A Santola, ou Maja squinado (Herbst naturalista alemão que lhe deu o nome), é uma espécie de caranguejo pertencente à família Majidae de decápodes. É uma espécie que possuí habitos migratórios, numa área de distribuição que se estende das costas europeias do Atlântico nordeste até aos Açores e Mediterrâneo.
Os habitats que frequentam são compostos pelos povoamentos de algas infralitorais, ocorrendo também no circalitoral. A sua dieta é composta por uma enorme variedade de organismos, tais como, moluscos, macro algas, equinodermes, ouriços do mar e pepinos do mar. As suas migrações geralmente ocorrem nos meses de Outono com algumas santolas a percorrer distâncias superiores a 160 km ao longo de 8 meses.
As populações de Santolas, são alvo intenso da pesca comercial com valores de capturas que ultrapassam as 5 000 toneladas/ano, mais de 70% das quais provenientes das costas da França, mais de 10% do Reino Unido, 6% das Ilhas do Canal, 3% da Espanha, 3% da Irlanda, 2% da Croácia, 1% de Portugal e o restante da Sérvia, Montenegro, Dinamarca e Marrocos.
Sub-divisão dos oceanos em função da topografia dos fundos, da profundidade e da penetração luminosa |
A União Europeia impõe um tamanho mínimo de captura de 120 mm para a Santola e algumas autoridades nacionais reguladoras das pescas têm imposto restrições diversas, como a proibição de descarga de fêmeas com ovas em Espanha e o estabelecimento de períodos de defeso em França e nas Ilhas do Canal.
Como todos os caranguejos, a santola fica particularmente vulnerável à predação durante a fase de muda, ou seja, cientificamente chama-se ecdise ao processo de mudança do exosqueleto (que cobre o corpo desta especie, fornecendo proteção para os órgãos internos, suporte para os músculos e evita também a perda de água). Nesta fase em especial a espécie torna-se gregária (vive em grupos), presumivelmente como forma de defesa contra os predadores.
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Uma revisão do complexo de espécies em torno de M. squinado conseguiu determinar a existência de diferenças entre espécimes do Mediterrâneo e do Atlântico, indiciando que as populações do litoral atlântico formam uma espécie separada, denominada Maja brachydactyla Balss, 1922.
Sérgio Pacheco com dois exemplares capturados.
Fontes: Bemar Wipipédia
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