fazê-lo regularmente.
Mas compactuar com a exclusão dos portugueses e com a malandragem que transforma os subsídios em poluição gratuita, não me parece bem.
Vão a S.Teotónio e depressa se apercebem que ratos e pessoas para essa gente têm o mesmo valor.
Não vale a pena mais conversa, o que interessa é ver as CONTAS, não estão interessados?

JN

Anónimo disse...

Quanto à pesca esqueçam!!!
O Cavaco, já falou do Mar, no 25 de Abril, preparem-se para dizer adeus ao restinho de Liberdade que ainda nos sobra.
Comprem um aquário que eles vêm aí, fazer no Mar o que já fizeram em Terra.

JN

P.S. «Del Rey», nos dias que correm essa figura é composta pelos tribunais e cambada que por lá se pavoneia. Estão acima da Lei, a eles ninguém controla...

joaquim disse...

chiça!!!
isto está animado...
de um lado os que querem um parque amigo, e justo.. do outro lado um latifundiário a ver que já não lhe alugam a terra para poder descansar á sombra da bananeira....
por mim... acabava-se a agricultura intensiva e e mjotas já nós temos amais...
faz falta é pjotas... para avaliar o comportamento e o interesse dos mjotas em rebentar com isto!!
sei que há por aí muita guita a correr... sei disso... mas só por cima do meu cadáver e de mais umas dezenas de companheiros é que vão levar a vossa a avante!
a luta continua... mjotas prá rua!!

ERA

Rato de Cabrera disse...

Já agora e vendo o artigo apresentado pelo sargus sobre os ratos alentejanos (apelidado) pelo grupo de trabalho cientifico, custa me a crer que pela faixa de gaza so existam ratos em sagres, talvez sejam surfista, ou talvez a agricultura feita no concelho rico aka odemira/perimetro de rega do mira já tenha acabado com os meus primos cabrera.
já que as corujas os comem, pela dieta, é um crime, que fazer? acabar com a coruja?
Estes condicionalismos são de facto estranhos quando se observa uma estranha dualidade de critérios no mesmo território.
será que o icn colocou placas no concelho rico para avisar os meus primos cabrera que alí não podiam criar o seu habitat, reencaminhando os mesmos para um colonato fora do parke?
e sagres a eterna zona em que so falta é descobrirem a polvora (entenda se dna de espécies da era Mesozóico)
isto de facto é quão mais importante que o periodo de cataclismo que portugal esta a passar, assim vamos longeeeeee...
obrigado pela partilha sargus do estudo dos meus primos, já agora vá á pesca amigo que qualquer dia virão ai os pie (projectos de interesse empresarial) e nem meter o pé na poça vão poder fazer, quanto mais estar ao sol essa fonte de rendimento que já só falta um imposto...

E.T.A. espaço territorial alarmante, partilhando o conceito do E.R.A. devia o amigo colocar E.R.A.V. exercito revolucionário alentejano e vicentino