Castro de Baroña a História


O mais destacado desta localidade é o Castro de Baroña, no aspecto monumental é necessário citar em primeiro lugar que o Castro de Baroña, foi descoberto em 1933 e declarado Património Artístico Nacional. Situado numa península, só se une a terra por um curto estreito de areia onde estão as primeiras defesas.

Se compõem estas de dois muros de pedra paralelos, de aproximadamente 60 metros de longitude, desfeitos em grande parte pelo mar e pela acção degradante dos visitantes. Cerca de segunda defesa, formadas por três muros escalonados, só deixam acesso através de uma porta precedida de escalonaria de pedra. O povoado consta de dois grupos de moradias onde se circular separados por uma praça que limita ao norte com um edifício rectangular, são sinais ambos de terem sido romanizado.









Uma das hipóteses mais defendidas é que esteve habitado pelos celtas da tribo dos Presamarcos e que poderia ser o Vicus Sapcorum da calçada romana Per Louca Marítima que atravessava a Serra de Barbanza. Em qualquer caso, o Castro permaneceu habitado até época muito tardia, talvez até a chegada dos Suevos.

O Castro de Baroña se encontra como seu próprio nome nos indica, na paróquia Sonense de Baroña. Para chegar até o Castro, devemos tomar o mesmo caminho que leva à Praia de Arealonga e uma vez aqui, um desvio nos aproxima ao Castro. Este está situado em uma península rochosa à qual se chega por um estreito arenoso no qual já nos encontramos com as primeiras fortificações destes vestígios.








Depois da porta de entrada na qual se apreciam perfeitamente os degraus da escada chegamos em um povoado dividido em dois: a parte inferior (a zona sul) e parte superior (a zona norte). Na zona sul situada a um nível inferior que a norte, nos encontramos com as primeiras construções e ladeando a porta aparecem os restos da torre que serviria de defesa e faria também as vezes de guarita. Na zona norte separada da anterior por mais uma muralha e à qual se chega por outra porta com escadas (igualmente muito bem conservada) e na qual se encontram mais construções, nas quais se pode apreciar um maior tamanho que as da zona sul ou nível inferior.

As construções que nos encontramos no Castro de Baroña, independentemente do nível no qual nos encontremos, são quase todas de planta circular, com banco corrido em todo o perímetro das casas e não se apreciam portas de entrada ou janelas. Isto é muito habitual nos Castros que foram pouco ou nada romanizados, já que o urbanismo, como se entende hoje em dia, não chega à nossa terra sem que os romanos o tragam, que junto com eles trouxeram também as casas de planta quadrada. Por consequente, uma organização urbanística e moradias quadradas com distribuição interior só as encontraremos nos Castros mais tardios e que alcançaram seu apogeu baixo a dominação romana.










Com relação ao feito da falta de portas e janelas nas construções Castreñas ainda hoje suscita debate entre a comunidade arqueológica, não obstante, a teoria com mais força e mais defendida é aquela na qual se postula que a porta de entrada estaria localizada no telhado da moradia, a qual vem reforçada pela pouca altura das paredes exteriores, enquanto a iluminação interior viria proporcionada por um oco na parte mais alta que também faria as funções de chaminé permitindo a saída da fumaça produzido fogo que estava sempre aceso dentro das moradias.

O Castro de Baroña, é o mais típico exemplo de castro de tipo marítimo, já que não só se enquadra dentro desta classificação pela sua localização, já que também o há pelo meio de vida de seus habitantes. Mas de sua economia falamos no afastado que tem destinado.

Mas a majestosidade do Casto de Baroña, não reside nos seus muros, porta de entrada ( num óptimo estado de conservação), ou suas construções; a beleza do Castro reside no lugar que eleito pelos nossos antepassados para levantar sua civilização e seus urbes. A península rochosa perfeitamente defensável por todos seus flancos, nos quais o mar jogava uma parte importante, e sua fortificação no único acesso possível (levando em conta os meios materiais da época), assim como os alcantilados que o circundam, o transformam em uma fortificação de resistência, preparado para sofrer guerras, assédios, e os ataques dos exércitos melhor armados. No entanto, as últimas escavações, abrem a possibilidade que de pouco serviram ante a chegada das tropas romanas.

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