A Petrobras comprou 50% do consórcio da Galp para a exploração de petróleo na bacia do Alentejo, onde já foram feitos alguns estudos sísmicos. Ao adquirir à britânica Tullow Oil a posição de líder do consórcio no Alentejo, a Petrobras reforça a ligação à Galp, com quem já partilha os investimentos na bacia petrolífera de Peniche.
A estatal brasileira Petrobras está em negociações para comprar à Tullow Oil a posição de 50% nos blocos offshore de exploração de petróleo em Portugal.
O governo português assinou um acordo com a Petrobrás Internacional Braspetro BV, com vista à exploração de petróleo nas águas profundas ao largo da costa alentejana, noticiou o jornal «O Globo», na passada segunda-feira, na sua edição on-line.
Os blocos de extracção, denominados «Gamba», «Lavagante» e «Santola» são comparticipados em 50% pela petrolífera brasileira e pela Galp e abrangem uma área de 9 mil quilómetros quadrados no Atlântico, com a profundidade a poder ir dos 200 aos três mil metros.
A britânica Tullow Oil e a Partex eram os detentores de 90% do consórcio, e a Galp do restante. Neste realinhamento accionista, informa o «Jornal de Negócios» (JN), a petrolífera portuguesa adquiriu mais 40% e os brasileiros ficaram com o restante. Ainda segundo o JN, o acordo com o Estado português para a exploração petrolífera foi assinado na última sexta-feira.
Lembre-se que já foram efectuados estudos sísmicos no mar ao largo do Alentejo e que a Petrobrás já partilha investimentos com a Galp em outras explorações, nos mares de Peniche.
Entretanto, em notícia divulgada pela Lusa na terça-‑feira, 3 de Maio, foi tornado público que a administração da Petrobrás aprovou a «constituição das empresas que implementarão o projecto de produção de biodisel em Portugal». A notícia não especifica em que região do País será implantado o projecto.
O comunicado da empresa brasileira acrescenta que em 2015 a produção prevista será de 250 mil toneladas por ano e que se destinará ao mercado europeu «com prioridade» para a Península Ibérica. O investimento a efectuar é de 180 milhões de euros.
Biodiesel no Alentejo? A ver vamos.
Petrobras vai explorar blocos na Bacia do Alentejo, em Portugal
SÃO PAULO - A Petrobras firmou com o governo de Portugal, por meio de sua subsidiária Petrobras International Braspetro BV, acordo para a exploração de petróleo em águas profundas na Bacia do Alentejo.
A Petrobras terá uma participação de 50% nos blocos de Gamba, Lavagante e Santola, e será a operadora dos três blocos. A região compreende uma área de aproximadamente 9 mil quilômetros quadrados, em profundidade de água de 200 metros até 3 mil metros.
"Estes novos projetos somam-se a outros quatro blocos já operados pela Petrobras na costa marítima de Portugal, em parceria com a Galp e Partex e localizados na Bacia de Peniche", diz a companhia em comunicado ao mercado.
Fontes: Consultar hiperligações
6 comentários:
cambada de assassinos...
quer dizer por um lado cravam proibições e condições por outro vendem o mar a galp e petrobras para lixarem isto tudo...
talvez seja bom acabarem com isto de vez...
prestige
Á GANDAS MALUKOS ASSIM É QUE É, BIODIVERSIDADE, PLANOS DE ORDENAMENTO, LPNS, QUERCUS, ICNBS, E AGORA NAO DIZEM NADA? O ALENTEJO É MUITA GRANDE MAS E A COSTA? OS ACIDENTES QUE PODERAO ACONTECER, O TRAFEGO MARITIMO, A QUALIDADE DAS AGUAS, AS VIBRAÇOES NO MAR, ETC.
É A CRISE AMIGOS VENDAM TUDO O QUE CONSEGUIREM, QUALQUER DIA VENDEM LOTES Á SUMALIA.
VERGONHONHAS DO CATANO!
A.M.M.
Boas, o meu agradecimento pelos comentários, mas gostaria de relembrar que não estamos a falar de uma intervenção "colada" à costa, tipo estarmos deitados na praia e estarmos a ver a plataforma a operar ou a tentar...
São 9 mil km2, em profundidade de água de 200 metros até 3 mil metros, na "giria" de pescadores pode dizer-se que vão aos Gorazes e Chernes.
"Estes novos projetos somam-se a outros quatro blocos já operados pela Petrobras na costa marítima de Portugal, em parceria com a Galp e Partex e localizados na Bacia de Peniche", diz a companhia em comunicado ao mercado."
Já existia por ai mais movimentações na costa como o citado, já à dois anos tinha surgido uma noticia de prospecção.
Quanto a negocio, pode ter sido bom para a galp a venda da %, se a Petrobrás encontra alguma coisa e que vamos ver...
;)
Caro Sargus,
A plataforma de extracção petrolífera que explodiu recentemente no golfo do México também não se vê da praia e nem por isso o desastre ambiental deixou de ocorrer.
O próprio Barack Obama já anunciou o congelamento das novas explorações de petróleo offshore enquanto não forem apuradas as razões do afundamento.
Temos pois todas as razões e mais algumas para encararmos com preocupação a notícia da exploração de petróleo na mar alentejano.
Cumprimentos,
Mário Pinho
Carissimo Mário Pinho.
Desde já obrigado pelo comentário.
Relativamente à questão levantada pela proximidade ou afastamento da linha de costa, o que referi não foi a defesa da mesma pela distancia, foi apenas uma observação. Claro está que o afastamento da linha de costa não justifica segurança relativamente a um acidente ou desastre ambiental, muito pelo contrario...
Concordo plenamente que todas as razões e mais algumas para encararmos com preocupação a notícia da exploração de petróleo na mar alentejano e não só, na zona de Peniche já existem à algum tempo manobras desse tipo.
O que é mais caricato, como os dois comentários do Prestige e A.M.M., aos quais agradeço, é que por um lado existem condicionalismos e limitações em nome da biodiversidade, mas será que só existe biodiversidade em terra ou na linha intertidal????
Cumprimentos.
Será de facto uma incongruência que, em nome da salvaguarda de valores e recursos naturais, se imponham uma série de limitações à actividade humana no PNSACV e, ao mesmo tempo, se avance com um projecto de exploração petrolífera na vizinhança do parque. Já nada me admira neste jardim à beira mar plantado !
Cumprimentos,
Mário Pinho
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