Galiza 2019


Rajadas de vento, precipitação intensa e agitação marítima na ordem dos 5 a 6 metros e poucos sargos, foi o que caracterizou mais uma semana por terras da Galiza. As técnicas utilizadas foram as normais na pesca ao sargo, ou seja, bóia e chumbadinha. Na pesca à bóia utilizei bóias calibradas de cortiça entre as 30 e as 45 gramas, poderia ter utilizado outro tipo de bóias mas mantive-me fiel a estas pelas condições de mar e vento. 



As montagens escolhidas foram entre os cinco a seis metros do F-Tech Flourcarbono de 0.255 mm da Vega, que se portou à altura e correspondeu perfeitamente a todas as expectativas, tendo perdido apenas três exemplares de bom porte, em duas situações foram à pedra e partiram com a tensão, e numa outra não quis arriscar a integridade física para recuperar o peixe numa zona de substrato rochoso com limo. Poderia ter utilizado fio com espessuras superiores, mas o pouco peixe e a sensação de trabalhar os exemplares ferrados com mais sensação e cuidado falou mais alto.


Na chumbadinha utilizei montagens directas com lastro entre 0.5 gramas e 10 gramas. Sem duvida alguma que estamos perante uma óptima zona de pesca com chumbadinha, pois as zonas de maciços de pedra onde qualquer peso excedente originava a perda do material, adoptei a iscada com camarão inteiro a preencher a totalidade do anzol já que o mesmo não se prende com facilidade no fundo uma vez que o anzol fica completamente protegido pela isca.


Relativamente à escolha dos pesqueiros, cada caso é um caso e como diz a velha máxima "água não é peixe", no ultimo dia podemos constatar bastantes zonas com condições excelentes, um dia de sol, tendo o vento caído para uma pequena brisa e a ondulação para 1/3 do que tinha estado em dias anteriores. A nossa capacidade de assimilação as condições geológicas foi positiva, adoptamos a escolha de pesqueiros mais recuados numa primeira fase, pois as condições do vento assim o impuseram, já no ultimo dia a escolha recaiu para locais mais avançados na linha de costa, tendo acompanhado a maré na enchente.


O peixe começava a entrar aos poucos a partir das três horas de enchente, pescando desta forma na subida da maré, engodando de uma forma certa e consistente, nunca deixando um grande espaçamento. Ao observar os sargos capturados conclui que tinham andado a comer algas nas ultimas horas, sem qualquer marisco. 

Em termos de equipamento o material utilizado foram apenas as canas da Vega Forza Special e Sorento, ambas de seis metros, duas varas distintas mas ambas seguras e fiáveis na pesca ao sargo. Os carretos foram dois modelos Vega, o Regal 40 e o Magnesys 50.


Na utilização de engodo escolhemos apenas a sardinha, ou moída ou engodada ao belisco, como is iscas utilizamos apenas filete de sardinha e camarão.

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