Peixe-Lua, Mola Mola, Rolim


Recentemente a bordo do Onda Salgada (embarcação de marítimo turística), fomos brindados pela visita deste invulgar espécime, o Peixe-Lua, Rolim de nome cientifico Mola Mola, actualmente uma espécie que se encontra protegida, do qual tive o cuidado de a capturar com o auxilio de um chalavar, para um breve registo fotográfico do meu primeiro contacto com esta espécie, sendo devolvido calmamente ao seu habitat, embora antes tenha sido retirado da sua pele alguns parasitas idênticos a moedas de cor transparente.

Alguns dados sobre esta espécie:


A barbatana dorsal do Mola Mola é confundida com a do tubarão, sendo um animal gracioso pela coloração prateada e pelo lento movimentar das suas duas enormes barbatanas, dependendo do tamanho dos indivíduos desta espécie, o que poderá chegar aos 3 metros de cumprimento e pesar 3.000 kg, o que o coloca em número um como maior peixe ósseo do mundo.



A base da sua alimentação anda em torno das alforrecas, apesar de também se alimentar de lulas, zooplancton, larvas de pequenos peixes ou pequenos peixes e crustáceos. A sua base alimentícia é por norma fraca o que obriga esta espécie a ingerir grandes quantidades de alimento para manutenção do seu peso e tamanho, por norma não atinge grande velocidade o que dificulta a obtenção de alimento por predação. É uma espécie extremamente dócil apesar do seu formato algo esquisito e diferente da normalidade dos peixes que conhecemos não apresenta qualquer perigo para o homem. Sendo um peixe que nada em mar alto ou flutua ao sabor de correntes destaca-se por transportar uma enorme carga de parasitas, o que segundo estudos científicos, já foram descobertos cerca de 50 espécies diferentes de parasitas internos e externos. Um facto notório é que a fêmea desta espécie consegue reproduzir mais ovos de que qualquer outro vertebrado conhecido, cerca de 300 milhões de ovos de cada vez.



Dentro da fase adulta esta espécie conhece muito poucos predadores, apesar dos leões marinhos, orcas e algumas espécies de tubarões apreciarem a sua carne, o homem não está incluído na lista de predadores desta espécie uma vez que existem normas e sanções de defesa desta espécie por toda a Europa, embora devido à sua natureza delicada e aos movimentos lentos, estes peixes são facilmente capturados por redes à deriva e por outros métodos de pesca. Como consequência as populações poderão estar em declínio, uma vez que são muito cobiçados em alguns países como o Taiwan e no Japão.

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