Eles não lêem Darwin, Lamarck ou Mendel, mas roubam-nos em conjunto, jantam à mesma mesa e vivem em círculo fechado. Como dizia o outro: «com a pirataria, o mundo pula e avança…»
Podia falar da simbiose na cultura do amendoim, ou das favas, das joaninhas e dos piolhos, da rotação e matéria orgânica, que certamente todos concordávamos que não há dúvidas que a Natureza está sempre ao lado da economia. De uns terem ido à escola e outros não. E o fungicida às vezes também, e a rega gota a gota, a tal perspectiva integrada, com todos, sem segredos.
O segredo sempre fez parte da vida do campo e da pesca, hoje faz pouco sentido, somos muitos, todos a sacar à Natureza, temos que olhar para o Todo e o que pode fazer cada um. Parece que é o esvaziar da relação do indivíduo com a sua actividade predatória, ele e os outros, natural Natureza. Mas no final abordamos a Natureza com canas e carretos da loja de pesca do Quim, made in Thailand; e barcos com 2 motores Honda; fosfato de Gafsa da Tunísia ou Nitrato de potássio de Israel.
Ou, um subsídio ou negociata baixa que transformam aquilo que parecia impossível de forma honesta. Mas de que economia? Uma economia que não existe. A economia da produção, da agricultura, a partir dos recursos naturais. Ninguém lhe dá importância.
Melhores barcos, mais eficientes, pescam mais e mais barato, mas para quê? Se já não há peixe? A economia é cega e limitada e nós andamos ao ritmo robótico de meia dúzia de marmelos, que fazem de nós fantoches e nos esvaziam do bom que os nossos pais nos deixaram, hoje temos dificuldade de passar aos nossos filhos, os bons princípios, parecem hoje desadequados para um mundo em que ser Chico esperto dá de longe melhores resultados que ser atinado, trabalhador e respeitador.
Quando se fala de Natureza, os valores estão, os valores são, e provocam sempre a sensação que menos €uros vão correr para os bolsos de alguns. Caricato, Ambiente é o ar que respiramos, a água que chove e bebemos ou nos cai em cima, os peixes que pescamos, o que comemos, ambiente é vida. Hoje, essas coisas da água, do solo, das vacas, das minhocas e das partículas coloidais, interessa a menos de 1% dos seres humanos do mundo Ocidental.
E os que ainda se interessam são os que ainda não conseguíram fugir, ou então aqueles que gostam mesmo é disto, da terra, da agricultura, da pesca, da Natureza, do ambiente, de uma vida com um pouquinho de tudo.
Nas cidades também há quem defenda o campo, o rural (não obrigatoriamente o bom ambiente, imprescindível). Nas Cidades, aí onde tudo se decide, com base em modelos, abdicando da realidade.
Questões de moda; fartamos-nos de ir a concertos e ao cinema ver filmes sobre o que somos, como deveríamos ser, mas nada muda, as letras apelam, os livros, mas estamos cada vez mais na mesma, temos mais materiais, mas menos matéria. Não há Justiça em Portugal.
No campo, onde sempre se viveu com a Natureza, as coisas estão confusas, entre o que entra pelos olhos adentro através da televisão, a tradição e as tecnologias para todos, os mensageiros que chegam com dinheiro e a semear ignorância, para controlar. Ou descontroladamente através de subsídios à não produção, ao não trabalho, ao à espera que cai do céu.
A verdade é que há regressão, evolução nem de Darwin, nem outra qualquer além da especulação, e sempre sem planear.
Já ninguém tem uma vida digna só a viver do que a terra dá, diz-se por aí, e temos que concordar, e este é o maior problema do Parque. Os agricultores são poucos, cansados e desanimados. Mal tratados. A juventude quer outras coisas. Nada na economia dos dias de hoje afecta positivamente e directamente as pessoas, é sempre indirectamente, através de grandes empresas, de grandes grupos económicos, figuras sem rosto, sem coração.
Coisas que roubam vidas, para fazer dinheiro, as verdadeiras areias movediças, que se relacionam através de terceiros, os que avaliam o crédito, as agências, as mesmas que venderam as casas do sonho Americano e Espanhol (vá lá que aqui há Parque! senão lá estávamos nós mais perto do Mundo…); tudo para eles, resumindo.
E falam de confiança, que os mercados para funcionar necessitam de confiança. E assim, investir e dinamizar a vida das pessoas, das população. O Deus mercado ocupa a alma das pessoas. Chegamos à era do Homos economicus.
As suas contradições começam no facto de cada um de nós ser hoje um ser plural, no que toca à existência para além da aparência, os nossos utensílios transcendem a nossa capacidade de entender a sua génese, o nosso mundo é muito maior do que o que conhecemos ou onde já estivemos, é um mundo imaginado a cada segundo, de real pouco mais tem que o fim do mês; acreditamos no que nos dizem, sonhamos com o que nos querem vender, abstraímos-nos da nossa própria existência para seguir no rebanho, sem piar.
Ou não!
Que grande confusão.
JN
Podia falar da simbiose na cultura do amendoim, ou das favas, das joaninhas e dos piolhos, da rotação e matéria orgânica, que certamente todos concordávamos que não há dúvidas que a Natureza está sempre ao lado da economia. De uns terem ido à escola e outros não. E o fungicida às vezes também, e a rega gota a gota, a tal perspectiva integrada, com todos, sem segredos.
O segredo sempre fez parte da vida do campo e da pesca, hoje faz pouco sentido, somos muitos, todos a sacar à Natureza, temos que olhar para o Todo e o que pode fazer cada um. Parece que é o esvaziar da relação do indivíduo com a sua actividade predatória, ele e os outros, natural Natureza. Mas no final abordamos a Natureza com canas e carretos da loja de pesca do Quim, made in Thailand; e barcos com 2 motores Honda; fosfato de Gafsa da Tunísia ou Nitrato de potássio de Israel.
Ou, um subsídio ou negociata baixa que transformam aquilo que parecia impossível de forma honesta. Mas de que economia? Uma economia que não existe. A economia da produção, da agricultura, a partir dos recursos naturais. Ninguém lhe dá importância.
Melhores barcos, mais eficientes, pescam mais e mais barato, mas para quê? Se já não há peixe? A economia é cega e limitada e nós andamos ao ritmo robótico de meia dúzia de marmelos, que fazem de nós fantoches e nos esvaziam do bom que os nossos pais nos deixaram, hoje temos dificuldade de passar aos nossos filhos, os bons princípios, parecem hoje desadequados para um mundo em que ser Chico esperto dá de longe melhores resultados que ser atinado, trabalhador e respeitador.
Quando se fala de Natureza, os valores estão, os valores são, e provocam sempre a sensação que menos €uros vão correr para os bolsos de alguns. Caricato, Ambiente é o ar que respiramos, a água que chove e bebemos ou nos cai em cima, os peixes que pescamos, o que comemos, ambiente é vida. Hoje, essas coisas da água, do solo, das vacas, das minhocas e das partículas coloidais, interessa a menos de 1% dos seres humanos do mundo Ocidental.
E os que ainda se interessam são os que ainda não conseguíram fugir, ou então aqueles que gostam mesmo é disto, da terra, da agricultura, da pesca, da Natureza, do ambiente, de uma vida com um pouquinho de tudo.
Nas cidades também há quem defenda o campo, o rural (não obrigatoriamente o bom ambiente, imprescindível). Nas Cidades, aí onde tudo se decide, com base em modelos, abdicando da realidade.
Questões de moda; fartamos-nos de ir a concertos e ao cinema ver filmes sobre o que somos, como deveríamos ser, mas nada muda, as letras apelam, os livros, mas estamos cada vez mais na mesma, temos mais materiais, mas menos matéria. Não há Justiça em Portugal.
No campo, onde sempre se viveu com a Natureza, as coisas estão confusas, entre o que entra pelos olhos adentro através da televisão, a tradição e as tecnologias para todos, os mensageiros que chegam com dinheiro e a semear ignorância, para controlar. Ou descontroladamente através de subsídios à não produção, ao não trabalho, ao à espera que cai do céu.
A verdade é que há regressão, evolução nem de Darwin, nem outra qualquer além da especulação, e sempre sem planear.
Já ninguém tem uma vida digna só a viver do que a terra dá, diz-se por aí, e temos que concordar, e este é o maior problema do Parque. Os agricultores são poucos, cansados e desanimados. Mal tratados. A juventude quer outras coisas. Nada na economia dos dias de hoje afecta positivamente e directamente as pessoas, é sempre indirectamente, através de grandes empresas, de grandes grupos económicos, figuras sem rosto, sem coração.
Coisas que roubam vidas, para fazer dinheiro, as verdadeiras areias movediças, que se relacionam através de terceiros, os que avaliam o crédito, as agências, as mesmas que venderam as casas do sonho Americano e Espanhol (vá lá que aqui há Parque! senão lá estávamos nós mais perto do Mundo…); tudo para eles, resumindo.
E falam de confiança, que os mercados para funcionar necessitam de confiança. E assim, investir e dinamizar a vida das pessoas, das população. O Deus mercado ocupa a alma das pessoas. Chegamos à era do Homos economicus.
As suas contradições começam no facto de cada um de nós ser hoje um ser plural, no que toca à existência para além da aparência, os nossos utensílios transcendem a nossa capacidade de entender a sua génese, o nosso mundo é muito maior do que o que conhecemos ou onde já estivemos, é um mundo imaginado a cada segundo, de real pouco mais tem que o fim do mês; acreditamos no que nos dizem, sonhamos com o que nos querem vender, abstraímos-nos da nossa própria existência para seguir no rebanho, sem piar.
Ou não!
Que grande confusão.
JN
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