Galiza - A experiência


A EQUIPA:

Da esquerda para a direita, Carlos Lázaro, Vítor Matos, Ricardo Guerreiro, Miguel Coucello, José Carlos, Fernando Encarnação, Ricardo Silva e Miguel Porfírio.

A ESCOLHA DOS PESQUEIROS:

A nossa capacidade de assimilação de condições geológicas foi bem notória, adoptamos a escolha de pesqueiros mais avançados numa primeira fase pois as condições do vento assim o impuseram, já numa segunda fase a escolha recaiu para os lavadiços carregados de toda a espécie de marisco, lapas, caramujos, mexilhão, percebes, cracas, limo, algas, ouriços e pequenos búzios.











A principal investida foi executada com duas horas de enchente, pescando desta forma na subida da maré, engodando de uma forma certa e consistente, nunca deixando um grande espaçamento para que o peixe não acompanhe o ultimo engodo e se afaste.

Foram escolhidos pesqueiros onde a água se movimentava criando uma semelhança à tonalidade leitosa bastante oxigenada, pois seria aí que teríamos melhores condições para ferrar os bons, negros e velhos sargos residentes pois aí sentem-se seguros de si e alimentam-se naturalmente sem que se sintam inseguros.










Ao contrário do que observamos em Portugal onde o peixe aproveita o movimento entre ondas ou vagas nos grandes bancos de marisco (mexilhão e percebes), para os arrancar ou partir com o atrito do seu corpo aproveitando a força exercida na escoa das mesmas ondas ou vagas, não foram avistados por mim quaisquer sinais de que o peixe se aproximava dos locais onde pescamos para se alimentar desse mesmo marisco. Mas quando eram capturados verificava-se que de facto se alimentavam de mexilhão principalmente pois na zona do anûs estavam cheios de mexilhão.

O EQUIPAMENTO E MATERIAL UTILIZADO:

Em termos de equipamento o material mais utilizado passou pelas canas telescópicas de 5 a 6 metros, dadas as condições geológicas e oceânicas, geológicas devido aos enormes maciços graníticos não muito altos mas relativamente hidrodinâmicos em que as condições de mar que normalmente rondavam os 3 a 4 metros sobem literalmente essas semi-falésias. Os carretos foram tipo modelo 4000, pois apesar de não conhecermos a fauna sargueira local tínhamos relatos de grandes peixes, e os modelos 4000 são sem duvida os mais utilizados para a pesca à bóia tipo todo o terreno.

Os anzóis andaram entre o nº1 e o nº 0/1, fortes e robustos para fixação de boas iscadas de camarão. As montagens de bóia andaram pelo 0.25 mm e o 0.28 mm, monofilamentos e flourcarbonos, para as madres foram escolhidas as medidas 0.30 mm a 0.35 mm de monofilamento.

CANAS UTILIZADAS:













WARRIOR 6 m da VEGA;
POWER STRIKE 5 m e 6 m da BARROS;
POWER X 6 m da HIRO;
POWER FIGHTING 6 m da COLMIC;
ROCHA COMPETIÇÃO 5.5 m da HIRO;

CARRETOS UTILIZADOS:

ALUM X 4007 da HIRO;
REGAL 40 da VEGA;
REGAL 20 da VEGA;
EXAGE 4000 da SHIMANO;
4 x 4 da GEOLOGIC;
MAGESTIC da VEGA;
XENOS 30 da BARROS;
LAGUNA SEA BASS da DAIWA;
2000 SX da BANAX;
BG 15 (Anniversary Edition) da DAIWA;
BG 30 da DAIWA;

TÉCNICAS UTILIZADAS:

BÓIA:


As terríveis bóias de pião de cortiça foram as escolhidas por mim, poderia ter utilizado outro tipo de bóias mas mantive-me fiel a estas pela razão da força da escoa, as condições de mar (2 a 4 m), lançamento mais logo da mesma, pois com condições de mar destas não se pode facilitar em termos de segurança e uma bóia mais pesada pressupõe um afastamento maior da linha da água. Trata-se de uma bóia bastante resistente a correntes e águagens, trabalha muito bem e só afunda com peixe ou quando fica presa no fundo.

As montagens escolhidas foram entre os 5 a 6 m de 0.25 mm monofilamento da Colmic que se portou à altura e correspondeu perfeitamente a todas as expectativas, continua a ser o meu fio de eleição (todo o ano). foi utilizada a montagem por destroçedor (topo e baixo da bóia) para evitar que o fio fosse ferido originando assim a ruptura com algum exemplar e foi utilizado a oliva de 5 gramas de chumbo junto ao anzol livre para que não trilhasse o nylon.

CHUMBADINHA/ENGANO:









Sem duvida alguma que estamos perante uma óptima zona de pesca com chumbadinha light, já para a pesca ao fundo estivemos em zonas de maciços de pedra onde qualquer peso excedente originava a perda do material, por isso sempre que utilizei a chumbadinha de 10 gramas adoptei a iscada com camarão inteiro a preencher a totalidade do anzol já que o mesmo não se prende com facilidade no fundo uma vez que o anzol fica completamente protegido pela isca e só em caso de desiscagem do mesmo é que poderá haver essa probabilidade.

ENGODO:









O engodo utilizado foi única e exclusivamente sardinha, uns optaram pelo engodo moído com Black & Decker outros pelo engodo à mão como foi o meu caso.

As iscas foram unicamente ou filete de sardinha ou camarão.

AS CAPTURAS:




















Foram efectuadas várias capturas de sargos, margotas, julianas, tainhas, peixe agulha e bogas, mas apenas nos centramos nos sargos, pois foi o que nos motivou e nos dá garra de capturar.

Por fim após alguns dias no Paraíso, voltamos a Portugal, até um dia Corrubedo!...




33 comentários:

Anónimo disse...

Como se costuma dizer o peixe é o menos importante :), apesar de terem saido um razoavel numero de exemplares todos ou quase todos kileiros, o que foi realmente importante foi a pandilha que se juntou e fez uma equipa 5*.

obrigado a todos, obrigado fernando

Fernando Encarnação disse...

Sem margem para duvidas Miguel, o peixe apenas foi a cereja no topo do bolo...

Sim sem duvida que é uma bela equipa, sem problemas alguns.

Obrigado Miguel e obrigado a todos caros amigos.

Até breve...

;)

António Simões disse...

Obrigado pelas dicas Fernando em termos de pescar á boia. Como prentendo evoluir nessa técnica, é importante ir munido desse material no proximo sábado....Tenho uma Hulk da fly(de 6 mtos)carissima, que dizem que é das melhores do mercado, mas não lhe ligo nenhum.Tenho os piões,já calibrados de origem da Evia de 35 grs, vou comprar a linha para a madre e o fluor para o estralho.Agora o carreto tenho um 4000 penn captiva, vamos a ver se aguenta !!
Agora os anzois, tem de ser tipo chinu e marcas?Uso os Vmc mas são grossos para o fundo.Que me aconselha?? Falta mais algum pormenor que me tenha escapado??

Um abraço
António

Ricardo Silva disse...

Viva!

Fernando, só de ver estas fotos e ler este relato já me enchi de saudades... outra vez! E como sabes, no meu caso, não é do peixe!

Abraços a todos!

Toño disse...

Olá Fernando.
Lindo reportagem de novo sem dúvida.
Felicitar-vos a ti a todos teus companheiros pela experiência vivida, pelos sargos, pela viagem e pela amizade.
Eu cada vez que faço uma saída deste tipo sempre desfruto um montão pois o pescar em um lugar novo e especialmente se é de uma beleza como a de Corrubedo ou outros tantos lugares maravilhosos que o mar nos oferece é sempre um sucesso de antemão.

Parabéns amigos

Fernando Encarnação disse...

Viva caro amigo António.

Na minha humilde opinião o material é relativo, usei o fio que utilizo à uns bons 4 ou 5 anos desde que o Siglon deixou de ser o que era passei a utilizar o Fendreel da Colmic 0.25 mm, que nunca me deixou mal visto em lado nenhum. Costumo utiliza-lo directo para pesca ao engano/chumbadinha/boias mais leves ou em montagens para bóias mais pesadas.

Se reparar nos modelos que foram utilizados pode observar que desde o BG 15 até modelos tipo 4000 foram utilizados.

Não utilizei o Chinú porque optei por iscar com o camarão inteiro(devido a minimização do anzol ficar preso às pedras), qualquer anzol nº 0/1 ou nº 1 serve não é por aí, mas utilizo o VMC ou Mustad, anzois finos poderão ser partidos se não forem de qualidade, de todos os peixes que apanhei apenas 2 vieram presos pelo beiço, todos os outros enbucharam.

Bóias de cortiça calibradas como a da foto é o mais aconselhado pela justificação do que coloquei na entrada.

Grande abraço amigo António.

Fernando Encarnação disse...

Viva Ricardo!

Tentei reproduzir o que se passou minimamente, para que fique marcado a nossa aventura...

Sem duvida alguma que ficou uma parte de nós em Corrubedo, as saudades, aquele mitico local marca-nos, um dia vamos lá voltar é certo.

Obrigado por tudo Ricardo grande abraço.

;)

MR disse...

grande relato, parece que tou a reviver tudo outra vez... só me apetece sair e rumar para lá outra vez na companhia de todos.!!!

Tanks Fernando tanks Pessoal.

Fernando Encarnação disse...

Viva amigo Toño, obrigado pelo comentário, agradeço essas felicitações em nome dos meus companheiros, muchas graçias.

Sim sem duvida a verdadeira pesca não é apanhar montes de peixe, é disfrutar tudo numa forma global, nos tentamos mas os dias foram muitos poucos, a amizade, o convivio, a gastronomia, o contacto com as gentes locais, o contacto com a geo morfologia tão diferente e tão mistica, as condições de pesca, de mar, a brilhante preservação e conservação ambiental, etc.

Obrigado mais uma vez pelo comentário amigo Toño, un cordial saludo.

Fernando Encarnação disse...

Boas Miguel, é extremamente facil ao ler e assimilar as fotos os momentos que vivemos sem igual...

Um dia voltaremos...

Obrigado Miguel por tudo.

Grande abraço.

Anónimo disse...

Antonio Simoes,

Usei no primeiro dia ums anzois bastantes finos que tinham uma barbela na aste para segurar o isco, eram os sasame maruseigo sl, no segundo dentuças o maior peixe do primeiro dia (obviamente saiu a mim :) ) o anzol partiu pela aste, ainda bem que ja foi em seco, ap artir dai mudei para anzois mais resistentes, para evitar dissabores. Passei a usar os yabuza.

Rodrigo Zacarias disse...

Não quero deixar de referir que o comentário está mesmo execelente. Foi pena não poder estar na companhia de todos, mas certamente que haverá uma próxima oportunidade e ai não vou faltar.

Parabens!!!!!

Fernando Encarnação disse...

Boas Roger, obrigado pelo comentário.

Foi pena mesmo, de certeza que vinhas diferente, irias gostar.

Já temos uma proxima saída em mente, ilhas...

Mas de certeza absoluta que voltaremos à Galiza.

Grande abraço.

Anónimo disse...

Eh maltinha felizarda, estão que nem podem...

Ainda bem que correu tudo á maneira, e reforçaram os laços de amizade entre vós, no fundo, no fundo isso é o mais importante, verdade?

Vai um abração para todos voçês!

Mário Baptista

Fernando Encarnação disse...

Viva caro amigo Mário Baptista, é verdade, como poderiamos estar de outra maneira se tudo correu bem, os laços foram ainda mais reforçados entre nós é a mais pura verdade, é o que a pesca nos proporciona são estas coisas envolventes...

Obrigado pelo comentário caro amigo, pelas palavras, grande abraço.

S. Ferreira disse...

Grandes sargalhões, Fernando! Ehehehehe...
Aquela água branca até faz adivinhar o que lá deve estar por baixo...
É uma zona com grande tradição no spinning, também.

Fernando Encarnação disse...

Viva Sérgio, podes crer que em toda a minha vida nunca vi sargos tão gordos como aqueles, são redondos.

"Aquela água branca até faz adivinhar o que lá deve estar por baixo...
É uma zona com grande tradição no spinning, também."

Numa semana pelo que dois pescadores me disseram lá tinham feito duas capturas 4 e 6 kg, outro pescador veio num jornal local com "uma preciosa lubina de 9 kg" vi esse jornal era o homem mais feliz de Corrubedo.

Aquilo deve ser só monstros...

Grande abraço.

Javier Saldaña disse...

Hola sargus buena entrada.
Conozco Corrubedo ,magnifico sitio.
Tu siempre tan atento con todo lujo de detalles,en tu linea.
Buena y entretenida jornada entre compañeros que es lo importante
Como me gusta la parte en la cual apuntas que para engañar a los sargos grandes hay que intentarlo donde mejor color tenga el agua,si no es muy muy dificil de engañar,muy bueno y veridico.

Usais unas cañas para nosotros algo cortas y quiza bladas o menos potentes.
Si las piezas son buenas es facil que te tomen la delantera.
Te lo comento por que varias veces vi a compatriotas tuyos,muy buenos pescadores por cierto,que en determinados sitios,aveces bajos/cerca del agua y pescando abierto,el pescado al ser muy grande no lo podian apretar/sujetar.Y perdian algunos,los grandes.Claro esta depende del sitio de pesca,si estas algo mas alto y pescando vertical entonces es mas facil.

Te envio otro traductor:http://oesi.cervantes.es/traduccionAutomatica.html
Un cordial saludo.

Anónimo disse...

Boas

...parece-me que já foi tudo dito...Meus amigos,a isto sim se chama:

A PESCA

...Pescar com os amigos...

PARABÈNS A TODOS e um abraço

Sérgio Silva

Fernando Encarnação disse...

Hola Javier.
En primero lugar agradezco haber enviado la foto de la "gata" sólo ayer la vi en el y mail, muchas gracias.

Sí sin duda Corrubedo es uno magnifico lugar.

La atención forma parte de un todo, tanteo captar todo de una forma simple pero global, tengo una especial pasión por el mar...

Sin duda los grandes sargos tiene la escuela toda del mar, el conocimiento de los peligros y situaciones de riesgo son astuitos y mucho dificeis de engañar.

Las canas de 6 m son las que más utilizamos en Portugal, en nuestra zona predomina falésia alta, pero siempre nos aventuramos en la línea del agua, dad no ser necessario utilicemos canas de 7 m o más fuertes, como es vuestro caso con Arcadia.

Cuando escollo un pesquero, tanteo analiza-lo en el global, se tiene marisco, locales de abrigo, rendijas, local para sacar un buen pez, sitios la evitar de dejar ir el pescado, etc.

Muchas veces hablamos por no tener calma con grandes ejemplares o entonces intentemos saca-los rapido del agua, pero en primero lugar no deberemos dejar un pescado andar a correr el local donde pescamos porque irá a estropear el pesquero de certidumbre absoluta.

Obligado por el comentario y por el traductor, es un placer hablar de pesca y cambiar de ideias con los grandes pescadores "nostros hermanos"

Un cordial saludo.

Fernando Encarnação disse...

Viva Sérgio, foi tudo vivido, sentido e dito, a pesca na nossa optica é isto mesmo...

Obrigado em nome de todos.

Grande abraço.

D4NI disse...

hola
enorabuena por el blog.
muy bueno

saludos

Fernando Encarnação disse...

Hola David, obligado por el comentario.
Cordial saludo.

Anónimo disse...

Amigo Fernando, muito obrigado pelo report, estava ansioso por vê-lo.

Amizade acima de tudo, de vocês não seria de esperar outra coisa.

Como sempre digo, Pesca não é apanhar peixe, e vocês são o reflexo disso mesmo.

Um grande abraço a vocês todos

Filipe Cintra

Fernando Encarnação disse...

Viva amigo Filipe Cintra.

Amizade acima de tudo, reforço dos laços, convivio, etc.

Em nome dos meus companhiros o meu agradecimento.

Grande abraço.

Anónimo disse...

Prezado fernando. Outra vez um prazer ler teus textos e ver as fotos...e esse espírito que tanto nos une.

UMAS jornadas preciosas. E não esqueça para a próxima vez que subásia a Galícia, chamar a sargoloco, que isso não me o perco.

UM abraço

Fernando Encarnação disse...

Viva caro amigo, en Ribera adquirí una revista PescaMar, donde identifiqué claramente Carlos Redruello "El Surfcasting, los sargos y las playas norte", mucho buen artículo, mis enhorabuena.

Quedará prometido, para la próxima campaña por esos lados comunicaré para una jornada y unos petiscos.

Cordial saludo.

Anónimo disse...

Pela relato deve ser um local maravilhoso e o ideal é levar sempre boa companhia no caso do peixe não querer colaborar devido ao klm, mas ai já vi que estás bem artilhado :).
Abraço
António Matos




























.3

Fernando Encarnação disse...

Viva António.
Sim sem duvida é um local mágico, tal como o amigo Simões referiu, mexe connosco e não deixa ninguém igual, pelo todo global.

Sem duvida são um grupo fantástico, há mais mas não podemos vir todos como é óbvio.

Grande abraço.

Filipe disse...

Parabéns ao grupo, excelente!

Conto nas férias da páscoa ir a corrubedo..

Obrigado pela partilha sargus!

Um grande abraço amigo ;)

Fernando Encarnação disse...

Obrigado Filipe, é sem duvida um local maravilhoso que vale a pena explorar e conhecer.

Grande abraço.

Ernesto Lima disse...

Viva Fernando!

Parabéns pela reportagem!

Estou nessa pesca não tarda! Lolol

Que maravilha que deve ter sido!

Grande abraço!

Ernesto

Fernando Encarnação disse...

Viva caro amigo Ernesto.

Obrigado pelo comentário.

Foi uma aventura muito boa, a repetir, o local é um paraíso, mas a companhia é demais, e são estes pequenos momentos que esquecemos os problemas as confusões...

Na realidade temos muito que aprender com os nossos hermanos em termos de sustentabilidade de recursos e preservação.

Também sei que nessa altura houve Makaira ;) como sempre um dia bem passado sem duvida.

Grande abraço.

Grande abraço!

Ernesto