Perceve está sobre-explorado e “com bastantes problemas”
O perceve, marisco que se encontra na Costa Vicentina (Aljezur e Vila do Bispo), está sobre-explorado e “com bastantes problemas”, apesar da regulamentação existente, afirmou a bióloga Joana Fernandes, que defendeu ser necessário efectuar mais estudo sobre a espécie.
A investigadora da Universidade de Évora, que descobriu uma nova espécie de perceve, em Cabo Verde, disse hoje à agência Lusa que, dos trabalhos feitos no sul do país, conclui-se que a espécie “não está bem, está com bastantes problemas, está numa situação de sobre exploração”.
Joana Fernandes defendeu ser “necessário fazer muitos mais estudos para se tentar avaliar a situação”. Trabalhos desenvolvidos pela Universidade de Évora debruçam-se principalmente sobre a costa alentejana e as Berlengas e, em relação ao norte, “não se sabe de nada”.
A situação já levou à criação de regulamentação para controlar a apanha, mas, “na maioria das vezes, não é cumprida e sabemos que está a rarear bastante a abundância de percebes”, um marisco “economicamente importante em Portugal”, referiu.
De qualquer modo, aquela lei “ainda é muito recente e é difícil avaliar se está a ter impacto e se está a ajudar a preserver a espécie”. Por isso, seria importante monitorizar a sua aplicação, defendeu.
O percebe aparece em zonas rochosas e de bastante agitação marítima.
Em Portugal, encontram-se percebes na zona entre a Ponta de Sagres e Sines, na região do Cabo Carvoeiro e Arrábida, no Cabo Mondego e na costa entre o Minho e o Porto.
A investigadora da Universidade de Évora, que descobriu uma nova espécie de perceve, em Cabo Verde, disse hoje à agência Lusa que, dos trabalhos feitos no sul do país, conclui-se que a espécie “não está bem, está com bastantes problemas, está numa situação de sobre exploração”.
Joana Fernandes defendeu ser “necessário fazer muitos mais estudos para se tentar avaliar a situação”. Trabalhos desenvolvidos pela Universidade de Évora debruçam-se principalmente sobre a costa alentejana e as Berlengas e, em relação ao norte, “não se sabe de nada”.
A situação já levou à criação de regulamentação para controlar a apanha, mas, “na maioria das vezes, não é cumprida e sabemos que está a rarear bastante a abundância de percebes”, um marisco “economicamente importante em Portugal”, referiu.
De qualquer modo, aquela lei “ainda é muito recente e é difícil avaliar se está a ter impacto e se está a ajudar a preserver a espécie”. Por isso, seria importante monitorizar a sua aplicação, defendeu.
O percebe aparece em zonas rochosas e de bastante agitação marítima.
Em Portugal, encontram-se percebes na zona entre a Ponta de Sagres e Sines, na região do Cabo Carvoeiro e Arrábida, no Cabo Mondego e na costa entre o Minho e o Porto.
Fonte: Jornal do Algarve
Uma outra:
Na raia espanhola a captura desenfreada de percebes obrigou os mariscadores a interromperem a actividade durante seis anos. Aconteceu nos anos 80 mas os mariscadores galegos não esqueceram essa fase e aprenderam com o erro. As confrarias decidiram organizar o sector tornando-o um exemplo que a Associação dos Mariscadores da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano (AMCVSA) admite seguir agora, confrontada com o abrupto desaparecimento daquela espécie.
O sinal vermelho, dado há um ano, agudizou-se nos últimos dois meses e receia-se que a época de defeso - de 15 de Setembro e 15 de Junho - não chegue para recuperar a população. Para que o cenário dos anos 80, na Galiza, não se repita no Litoral Alentejano e Costa Vicentina, urge lançar regras de coordenação. As quantidades diárias que cada mariscador pode apanhar é um dos temas que vai agora ser analisado. Nesta altura em Portugal é permitida a captura de 20 quilos de percebes, que podem ser vendidos fora das lotas, desde que haja autorização da Direcção-Geral das Pescas, cabendo aos próprios mariscadores estabelecer o preço. Em Pontevedra, na Galiza, a venda só é admitida nas lotas, enquanto cada marisqueiro só pode apanhar quatro quilos.
Os preços andam pelos 50 a 70 euros o quilo, podendo chegar aos cem euros em dias de menos oferta. Já do lado português, o consumidor consegue adquirir um quilo de percebes a partir de 15 euros.
A bióloga Dora de Jesus, da AMCVSA, estima que para garantir a sustentabilidade os mariscadores portugueses não deveriam capturar além dos dez a 15 quilos diários, admitindo que a área de captura é muito considerável, dando uma média de um quilómetro de costa por cada um dos 80 marisqueiros registados.
Na Galiza, 60 pessoas exploram apenas 20 quilómetros sob regras apertadas em termos de fiscalização, que é paga pelas próprias confrarias. São estas estruturas que asseguram também o apoio à comercialização, sendo que os percebes ali capturados são depois vendidos em Barcelona, Madrid e Valência, locais com grande poder de compra.
O encontro entre mariscadores galegos e portugueses que ontem terminou decorreu ao longo de quatro dias e contou com o apoio do município de Odemira.
O sinal vermelho, dado há um ano, agudizou-se nos últimos dois meses e receia-se que a época de defeso - de 15 de Setembro e 15 de Junho - não chegue para recuperar a população. Para que o cenário dos anos 80, na Galiza, não se repita no Litoral Alentejano e Costa Vicentina, urge lançar regras de coordenação. As quantidades diárias que cada mariscador pode apanhar é um dos temas que vai agora ser analisado. Nesta altura em Portugal é permitida a captura de 20 quilos de percebes, que podem ser vendidos fora das lotas, desde que haja autorização da Direcção-Geral das Pescas, cabendo aos próprios mariscadores estabelecer o preço. Em Pontevedra, na Galiza, a venda só é admitida nas lotas, enquanto cada marisqueiro só pode apanhar quatro quilos.
Os preços andam pelos 50 a 70 euros o quilo, podendo chegar aos cem euros em dias de menos oferta. Já do lado português, o consumidor consegue adquirir um quilo de percebes a partir de 15 euros.
A bióloga Dora de Jesus, da AMCVSA, estima que para garantir a sustentabilidade os mariscadores portugueses não deveriam capturar além dos dez a 15 quilos diários, admitindo que a área de captura é muito considerável, dando uma média de um quilómetro de costa por cada um dos 80 marisqueiros registados.
Na Galiza, 60 pessoas exploram apenas 20 quilómetros sob regras apertadas em termos de fiscalização, que é paga pelas próprias confrarias. São estas estruturas que asseguram também o apoio à comercialização, sendo que os percebes ali capturados são depois vendidos em Barcelona, Madrid e Valência, locais com grande poder de compra.
O encontro entre mariscadores galegos e portugueses que ontem terminou decorreu ao longo de quatro dias e contou com o apoio do município de Odemira.
Fonte: Diário de Notícias em 13.10.2007
46 comentários:
http://www.keepandshare.com/doc/1784441/385-389-j-j-castro-ics2009-pdf-march-4-2010-2-57-pm-686k?da=y
Alô Sargus! Fiquei um pouco confuso e com uma duvida! Qual é actualmente o periodo de defeso do perceve na Costa Vicentina! Era de 15 de setembro a 15 de dezembro, certo?
Abraço
esta a acabar o filao lololol
ao que parece as medidas de priobicao dos ludicos e dos de fora para arrancarem marisco so ate um quilo nao da resultado façam como o outro em vez de cortar na despeza aumenta os impostos rssrsrsrsrsr
facam o mesmo proibam os ludicos de apanhar o tal quilo rsrsrsrsrrsr
e deixem os verdadeiros rapas do marisco continuarem a apanhar arrobas e mais arrobas
rapas do marisco=mariscadores proffissionais
rsrsrsrsrsrsr
Violeta da Assunção
o que e isto que esta aqui escrito nao percebo nada neste comentario de 15 de setembro na da nada
Violeta da Assunção
nunca comentei por esta forma, mas com tamanha barbaridade aqui vai!
estes "enegrumes" que se dizem licenciados na fauna maritima ou ambiental, foram pagos por quem?
o que está escrito nos jornais é falso, o meu n.º é 961231650, se querem saber a verdade.
tenham vergonha comparações com espanha??? o percebe está sobre-explorado?? o defeso está correcto?? e é para todos??
certamnete á que garantir o emprego dos pareceres desses "enegrumes, vai mais estudos comprados, claro pelos barões da droga, para poderem expulsar os pescadores de locais propicios de descarga!!!
OK. PAGA IMPOSTOS E CALA!!
São os sargus, estúpidos! The problem are the sargus, stupid!
Os sargus alimentam-se de percebes, peixes espertos.
Os sargus estão protegidos pelo defeso, logo a salvo dos de fora, dos não residentes, daqueles que não compraram, nem arrendaram, nenhum talhão de oceano. Por isso, aumentam e multiplicam-se à escala geométrica e comem tudo.
Está visto.
Arranja-se aí um lugarzito na "confraria" dos "donos" dos percebes e outras espécies do pnsacv? Isso é que vai dar...
Amigo Fernando,
A Lei foi feita à medida dos "lambões". Agora vêm-se queixar? Deviam ter vergonha!!! Vão à Festa do Perceve a Aljezur e vejam as quantidades e o tamanho dos perceves que os ditos "profissionais" apanham!
Por vezes, chegam a estar 4/5 "profissionais" do mesmo "gang" em cima da mesma pedra e sairem de lá com duas sacas cada um. Lambões? Pior que isso! RAPAS!!! Deixam as pedras completamente limpas, com a agravante de nem sequer escolherem o marisco em cima da pedra, levando "tudo a direito".
Abraço e saudações piscatórias
Poderão consultar alguns documentos de estudos sobre espécies no blog em:
Documentos e estudos (barra do lado esquerdo)
Estão lá alguns que tenho conhecimento
Cumprimentos
Lei do perceve contestada
9 Jun 07
noticia do http://maralgarve.org/detalhe/default.asp?id=371&t=noticias
A contestação dos mariscadores dos concelhos de Aljezur, Vila do Bispo, Odemira e Sines à recente regulamentação da pesca lúdica e da apanha do perceve na área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina levou os autarcas locais a desencadearem um processo com vista à alteração da lei em vigor.
“Estamos a elaborar uma proposta de portaria específica para a pesca lúdica na área do Parque Natural”, revelou ao CM o presidente da Câmara de Aljezur, que esclareceu ser a própria legislação a prever essa possibilidade. O assunto foi, aliás, já tema de uma reunião entre os autarcas de Aljezur e Odemira e o secretário de Estado das Pescas, em Abril, que “abriu portas a um eventual ajustamento da legislação face à especificidade da região”.
Os mariscadores lúdicos dizem- -se “vítimas de desigualdade” na atribuição de licenças. De acordo com Manuel Marreiros, os mais prejudicados são precisamente “os de Aljezur e Odemira”, que se dedicam em especial à apanha de percebes, pois as quantidades máximas de capturas diárias permitidas (estipuladas em dois quilos de crustáceos, não podendo ultrapassar o meio quilo de percebes) são consideradas irrisórias.
Outro aspecto criticado pelos mariscadores daquela área protegida tem a ver com o facto de a legislação lhes proibir o uso de instrumentos auxiliares (como a tradicional arrilhada), obrigando a que a apanha seja feita apenas com as mãos, pés ou “com o auxílio de um animal” – este último ridicularizado pelos mariscadores, para quem ‘só quem não percebe nada da actividade pode falar de animal auxiliar para apanhar percebes, lapas ou mexilhões’.
PROFISSIONAIS ESTÃO CONTRA DEFESO
Mais licenças para os mariscadores, aumento das quantidades permitidas na apanha lúdica de perceves, mexilhões, ouriços, ostras e navalheiras, bem como a possibilidade do uso de instrumentos auxiliares, são as principais reivindicações. Mas, a nível da apanha profissional de perceve, também há “algumas correcções a fazer”.
No caso do defeso, de 15 de Setembro a 15 de Dezembro, os profissionais entendem que não deveria ser contínuo mas sim repartido, pois já têm o defeso natural, decorrente das condições do mar e marés. Embora concordando com os 20 kg/dia autorizados, entendem que o tamanho mínimo autorizado (2 cm) não se consegue cumprir. “A lei permite 25% do total de tamanho inferior, mas os animais estão em pinhas com tamanhos diversos e não os conseguimos separar. Por isso, essa percentagem deve ser aumentada”.
Ana Palma
Notícia do DN - 13 de Outubro de 2007 - crise do percebe
Portugueses admitem regrar quantidades diárias de captura
A população de percebes está ameaçada no Litoral Alentejano e Costa Vicentina. Este Verão confirmou a tendência do ano passado e no final de Agosto já não havia praticamente recursos. Os cerca de 80 mariscadores licenciados para a extracção daquele molusco já admitem tomar medidas que disciplinem o sector. Uma comitiva de 13 representantes regressou ontem da Galiza, no Norte de Espanha, onde tomou contacto com as experiências dos mariscadores das confrarias San José de Cangas e Bueu, na comarca de Morrazo, Pontevedra, reconhecendo as "grandes diferenças" entre as duas regiões.
Na raia espanhola a captura desenfreada de percebes obrigou os mariscadores a interromperem a actividade durante seis anos. Aconteceu nos anos 80 mas os mariscadores galegos não esqueceram essa fase e aprenderam com o erro. As confrarias decidiram organizar o sector tornando-o um exemplo que a Associação dos Mariscadores da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano (AMCVSA) admite seguir agora, confrontada com o abrupto desaparecimento daquela espécie.
O sinal vermelho, dado há um ano, agudizou-se nos últimos dois meses e receia-se que a época de defeso - de 15 de Setembro e 15 de Dezembro - não chegue para recuperar a população. Para que o cenário dos anos 80, na Galiza, não se repita no Litoral Alentejano e Costa Vicentina, urge lançar regras de coordenação. As quantidades diárias que cada mariscador pode apanhar é um dos temas que vai agora ser analisado.
Nesta altura em Portugal (em 2007) é permitida a captura de 20 quilos de percebes (em 2008 as quantidades foram alteradas), que podem ser vendidos fora das lotas, desde que haja autorização da Direcção-Geral das Pescas, cabendo aos próprios mariscadores estabelecer o preço. Em Pontevedra, na Galiza, a venda só é admitida nas lotas, enquanto cada marisqueiro só pode apanhar quatro quilos.
Os preços andam pelos 50 a 70 euros o quilo, podendo chegar aos cem euros em dias de menos oferta. Já do lado português, o consumidor consegue adquirir um quilo de percebes a partir de 15 euros.
A bióloga Dora de Jesus, da AMCVSA, estima que para garantir a sustentabilidade os mariscadores portugueses não deveriam capturar além dos dez a 15 quilos diários, admitindo que a área de captura é muito considerável, dando uma média de um quilómetro de costa por cada um dos 80 marisqueiros registados.
Na Galiza, 60 pessoas exploram apenas 20 quilómetros sob regras apertadas em termos de fiscalização, que é paga pelas próprias confrarias. São estas estruturas que asseguram também o apoio à comercialização, sendo que os percebes ali capturados são depois vendidos em Barcelona, Madrid e Valência, locais com grande poder de compra.
O encontro entre mariscadores galegos e portugueses que ontem terminou decorreu ao longo de quatro dias e contou com o apoio do município de Odemira. Os portugueses regressaram ontem a casa.
No PNSACV existe uma Associação de Percebeiros :
Associação de Mariscadores da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano é uma associação sem fins lucrativos criada em 2005, com sede em Aljezur.
Representa profissionais da apanha de animais marinhos, conhecidos por Percebeiros, Mariscadores ou Marisqueiros, que se dedicam essencialmente à apanha de PERCEBE (Pollicipes pollicipes.
Com sede em Aljezur, a sua área de influência é a área de jurisdição do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que abrange as zonas costeiras de Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo.
A AMCVSA tem por objectivo a defesa, representação e promoção dos interesses dos associados relacionados com a actividade piscatória de apanha de espécies animais marinhas e sua comercialização nas componentes técnicas, económicas, sociais, ecológicas e culturais.
Site: http://amcvsa-os-percebeiros.webs.com/index.htm
os mariscadores andaram a pancada na assembleia em aljezur
o marisco da luta
Violeta da Assunção
Legislação – Apanha profissional do Percebe – Portarias 385/2006 e 388/2008
MINISTÉRIOS DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO
DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
E DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO
RURAL E DAS PESCAS.
Portaria n.o 385/2006
de 19 de Abril
Na faixa entre marés do Parque Natural do Sudoeste
Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), cujo Regulamento
do Plano de Ordenamento foi aprovado pelo
Decreto Regulamentar n.o 33/95, de 11 de Dezembro,
a apanha de perceve (Pollicipes pollicipes) constitui uma
prática profundamente enraizada em determinadas
comunidades locais e tem uma considerável importância
sócio-económica a nível local e regional.
Tendo em vista a sustentabilidade das actividades de
pesca, designadamente em zonas sensíveis do ponto de
vista ecológico, por forma a assegurar a conservação
dos recursos e a manutenção do património biológico
marinho, torna-se necessário implementar medidas que
garantam a exploração racional dos recursos e previnam
a sobreexploração.
Por outro lado, também os factores de ordem social
e económica ligados à exploração do perceve naquela
zona da costa aconselham o estabelecimento de regulamentação
da apanha desta espécie no citado Parque.
Neste contexto, o presente diploma tem por objectivos
prioritários a sustentabilidade, biológica e económica,
da actividade de apanha do perceve na área de jurisdição
do Parque e o combate a situações abusivas que, a
coberto de uma actividade lúdica, resultam em pesca
ilegal, bem como o acordo n.o 34-A/98, de 13 de Maio,
estabelecido entre os sectores das pescas e do ambiente,
designadamente o seu n.o 8, que prevê a regulação das
actividades humanas que visam a exploração dos recursos
aquáticos, quer do ponto de vista comercial quer
lúdico, nos espaços abrangidos por áreas classificadas
e nas áreas adjacentes.
Assim:
Manda o Governo, pelos Ministros do Ambiente, do
Ordenamento do Território e do Desenvolvimento
Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural
e das Pescas, ao abrigo do disposto no n.o 2 do artigo 4.o
do Decreto-Lei n.o 278/87, de 7 de Julho, com a redacção
dada pelo Decreto-Lei n.o 383/98, de 27 de Novembro,
que seja aprovado o Regulamento da Apanha Comercial
do Perceve (Pollicipes pollicipes) no Parque Natural do
Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, constante do
anexo à presente portaria, que dela faz parte integrante.
Em 31 de Março de 2006.
Pelo Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território
e do Desenvolvimento Regional, Humberto Delgado
Ubach Chaves Rosa, Secretário de Estado do
Ambiente.—O Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento
Rural e das Pescas, Jaime de Jesus Lopes Silva.
REGULAMENTO DA APANHA COMERCIAL DO PERCEVE (POLLICIPES
POLLICIPES) NO PARQUE NATURAL DO SUDOESTE ALENTEJANO
E COSTA VICENTINA.
1.o É autorizada a apanha de perceve no Parque Natural
do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, de ora
em diante designado por Parque, desde que se observem
cumulativamente as seguintes condições:
a) Ser efectuada com arrilhada ou faca de mariscar,
conforme descrito no Regulamento da Apanha,
aprovado pela Portaria n.o 1102-B/2000, de 22
de Novembro, na redacção dada pela Portaria
n.o 144/2006, de 20 de Fevereiro.
b) É estabelecido um período de defeso durante
o qual é interdita a captura e comercialização
de perceve entre 15 de Setembro e 15 de
Dezembro.
c) Por dia, cada apanhador não pode apanhar ou
transportar na área do Parque mais de 20 kg
de perceve «em bruto», incluindo o marisco
escolhido e a respectiva escolha.
2.o O tamanho mínimo da apanha é 20 mm, definido
pela distância máxima entre os bordos das placas Rostrum
e Carina, nos termos previstos no anexo I ao presente
Regulamento, que dele faz parte integrante,
devendo, pelo menos 75 % do peso «em bruto», ser
constituída por exemplares com tamanho igual ou superior
a 20 mm.
3.o É criada uma comissão de acompanhamento constituída
por um representante do Parque, que coordenará,
um representante da Direcção-Geral das Pescas
e Aquicultura (DGPA), um representante do Instituto
Nacional de Investigação Agrária e das Pescas (INIAP)
e um representante dos apanhadores, com carácter consultivo,
que pode propor medidas de gestão complementares
ou a revisão das actualmente existentes.
4.o Tendo em conta a avaliação feita pela Comissão
de Acompanhamento e o estado dos recursos, por despacho
conjunto dos Ministros do Ambiente, do Ordenamento
do Território e do Desenvolvimento Regional
e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
podem ser estabelecidos outros períodos e zonas
de defeso, bem como regimes de rotatividade das zonas
de apanha.
5.o Só podem ser licenciados para a apanha de perceve
na área do Parque apanhadores previamente licenciados
para a apanha nas áreas de jurisdição marítima das Capitanias
de Sines e de Lagos, Delegação Marítima de
Sagres.
6.oOnúmero máximo de licenças, bem como os requisitos
e critérios para o licenciamento, é fixado em despacho
conjunto dos Ministros do Ambiente, do Ordenamento
do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das
Pescas.
7.o O pedido de licenciamento para a apanha de perceve
na área do Parque deve ser requerido directamente
à DGPA, nos termos da legislação geral aplicável,
podendo ser estabelecidos condicionalismos adicionais
através do despacho a que se refere o número anterior.
8.o Os titulares de licença de apanhador nos termos
do presente diploma são obrigados a preencher o manifesto
de apanha de modelo constante do anexo II ao
presente Regulamento, que dele faz parte integrante,
e a entregá-lo nos serviços da DGPA, juntamente com
o pedido de licença.
9.o Para os efeitos previstos no número anterior
devem ser consideradas as zonas de apanha definidas
no anexo III ao presente Regulamento, que dele faz
parte integrante.
----- anexos sobre a medição do percebe ..etc -------------------------------
MINISTÉRIOS DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO
TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL E
DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO RURAL
E DAS PESCAS.
Portaria n.º 388/2008
de 30 de Maio
A Portaria n.º 385/2006, de 19 de Abril, aprovou o Regulamento
da Apanha Comercial do Perceve (Pollicipes
pollicipes) no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e
Costa Vicentina (PNSACV), tendo em vista a sustentabilidade
biológica e económica da actividade de apanha
profissional deste recurso na sua área de jurisdição.
A informação disponível sobre a evolução deste recurso
no PNSACV, validada pela Comissão de Acompanhamento,
aconselha a redução dos limites diários de captura
e a clarificação das condicionantes respeitantes ao tamanho
mínimo dos exemplares e respectiva percentagem no
peso «em bruto», isto é, o peso total da safra, incluindo o
perceve abaixo do tamanho mínimo que é impossível de
dissociar no momento da apanha.
Tendo em vista a eficácia do controlo, a experiência
aconselha ainda o alargamento das limitações diárias de
captura, o período de defeso e o tamanho mínimo, a toda
a área da Capitania de Sines.
Assim:
Manda o Governo, pelos Ministros do Ambiente e do
Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional
e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas,
ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-
-Lei n.º 278/87, de 7 de Julho, com a redacção dada pelo
Decreto -Lei n.º 283/98, de 27 de Novembro, o seguinte:
Artigo 1.º
Os n.ºs 1.º e 4.º e o anexo III do Regulamento da Apanha
Comercial do Perceve (Pollicipes pollicipes) no Parque
Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, aprovado
pela Portaria n.º 385/2006, de 19 de Abril, passam a
ter a seguinte redacção:
«1.º É autorizada a apanha de perceve no Parque
Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSAC),
nas seguintes condições:
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) Os limites de transporte e apanha diária por cada
apanhador são fixados com base no peso ‘em bruto’,
nos seguintes termos:
i) 10 kg, no período compreendido entre 16 de Dezembro
e final de Fevereiro;
ii) 15 kg, no período compreendido entre 1 de Março
e 14 de Setembro.
4.º Tendo em conta a avaliação feita pela Comissão
de Acompanhamento e o estado dos recursos, por despacho
conjunto dos Ministros do Ambiente, do Ordenamento
do Território e do Desenvolvimento Regional e
da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
podem ser estabelecidos outros limites diários de captura,
períodos e zonas de defeso, bem como regimes de
rotatividade das zonas de apanha.ANEXO III
(a que se refere o n.º 9.º)
Zonas de apanha
Zona 1 — da Pedra do Sal (Cabo de Sines) até à praia
do Barranco do Queimado (inclusive).
Zona 2 — [...]
Zona 3 — [...]
Etc….
Artigo 2.º
É aditado o n.º 2.º -A ao Regulamento da Apanha Comercial
do Perceve (Pollicipes pollicipes) no Parque Natural
do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, aprovado pela Portaria n.º 385/2006, de 19 de Abril, com a seguinte
redacção:
«2.º -A — Os espécimes de perceves com tamanho
inferior a 20 mm não podem ser transportados, armazenados,
expostos, colocados à venda ou vendidos separadamente,
devendo a todo o momento estar garantida
no peso de cada lote a percentagem de 75 % referida
no número anterior.»
Artigo 3.º
As limitações à apanha de percebe na zona do PNSACV,
nomeadamente as limitações diárias de captura, o período
de defeso e o tamanho mínimo, aplicam -se também em
toda a área de jurisdição da Capitania de Sines.
Em 13 de Maio de 2008.
Pelo Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território
e do Desenvolvimento Regional, Humberto
Delgado Ubach Chaves Rosa, Secretário de Estado do
Ambiente. — O Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento
Rural e das Pescas, Jaime de Jesus Lopes Silva.
Viva Pedro.
Segundo o folheto informativo do ICNB sobre a pesca lúdica no PNSACV que podes aceder aqui:
http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/78BF4F89-C0C7-4DDC-A432-EB4183C7D410/0/BrochuraPescaLudica.pdf
Períodos de defeso
Nos períodos de defeso das espécies, correspondentes a fases do ciclo de vida importantes para a sua sobrevivência e reprodução, estas não podem ser capturadas.
São períodos de defeso:
Para o perceve Pollicipes pollicipes, de 1 de Outubro a
31 de Dezembro, o mesmo que vigora na apanha profissional.
Para os sargos Diplodus sargus e Diplodus vulgaris, de 15 de Janeiro a 15 de Março.
Para o bodião Labrus bergylta, de 1 de Março a 31 de Maio.
No caso de ocorrer, durante o período de defeso, a pesca à linha de um exemplar de sargo ou bodião, este deverá ser restituído ao mar.
Uma vez que existem na realidade a Portaria 385/2006 diz:
b) É estabelecido um período de defeso durante
o qual é interdita a captura e comercialização
de perceve entre 15 de Setembro e 15 de
Dezembro.
O folheto diz outra coisa, enfim...
Não "PERCEBO" nada disto nem quero "PERCEVER"
Abraço Pedro
;)
Por acaso encontrei este bloggue e se me permitem:
A problemática está de molde a partir a moca. RIR faz bem.
O país está com problemas gravíssimos com a dívida soberana e que vai conduzir a juros altíssimos para quem precisar de dinheiro.
Quanto ao défice não há maneira de o segurar pelos cornos.
A despesa não pára de aumentar para criar dinâmica de progresso se calhar aconselhados pelo prémio nobel Paul Krugman.
Quando não houver dinheiro nem milho ou trigo (que é preciso lavrar, semear e colher o que demora meses e faz suar as estpinhas), o povo vai direito ao mar.
Fazem muito bem em estudar o problema dos percebes, porque esse é verdadeiramente um interesse nacional, a malta fica consciente do que vale a pena discutir e consciencializar para intervir mais activa e proficuamente na vida política do país.
Imaginem multidões de bandeira negra hasteada dirigindo-se em direcção à costa vicentina e alentejana sem que haja portarias correctas a definir como se faz este tipo de colheita??!
Sofia Cardoso
Carissima Violeta da Assunção.
Desde já obrigado pelo comentário.
Também concordo em parte com a afirmação de que estamos no caminho para que em pouco tempo o perceve deixe de ser sustentado pela própria espécie pois a pressão no meu ponto de vista segundo o que tenho presenciado in loco e segundo o que me tem dito (vários amigos e frequentadores do mar).
Quanto aos mariscadores só tenho a dizer que parte deles respeitam as regras outra parte nem por isso...
Cumprimentos.
"o que e isto que esta aqui escrito nao percebo nada neste comentario de 15 de setembro na da nada
Violeta da Assunção"
Só tem de copiar o que está escrito e colar no broser (no topo do Internet Explorer ou Mozzila Firefox), é onde estão os endereços dos sites e paginas que acede na internet.
Espero ter ajudado.
Caro anónimo do 96123165, o meu agradecimento pelo comentário.
Quanto ao seu comentário, deduzo na minha humilde opinião que a teoria aliada a pratica será sempre a melhor e mais completa forma de avaliar algo.
Existem vários pontos de analise que por vezes se esquecem, teoricamente, estatisticamente, etc, esses dados poderão alterar dados de forma a que os mesmos não sejam reais, ou pelo menos não toquem o ponto da exactidão, existe uma margem de erro.
Não duvido da capacidade de analise da classe cientifica ligada aos estudos do mar, e ainda bem que ela existe, o que eu duvido é dos caminhos que se tem tomado com base em alguns relatórios ou opiniões, sem que, cá está, a pratica seja consultada, aqueles que frequentam o mar sejam consultados, etc.
Eu próprio já me disponibilizei para dar o meu contributo, porque acredito que seja um contributo positivo, em varias questões.
As poucas vezes que vou à pesca ou caça submarina coloco-as no blog, tipo registo de capturas, e em comparação com o ano passado este ano frequentei menos vezes, se avaliarmos os exemplares e kg capturados nas poucas vezes que vou, durante um ano não dá rigorosamente nada, embora tenha a sorte e o dom (chamo-lhe dom e não sabedoria) de fazer capturas regulares, felizmente tenho trabalho que de segunda a sexta me incapacita de pescar, com algumas excepções, pesco basicamente ao sábado ou domingo de manha e é quando pesco.
Comparar Portugal com Espanha em termos de apanha de perceves é uma utopia, teriam de ir lá muitas vezes para apreenderem e não apenas com aquela visita que fizeram à uns anos.
Em Espanha não brincam com marisco, aqui é uma América...
O percebe está sobre-explorado?
Está sim, e cada vez mais, a malta esgrima-se por apanhar com e sem medida, senão vejamos:
Existe um defeso 15 de Setembro a 15 de Dezembro, a partir de 16 de Dezembro ate 14 de Setembro do ano seguinte, acham que capturando em média 15 ou 20 kg (mínimo) de perceve com medida é sustentável para a espécie?
Vendidos nas lotas os com medida a preços avantajados e os sem medida pela porta do cavalo, sim aquela teoria que os mesmos mariscadores aclamavam dos lúdicos andarem a vender perceves e a lhe retirarem o pão da boca...
São muitos dias, incluindo os tais dias de Quarta feira, os tais locais onde a pesca lúdica é proibida, etc...
Se chamam a isto sustentabilidade da espécie já vi isto com dias melhores...
Cumprimentos.
Caro anonimo, quando se refere ao "estupidos" não me parece justo.
Na sua optica:
Os SARGOS comem PERCEVES/PERCEBES
(mas tambem poliquetas, mexilhões, ouriços, lapas, cracas, camarão, crustaceos, etc)
Os SARGOS estão protegidos pelo defeso, logo a salvo dos de fora, dos não residentes, daqueles que não compraram, nem arrendaram, nenhum talhão de oceano.
(Os SARGOS estão protegidos da RESTRIÇÃO À PESCA LÚDICA DOS RESIDENTES E VISITANTES mas NÃO DOS PROFISSIONAIS. Qualquer cidadão Portugues pode capturar sargos no PNSACV)
Por isso, aumentam e multiplicam-se à escala geométrica e comem tudo.
Era bom que assim fosse, cercas eléctricas para os sargos não saírem do PNSACV e se manterem cá...
;)
"Arranja-se aí um lugarzito na "confraria" dos "donos" dos percebes e outras espécies do pnsacv? Isso é que vai dar..."
;)
Não sei se vai dar alguma coisa com estas mentalidades de protecção das espécies camufladas de lobbys.
Cumprimentos.
Viva caro Amigo Paulo.
"A Lei foi feita à medida dos "lambões". Agora vêm-se queixar? Deviam ter vergonha!!! Vão à Festa do Perceve a Aljezur e vejam as quantidades e o tamanho dos perceves que os ditos "profissionais" apanham!"
Como já referi, é impossível sustentar a procura dentro dos tamanhos legais durante os meses de apanha, o pior é que muitos daqueles que frequentam essa festa, depois vestem uma farda e andam a autuar os desgraçados que apanham um kg e pouco e não tem licença...
"Por vezes, chegam a estar 4/5 "profissionais" do mesmo "gang" em cima da mesma pedra e sairem de lá com duas sacas cada um. Lambões? Pior que isso! RAPAS!!! Deixam as pedras completamente limpas, com a agravante de nem sequer escolherem o marisco em cima da pedra, levando "tudo a direito"."
Não é a primeira vez que oiço isso nem leio isso, já varias vezes, também já observei isso, também já observei vendas daqueles que se dizem mariscadores e tem licença para a apanha comercial de perceves do 1º ciclo (AUTÊNTICOS INFANTICÍDIOS).
Será que a culpa agora também é dos lúdicos ou dos não residentes?
Enfim...
Abraço
Tenho 9 comentários referentes a noticias e a Portarias colocados por um anónimo ou anónimos.
Desde já o meu agradecimento.
Infelizmente não sei a quem agradecer a amabilidade.
Este espaço é publico, só comenta quem quer, mas aos comentários que publico gostaria de agradecer a amabilidade por o terem feito, ninguém anda aqui à caça de ninguém nem devem ter medo ou receio de colocar o nome ou pseudónimo.
No entanto respeito e agradeço na mesmo.
OBRIGADO!
Caríssima Violeta da Assunção, obrigado uma vez mais pelo comentário, espero que tenha já conseguido aceder ao documento.
"os mariscadores andaram a pancada na assembleia em aljezur
o marisco da luta"
Acho que sim, não ví, mas tal questão chegou-me aos ouvidos também...
É verdade o Pobre marisco que está agarrado á pedra e a vida dá mesmo luta...
Cumprimentos
É verdade caríssima Sofia Cardoso, RIR faz bem e não é pouco.
Imaginem multidões de bandeira negra hasteada dirigindo-se em direcção à costa vicentina e alentejana sem que haja portarias correctas a definir como se faz este tipo de colheita??!
As bandeiras negras não aconteceram mas aconteceram duas manifestações...
Talvez não esteja a ver a realidade desta zona, apenas na politica nacional do Governo que afecta todos, mas isso é outra conversa, talvez para outros espaços, porque este é dirigido e focado na pesca lúdica, fotografia e ambiente.
Mas já agora...
"O país está com problemas gravíssimos com a dívida soberana e que vai conduzir a juros altíssimos para quem precisar de dinheiro."
Culpados? O Governo, bem sei, aqueles que lá o meteram, bem sei, soluções? Não sei, existirão? Talvez um novo 25, uma nova UE, sei lá, utopias...
Quanto ao défice só existe uma maneira, cortar nos rendimentos dos pobres e menos pobres para manter a máquina a funcionar, mesmo assim ela não para de engordar, lá pararam com a ideia do TGV (só não via quem era cego)...
"Quando não houver dinheiro nem milho ou trigo (que é preciso lavrar, semear e colher o que demora meses e faz suar as estpinhas), o povo vai direito ao mar."
Ainda existem essas culturas? Então não é quase tudo importado? Aqui pelo Alentejo quem faz milho é para silagem para dar ao gado bovino, trigo mais para o interior...
Sempre foi o caminho, o povo do litoral, sempre acorreu ao mar...
O interesse nacional será qual cara Sofia Cardoso, tirar o Sócrates e meter o Paços, o Portas ou o Louçã?
Qual desses resolve o lamaçal a que os anteriores nos colocaram, incluindo o actual e próximo PR???
Se a politica é um desígnio nacional eu estou desacreditado na classe politica, preocupo-me mais com o que posso mudar e contribuir do que com o que não consigo aceitar nem mudar.
A vida é tão curta e aqui por estas zonas vive-se num paraíso que nem calculam, pois as férias não vos permitem alcança-lo.
Quando vou para o mar esqueço me dos problemas, quanto a contribuições, pago os meus impostos e sempre votei, faço a minha parte no associativismo como contributo para a saciedade a custo zero, não tenho dividas.
Quanto à politica os políticos e partidos que se esgrimem e continuem a enganar o povo porque nisso são Profissionais, continuem que o caminho é este, apenas estou à espera que cortem o numero de deputados, reformas vitalícias, honorários, benefícios dos políticos e deputados para ver quantos lá ficam a prestar o contributo nobre de defesa da nação e do povo...
Obrigado pelo comentário.
novidades de ultima hora!!
está a ser feito um estudo de implatação de um centro de recepção de perceves na Zambujeira do Mar.
em breve vai haver mais noticias...
Meus caros
Numa pausa da preparação de uma aula sobre sistemas no planeta Terra, estive a ler estes comentários e não resisto a partilhar convosco aquilo que estaria reservado apenas para uma vintena de jovens na próxima segunda-feira:
“Os limites entre um sistema pode existir na realidade ou ser meramente teórico. Todos os subsistemas da Terra interagem. A alteração de equilíbrio ocorrida num deles terá repercussões sobre os outros.”
Na actualidade, o Homem é responsável pela alteração de algumas condições de harmonia entre diversos sistemas naturais. No entanto, este necessita que esses sistemas se mantenham estáveis, pois pode estar causa a sobrevivência da própria espécie.”
Quando se começou a ouvir falar em alterações climáticas, George W. Bush afirmou que se tratavam de fantasias criadas por inimigos do sistema económico americano. Agora a realidade é outra, entretanto perderam-se oportunidades e gastar-se-ão milhões para inverter opções claramente suicidas.
Noto que é recorrente contestar-se sistematicamente as afirmações de investigadores académicos ou pagos por sectores profissionais, como sendo falsas, compradas e irreais. É talvez uma das mais graves atitudes sistémicas da nossa sociedade este desprezo pelo conhecimento científico. Se considero que uma afirmação está errada, procuro encontrar fontes que sustentem o meu ponto de vista ou então evito caluniar quem dedicou meses ou anos a estudar em detalhe determinado assunto.
Embora seja um leigo em matéria de recursos marinhos, compreendo o suficiente de economia para saber que para um bem transaccionável, quanto maior for a sua escassez de oferta maior será o seu valor comercial. Muitos comentam contra a actividade profissional - é verdade que este é um blog sobre pesca lúdica -, omitindo o facto que cada quilo de perceves vendido por um marisqueiro significa dinheiro para pagar a renda ou empréstimo da casa, os estudos dos filhos e descontos para a segurança social. Pelo contrário, os pescadores (verdadeiramente) lúdicos têm supostamente essas necessidades básicas garantidas.
Quem são os “culpados”? Os mariscadores profissionais que necessitam de garantir o sustento para as famílias? Os pseudo-profissionais que rapam tudo para vender nas tais feiras de marisco? Os lúdicos que apanham qualquer coisa para o petisco? Os consumidores que comem perceves com dimensão abaixo do legal, tal como consomem petingas ou jaquinzinhos?
Com o agudizar da crise económica, talvez não tenhamos uma vistosa marcha de bandeiras negras em direcção ao litoral, mas teremos certamente capturas mais intensivas, aumento de incumprimento de períodos de defeso ou com dimensões ilegais e de vendas fora das lotas.
Esperemos que os sargos, perceves e restante fauna consigam sobreviver ao cancelamento do TGV Lisboa-Poceirão, à subida da Euribor e ao aumento do desemprego.
Cordiais saudações,
João
Antes de mais 2 notas:
1 - a festa do perceve já não existe há uns anos... já só há a da batata doce!
2 - o período de defeso é de 15 de setembro a 15 de dezembro, o folheto que circula por aí do PNSACV está errado, nem seria de esperar outra coisa, esse parque não "dá uma para a caixa", por isso atenção a quem for encontrado a prevaricar!
Independentemente da "guerrinha" entre lúdicos e profissionais, de quem é do Parque e quem não é, uma coisa é certa, enquanto houver regras e houver o "bicho homem", existirão sempre inúmeras possibilidades!
Existirão sempre os que cumprem e os que não cumprem, os que respeitam e os que não respeitam...
Há só um ligeiro apontamento que já foi aqui referido, são aqueles que têm um emprego, mas que vão para o mar apanhar mais quilos do que aquilo que lhes é permitido e muitas vezes não respeitando os tamanhos e depois vêem atirar "larachas", sobretudo aqueles que depois vestem uma farda e vão autuar os outros... mas enfim...
Agora aquilo que tenho realmente pena... é que as pessoas tendencialmente acreditam em tudo o que sai nos jornais... e não consigam distinguir o real de uma manobra de diversão!
Porque aquilo que eu vejo aqui é uma série de pessoas ressabiadas por uma motivo e por outro, mas sobretudo por muita inveja e não percebam que quer sejam lúdicos, ou profissionais, percadores ou mariscadores, tudo isto, todas estas notícias, não têm fundamento, não foram feitos estudos no terreno, servem apenas para fazer aquilo que muitos interessados querem, proibir definitivamente a pesca e a apanha de marisco no Parque! E olhem que não estou a falar nem dos profissionais nem dos residentes...
Utopia... deixem passar o tempo e depois dirão se é... se calhar seria bom deixarem de pensar no quintal de cada um e pensarem e agirem em conjunto, pois quando ninguém poder colocar o cu no mar, que é o pretendido, irão certamente lembrar-se deste comentário que parecia tão absurdo... pensem nisto!
Já agora só mais um comentário... A Bióloga Dora de Jesus, que foi paga pela CMA, para auxiliar os mariscadores nos mais variados fins, nomeadamente a preservação e acompanhamento da apanha... não só usou o âmbito da Associação de Mariscadores da qual fazia parte, como os próprios mariscadores, para alicerçar a sua promoção e o "tachinho" dela, pois em nada contribuiu para a preservação da espécie, tudo fez para prejudicar a autarquia, os mariscadores em prol de ficar bem vista junto do PNSACV, da Direcção das Pescas,do IPIMAR, etc, etc, etc...
Carissimo João, desde já o meu agradecimento pela proposta de abertura do artigo publicado sobre os problemas do perceve, e uma vez mais, pelo comentário.
Compreendo perfeitamente a ideia...
A Terra é um sistema, composto por matéria e energia, onde por exemplo essa matéria e energia não finda, mas incorpora-se na transferência para uma cadeia superior (no caso das cadeias traficas), embora exista uma perda de energia nessa transmissão, por exemplo dos produtores até aos consumidores de ultimo grau, tipo:
Planta - insecto - aves pequeno porte - águia - decompositores
Isto naturalmente..., embora a interferência numa determinada espécie se reflicta nas outras e vice versa, o Homem estará sempre camuflado entre essas cadeias.
Como refere, "o Homem é responsável pela alteração de algumas condições de harmonia entre diversos sistemas naturais. No entanto, este necessita que esses sistemas se mantenham estáveis, pois pode estar causa a sobrevivência da própria espécie.”
Sem duvida que o Homem será o único responsável pela decadência de todo o Sistema TERRA, e recairá sobre ele como espécie dominante consequências que se calhar nem as imaginamos bem ainda.
Não discordo, embora tenha a perfeita consciência de que o titulo académico não corresponde com exactidão a algumas teorias ou estudos que se produzem, para dar um exemplo, existe um objectivo X, quem manda elaborar um estudo sobre X quer que se cheguem as conclusões finais que fundamente X e assim se produzem alguns estudos hoje em dia.
Quanto às considerações cientificas creio que o caminho será sempre, a ciência andar de mão dada com quem conhece a realidade local ou de uma determinada espécie (mesmo que esse individuo ou grupo não disponha de elementos científicos ou estatuto académico) será o caminho para a aceitação social, na minha humilde opinião.
A falta de conhecimento e estudo cientifico sobre variadíssimas situações implica isso mesmo, uma desatenção e falta de reconhecimento da parte do comum dos mortais.
Se o amigo João se está a referir ao estudo do Prof. João Castro, pessoa que conheço pessoalmente, já falamos numa reunião sobre a problemática do PNSACV, concordo com alguns pontos defendidos, mas também discordo com alguns e referi o porquê. Tenho o maior prazer de ter no meu espaço (blog) alguns estudos e artigos por ele desenvolvidos e pela sua esposa Teresa Cruz.
"Muitos comentam contra a actividade profissional - é verdade que este é um blog sobre pesca lúdica -, omitindo o facto que cada quilo de perceves vendido por um marisqueiro significa dinheiro para pagar a renda ou empréstimo da casa, os estudos dos filhos e descontos para a segurança social."
A realidade não será bem essa, mas poderá andar por ai, existia (não sei se existe ainda) um vereador de uma câmara municipal que tinha licença de mariscador, outros são pescadores profissionais, outros tem outros trabalhos, cafés, etc,
"Pelo contrário, os pescadores (verdadeiramente) lúdicos têm supostamente essas necessidades básicas garantidas."
Só não concordo com uma questão, eu Posso apanhar 1 kg de perceves ou de outro marisco, o amigo João não pode, porque embora seja cidadão português não reside no PNSACV.
"Quem são os “culpados”? Os mariscadores profissionais que necessitam de garantir o sustento para as famílias? Os pseudo-profissionais que rapam tudo para vender nas tais feiras de marisco? Os lúdicos que apanham qualquer coisa para o petisco? Os consumidores que comem perceves com dimensão abaixo do legal, tal como consomem petingas ou jaquinzinhos?"
Para mim, esses e muitos mais ;)
"Esperemos que os sargos, perceves e restante fauna consigam sobreviver ao cancelamento do TGV Lisboa-Poceirão, à subida da Euribor e ao aumento do desemprego."
Esperemos com esperança...
Abraço caro amigo João
festa do perceve mudou de nome, localização e de data... já só há a da batata doce (organizada pelo Município de Aljezur) vi na net
Independentemente da "guerrinha" entre lúdicos e profissionais, de quem é do Parque e quem não é, uma coisa é certa, enquanto houver regras e houver o "bicho homem", existirão sempre inúmeras possibilidades! è verdade mas quem sofre é o "bicho bicho"
Existirão sempre os que cumprem e os que não cumprem, os que respeitam e os que não respeitam...os que protegem e se preocupam e os que destroem.
Há só um ligeiro apontamento que já foi aqui referido, são aqueles que têm um emprego, mas que vão para o mar apanhar mais quilos do que aquilo que lhes é permitido e muitas vezes não respeitando os tamanhos e depois vêem atirar "larachas", sobretudo aqueles que depois vestem uma farda e vão autuar os outros... mas enfim...esses e aqueles que tem licencas para apanhar uma certa quantidade diariamente e carregam forte e feito sempre que o mar lhes permite.
Agora aquilo que tenho realmente pena... é que as pessoas tendencialmente acreditam em tudo o que sai nos jornais... e não consigam distinguir o real de uma manobra de diversão! onde ha fumo ha fogo, manobras de diversao so na politica de j.s e p.p.c
Porque aquilo que eu vejo aqui é uma série de pessoas ressabiadas por uma motivo e por outro, mas sobretudo por muita inveja e não percebam que quer sejam lúdicos, ou profissionais, percadores ou mariscadores, tudo isto, todas estas notícias, não têm fundamento, não foram feitos estudos no terreno, servem apenas para fazer aquilo que muitos interessados querem, proibir definitivamente a pesca e a apanha de marisco no Parque! E olhem que não estou a falar nem dos profissionais nem dos residentes...a 7 maravilha ficou por isso mesmo uma intensao, coitados dos ambientalistas e residentes.
Utopia... deixem passar o tempo e depois dirão se é... se calhar seria bom deixarem de pensar no quintal de cada um e pensarem e agirem em conjunto, pois quando ninguém poder colocar o cu no mar, que é o pretendido, irão certamente lembrar-se deste comentário que parecia tão absurdo... pensem nisto! enquanto houver gropos de interesse tudo nao passara de isso mesmo um interesse os homens do norte querem la saber da mouraria do sul matem-se a porrada e rebentem com isso tudo facam bom proveito
FCP
A MULHER PERCEVE AGARRA-SE AOS TAXOS COMO SE AGARRA OS PERCEVES AS ROCHAS
Caro amigo Fernando
Mais uma vez, temos uma visão tão próxima sobre estes assuntos quanto é possível a duas pessoas que vivem em espaços e quotidianos tão distintos: um com a cana de pesca no litoral, o outro com binóculos na pseudo-estepe cerealífera. Ambos temos o denominador comum da paixão pela Natureza e da curiosidade de sempre tentar compreender pouco mais a sua extraordinária complexidade.
Apenas um assunto merece ainda a minha incompreensão:
"Só não concordo com uma questão, eu Posso apanhar 1 kg de perceves ou de outro marisco, o amigo João não pode, porque embora seja cidadão português não reside no PNSACV."
Há muitos anos que defendo a discriminação positiva para as populações residentes nas áreas protegidas, como contrapartida dos serviços ambientais prestados e das restrições a que estão sujeitas.
Atendendo à limitação dos recursos, o seu usufruto deverá ser preferencial para os que lhes estão mais próximos e que directamente contribuem para sua existência.
Existindo actividade cinegética no interior de parques naturais, apenas deveria ser praticada pelas populações locais.
Existindo actividade industrial (por ex. a extracção de calcário em Serra de Aires e Candeeiros) apenas empresas com sede social e empregando mão-de-obra local deveriam ter alvará de exploração.
O mesmo raciocínio se aplica à pesca lúdica no PNSACV. Pode-se contrapor o argumento que pescadores lúdicos provenientes de outras regiões geram importantes receitas ao nível da hotelaria e da restauração. Mas duvido que muitas das populações animais dependentes do litoral rochoso do sudoeste alentejano e costa vicentina suportem de forma sustentável tal pressão.
E tal como eu, não-caçador e não-pescador lúdico, milhares de outras pessoas estão dispostas a usufruir dessa mesma hotelaria e restauração conscientes de estarem a financiar uma economia local sinceramente empenhada na preservação da identidade cultural local, da paisagem e da biodiversidade.
Os nichos de mercado de produtos vegetais biológicos, de produção animal certificada e de pesca sustentável podem sofrer alguma contracção em períodos de crise financeira, mas são sempre determinantes em opções a médio e longo prazo.
Saibam as autarquias e as populações promover aquilo que têm de genuíno e único num mundo cada vez mais global.
Um abraço,
João
Não resisto:
Então o rapazinho que monta banca no jardim público e que nada paga por essa ocupação do espaço público porque com isso paga a renda de casa e os estudos dos filhos, essa situação impede que outrém utilize essa praça ou espaço público, tenha ou não já emprego?
Que raio de socialismo ??? ou capialismo ou oportunismo"??, é esse, oh1 parceiro cidadão português!?
Há por aí muita confusão nessas cabeças.
Sofia
O escrito do Snr João Claro até é sedutor, mas é música celestial e não passa disso.
Vamos a abrir as mentes. A BIODIVERSIDADE não é isso que nos querem fazer crer, um "pnsacv" muito bonitinho e o resto do país, ou do mundo, um autêntico deserto, ou, vendo as coisa por cá, um alentejo feito deserto e um "allgarv" de cimento com uns "risorts" iguaizinhos aos das bahamas etc.
Isto serve para dizer que a solução para o planeta e tb pra Portugal não é criar parquezinhos, verdinhos, a fervilhar de peixinhos e borboletas, para os "residentes" ficarem contentes e poderem viver por aquelas bandas como gente primitiva e curiosa.
A biodiversidade nao são parques naturais. A BIODIVERSIDADE É sobretudo: a ausência de poluição, o controlo de certas espécies animais e florestais e um ordenamento do território sem fundamentalismos, MAS DE TODO O TERRITÓRIO. Se há uma pequena área muito especial, um micro clima muito especial, tudo bem, transforme-se num sítio sem gente para o perservar, MAS NÃO ESTA TOLICE DE CONCELHOS INTEIROS. "Quintas" de biodiversidade, nunca. Imaginem portugal dividido em quintinhas com os residentes e só eles a poderem usufruir disto e daquilo!
Isto é assim , segundo o meu entender: Se há condições muito especiais, criem-se parques e se são coisas muito especiais, todos os portugueses devem pagar para manter essa "especialidade" e a primeira coisa a fazer é pagar aos residentes (incluindo os proprietários) as expropriações de utilidade pública.
Repito, biodiversidade é ausência de poluição e o resto que disse acima. Se assim for, podem crer que Portugal será uma boa propriedade com lagos e mares, jardins, florestas e searas proveitosas.
Jorge Bastos
Caro Sr. Jorge Bastos
Sem utopias e sem poesia, já agora sem monumentos, sem música e outras manifestações, a humanidade continuaria a existir mas seria muito mais tristonha.
Em países com grandes territórios e/ou baixa densidade populacional, é possível criar parques nacionais onde o Homem está ausente e a natureza quase intocada domina.
Em Portugal e nos restantes países europeus, salvo pequenas áreas classificadas como reservas naturais, onde a intervenção humana é mínima, resta-nos saber conciliar as actividades dos sectores primário, secundário e terciário com a preservação do ambiente.
Tem toda a razão em falar em escala nacional. Para isso existe o Plano Nacional de Ordenamento do Território, e subsidiariamente os planos regionais e os municipais.
Sobre a biodiversidade, exceptuando a marinha e dulcícola, grande parte dela está associada e, por vezes, dependente da actividade humana. O mosaico de culturas agrícolas, manchas florestais autóctones, charcos temporários e linhas de água característico do litoral alentejano e vicentino sustenta maior diversidade que uma paisagem muito mais homogénea, mesmo que totalmente natural.
Foi esta aliança Homem-Natureza que justificou a sua classificação como Parque Natural. Talvez o termo "Natural" crie alguma confusão, mais foi esta a designação escolhida para o nosso país.
Quanto a expropriações, desde a extinção das ordens religiosas, em 1834, quando o Estado ficou na posse de vastos territórios, que vende mais terrenos que aqueles que compra. Se o orçamento todos os anos depende da venda de património para tentar equilibrar as finanças públicas, é quase utópico pensarmos numa atitude inversa.
Resta-nos tentar (so)breviver o melhor que conseguirmos, sem desbaratar a herança para as gerações seguintes.
Uma vez mais peço desculpa ao meu caro amigo pelos meus pensamentos.
Cordiais saudações,
João Claro
Viva Carissimo João.
"Ambos temos o denominador comum da paixão pela Natureza e da curiosidade de sempre tentar compreender pouco mais a sua extraordinária complexidade."
É verdade, para além da minha cota parte na pressão de algumas espécies na pratica da caça sub e pesca...
"Só não concordo com uma questão, eu Posso apanhar 1 kg de perceves ou de outro marisco, o amigo João não pode, porque embora seja cidadão português não reside no PNSACV."
Posso até pensar de outra maneira, mas não posso defender algo que não é aceite por os não residentes, as tais quintas só serão prejudiciais se continuarem a proliferar, qualquer dia somente no centro de saúde local em Odemira posso ser atendido, pois quando chegar a Beja dirão-me, o Sr reside em Odemira não o podemos atender... (Só a titulo de ironia e exemplo, bem sei que no exemplo as coisas não funcionam assim)
A discriminação positiva foi uma medida levada a cabo pela classe politica para se sobrepor à "velhota" Constituição da Republica Portuguesa, aquela que mesmo velhota (ou já passou de moda ou já a esqueceram) está a ser constantemente "violada".
"Atendendo à limitação dos recursos, o seu usufruto deverá ser preferencial para os que lhes estão mais próximos e que directamente contribuem para sua existência."
Se assim fosse...
A actividade cinegética é algo que me passa ao lado, nunca gostei, apesar de quando era mais novo ir algumas vezes com o maeu pai, a minha paixão é caça submarina, mas tambem já o foi mais...
"E tal como eu, não-caçador e não-pescador lúdico, milhares de outras pessoas estão dispostas a usufruir dessa mesma hotelaria e restauração conscientes de estarem a financiar uma economia local sinceramente empenhada na preservação da identidade cultural local, da paisagem e da biodiversidade."
É um facto que concordo plenamente.
"Saibam as autarquias e as populações promover aquilo que têm de genuíno e único num mundo cada vez mais global."
A meu ver o caminho seria esse mesmo.
Um abraço
Cara Sofia, enquanto houverem partes interessadas em determinadas matérias, nem falo dos perceves, pesca, sargos ou robalos, etc, falo dos pilares da nossa sociedade, que não tratam este país como um todo, mas sim tratam-nos ás fatias ou parcelas movidas obviamente pelos lobbys das massas ou grupos de interesse que apenas defende a sua parte ou fonte de receitas, rendimentos, etc estaremos mal, e não será o rapaz que ocupa os 2 m2 da praça, ou o mariscador que apanha 50 kg de perceves, ou eu que apanho 9 kg de sargos que vamos ser responsáveis por a estabilidade de um país que está mais torto que um novelo de lã... (não se endireita nem se irá endireitar)
A solução é só uma, reneguem os partidos, façam uma comissão sem partidos e levem o caminho para a frente, não é com os gastos milionários de legislatura constantes, vencimentos, mordomias ou apoios a partidos através de subvenções estatais, etc
Cumprimentos
Carissimo Jorge Bastos, o meu agradecimento pelo comentário, parte da sua exposição também a revejo eu, este PNSACV foi criado, pouco ou nada se tem feito, se não fossem as autarquias a patrocinar algumas coisas ás vezes, o icnb pouco ou nada faz, embora ultimamente já tivessem mandado para a socata duas viaturas em avançado estado de decomposição do serviço e agora já andarem pelo litoral e pela floresta na sua área de jurisdição, não tenho visto mais nada.
Os parques/quintas ecológicas quando são criados/as deve ser avaliado em determinado ponto as SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) e ai combater os pontos negativos equilibrando a balança positivamente, acho que não seria muito difícil... Mas continua a ser mais fácil produzir normas jurídicas, aceites ou não, bem elaboradas ou não e impor-las as pessoas, é mais fácil...
Cumprimentos
Enfim... Enquanto aqui se discute o sexo dos anjos... na "janela" ao lado já uma grande reviravolta deu este assunto!
Actualizem-se amigos! Quando não sabem do que falam... não opinem!
o Sr. que conhece casos de pessoas que tem licenças (pelos vistos o Sr, que escreveu não tem, mas tem pena de não ter) para apanhar uma certa quantidade diariamente e carregam forte e feito sempre que o mar lhes permite, só tem uma coisa a fazer... denunciar! Mas isso é chato, pois vai ter que dar o nome e a cara...
js e ppc?! 7ª maravilha e intenções?!... então não se unam (pescadores e mariscadores, lúdicos e profissionais) e depois digam que é mau para a tosse!
Fiquem centrados no vosso quintal e quando for interdita qualquer tipo de pesca ou apanha de marisco na zona... acabam-se as invejas!
Em quanto ouver ganância na mente é inveja , vai tudo paasar fome , os tem , os não tem ! se não respeitarem o mar , ele vai fazê-los !pagar , apanharam o percebe do fundo com garrafas , apanharam a semente , agora anda ao lixo ! E CARMA ! RESPEITEM A NATUREZA !
PARA LENCENCIADOS CADOGUIROS , e curiosos !!!!!!Apanharam o percebe do mergulho com garrafas , na berlenga , farilhão , Alentejo em muitos lugares ,apanhararam a semente !! O HOMEM SEM PRENCIPIO ,depois com sua inveja e falta de respeito e cultura
pelo mar (GANÂNCIA ) ACABARAM com o futuro dos seus filhos que estão a pagar pelo que os pais fizeram , RESPEITO O SEU FUTURO
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