Tudo começou com uma semana sensivelmente de antecedência, o amigo Ricardo Silva deslocou-se até ao Litoral Alentejano para um fim de semana com amigos, mas lembrou-se de que se calhar seria melhor tentar uma "sargalhada", falamos e ficou combinado.
Na sexta os últimos retoques, e sábado estava já ali, seis da manhã para um café estimulante para abrir a pestana...
Passados alguns km o Ricardo lembrou-se do que não podia faltar, (não foi falta de aviso), a licença de pesca lúdica, há que fazer uns vinte e poucos km ou tirar uma nova, e assim foi, uma licença nova (que acabou por não ser estreada, mas pelo sim pelo não, foi melhor).
Chegada ao pesqueiro que ele não sabia, não conhecia, mas ficou a conhecer...
Prancha de bodyboard e falésia abaixo, o material levei eu, uns oito quilos de sardinha e um quilo de camarão, nada fresco porque não são esquisitos comem mesmo do congelado.
Como chegamos ainda cedo ao local tivemos de aguardar a maré, faltavam quatro horas para o baixa mar, vi umas boas águas oxigenadas e foi logo ali o teste (sabia que não daria nada de vulto) e não deu, mas podia ter dado um peixe diferente (robalo) daqueles que seriam mais tarde o nosso alvo (sargos), mas nada só toques de pequenos alevins...
Passado uma hora e pouco estava dado o mote para o inicio da travessia parcialmente oceânica, nada de grave pois o mar aparentava uma queda naquela hora que já tinha passado, lá fomos nós mar a dentro.
A subida para a pedra foi tranquila tal e qual como lhe tinha dito.
Vamos começar...
Peguei em algumas sardinhas e comecei a piza-las com o ferro, engodo aguado, queria coloca-los junto ás pedras e não afastados, e assim foi, o binómio (+- sardinha +- camarão) resolveu o problema da equação proposta por mim, queria proporcionar um dia diferente ao Ricardo se os "amigos" colaborassem, a primeira vez que coloquei a isca na água perdi um bom peixe, mas depois começaram a sair...
Engodando aqui, pescávamos no mesmo local, depois, engodando ali lá íamos os dois e sempre com exemplares ferrados, apesar de muitos se terem solto (bons peixes), ainda montamos um Oceanário num buraco na rocha com um robalo, duas safias, três "choupas" e umas boas dezenas de sargos...
Ricardo vamos mudar de pesqueiro, quando olho para ele tinha a cana desmontada... Não vamos sair daqui vamos lá a frente, começaram a sair sargos de bom lote em pouco mais de dois palmos de água.
Na viragem da maré é que tudo se complicou...
...eram ás centenas nos estrados de pedra submersos pela pequena vaga que à medida que ia subida a amplitude do enchente começava a mostrar a actividade marisqueira destas humildes criaturas, chamei-o, Ricardo olha para aquilo...
Era demais, mas estava na hora de sairmos para terra, não por causa da maré, muito pelo contrario, tinham começado a entrar sargos de porte XL e para não me entusiasmar, acabei com o resto do engodo e camarão, depois de ter tirado alguns dessa bitola.
Comentava com ele, que se permanecêssemos em cima daquele locais mais uma hora no máximo, com mais algum engodo apanharíamos os que quiséssemos, mas saímos, contentes com a pescaria, com a manhã e com a calma e boa disposição de dois amigos.
Bem haja dias assim.
Infelizmente uma nota de infelicidade para a cana do Ricardo, para o ultimo elemento, mais propriamente a ponteira que não sobreviveu a esta jornada e terminou a sua etapa já no fim da jornada, como já vem a ser hábito nele...
;)
Grande abraço Sr. Silva
Nota: Como a máquina fotográfica anfíbia, deixou de o ser por terras/mares Açoreanos, não houve hipótese de fotos "in loco", mas a experiência daquele dia ficará gravada na nossa memória.
Na sexta os últimos retoques, e sábado estava já ali, seis da manhã para um café estimulante para abrir a pestana...
Passados alguns km o Ricardo lembrou-se do que não podia faltar, (não foi falta de aviso), a licença de pesca lúdica, há que fazer uns vinte e poucos km ou tirar uma nova, e assim foi, uma licença nova (que acabou por não ser estreada, mas pelo sim pelo não, foi melhor).
Chegada ao pesqueiro que ele não sabia, não conhecia, mas ficou a conhecer...
Prancha de bodyboard e falésia abaixo, o material levei eu, uns oito quilos de sardinha e um quilo de camarão, nada fresco porque não são esquisitos comem mesmo do congelado.
Como chegamos ainda cedo ao local tivemos de aguardar a maré, faltavam quatro horas para o baixa mar, vi umas boas águas oxigenadas e foi logo ali o teste (sabia que não daria nada de vulto) e não deu, mas podia ter dado um peixe diferente (robalo) daqueles que seriam mais tarde o nosso alvo (sargos), mas nada só toques de pequenos alevins...
Passado uma hora e pouco estava dado o mote para o inicio da travessia parcialmente oceânica, nada de grave pois o mar aparentava uma queda naquela hora que já tinha passado, lá fomos nós mar a dentro.
A subida para a pedra foi tranquila tal e qual como lhe tinha dito.
Vamos começar...
Peguei em algumas sardinhas e comecei a piza-las com o ferro, engodo aguado, queria coloca-los junto ás pedras e não afastados, e assim foi, o binómio (+- sardinha +- camarão) resolveu o problema da equação proposta por mim, queria proporcionar um dia diferente ao Ricardo se os "amigos" colaborassem, a primeira vez que coloquei a isca na água perdi um bom peixe, mas depois começaram a sair...
Engodando aqui, pescávamos no mesmo local, depois, engodando ali lá íamos os dois e sempre com exemplares ferrados, apesar de muitos se terem solto (bons peixes), ainda montamos um Oceanário num buraco na rocha com um robalo, duas safias, três "choupas" e umas boas dezenas de sargos...
Ricardo vamos mudar de pesqueiro, quando olho para ele tinha a cana desmontada... Não vamos sair daqui vamos lá a frente, começaram a sair sargos de bom lote em pouco mais de dois palmos de água.
Na viragem da maré é que tudo se complicou...
...eram ás centenas nos estrados de pedra submersos pela pequena vaga que à medida que ia subida a amplitude do enchente começava a mostrar a actividade marisqueira destas humildes criaturas, chamei-o, Ricardo olha para aquilo...
Era demais, mas estava na hora de sairmos para terra, não por causa da maré, muito pelo contrario, tinham começado a entrar sargos de porte XL e para não me entusiasmar, acabei com o resto do engodo e camarão, depois de ter tirado alguns dessa bitola.
Comentava com ele, que se permanecêssemos em cima daquele locais mais uma hora no máximo, com mais algum engodo apanharíamos os que quiséssemos, mas saímos, contentes com a pescaria, com a manhã e com a calma e boa disposição de dois amigos.
Bem haja dias assim.
Infelizmente uma nota de infelicidade para a cana do Ricardo, para o ultimo elemento, mais propriamente a ponteira que não sobreviveu a esta jornada e terminou a sua etapa já no fim da jornada, como já vem a ser hábito nele...
;)
Grande abraço Sr. Silva
Nota: Como a máquina fotográfica anfíbia, deixou de o ser por terras/mares Açoreanos, não houve hipótese de fotos "in loco", mas a experiência daquele dia ficará gravada na nossa memória.
Técnicas: Chumbadinha
Cana: Titanus Power Strike - Barros
Carreto: Regal 40 - Vega
Isco: Camarão
Engodo: Sardinha
Peso: 16 Kg aproximadamente
12 comentários:
Boas esquadrão classe A,
hehehehe... grande aventura fernando e o final é que interessa, ninguém partiu uma perna... hehehe a ponteira é o menos ;)
Granda Sargalhada...
Abr Matos
Viva esquadrão Coruja...
Ir ao mar acompanhado é sempre uma aventura, sozinho não tem piada...
O Ricardo partiu à tempo mas já está curado...
As ponteiras vão todas à vida com este artista, já lhe recomendei uma em asso...
;)
Abraço
Bons voos nocturnos e boa caça.
Bons sargos, bravo aos dois Bravos
"etapa já no fim da jornada, como já vem a ser hábito nele..."
hehehe, esse homem não se farta de partir ponteiras lol
E que tal Fernando?!
Ultimamente... cada tiro cada melro! Assim é que é! LOL
Bela sargalhada! Até dão gosto.
A ver se um dia te juntas a nós para uma aventura À MARAFADOS! ehehehe!
Pena isso da máquina (já soube do sucedido)... :(
Abraço.
NC
Boas Fernando,
bem mais uma grande pescaria de Sargos como já nos habituas-te. Quem sabe, sabe. Até dá gosto ver mestre. Quando for grande tambem quero ser assim! lol
Um abraço e continuação de boas pescarias
Ricardo Ferreira
Boas!!!
Epá, o "parte-canas" costumava apenas ser aí o outro artista da última foto, o nosso grande amigo Zé Carlos, mas confesso que estou quase a ficar ao nível dele, eheheh!
Pois é, estas aventuras com o amigo Fernando são sempre uma loucura.
Este homem é um verdadeiro amante e conhecedor da orla marítima e do Mar. E não falo daquele saber teórico de gabinete em Lisboa (que também o tem e cada vez mais, uma vez que está a desenvolver estudos na área), mas falo antes daquele saber de experiência feito, de amor e respeito pelo nosso Oceano.
Quanto à pesca, é um verdadeiro "animal"! O tipo desce e sobe montes, nada que se farta, e pesca ainda melhor. É um verdadeiro prazer e privilégio acompanhá-lo numa jornada. Aprende-se mais em 4 horinhas de Fernando do que num ano inteiro a partir pedra!
É um amigalhaço, sabe que a malta lá em cima pena um bocado para tirar uns sargos e fez de tudo para que a pesca me corresse de feição, ensina, partilha, farta-se de refilar!!!! ;-) Resultado: uma pescaria que foi um luxo!
Aquele pedaço de litoral, por mais vezes que eu lá vá, fascina-me sempre! É como eu lhe digo, se por acaso aquilo desse umas ondas tipo Ericeira... Tem de facto muito peixe, mas há que saber "prepará-lo" para se ter capturas com sucesso, como ficou várias vezes provado durante esta pescaria.
Espero que possamos partilhar muitas mais destas e doutras aventuras que já fizemos (Corrubedo, Faial, ...).
Grande Abraço Fernando!
Ricardo Silva
Boas Miguel.
Obrigado pelo comentário.
Os Bravos quando se juntam dá Bravura...
O Ricardo e Zé Carlos tem um mestrado na arte de partir ponteiras...
;)
Abraço.
Tá tudo em cima Nuno.
;)
Confesso que tenho praticado mais spinning do que ilhadas, mas isto é como se diz, quem sabe nunca desaprende...
"A ver se um dia te juntas a nós para uma aventura À MARAFADOS! ehehehe!"
Ou vice versa...
;)
Pena isso da máquina (já soube do sucedido)... :(
Pois...
Abraço e força aí para baixo...
;)
Boas Ricardo Ferreira.
Pois é, foi mais uma jornada de luxo, para recordar os velhos tempos.
Mestre? Eh, eh, eh, um simples pescadorzeco que mal sabe empatar um anzol ;)
"Quando for grande também quero ser assim! lol"
Eh, eh, eh...
Um abraço caro amigo
Sr.Silva.
Cursos de reciclagem de como preservar uma cana até ao final da jornada necessita-se...
;)
"Quanto à pesca, é um verdadeiro "animal"! O tipo desce e sobe montes, nada que se farta, e pesca ainda melhor."
Triatlo Ironman, a malta substituí o ciclismo e atletismo por Escalada e Pesca e está criada outra modalidade olímpica...
"fez de tudo para que a pesca me corresse de feição, ensina, partilha, farta-se de refilar!!!! ;-) Resultado: uma pescaria que foi um luxo!"
E correu Ricardo, o Neptuno e os Diplodus ajudaram bastante é um facto, mas aquilo correu como tinha imaginado previamente.
Já agora refilei com o quê?
"Aquele pedaço de litoral, por mais vezes que eu lá vá, fascina-me sempre! É como eu lhe digo, se por acaso aquilo desse umas ondas tipo Ericeira..."
Já cá estava um Avatar Alentejano.
"Preparar o peixe", esse é o segredo...
"Espero que possamos partilhar muitas mais destas e doutras aventuras que já fizemos (Corrubedo, Faial, ...)."
Claro!!!
Grande Abraço e até breve, vou ter de ir aí provar as sardinhas de Auschwitz com o amigo Zé e respectivas...
;)
Credo!
Bichos feios e negros...E gordos!
Espectáculo ler esta entrada...Lindo!
Partilha, saber, e acima de tudo amizade. Está cá tudo!
Sabe bem andarmos nesta vida, cada dia mais pretenciosa e vermos de quando em vez episódios destes, ainda por cima protagonizados por duas pessoas que fazem o favor de serem meus amigos.
Bem hajam gente boa!
Da Caparica um forte e saudoso abraço!
Mário Baptista
Credo!
Bichos feios e negros...E gordos!
Espectáculo ler esta entrada...Lindo!
Partilha, saber, e acima de tudo amizade. Está cá tudo!
Sabe bem andarmos nesta vida, cada dia mais pretenciosa e vermos de quando em vez episódios destes, ainda por cima protagonizados por duas pessoas que fazem o favor de serem meus amigos.
Bem hajam gente boa!
Da Caparica um forte e saudoso abraço!
Mário Baptista
Enviar um comentário