Jornada de SargosNo Domingo foi o regresso, isto é, a primeira jornada do ano, dedicada unicamente à procura dos sargos.
No dia anterior já tinha andado a "estudar" o local, e do alto da falésia tinha observado alguns sargos a mariscarem em cima das pedras, embora estivesse no local o estado do mar não permitia grandes aventuras no sábado, pelo que, deixei a jornada para domingo.

A companhia de um mariscador
Apesar de apenas ter chegado ao pesqueiro às 8 horas da manhã, perto do inicio do enchente, apenas iniciei a pesca perto das 10 horas, até lá fui conversando com um apanhador de perceve que lá estava.
O inicio do enchente começou
A maré virou e iniciou-se o enchente.
O banco de areia onde se dava a rebentação Mesmo assim ainda tentei sem resultado nenhum, à chumbadinha, que o Neptuno me proporcionasse alguma captura, antes de haverem condições propriamente ditas, isto é, altura de maré ideal para os sargos começarem a encostar às pedras, visto que no local se encontra um grande banco de areia.

As sardinhas sem cabeças e espinhas, antes e depois com o auxilio de um simples bocado de madeiraFui preparando o engodo, e uma vez que, por esquecimento meu tinha deixado o "pisa sardinhas" em casa tive de recorrer a um bocado de madeira que tinha dado à costa para pisar as sardinhas, das quais retirei as cabeças e espinhas previamente. Espinhas e cabeças essas serviram para um pequeno almoço reforçado para algumas gaivotas que me fizeram companhia no decorrer da jornada.

Um pequeno almoço que as amigas gaivotas tanto gostam
A água continuava a subir bem.
A Maré continuava a subirEntretanto, lá ia engodando o pesqueiro calmamente, quando iniciei a jornada propriamente dita (continuando com a chumbadinha), capturei algumas salemas médias, que pensei que me iam estragar o pesqueiro, uma vez que tinham sido os únicos exemplares a dar sinais de vida até então, até que de repente sinto um belo toque, pensei para comigo, já começaram a chegar os sargos... E aí deu-se a primeira captura, um exemplar médio.
O primeiro sargo capturadoOs locais ideais para os capturar começavam a ficar com água bastante oxigenada, e sabia que ali poderia começar a capturar alguns sargos, e estava na hora de utilizar a bóia, restava saber se seriam de bom porte.


As capturas começaram a surgir, sargotes de médio porte "embuchados", alguns maiores soltavam-se pela força que faziam à saída do lavadiço, capturei dois presos pelo beiço, e devo ter perdido aproximadamente uns dez.
A maré continuava a subir vertiginosamente e com ela os locais onde estava o banco de areia deixaram de suster a força da ondulação, aproximando-se esta cada vez mais da pedra, sabia que já não tinha muito tempo para ali estar, mas recuadamente no local onde capturei as salemas horas antes, tinha condições mais que suficientes para capturar mais meia dúzia de sargos.

As condições ideias
Engodei o local e as capturas começaram, à medida que os ia capturando, voltava a engodar, tirava sargos de todas as alturas entre os dois palmos de água até ao fundo, sensivelmente 3/4 metros, saíram sargotes 400/500/600/700 gramas e um (o ultimo do dia) que acusou na balança 900 gramas.
Foi uma jornada que me deu alguma alegria, não pelos 7 kg de sargos que apanhei no total, mas pelo facto de continuar a saber que os sargos de 2009 continuam iguais a 2008.
O maior exemplar
Engodo: 6 kg de Sardinha
Isco: 600 gramas de CamarãoCana: Power Strike - Barros Carreto: Regal 40 - Vega Fio: Mono Colmic FendReelTécnica: Bóia e chumbadinha