O Estado do mar

A fim definir o estado do mar, que nos permita ou condicione um acesso ao mesmo de forma a que tenhamos condições plenas de segurança e de pratica de uma determinada modalidade, teremos de conhece-lo minimamente, o vento, a força e período da vaga, a forma como bate na pedra, as riscas limítrofes à falésia, a época do ano, a lua, as marés, previsões meteorológicas, trovoadas, etc, são sinais que nos permitirão avaliar-lo minimamente, e dar-nos com efectiva eficácia o seu estado anterior (dia anterior), presente (dia actual) e futuro (dia seguinte).

Também, depende muito das circunstâncias locais, geomorfologicas, sejam elas arrifes de pedra submersos, bancos de areia, fundões, canais de escoamento de correntes, etc.

Por exemplo, na faixa sul do pais, existe menor probabilidade de ocorrerem mares mais fortes, com excepção no período de inverno, do que em comparação com a costa litoral do pais, mais exposta a ventos dominantes de Noroeste, Oeste e Sudoeste e a consequente erosão.

O choque da corrente mais quente do mediterrâneo com a mais fria do Atlântico também poderão se reflectir nas condições meteorológicas, já que as grandes correntes marítimas influenciam o clima, aumentando ou diminuindo a temperatura costeira, e as precipitações.

Correntes marítimas podem ser consideradas como verdadeiros rios de água salgada e constituem um dos três principais tipos de movimentos oceânicos, juntamente com as ondas e as marés, para além da regulação da temperatura dos oceanos, são também a via rápida da vida submarina, microrganismos, e variadíssimas espécies apanham “boleia” nesta via.

Podem aparecer tanto junto aos litorais costeiros como em pleno oceano, podendo ser pequenas e locais, de interesse apenas para uma área restrita, ou de grandes proporções, capazes de estabelecer troços de água entre pontos distantes, podem ainda ser de superfície ou de profundidade.

Neste último caso, a sua trajectória é vertical, horizontal e, em certos casos, oblíqua.

Como possuem salinidade, temperatura, densidade e, às vezes, até cor características, podem ser individualizadas, a sua velocidade e direcção, podem variar durante o ano.

Para definir o estado do mar deve ter-se em atenção as seguintes definições, segundo a escala de BEAUFORT (vento) e escala DOUGLAS (mar), correspondente:

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Acção das condições meteorológicas

As diferenças entre as alturas de mare são originadas por ventos fortes ou de prolongada duração e por pressões atmosféricas muito baixas baixas ou elevadas.

Pressão atmosférica: Baixas pressões fazem subir o nível do mar, enquanto que as altas pressões têm um efeito inverso, embora esse nível da água não se ajusta imediatamente às variações da pressão atmosférica, isto é, não existe um efeito imediato. De um modo aproximado, a uma variação de pressão de 10 hectopascal (milibares) corresponde uma variação do nível das águas de 0.09 m. Estas diferenças nas alturas de água raramente ultrapassam valores de 0.3 a 0.4 metros, mas convém ter em atenção que elas se podem sobrepôr aos efeitos de outros fenómenos, como os do vento e das seichas.

Ventos: A acção do vento no nível médio do mar e na altura e hora da maré é muito variável e depende da configuração física da área em questão, sendo que a acção do vento se pode traduzir numa subida do nível do mar no sentido para onde sopra o vento, por exemplo, um vento forte soprando para terra provoca a elevação do nível do mar, sendo alterada a amplitude prevista por exemplo para um mar calmo, similarmente este fenómeno é inversamente proporcional, quando o vento sopra de terra para o mar.

Seichas: Mudanças súbitas das condições meteorológicas, como as provocadas pela passagem de uma depressão cavada ou de uma frente activa, causam oscilações periódicas do nível do mar. Os períodos podem ser de 5 a 30 minutos e a altura das ondas de 5 a 70 centímetros. As Seichas de pequena amplitude são frequentes e a sua acção faz-se sentir com maior incidência nos portos cujas dimensões e forma os tornam mais susceptíveis a oscilações forçadas.

Fonte: Hidrográfico
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