Os resultados da monitorização da pesca experimental realizada no âmbito do Projecto Biomares, mostra que há maiores capturas nas zonas de protecção parcial e total comparativamente com a zona de protecção complementar. Além disso, para o último ano de 2010, já se observou um considerável aumento de biomassa capturada nas áreas com o estatuto de protecção parcial e total. É de realçar que não é comum observarem-se resultados do efeito de protecção em áreas marinhas ao fim de tão poucos anos e neste sentido, o Parque Marinho Professor Luiz Saldanha é já um caso de sucesso.
A pesca experimental é uma das tarefas principais do Projecto Biomares. Consiste em simular uma pesca comercial, ou seja, é realizada a pesca com rede de tresmalho, as espécies são identificadas, medidas, pesadas e devolvidas ao mar.
Esta tarefa teve início em 2007 e ao fim de três anos os resultados desta tarefa de monitorização ambiental já mostram que as espécies do Parque Marinho estão a responder bem à regulamentação adoptada.
Alguns grupos de espécies parecem beneficiar da protecção mais que outros, em grande parte por apresentarem hábitos mais sedentários e/ou fidelidade ao território. É o caso de das raias. Este grupo aparenta já estar a beneficiar das medidas de protecção do parque marinho, e para estes peixes, qualquer indício de recuperação é importante, pois têm-se observado preocupantes declínios nas populações mundiais nas últimas décadas. As raias, tubarões e cações que também mostram uma boa recuperação no Parque Marinho são particularmente vulneráveis à sobrepesca, uma vez que têm crescimento lento e baixas taxas de reprodução. É portanto uma boa notícia saber que encontram no parque marinho um refúgio para recuperar a população!
As espécies de raias que ocorrem na zona do parque marinho com maior frequência (raia-lenga Raja clavata, raia-riscada R. undulata, raia-branca Rostroraja alba) são alvo da pesca com redes dado o seu valor comercial. Os resultados da pesca experimental revelam que estas raias estão a beneficiar das áreas de protecção parcial e total, além de mostrarem tendência de aumento em todo o parque marinho, o que é um sinal do potencial que as medidas de protecção têm de influenciar positivamente inclusive as áreas onde ocorre mais pesca.
Estes resultados indicam que as medidas de protecção implementadas no Parque Marinho estão a contribuir para o desenvolvimento de uma pesca sustentável, um legado importante para as gerações vindouras.
Contactos:
ICNB (Gabinete de Apoio à Presidência): T: 213 507 900, icnb@icnb.pt
CCMAR-Biomares (Dra.Alexandra Cunha) T: 289 800 051, acunha@ualg.pt
2 comentários:
->Alguns grupos de espécies parecem beneficiar da protecção mais que outros, em grande parte por apresentarem hábitos mais sedentários e/ou fidelidade ao território. É o caso de das raias.
eh, eh, eh, é preciso ter um curso cientifico para afirmar isso?entao nao é de conhecimento geral que certas especies sao locais sendentarias como os safios moreias meros abroteas crustaceos, e outras e que outras especies sao transitorias migratorias e que circulam ao sabor das mares, aguagem e alimento, sargos robalos safias polvos carapaus cavalas entre outras. criou se uma reserva marinha para preservar as raias e os tubaroes eh, eh, eh
->É portanto uma boa notícia saber que encontram no parque marinho um refúgio para recuperar a população!
claro se colocarem toda a costa em parque marinho com proibições de pesca profissional e desportiva ai sim vao ver o que é explosao de biodiversidade marina. com 20% do territorio em protecção quero ver o nobel da paz da preservação entregue a esta republica das bananas é o caminho da crise criar se estudos reservas parque marinhos concecionando apenas aos grandes a sua exploraçaõ
viva a biodiversidade viva viva
e peixe sintectico nao existe nos parques marinos e o economico social tem sido estudado dentro dessa zona e zonas limitrofes
e esse luiz saldanha nao fazia caça submarina
deixou de fazer porque deixou de ter capacidades tornando se um fundamentalista preservativo contra aqueles que gostam de dar uns tirinhos debaxo de agua
ainda vou ver os submarinos a navegarem no parke luiz a guardarem essa perciosidade é que aquilo esta tao bem preservado e com explosao de vida que em breve havera raias e tubaroes em lx e a adquirirem bilhetes nas agencias de turismo para la irem reproduzir se tipo maternidade e ai o mar vao fervelhar de vida virao gentes de todo os mundo ver as raias e tubaralhos.
Viva caro anónimo(a).
O mar é um ecossistema aberto que transporta, recebe e fornece energia, dentro desse ecossistema interagem diferentes comunidades, circulam umas mais que outras, fazendo parte da genética das mesmas sendo sedentárias ou não, essa genética varia consoante a espécie, mas o factor alimento, abrigo e as próprias comunidades, por exemplo, uma espécie permanece num determinado local se existir alimento, abrigo e condições que não a pressionem por factores externos, já outras espécies mesmo com alimento, poderão frequentar a zona algumas vezes e transitar para outras ou por migração ou por simples condicionalismo de correntes.
Os exemplos que dá é um facto, pessoalmente conheço e posso comparar os abrigos submersos, vulgarmente apelidados de covas, onde a existência de uma espécie não permite a fixação de outra ex: o safio se estiver a ocupar uma toca não entra lá uma moreia ou abrotea, esse factor estende-se aos restantes dois exemplos bastando variarmos a espécie que ocupa a toca. No safio se não for capturado poderá permanecer durante bastante tempo no local.
Quanto à avaliação de sucesso do PMLS creio que seja uma boa noticia, apesar de haver algum desacordo à cerca das medidas restritivas impostas.
Por outro lado fico sem saber se existe exportação de biomassa como já ouvi ser referido, mas se condicionamos um local à não extracção como será obvio se ocorrer ai reprodução, essa reprodução não se irá manter ai, nem nas barragens isso é possivel quanto mais no mar...
Por vezes falamos de coisas sem conhecermos bem o que se passa, mas creio que existe um acompanhamento técnico e cientifico no PMLS, ao contrario do que deveria já ter sido feito, nas zonas de PPI por exemplo no PNSACV, isto antes da zona de interdição à pesca lúdica com estudos e levantamentos para avaliar o que por lá se passa, agora restringuir por restringuir e apenas aos pescadores ludicos, quando os profissionais e mariscadores podem continuar a lá operar não me parece justo em termos de preservação ou exportação de biomassa, quanto à pesca nesse local o mar é muito grande...
Cumprimentos
Enviar um comentário