As Julianas (Mariolas)


Na nossa aventura por terras de "nostros hermanos" deparei na deslocação pedonal de um pesqueiro para outro um senhor que na baixa mar andava na zona limite de maré, numa zona de rebolos (pedra rolada), com uns arcos de vara com aproximadamente um metro e pouco que na ponta da mesma tinha uma montagem com um palmo de monofilamento e um pequeno anzol.


Esse mesmo anzol era iscado com uma pequena minhoca e introduzido por baixo dos rebolos (pedras roladas), pela forma em arco das varas facilmente era introduzido no fundo das pedras, ai permanecia sensivelmente um minuto e quando esse senhor o retirava trazia estes pequenos peixes que por cá lhes chamamos de Julianas e na Galiza lhe chamam de Mariolas.










Abordamos o senhor que foi de uma simpatia extrema como sempre fomos tratados e qual não foi o nosso espanto quando lhe perguntamos se aquilo era bom, o senhor rapidamente nos respondeu que era uma iguaria e um petisco excelente.


E desta forma ficamos a conhecer mais uma arte tradicional de pesca, a pesca com vara. A pesca é um universo que esta em constante alteração ou adaptação consoante a forma ou espécie a capturar.

10 comentários:

S. Ferreira disse...

Pesca curiosa...

Esses peixes parecem abróteas...

Uma braço,

Fernando Encarnação disse...

É mesmo curiosa q.b. Sérgio.
E bastante interessante em termos de ideia.

Abróteas ou Julianas vai dar no mesmo, mesma espécie.

Abraço.

Anónimo disse...

A nossa mariola era o ricardo silva :), mas essa pesca realmente era engraçada e deve dar umas belos petiscos

Nuno João Ribeiro disse...

Boas

Gosto sempre de saber como os pescadores mais velhos utilizam a arte da pesca. Para mim é das partes melhores qua a pesca tem.
Saber as tradições e perceber a sua razão de existir. Estas técnicas infelizmente são pequenos tesouros qua com o tempo se perdem, a não ser quando alguém se interessa e revitaliza a sua existência. Nesse aspecto estiveste muito bem Fernando.

Abraço
Nuno

Fernando Encarnação disse...

Boas Miguel sem comentários...
O homem garantiu-nos que era um piteu muito apreciado, como tal vamos acreditar no senhor.

Abraço.

Fernando Encarnação disse...

Boas Nuno.
Também gosto da interacção de diferentes culturas, opiniões, técnicas, posturas ou maneiras de estar na vida dentro das comunidades locais que habitam à beira mar.

Sim tens razão as técnicas mais tradicionais ou arcaicas tendem em desaparecer muito igual ao que tende a acontecer com quase tudo, por exemplo na agricultura mais tradicional. A pesca e a agricultura sempre andaram de mãos juntas desde as idades mais remotas o homem teve de desenvolver metodos para adquirir comer, ou caçando, ou pescando, ou produzindo a propria comida e colhendo-a do seu estado natural, atraves dos tempos a evolução tende em notar-se mais evidente e com ela o aparecimento de pequenos instrumentos que auxiliavam o Homem nesses aspectos.

Abraço.

Estas técnicas infelizmente são pequenos tesouros qua com o tempo se perdem, a não ser quando alguém se interessa e revitaliza a sua existência. Nesse aspecto estiveste muito bem Fernando.

António Simões disse...

Por aqui, na minha zona, chamam-se luros ou larotes. Os jovens do tamanho do palmo de uma mão, são comedoria para os robalos e um bom indicador na vaza, que durante a noite naquele sitio vão entrar robalos á caça deles. Existem enormes e com o seu desenvolvimento, entram em zonas e buracos inacessiveis mais fundos.O ultimo exemplar que capturei foi há alguns anos a engodar com sardinha aos robalos de noite e iscada de sardinha, pois eles adoram sardinha..Pesava 1,5 kg, a sua coloração de adulto passa a cor-de-rosa com pigmentos que parecem pontos de sarampo vermelhos..São optimos cozidos com batatas e verdura a acompanhar.Um bom vinho branco,frutoso,com aromas de uma encosta Duriense, onde haja polinização cruzada de cerejeira,damasco,ameixa branca, farão o resto....
Bom apetite Amigos!!

Abraço
António

David disse...

Hola sargus: Este pez en España se le conoce normalmente como Barbada. su nombre científico es GAIDROPSARUS VULGARIS, aunque hay mas de una especie. Pueden superar el kilo de peso y es uno de los peces mas blancos, junto al congrio. Su carne es muy apreciada.
La técnica de pesca que usaba este señor, es muy común aquí.
También se pescan grandes barbadas con una línea de mano en los puertos, introduciendo la línea por los agujeros que quedan entre los bloques de hormigón.
Un saludo.

Fernando Encarnação disse...

Viva caro amigo António.

O meu agradecimento pelo comentario e pela sua experiência que tem com a espécie é de facto um aspecto de grande interesse quando conseguimos traçar conhecimentos amplos e variados sobre algumas espécies não tão conhecidas como por exemplo esta.

Obrigado pelo contributo caro amigo.

Grande abraço.

Fernando Encarnação disse...

Hola David, desde ya obligado por la contribución y comentario sobre esta especie.
Ya ahora David me gustaría saber se voçes dan algún nombre especifico a esa técnica con vara.

Obligado a una vez más por tu contribución.

Cordial saludo.