Enquanto a noite cai...



Numa jornada ao cair do dia numa praia que desareou bastante desde à umas semanas para cá, reparei e concluí que toda a areia foi retirada mais para sul da praia, uma zona com alguma densidade de pedras ilhadas.

Aproveitei mais uma jornada de "spinning" que mais uma vez não foi produtiva, pois nem um toque senti, embora tenha conseguido alguns "shots" com bastante agrado, pois foram tirados em plana noite, e para quem pensa que à noite é para dormir, aqui fica a prova de que existe vida nas zonas limítrofes a praias e em algumas rochas isoladas pela solidão da areia.


Os pequenos cabozes refugiam-se nas fendas das rochas e nos buracos dos ouriços, dentro de pequenas poças na baixa mar, são um alimento muito apreciado pelos robalos quando os mesmos andam em plena actividade predatória em fundos mistos de areia e pedra.

Camarões da costa, um verdadeiro pitéu para muitos exemplares, embora sejam os sargos, robalos e douradas exemplares mais frequentes por estas paragens que fazem deles uma dieta bastante nutritiva.

Nos locais mais inóspitos podemos sempre encontrar um polvo, que escolhe a sua toca, somente se lhe proporcionar um perfeito esconderijo, bem oxigenado e de preferência com alguns vizinhos que lhe façam companhia nos intervalos da baixa-mar, e que o seu corpo não fique exposto á actividade predatória dos robalos ou douradas por exemplo.

Um caboz, peixe que permanece perfeitamente fora de água por prolongados tempos, é claro longe do sol, normalmente refugia-se em gretas ou fendas para se proteger dos predadores.

Outro polvo em posição defensiva.

O mesmo polvo da foto anterior, aquando do encontro imediato com o extra-aquático, depressa tomou a posição de guarda, minimizando o seu formato, defendendo as extremidades dos tentáculos, pois são mais finas e frágeis, aproveitando para se enterrar parcialmente na areia.

A minha ultima aquisição:

Byron - Cigar Minnow - 28 gramas - 10 cm
A sua acção vai até 2 m, com acabamentos raio- x holográficos, com olhos 3 D e fateixas VMC.

Diz na caixa que: O uso excessivo deste produto pode acabar com algumas espécies de peixe, por favor pratique o pescar e libertar.

Ora muito bem não vi nada como é óbvio, mais uma vez, como tal vou insistindo, pelo menos as fotos são certas!



2 comentários:

Ricardo Silva disse...

E que fotos!

Excelente observação e registo da vida na zona inter-tidal.

Quanto à grade, é a vida!
Como dizia o outro "Eu é mais bolos não é...", pois tu é mais Sargos!

Abraço!

Ricardo Silva

Fernando Encarnação disse...

Ricardo uma breve analise, muita coisa fica por dizer, a flora marinha frequente nas fotos, os micro-organismos que com a luz se viam perfeitamente, as pulgas do mar na sua dança das poças, etc.

Eu é mais sargos...

;)

Abraço