Pescadores chegam a terra com todo o peixe já vendido


Sistema adoptado pela ArtesanalPesca dá novo impulso ao sector e à economia local

Os pescadores de Sesimbra estão a conseguir maior rentabilidade, através de acordos com grandes superfícies comerciais para a venda de peixe-espada preto e de polvo. O resultado foi alcançado pela ArtesanalPesca, uma organização de produtores.

"O pescador quando chega à terra sabe que apanhou tantos quilos e que vai ganhar tanto. Já não anda à sorte", explica Manuel Pólvora Santos, director da ArtesanalPesca e um dos 42 produtores associados. "Tem agora a garantia de que o peixe está vendido e é um preço justo aquele que conseguimos no mercado", acrescenta.

"Somos a única organização de produtores a ter contratos para a compra do peixe aos pescadores sem entrada na lota", congratula-se o presidente Manuel José Alves, que considera que se está "a assistir ao renascer das actividades da pesca e do mar em Sesimbra".

Movimentando um milhão de euros por mês, a ArtesnalPesca é também, diz o responsável, "a única que tem estruturas próprias em terra para a valorização dos produtos do mar".

Com 42 trabalhadores, a organização fundada em 1986 aumentou recentemente para o triplo a sua capacidade de congelação e armazenamento de produtos, com a modernização e ampliação das instalações. O projecto, financiado em 40% pelo programa operacional da pesca PROMAR, custou 2,2 milhões de euros.

Congelar 200 toneladas/dia

Os armazéns compostos actualmente por quatro câmaras para congelados e refrigerados, dois túneis de congelação rápida e um tanque de congelação para a sardinha que serve de isco têm agora capacidade para congelar 200 toneladas de peixe por dia.

O trabalho que é feito abrange a captura, a congelação, embalamento e comercialização. "Metemos no mercado, em lota, o que é para o dia. Depois congelamos e embalamos inteiro ou em postas", esclarece Manuel Pólvora Santos, frisando que a ArtesanalPesca tem acordos com todas as grandes superfícies comerciais.

A última conquista é a do polvo, que é embalado exclusivamente para ser vendido nos supermercados Pingo Doce. A etiqueta sai do armazém da ArtesanalPesca já com o preço de venda ao público, custando o quilo 5,99 euros.

"Este é o caminho que temos de seguir evitando que os produtores sejam a parte mais desfavorecida deste sector que vai desde a captura até à chegada à mesa do consumidor", realça o presidente da autarquia, Augusto Pólvora, frisando que a ArtesanalPesca "é um exemplo a nível nacional e local".

Para o secretário de Estado das Pescas e da Agricultura, Luís Vieira, é de organizações como esta que o país precisa para trazer mais valias para os pescadores.

"Trata-se de uma organização de base em que as pessoas começaram a acreditar que dar as mãos é a melhor forma de se valorizarem", disse ao JN, adiantando que a ArtesnalPesca é uma das mais importantes organizações de produtores do país.

ArtesanalPesca

Fonte: JN

2 comentários:

Anónimo disse...

espectaculo fui ver o link do site e diz la que caçam tubaroes, matam tubaroes e vendemnos entao contribuem para o declinio dos peixes que estao em vias de extinsao com dinheiro da europa ah lioes.adeus lotas, adeus peixxarias, adeus peixeiros ambulantes de peixe.sesimbra onde nao se pode fazer caça submarina mas onde se pode destruir os peixes para congelar.parabens pelo site e ja agora um bom natal.

Realistic

Miguel Lourenço disse...

O comentário anterior só demonstra falta de conhecimento e mesmo ignorancia pelo sector da pesca profissional.