Autarquias pedem explicações à Galp sobre petróleo no Alentejo
Claramente uma empresa como a GALP tem livre transito para fazer o que bem entende em Portugal, enquanto o interesse publico e a voz das populações são deixados para 3º plano segundo argumentos de pessoas que tendem a continuar a deixar estas situações acontecerem.
Quiçá em prol do desenvolvimento e enriquecimentos de x empresas não teremos o declínio da qualidade ambiental, económica e social deste "antigo paraíso".
Municípios não foram consultados sobre intenções da petrolífera.
A Associação de Municípios do Litoral Alentejano (AMLA) está indignada com o comportamento da GALP e vai emitir ainda esta quarta-feira um ofício a pedir esclarecimentos sobre a prospecção de petróleo no Alentejo.
O presidente da petrolífera portuguesa anunciou que a GALP Energia vai começar a pesquisa de petróleo na bacia alentejana já em Agosto. Segundo a «Renascença», a possibilidade de perfurações será decidida nos próximos três anos.
António Camilo, autarca de Odemira e presidente da AMLA, anunciou, em declarações à «Renascença», a emissão de um comunicado a pedir esclarecimentos sobre a prospecção: «Sairá ainda hoje um ofício da Associação de Municípios e, naturalmente, incentivarei cada um dos meus colegas a fazer, individualmente, o mesmo, perguntando, afinal, qual é a zona concessionada, a que distância é que está da costa e pedindo para sermos informados assim que isto for avante».
O autarca estranha o facto de os municípios não terem sido consultadas sobre as intenções da GALP e repudia o comportamento da petrolífera, que ignorou a opinião das câmaras.
Uma empresa da Noruega, fez, entre 1999 e 2002, na costa portuguesa, uma série de levantamentos que apontam para a existência de alguns indícios de crude.
De acordo com o Professor Luís Menezes Pinheiro, especialista em Geofísica Marinha, docente da Universidade de Aveiro, a GALP deverá agora estudar a viabilidade económica das estruturas encontradas.
Exercício de Combate à Poluição Marítima 2001
Plano Mar Limpo
O cenário do exercício foi inspirado num acidente real ocorrido em 1989 à entrada do porto de Sines com o petroleiro Marão. Recorde-se a propósito que este acidente ocorreu em plena época balnear provocando um derrame de crude, que para além de consequências nefastas para o meio ambiente provocou sérios danos na economia da região.
Em 9 de Maio o navio tanque “Baleia Branca” procedente do Médio Oriente carregado com 130 000 tons de “Iran heavy crude” ao efectuar a aproximação do Terminal Petrolífero do Porto de Sines, debaixo de cerrado nevoeiro, embateu na cabeça do molhe Oeste tendo sofrido dois rombos abaixo da linha de água na zona do encolamento, os quais afectaram os tanques de BB nºs 1 e 4.
Supostamente, foram derramadas 4 875 tons de produto, pelo que foi considerado que o acidente atingiu o Grau 2 previsto no PML, passando pois a coordenação das operações a ser da responsabilidade directa do Chefe do Departamento Marítimo do Centro, conforme prevê aquele Plano.

- Zona 1 – Lagoa de St. André
- Zona 2 – Praia da Lagoa de Melides
- Zona 3 – Praia de S. Torpes
- Zona 4 – Praia das Furnas
- Zona 5 – Porto de Sines
De imediato, após dado o alarme, foi constituído um Centro de Operações que coordenou as seguintes acções:
- Operação de evacuação de feridos
- Reconhecimento da mancha.
- Operação de recolha dinâmica no mar.
- Operação de recolha dinâmica no interior do Porto de Sines.
- Operação de recolha e limpeza do litoral (Praias).
Foram ainda simuladas operações de protecção de zonas sensíveis, contenção e recolha de produto e limpeza de praias nas zonas costeiras supostamente afectadas. Para esta acção o SCPM contou com a colaboração de meios materiais e humanos afectos aos Serviços Municipais de Protecção Civil dos municípios afectados.

Em todo o exercício foi notória a franca colaboração entre os diversos organismos envolvidos, tal como prevê o Plano Mar Limpo (Autoridade Marítima, Exército, Força Aérea, Forças de Segurança, Autoridade Portuária e Serviços Municipais de Protecção Civil). Colaboraram ainda diversas corporações de Bombeiros Voluntários e Empresas Privadas.
Como inovação relativamente aos exercícios anteriores, foram constituídos Grupos de Trabalho (Tipo Mesa Redonda) com a presença de peritos na matéria (nacionais e estrangeiros), que debateram os seguintes temas:
- Recuperação de organismos (fauna e flora) contaminados pela mancha;
- Gestão dos resíduos/Utilização de dispersantes;
- Armadores/Carregadores: questões legais, técnicas e operacionais.
No final os comentários eram unânimes em considerar que o exercício atingiu plenamente os objectivos, não ficando nada a dever aos exercícios semelhantes que se vão realizando nos outros países membros do Acordo de Lisboa (França, Espanha e Marrocos).
Vasco Galvão
CTEN
(Colaborador do CILPAN)
E quem os fiscaliza?
O MAI - Ministério da Administração Interna; MAP - Ministério da Agricultura e Pescas, MA - Ministério do Ambiente, Ministério da Economia ou Ministério da Defesa?
Pelo exemplo acima será o Ministério da Defesa (Marinha), mas porque será que não se continuou a praticar estes simulacros de sensibilização e operacionalidade?
Estaremos à espera de outro Marão?
Todo o impacto de uma situação destas será catastrófica em termos ambientais, económicos e sociais e disso todos nós sabemos e temos consciência, resta saber se todos nos estaremos preparados para uma situação deste tipo.
Golfinho deu à costa
O golfinho, com cerca de 1,20 metros de comprimento, foi descoberto cerca das 20:15 de quinta-feira por um popular, que alertou o piquete da autoridade marítima.
"Informámos de imediato a organização SOS Golfinho e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, mas, quando chegámos ao local, às 21:00, o animal já estava morto", informou o comandante da Polícia Marítima e capitão do Porto de Sines, Guilherme Marques Ferreira.
O golfinho acabaria por ser entregue aos serviços da Câmara Municipal de Odemira, que ficou encarregue da sua remoção.
A morte de golfinhos junto à costa, que "acontece com alguma frequência" no litoral alentejano, pode ter origem, na opinião de Marques Ferreira, em ferimentos causados pelas redes de pesca.
Na semana passada, outro golfinho deu à costa na praia de Morgavel, no vizinho concelho de Sines.
Fonte:
Derrame de crude no Porto de Sines
Por incrível que pareça, no passado dia 14, ocorreu um derrame de crude no Porto de Sines, de média gravidade, sem que a Administração do referido porto (APS) tenha prestado os esclarecimentos suficientes e obviamente devidos para se evitarem especulações e até para se obterem as colaborações eventualmente voluntárias ou institucionais, aliás previstas no documento “Mar Limpo”.
De acordo com a APS, «cerca das 11:00 H de segunda-feira, no posto 2 do Terminal de Granéis Líquidos do Porto de Sines, aquando da preparação para uma operação de descarga, ocorreu um pequeno derrame de crude junto ao citado posto que se estima em dois mil litros».
O «PEQUENO» derrame, “de cerca de 2.000 litros” que a APS diz ter ocorrido prolongou-se até hoje, passados que são oito dias, e chegou a 20 quilómetros a sul de Sines (praia do Malhão, no Concelho de Odemira, onde funcionários da Administração do Porto, ontem, recolhiam crude)!
De acordo com as declarações da APS teriam sido recolhidos cerca de 1.500 litros, logo no dia do derrame, junto do local onde este ocorreu.
A Quercus tentou obter da APS informações oficiais sendo que nenhum elemento da Administração esteve disponível, apenas tendo sido possível o contacto com um quadro que não tinha informação de pormenor.
Informações de fontes não oficiais afirmam que o derrame teria sido, no mínimo, de três toneladas, sendo que outras referem que poderia ter atingido as oito ou dez.
Quanto às causas do acidente na descarga do navio “Isi Olive” nada se sabe.
O que se sabe é que outro navio, o “Mar Adriana” se recusou a sair para o mar sem que o respectivo casco fosse limpo. Porém, o “Sn Stella” largou com o casco sujo sendo previsível que o vá limpando enquanto navega!
Fontes não oficiais referem-nos que ao nível da APS, “70% dos equipamentos de sucção estão em deficientes condições de operacionalidade” que “as barreiras de contenção do “pequeno” derrame chegaram ao local cerca de quatro horas depois” e que “em seis semanas terão ocorrido dois derrames nos Postos 4 e 2 (em 8 de Junho e 14 de Julho) de que, aliás, ninguém falou!
Admite-se que parte destas informações não sejam totalmente rigorosas.
Porém, não deixa de ser estranho que a informação no site da Administração do Porto de Sines sobre o navio “ISI OLIVE” não tenha estado disponível, ao contrário da de todos os outros navios!
Tudo isto para concluir que a ausência de informação permite todas as especulações já que, como diz o povo, “quem não deve não teme” e “não há fumo sem fogo”.
Anda mal a Administração do Porto de Sines quando se fecha sobre si própria não se disponibilizando para prestar informação aberta e clara.
De qualquer forma, sabemos que o navio largará do Porto de Sines hoje, dia 21 de Julho, com destino ao porto que tem por código «ZZ 997».
É legítimo interrogar:
Sairá o “ISI OLIVE” com o casco limpo ou limpá-lo-á a navegar?
Lisboa, 21 de Julho de 2008
A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
Fonte:
Pescar com Bóias de Pião
Esta vertente da pesca à bóia é quanto a mim a mais básica em termos de funcionamento da técnica e teoria que fundamentaram outras vertentes da pesca à bóia, pura e simplesmente pelo simples facto de colocarmos algum material com propriedades flutuantes e com diversas formas e efeitos numa linha de nylon, dando a sustentabilidade da baixada que pretendermos para trabalharmos nesse mesmo ponto a própria arte da captura.
Existem bastantes vertentes, experiências pessoais e técnicas que explicam a própria pesca à bóia e nesta modalidade não acredito em verdades absolutas, mas sim na capacidade de que cada para optimizar esta técnica consoante o local, material, condições climatéricas, estado do mar, exemplares a capturar e condições geográficas.
Penso que esta modalidade nasceu nas zonas de falésias Algarvias, muito antes da existência da apelidada costa Vicentina, devido justamente à altura das mesmas falésias de descidas praticamente inexistentes, onde dependendo das zonas, poderão ter mais de 40/60 metros de altura. Ora, a estas alturas, terão de ser utilizadas as bóias de pião e porque?
Em primeiro lugar porque são bóias que pelo seu tamanho permitem um pescar e trabalhar bastante bom, coisa que a estas alturas não será possível com outro tipo de bóias. O seu volume causa um determinado atrito consoante a forma e peso da calibragem, o que permite um trabalhar direccionado e preciso em altura, mesmo em condições adversas de mar e algum vento.
Aspectos positivos:
- Excelentes prestações em lançamento/distancia;
- Excelentes prestações com ondulação acima do 1.5/3.00 metros;
- De grande resistência ao embate na rocha;
- Excelente visibilidade, quer a nível vertical como horizontal;
Aspectos negativos:
- Muito ruidosas quando batem na água.
- Nos dias em que o peixe está a comer mal não são a melhor opção;
A distancia do estralho ou montagem fica ao critério do pescador, mas também da zona ou espécie que se tenta capturar, pessoalmente já usei montagens com bóias de pião com estralhos ou montagens de 1.5 até
As calibragens destas montagens ficam também ao critério de cada um, pois podemos utilizar desde as 2 ou
O peixe neste tipo de pesca não se ferra sozinho geralmente, isto é existe a necessidade de o ferrarmos em certas ocasiões, principalmente quando o mar esta mais parado, são mais desconfiados, chegando a perceber a tensão do atrito da bóia de pião que no caso de bóias mais finas e leves essa tensão não se sente e o peixe ferra melhor, outras vezes engolem literalmente o anzol e não afundam a bóia, mal se tem a noção que estão ferrados.
São bóias que pelo seu formato e volume trabalham muito bem na escoa, atrevo-me a dizer que são as melhores, escoa essa que é a altura que o peixe sai dos locais onde anda a mariscar atacando tudo o que lhe aparece à frente, uma vez que mariscam e comem as partículas ou pequenos caranguejos e marisco que são libertados pela ondulação.
Em que situações o pião deve ser utilizado - Em qualquer pesqueiro de altura, com mares revoltos, grandes escoas, em pesqueiros onde haja pedras ilhadas fora de alcance, quando se pretende pescar longe, directamente de uma praia, sobre as rochas, em fundos de pedra, em fundos de areia, em fundos mistos....
Em termos de iscos, podia numera-los, uma vez que praticamente todos os iscos poderão ser utilizados, mas existem os mais utilizados, como o camarão, o ralo, a sardinha, o caranguejo, o mexilhão, etc.
Normalmente tenho preferência pelos peões calibrados, uma vez que são mais facilmente montados, não requerem travão e tem uma caída na água bastante mais suave.
As canas mais resistentes e ideais são as de acção de ponteira, ideais para pescar em lajões de média ou altura considerável que nos obriguem a elevar o peixe de forma a que o mesmo não bata na rocha, deverá ter entre os 5 e os
Canas concebidas
Os carretos têm um papel principal de relevo neste tipo de pesca, uma vez que são os “guinchos” de levantamento ou não de bons exemplares.
A pesca com peão é um mundo de experiências que todos os que aderirem a ele terão de se moldar efectivamente às experiências de forma a evoluírem, pois não existe uma lei base. Os pesqueiros não são todos iguais, os fundos e a geo-morfologia idem.
Nesta técnica de pesca de bóia existe uma variável e enorme quantidade de oferta de mercado pelo que podemos utilizar peões calibrados; não calibrados; peões de cortiça; peões de madeira; peões de esferovite; peões de espuma de propitileno; peões de plástico, peões de correr; peões fixos, montagens curtas; montagens médias; montagens compridas; montagens calibradas fixas; montagens calibradas de correr, formatos de bóias redondas; ovais; compridas; finas, isto só para se ter uma ideia da hipótese de conjugação desta enorme quantidade de variantes que por sua vez conjugada com os diferentes estados do mar, ondulação, vento e espécies temos ao nossa dispor.
Nota: Para uma boa optimização deverão ser utilizados nylons de qualidade nas montagens inferiores, com resistência/elasticidade e fiabilidade.
Pelo simples acto de afundar a bóia o peixe transmite ao pescador um aviso visual que com a pratica e desenvolvimento da técnica um dia tornar-se há instintivo e mecanizado, do tipo sente e vê agindo de imediato, somente pelo simples facto de manter uma sem tensão entre a bóia e a ponteira da cana onde o elo de ligação é justamente o nylon.
Uma cana com boas características será necessária para nos auxiliar na prática desta técnica, como por exemplo não nos podemos esquecer aquando da aquisição de algumas características das canas tais como;
Leveza – Consideravelmente leve que não interfira no conforto de pesca, porque estamos por vezes a praticar esta técnica em locais com superfícies acidentadas que interferem com a correcta postura da coluna e quanto mais pesada for a cana mais depressa este incomodo sugue ou dores nas costas, braços e ombros, por outro dado essa mesma leveza pressupõe uma maior facilidade no transporte.
Resistência – Permite a recuperação de exemplares de bom porte, por um lado auxiliam ao combate dos mesmos e por outro é bastante positivo termos uma cana de resistência considerável quando estamos a içar exemplares a alturas consideráveis o que se reflecte em termos menos importantes quando estamos a trabalhar ao nível do mar, embora a resistência seja um factor importante inclusivamente nestas alturas.
- Boa ferragem – Não só a boa ferragem é essencial, mas também o trabalhar do peixe, deverá estar equilibrada com o carreto adequado deverá ser equilibrada em termos de flexibilidade ou rigidez, embora seja do critério de cada um e gosto esta escolha.
Teremos basicamente três tipos de características de canas como acção, de forma gradual poderemos avalia-las em acção rija, em que o vergar da cana não é significativo sendo uma mais valia em termos de ferragens, pesca em locais altos, dias de vento, sendo uma característica que chamo de 4 x 4 porque com uma cana deste tipo de acção podermos utiliza-la ao fundo, chumbadinha/engano (light), bóia, tento, etc.
Deixou de ser proíbido levar animais para a praia

Quando chegar ao areal e der de caras com algum Nadador Salvador ou Agente da Policia Marítima que o aborde por causa do animal de estimação, pode alegar que não vai para a praia com nenhum animal de estimação, vulgo levar o cão à praia. Pode responder que o animal só foi consigo para facilitar a apanha de perceves, uma vez que está previsto pela Portaria nº868/2006, já que é unicamente permitido a apanha deste marisco à mão, com os pés ou com o auxilio de um animal.
Nota: DEIXOU DE SER PROIBIDO LEVAR ANIMAIS PARA AS PRAIAS