
A pesca à boiá é sempre algo envolto de adrenalina quando vemos a bóia desaparecer no meio de uma zona de oxigenação e sentimos o vergar da cana assim que ferramos o peixe, mas essa pratica deixo-a para as alturas ou mares mais duros.
Apesar das condições climatéricas não terem favorecido e reunido as condições ideais para uma jornada no sábado, heis que chega o domingo, um pouco de vento matinal, mar mais mexido e encontrando-se já no baixa mar, e sem condições que permitissem a passagem para o pesqueiro que desejava ir, rumei mais a sul, a uma zona pouco frequentada devido às altas falésias e as acessibilidades reduzidas.

Após a descida de aproximadamente 50 - 60 metros o primeiro pesqueiro escolhido começa a ser trabalhado, o engodo como sempre é unicamente à base de sardinha, engodagem à mão para cima da pedra onde a ondulação de pequena vaga vinha buscar o engodo e na revessa o encaminhava para meia água numa zona de oxigenação. Curioso o facto de apenas ter visto meia dúzia de gaivotas que nem se faziam ao engodo (sinal de que a zona é pouco frequentada).
As primeiras ferragens começam a sentir-se e de imediato ferro um exemplar de aproximadamente 700 gramas, seguiram-se mais alguns entre as 400 - 500 gramas até que começam a aparecer no pesqueiro os pequenos juvenis 100 - 200 - 300 gramas que de imediato eram devolvidos à água, as taínhas também deram o ar da sua graça vendo bons exemplares no pesqueiro onde corria o engodo.

A baixa mar estava no final e a pesca também, certamente se tivesse continuado no local apareceriam exemplares maiores no decorrer do preia mar. Foram capturados aproximadamente 9 kg de sargos com meia dúzia de boas safias. Utilizei 6 kg de sardinha para engodo e iscagem e 600 gramas de camarão para iscagem.
Assim que a maré começou a encher o vento aumentou consideravelmente e com isso o final da jornada e a subida era mais que evidente pois à tarde já estava estipulada uma viagem até à Carrapateira.