O local escolhido
Ontem, com as previsões de mudança de quadrante do vento para Leste, embora com previsões de um acentuado arrefecimento, e após verificar as previsões da ondulação para o dia de hoje, adquiri umas sardinhas e meio quilo de camarão, arrumar o material e colocar tudo no carro, o frio começava a sentir-se, mas quem pesca por gosto não baixa os braços por um friozinho…
Sete da manha, foi a hora escolhida para sair de casa, embora tudo indicasse que deveria permanecer no conforto do lar, lá teve de ser. O carro estava coberto de geada, do azul tinha passado a branco, tirar o gelo do vidro e seguir as coordenadas do pesqueiro escolhido.
Passados vinte minutos e já no topo da falésia do local escolhido, verifiquei que existiam as condições mínimas para me fazer à água. Isso mesmo uma pesca ilhada, com um frio de rachar, de doidos...
Sete da manha, foi a hora escolhida para sair de casa, embora tudo indicasse que deveria permanecer no conforto do lar, lá teve de ser. O carro estava coberto de geada, do azul tinha passado a branco, tirar o gelo do vidro e seguir as coordenadas do pesqueiro escolhido.
Passados vinte minutos e já no topo da falésia do local escolhido, verifiquei que existiam as condições mínimas para me fazer à água. Isso mesmo uma pesca ilhada, com um frio de rachar, de doidos...
Condições ideais
Cem metros a nado, chego ao pesqueiro escolhido, subo para cima da pedra e avalio as águagens, a maré já subia, denotando uma força no final do “set”, mas em perfeita segurança monto o material à medida que vou verificando o estado do mesmo. Apesar de ter preparado a cana de carreto e a de tento, apenas utilizei a Power Strike.
O material
Após o material preparado estava na hora de preparar o engodo, normalmente engodo à mão, mas hoje era impossível fazê-lo, pois as sardinhas ainda estavam congeladas e se o fizesse tinha a consciência que não pescava durante uns largos minutos, pois as mãos ficariam inactivas.
Como tinha levado o ferro para pisar as sardinhas preparei o engodo e adicionei-lhe um pouco de água, deu para aquecer um pouco mas em dois minutos aproximadamente moí cinco quilos de sardinha.
Como tinha levado o ferro para pisar as sardinhas preparei o engodo e adicionei-lhe um pouco de água, deu para aquecer um pouco mas em dois minutos aproximadamente moí cinco quilos de sardinha.
Engodo (Anti-mão-congelada)
No início da engodagem atirei apenas parte das cabeças, uma vez que as mesmas flutuam na águagem e dizem-me para onde está a correr o engodo…
Comecei por jogar uma colher para cima da pedra onde a pequena vaga viria buscar o engodo e comecei a verificar o cordão de engodo, ai iniciei a pesca.
A técnica foi apenas a chumbadinha e utilizei o 0.28 mm directo, iniciou-se como era de esperar, uma iscada de camarão, um sargo…
Comecei por jogar uma colher para cima da pedra onde a pequena vaga viria buscar o engodo e comecei a verificar o cordão de engodo, ai iniciei a pesca.
A técnica foi apenas a chumbadinha e utilizei o 0.28 mm directo, iniciou-se como era de esperar, uma iscada de camarão, um sargo…
O primeiro exemplar
E assim continuou, entre engodar certo e com pouca quantidade, à medida que a maré subia o peixe aumentava a sua cadência de ferragem, de salientar o facto de nos exemplares ferrados se verificar claramente na espinha dorsal o "arrepiar" facto que demonstra que a espécie tem capacidade de prever com exactidão as alterações significativas de mar (quando se verifica este pormenor é sinal que o mar vai aumentar significativamente no dia seguinte).
Foram libertados inicialmente vários sargos, com medida mínima definida por lei, mas estavam ali condições mais que suficientes para aparecerem sargos de outro lote.
E foi o que sucedeu, embora tenha perdido no final da pesca, já sem camarão para iscar, recorrendo a rabos de sardinha, alguns sargos tamanho XL, uma vez que os mesmos vinha mal ferrados (pelo beiço) e rasgavam a meia água, ainda lhe ví a cor mas a pesca estava feita.
Foram libertados inicialmente vários sargos, com medida mínima definida por lei, mas estavam ali condições mais que suficientes para aparecerem sargos de outro lote.
E foi o que sucedeu, embora tenha perdido no final da pesca, já sem camarão para iscar, recorrendo a rabos de sardinha, alguns sargos tamanho XL, uma vez que os mesmos vinha mal ferrados (pelo beiço) e rasgavam a meia água, ainda lhe ví a cor mas a pesca estava feita.
Resultado final
Uma manhã bem passada em mais uma jornada de pesca aos sargos, depois de entrar na água, no regresso, depressa se conclui que o pior já tinha passado e do frio matinal já nem me lembrava…
Total aproximado - 8 kg
Carreto: Regal 40 “Vega”
Flourcarbono: Gamma Edge
Chumbadinha: 4 gramas
Anzol: Mustad nº1
16 comentários:
"Cem metros a nado, chego ao pesqueiro escolhido" ... brrrr que frio!!!
Eres un crack, magnifica pesca y entrada.
Un saludo
Bela pescaria....nem o frio, fez que eles não tivessem saido para o "saco".
Parabens
Boas Fernando
As saudades que eu tenho de sentir um desses pendurado....
E fico feliz por ver que te safas-te.
Continuação e abraço
Caro Sargus,
Bela pesca e relato a condizer. Não consegui perceber pela leitura do texto em que consiste exactamente esse fenómeno do "arrepiar". Nunca tinha ouvido falar disso.
Saudações piscatórias,
Mário Pinho
Parabéns Fernando pela reportagem e pela coragem de molhar o pelo com este frio :) não é fácil.
Aproveita bem até ao final do mês porque depois para alguns, o melhor mesmo é começar a fazer spinning.
abraço e Boas Festas
Hola Toño.
Graçias por el comentario.
Sí estaba mucho frío, pero nada que lo vicio y adrenalina no minimizasen.
Sargos y frío el equilibrio.
Cordial saludo amigo.
Boas Roger.
Desde já obrigado pelo comentário.
Foi de facto uma boa pescaria, que tive de abandonar assim que acabei os iscos e cheguei ao peso +- estipulado, ficaram carradas de sargos no pesqueiro para as próximas abertas de tempo...
Quanto ao frio é um bocado psicológico, sofre-se um bocado mas depois passa...
;)
Abraço.
Viva Pedro.
tens te dedicado ao que agora?
Kayak fishing?
;)
Obrigado pelo comentário, grande abraço.
;)
Viva carissimo Mário Pinho.
Obrigado pelo comentário.
O "arrepiar" consiste na observação do sargo quando sai da água com a espinha dorsal erguida, simples e muito certo, é o sinal de que o mar vai subir consideravelmente em poucas horas (dia seguinte normalmente), espero ter elucidado.
É uma teoria que temos e que sempre se tem verificado, se temos bases cientificas, claro que não, apenas uma teoria comprovada ao longo de vários anos e sempre que se verifica ainda não falhou, pelo menos até hoje.
Abraço.
Viva António.
Obrigado pelo comentário.
A coragem não foi muita, apenas estamos numa altura em que se tem de aproveitar as abertas em termos de condições marítimas, esteja chuva, frio ou vento...
Não molhei o pêlo, levei o fato de caça submarina e o upgrade de um corta vento vestido para erradicar o arrefecimento do fato molhado pelo vento.
;)
Quanto à tua observação:
"Aproveita bem até ao final do mês porque depois para alguns, o melhor mesmo é começar a fazer spinning."
É isso mesmo, este ano tem sido bastante fraco em termos de pesca para mim, desde os Açores fiz 3 saídas em spinning e 3 em sargos e já estamos no fim do ano, à que aproveitar esta fase pois ainda tenho uns dias de férias para gozar...
;)
Depois será o tempo do Spinning sem duvida, apesar de que, ao que parece vai haver alterações à portaria...
Eh, eh, eh, eh...
Vamos ver...
;)
Abraço.
abraço e Boas Festas
Bela sargaria!!
Abraço e força neles
Boas Filipe.
;)
E quando fazemos uma nova campanha a eles anfibiamente falando ;)
Grande abraço.
Amigo Fernando,
Estava tanto frio que os Sargos ficaram "arrepiados"! Eheheh Eu ontem também me fui "embarbelar" nos "Matateus". Como cheguei tarde e a maré já subia não entrei dentro de água mas era para ter apanhado umas "unhas" e feito uma ilhada. Mas valeu a pena!
Abraço e saudações piscatórias
Amigo paulo, valentissimo como sempre bem sei...
;)
Os Sargos "arrepiados" não é devido ao frio, porque se fosse levávamos cascoís embebidos em óleo de sardinha e aí é que era virar neles!
Pois o "embarbelar" nos "Matateus" já sei que correu também bem.
Abraço e até breve ;)
viva Fernando como sempre boa pesca bom spot lindas fotos ..
continua assim a dar neles ..
Boas festas p.conceicao.
Viva P. Conceição.
Desde já o meu agradecimento pelo comentário.
Quanto à pesca, sempre que existam condições e peixe são uma constante, os spots são o que de melhor temos nesta linda costa e as fotos são o que se pode arranjar com frio e no meio da água.
Grande abraço e umas boas festas para ti e para os teus também.
;)
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