Na minha humilde opinião, basta um sargo ao ser tirado da água que bata na rocha e largue algumas escamas para os seus companheiros na agua pressentirem algo de estranho (uma hormona entre as escamas tipo adrenalina que é um sinal avisador de perigo entre eles, já li isso algures há uns anos trás e não consigo encontrar).
O sangue é bem pior, sangue na agua por sargos embuchados ou pelo simples facto de os colocarmos numa poça de água e o mar chegar lá, de certeza absoluta que a jornada termina, isso já me aconteceu e os sargos estavam em grande concentração no pesqueiro, a partir dessa altura nem mais um, mesmo engodando.
Por outro lado já fiz um teste (nos Açores) que me deu outro resultado bem diferente, não sei o que dizer a respeito desta experiência confesso, foi o seguinte, após ter "encontrado a maneira e manha onde os capturar, e após ter verificado que em nada correspondem com os nossos sargos marisqueiros em sabor e textura de carne, numa jornada de uma hora foram capturados quarenta exemplares e devolvidos os mesmos quarenta exemplares, embuchados (apenas cortava o nylon junto à boca do peixe) e sem estarem embuchados eram devolvidos precisamente para o local onde os tinha ferrado a um metro da pedra, profundidade de um a dois metros, continuaram a ser ferrados não aqueles que eram libertados mas ou que os acompanhavam, isto como é óbvio tudo bem regado com uma boa dose de engodo ao belisco.
Já observei numa praia, há uns anos atrás, onde se estavam a tirar sargos seguidos ao fundo (quatro pescadores) um teve a triste ideia de ir lavar um saco de rede com uns dez quilogramas de sargos ás ondas, a partir desse momento acabou se os sargos seguidos, apenas apanharam mais um exemplar.
Em suma, não tenho tido razão de queixa com tal questão, creio que sei lidar bem com o problema e já há bastante tempo que tenho principal cuidado e preocupação com:
- Sangue dos sargos: Guelras, quando estão embuchados não lhes toco; Colocados em poças de água, só em locais que o mar dificilmente chega durante o tempo que pretendo ficar no pesqueiro e é preciso que não tencione ir para o mesmo pesqueiro no dia seguinte, porque se fizer intenções de ir não os coloco em poças de água.
- Escamas dos sargos: Por vezes o exemplar é de grande porte e sem crer dá um toque nas pedras quando o içamos, produzido uma queda de algumas escamas para a rocha ou água, já numa fase que esteve alguns segundos se debatendo na luta pela sobrevivência e produzindo as tais hormonas.
- As libertações: De exemplares de tamanho reduzido ou de tamanho acima da média, quando os queremos libertar, são feitas no final da jornada ou durante a mesma mas para um local onde não tencionamos pescar, é que qualquer sargo após ser libertado ao cair na água depressa se lança para o fundo e desaparece daquele local imediatamente, ora se estiverem alguns companheiros a mariscarem por a zona depressa se apercebem dessa movimentação e presentem algo de anormal seguindo lhe o exemplo. É uma pratica vulgar e similar quando são observados sargos a mariscar e nos aproximamos deles, estão descontraídos a mariscar, mas quando um ou alguns se apercebem de nós ruma rente à laje e picam na vertical até encontrarem o fundo que lhes dá o rumo para fora daquela zona.
Nota: Quem duvida que faça um teste, quando estiver a apanhar sargos num pesqueiro (sargos, não sargo), que corte as guelras ao peixe e deixe cair a agua para o pesqueiro, ou que escame um sargo e espalhe as escamas na agua ou ainda que deixe a agua do sangue dos sargos (aquela das poças onde os guardamos) ir para o local da pesca, e depois contem o resultado.
Por outro lado já fiz um teste (nos Açores) que me deu outro resultado bem diferente, não sei o que dizer a respeito desta experiência confesso, foi o seguinte, após ter "encontrado a maneira e manha onde os capturar, e após ter verificado que em nada correspondem com os nossos sargos marisqueiros em sabor e textura de carne, numa jornada de uma hora foram capturados quarenta exemplares e devolvidos os mesmos quarenta exemplares, embuchados (apenas cortava o nylon junto à boca do peixe) e sem estarem embuchados eram devolvidos precisamente para o local onde os tinha ferrado a um metro da pedra, profundidade de um a dois metros, continuaram a ser ferrados não aqueles que eram libertados mas ou que os acompanhavam, isto como é óbvio tudo bem regado com uma boa dose de engodo ao belisco.
Já observei numa praia, há uns anos atrás, onde se estavam a tirar sargos seguidos ao fundo (quatro pescadores) um teve a triste ideia de ir lavar um saco de rede com uns dez quilogramas de sargos ás ondas, a partir desse momento acabou se os sargos seguidos, apenas apanharam mais um exemplar.
Em suma, não tenho tido razão de queixa com tal questão, creio que sei lidar bem com o problema e já há bastante tempo que tenho principal cuidado e preocupação com:
- Sangue dos sargos: Guelras, quando estão embuchados não lhes toco; Colocados em poças de água, só em locais que o mar dificilmente chega durante o tempo que pretendo ficar no pesqueiro e é preciso que não tencione ir para o mesmo pesqueiro no dia seguinte, porque se fizer intenções de ir não os coloco em poças de água.
- Escamas dos sargos: Por vezes o exemplar é de grande porte e sem crer dá um toque nas pedras quando o içamos, produzido uma queda de algumas escamas para a rocha ou água, já numa fase que esteve alguns segundos se debatendo na luta pela sobrevivência e produzindo as tais hormonas.
- As libertações: De exemplares de tamanho reduzido ou de tamanho acima da média, quando os queremos libertar, são feitas no final da jornada ou durante a mesma mas para um local onde não tencionamos pescar, é que qualquer sargo após ser libertado ao cair na água depressa se lança para o fundo e desaparece daquele local imediatamente, ora se estiverem alguns companheiros a mariscarem por a zona depressa se apercebem dessa movimentação e presentem algo de anormal seguindo lhe o exemplo. É uma pratica vulgar e similar quando são observados sargos a mariscar e nos aproximamos deles, estão descontraídos a mariscar, mas quando um ou alguns se apercebem de nós ruma rente à laje e picam na vertical até encontrarem o fundo que lhes dá o rumo para fora daquela zona.
Nota: Quem duvida que faça um teste, quando estiver a apanhar sargos num pesqueiro (sargos, não sargo), que corte as guelras ao peixe e deixe cair a agua para o pesqueiro, ou que escame um sargo e espalhe as escamas na agua ou ainda que deixe a agua do sangue dos sargos (aquela das poças onde os guardamos) ir para o local da pesca, e depois contem o resultado.
1 comentário:
Ola Fernando,
Belo tema este tão interessante e tão importante para nós pescadores.Pena que não hajam mais informações de outros bloguistas.Acho que antes de pescarmos temos de aprender, estudar, rectificar os erros e termos a humildade de saber ouvir.Pela minha experiencia na Galiza, de facto e esse factor acentua-se porque não usamos engodo, do stress e fuga do banco de sargos quando entram e fogem alguns desferrados ou porque bateram na queda nas rochas dos lavadiços da agua. Tenho perdido boas pescas porque o sargo , não tendo engodo para o segurar, para o acalmar , antes da fuga, com uma boa dose de odor a sardinha, mal se espanta depois da desferragem ou se perde meia duzia, logo desaparecem mesmo com o mar bruto.
Também observo que quando há sol e aguas mais finas eles vem cá para fora, em stress com as barbatanas peiturais e pelvicas azuladas, muito azuladas. Espero ter contribuido também e os seus pormenores na proxima ida, embora esteja sempre a dar na cabeça a alguns colegas, estarei mais atento no trabalhar da equipe para não estragarmos a pescaria.
Um abraço
António Simões
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