Pesca: Nazaré reforça pretensão de criação de zona exclusiva de pesca do anzol


A Câmara Municipal da Nazaré vai voltar a defender junto das entidades competentes, em particular a Direcção-Geral das Pescas, a criação de uma zona exclusiva para a pesca do anzol.

Esta pretensão, assumida por pescadores, armadores e outras entidades ligadas ao sector, foi já apresentada à tutela, mas a ausência de qualquer resposta levou o executivo municipal, reunido no passado dia 30, a aprovar uma proposta no sentido de insistir no pedido.

A comunidade piscatória da Nazaré pretende ver criada uma zona exclusiva para a pesca do anzol, de carácter sazonal (Abril a Setembro, devido às condições marítimas e climatéricas adequadas para a actividade).

Com esta medida, os pescadores acreditam ser possível valorizar o pescado capturado e, assim, melhorar os baixos rendimentos da actividade. O facto de se tratar de uma arte tradicional e selectiva implica um baixo impacto ambiental, contribuindo para a preservação dos recursos marinhos.

A proximidade do canhão submarino da Nazaré da zona sugerida para a criação da reserva é outra das vantagens apontadas, uma vez que, para além da riqueza de nutrientes, é possível pescar a grandes profundidades a curta distância da linha de costa, o que potencia a arte do anzol.

A proposta apresentada à Direcção-Geral das Pescas lembra, contudo, que a criação de uma zona exclusiva de pesca deverá ser acompanhada pela reavaliação do actual sistema de quotas por embarcação, de forma a aumentar o rendimento de cada pescador e, em paralelo, garantir a sustentabilidade das capturas. Tal situação implica também a existência de um sistema de monitorização e gestão das pescarias realizadas neste local.

Fonte: Municipio da Nazaré

6 comentários:

Anónimo disse...

Aqui está um bom exemplo, criar parques. Há quem os tenha e lute para acabar com eles.

Anónimo disse...

aqui esta uma boa invenção de algum ambientalista de meia tigela, ou de algum membro da oposição politica criem parques naturais de norte a sul do pais, como o do algarve vicentino, de oeste a este, condicionem a pesca e comam filetes de pescada e atum e bacalhau, ja agora a camara esta muito preocupada com isso crie uma brigada ambientalista uma vez que nem do sector do ambiente ela consegue gerir quanto mais de anzois tapem o sol com uma peneira tapem as eleições estao ai camaradas quixavam se do ps tomem la estas medidas do psd

PêJotaFixe disse...

Amigo Fernando,
Esta pretensão devia ser estendida a todo o território Nacional. Aliás, já devia ter sido implementada à muito tempo, pecando por ser tardia. Mas já estamos habituados a que as boas propostas apresentadas fiquem nas gavetas dos Ministérios a abolecer.
Quanto ao comment do Sr. Anónimo, merece-me a seguinte observação: Parques sim, mas sem fundamentalismos e dualidade de critérios, respeitando os seus habitantes/residentes, as suas tradições, modos de vida, propriedades, culturas, etc...

Abraço e saudações piscatórias

Fernando Encarnação disse...

Ora a defesa da criação de uma zona exclusiva de pesca a anzol na minha humilde interpretação leva a crer que seja, quando se fala de anzol, a utilização do palangre de fundo (quem não sabe o que é pode assistir a estes videos fica com uma ideia [ http://www.youtube.com/watch?v=7GAztaEt5V8 ] [ http://www.youtube.com/watch?v=1L_ARmWwDy8&NR=1 ], de outra forma não vejo a mesma ser benefica para a pesca tradicional/profissional (e não lúdica como alguns possam pensar esta noticia não fala de pesca lúdica, apenas profissional).

Quanto ao facto de: "se tratar de uma arte tradicional e selectiva implica um baixo impacto ambiental, contribuindo para a preservação dos recursos marinhos."

Ao capturar por palangre de fundo um organismo a uma determinada profundidade (+ de 100 metros) daí o Canhão da Nazaré ser o local escolhido, vale a pena citar:

"É o maior desfiladeiro submarino da Europa, tem uma extensão de cerca de 200 km e chega a atingir os 5.000 m de profundidade.
Rico e diverso em vida marinha, tem vindo a ser alvo de vários estudos por parte da Marinha Portuguesa, e várias outras instituições, nacionais e estrangeiras, com o objectivo e como argumento para expansão da "Zona Econômica Exclusiva Portuguesa", ZEE.

Recentemente os pesquisadores encontraram, por exemplo, um tubarão a 3600 metros de profundidade, assim como diversas colónias de corais."

Aqui está um bom exemplo de que existe muita boa gente que fala e discute certas temáticas sem conhecimento de causa, pelo menos aparente, como é o caso do primeiro comentário, nem sabe o que é um parque, nem vive num e nem tão pouco tem ideia da comparação que faz entre parque e a noticia.

Cumprimentos.

Fernando Encarnação disse...

Quanto ao segundo comentário (também anónimo), é a sua ideia...

Se calhar era uma boa ideia, criar um parque nacional englobando toda a área territorial nacional e a ZEE também, condicionar tudo e todos e no final vivíamos do ar e da observação dos passarinhos...

Quanto à Câmara da Nazaré ou partidos políticos não interesse nem será relevante para a discussão.

Obrigado pelo comentário.

Fernando Encarnação disse...

Viva Paulo,

"Esta pretensão devia ser estendida a todo o território Nacional. Aliás, já devia ter sido implementada à muito tempo, pecando por ser tardia."

É preferível a utilização do palangre que o arrasto, sem margem para duvidas, alias como se faz nos Açores.

Abraço e saudações piscatórias