Blog Robalos na Alma


Um dos objectivos a que me tinha proposto nesta nova etapa do robalosnaalma.blogspot.pt era publicar uma série de conversas com as mais diversas personalidades ligadas à pesca desportiva Nacional. Durante os próximos tempos irei publicar várias conversas, desde a praticantes, importadores, a pessoas com responsabilidades acrescidas na pesca, muitos temas vão passar por este espaço. Alguns consensuais, outros polémicos e outros do interesse de todos.

Fazia todo o sentido começar este tipo de publicações com alguém que com o seu trabalho me inspirou a iniciar o Robalos na Alma, um excelente pescador e alguém que admiro por todo o altruísmo que vai tendo em tempos tão complicados na pesca em Portugal, falo de Fernando Encarnação, cruzei-me com o Fernando em vários fóruns de pesca antes mesmo de ele ter iniciado o seu Blogue, o Fernando é criador do blogue Oceanusatlanticus, um dos primeiros blogues sobre pesca desportiva em Portugal e na minha opinião o melhor blogue sobre pesca e suas envolventes que podemos encontrar de um bloguer Nacional.

Quem conhece o Fernando sabe a paixão que ele tem pela pesca e pela Natureza, além disso não se limitou a cruzar os braços e a afirmar que muita coisa está mal na pesca em Portugal, luta e lutou por causas do interesse de todos e pela preservação e equilíbrio com a Natureza, sem entrar em fundamentalismos exacerbados.

Antes de mais o meu agradecimento ao Fernando por ter acedido a colaborar neste projecto e às fotos cedidas para este artigo.

À Conversa com Fernando Encarnação


Comecei a escrever na blogosfera inspirado pelo teu exemplo. Como surgiu a ideia de criares um blogue?

Pesco no mar desde muito cedo, inspirado pelo meu pai e as suas pescarias aos robalos e carapaus, desde muito novo adquiri uma ligação ao mar, através da observação das espécies que observava nas poças na baixa-mar. A evolução como pescador faz-se ao longo da vida, estamos sempre a aprender, a partilha com outros amigos pescadores ao longo dos anos dotou-me de algumas características que me encaminharam para o especial interesse pelos sargos.

Na web comecei a pesquisar mais sobre a espécie e a entrar em fóruns de discussão, onde se falava de tudo e mais alguma coisa, trocas de opiniões, algumas confusões, etc, o normal quando muitas opiniões por vezes são distintas. Alguns fóruns foram criados, outros cessaram, muitos perderam o interesse, e começaram a aparecer os blogs, muito poucos. Recordo-me que na altura que comecei a seguir o blog do António Ferreira, Maresia na Costa e do Fernando Corvelo, o Robalos nas Ondas, achei interessante e pensei em criar um espaço meu onde seria o responsável pelos conteúdos, onde colocaria os meus relatos, artigos, fotografias, divulgação científica, noticias e temas variados que estão ligados ao mar, nosso mar principalmente, e foram surgindo ideias, foram ocupadas algumas centenas de horas no Oceanus Atlanticus, desde Junho de 1997 até agora.


Achas que a blogosfera pode ter um papel importante no panorama da pesca desportiva Nacional?

Sem dúvida, em varias vertentes, cito as mais importantes, sensibilização e divulgação, através de um projecto podemos dar-lhe um cunho pessoal mais aberto ou fechado, falar de uma modalidade, técnica, capturas, segurança, etc, depende do seu gestor, mas por exemplo, sempre respondi aos comentários e questões que me colocaram, não devemos passar muita informação, porque ambicionamos que existam comentários ou questões, mas por vezes elas não aparecem o que se torna um pouco desmotivante.

Existe o outro lado que ao longo do tempo tenho observado, a proliferação de espaços pessoais, quase aniquilou os fóruns, o crescente aumento de praticantes, e com todo direito, decidem criar também eles o seu espaço, da sua maneira, com os temas que entende, etc., as novas tecnologias que publicam em directo do local da captura se o entenderem, a busca de informação a todos os níveis à distância de um “click” é de facto extraordinária.

Gostavas de ver mais blogues sobre pesca ou melhores blogues?

Não me compete a mim definir um espaço ou projecto, sigo alguns espaços dos quais me identifico, dos quais me dão prazer ler relatos, ideias, ver imagens ou vídeos. Paulo gostas de ver muitos peixe nas ondas, mais pequenos ou grandes exemplares mesmo poucos que sejam?! É claro que muitos é sinal de sustentabilidade, mas os conteúdos remetem para a teoria da evolução, só os mais fortes sobrevivem, se modificam e evoluem.

O que achas que mudou na pesca com a massificação do uso da Internet por pescadores e para pescadores?

A internet não estava acessível a todos, o conhecimento cientifico, os materiais de pesca, utensílios, as marcas, evoluíram, a globalização permite-te adquirir hoje um artificial que saiu ontem da fabrica, no outro lado do mundo, conseguires adquirir material mais barato, conseguires informação, avançares para o DIY (do it yourself) que esta agora na moda do vinil e cabeçotes.

Quase tudo se sabe, depois temos de ter a capacidade de adaptar o conhecimento à prática, e isso ainda faz confusão a muita gente, o que é certo em determinadas mãos pode não o ser em outras…


Defendi sempre o associativismo na defesa da pesca e de muitos interesses instalados, sempre foste um elemento activo na defesa dos interesses dos pescadores e dos recursos marinhos, fazes fizeste parte da ANPLED, achas que a mesma tem atingido os objectivos a que se propôs?

O Associativismo é a base da defesa de uma actividade ou modalidade. Em 2006 surgiu a primeira legislação da pesca lúdica, mas como tem sido normal, emana-se legislação sem conhecimento de causa e efeito e aguarda-se que a metodologia do proibir por acção de coimas façam milagres, acompanhei alguns amigos que por carolice teimavam (alguns ainda teimam) alterar ou repor algumas situações que a nosso entender eram prejudiciais para os pescadores lúdicos e algumas espécies.

Como tudo fomos criticados por uns, apoiados por outros inclusive ignorados por outros tantos, foram alguns anos a queimar tempo e alguns trocos, o que ganhamos, a sensação de dever conseguido, o conhecimento de grandes amigos entre os quais o João Borges, António Neves, José Nazaré, entre outros.

Mas como tudo, houve batalhas travadas, vitorias conseguidas, muitas reuniões, algumas alterações no grupo da ANPLED, saíram uns, entraram outros, mas continua.

Como explicas que grande parte dos pescadores com quem me cruzo nos pesqueiros não conhece a ANPLED, tenho a ideia que o raio de acção e influência da mesma incide muito mais na zona sul do País, concordas?

A ANPLED é uma Associação Nacional, na sua génese ambicionava a propagação nos denominados pólos norte e sul, mas acho que até à data não foi conseguido esse objectivo. As associações são o que os associados e pessoas para quem ela “trabalha” querem que ela seja, se tens poucos associados num universo de milhares de pescadores, alguma coisa não funciona, mas isso acontece também na caça submarina, na APPSA por exemplo.

O raio de acção da ANPLED funcionou mais a sul, na última direcção do qual ainda fiz parte (2º mandato como vice-presidente), existia a problemática da restrição da pesca lúdica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, nessa altura foi criado um grupo de trabalho no Algarve e no Alentejo Litoral. Existia um grande descontentamento, as restrições eram muitas para residentes e não residentes no PNSACV, que lógica tinha eu como residente puder e alguém de Lisboa ou do Porto estar limitado e ser completamente restrito? Não ser permitido pescar um dia por semana? Existir um defeso (restrição à pesca lúdica), que ainda esta consagrado na lei, quando não existe restrições à pesca profissional, quando a espécie não está em risco, etc. 

É necessário existir participação da Direcção e colaboradores, as matérias envolventes carecem de muito tempo e disponibilidade, não é uma actividade remunerada, é algo que acreditamos e trabalhamos por carolice.


Há alguma acção que queiras divulgar sobre a ANPLED?

Tem efectuado acções de sensibilização e workshops com crianças que abraçaram a modalidade pesca lúdica há pouco tempo, tem participado no grupo de trabalho que produziu também as últimas alterações à pesca lúdica.

Como classificas a legislação que se aplica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina?

Na legislação da pesca lúdica, acho que deverá existir um enquadramento geral do âmbito nacional. A legislação proteccionista, funciona como um contra senso, quando comparamos a existem para o espaço terrestre e marítimo.

Deve de existir desenvolvimento, mas neste caso, PNSACV deveria ser mais o sustentável, deveria de existir uma promoção da agricultura tradicional, das espécies autóctones, etc. No concelho de Odemira, impera um espaço litoral de agricultura intensiva, onde são terraplanados diariamente porções de terreno, onde são destruídos ecossistemas confinantes dunares, onde são aplicados produtos fitossanitários, etc, a água do perímetro de rega carregada de nutrientes contamina lençóis freáticos e numa última fase segue o seu caminho para o mar.

No mar, não podemos (pescadores apeados) apanhar um sargo na época do defeso, defeso para mim é a não iteração entre o Homem e uma espécie por motivos vários, acasalamento, reprodução, declínio nos stocks, contaminação, etc, prefiro utilizar o termo restrição, os profissionais podem largar redes na borda de água e capturar algumas centenas de sargos num lance; não podemos apanhar mais de dois quilos de percebes, os mariscadores e pseudo mariscadores, recolhem sacas diariamente, e não falamos apenas de marisco de tamanho adulto, existem os chamados danos colaterais no marisco mais pequeno; ouriços são uma espécie que se alimente essencialmente de algas, num determinado tamanho deixam de ter predadores, existem grandes quantidades na nossa costa, mas a sua captura está limitada, quando a mesmo só tem significado de Dezembro ate Março; não se pode andar por um trilho numa zona dunar,
alguém que adquira um terreno, pode colocar maquinaria pesada, drenar o mesmo, terraplana-lo, veda-lo e produzir o que bem entender. Enfim…

Neste ponto tenho de mencionar o David Rosa e o seu trabalho de persistência como Comissão de Pescadores e Populações é uma prova de como continua a existir descontentamento, e trabalho a nível local.

Defendes incondicionalmente que os principais culpados na diminuição de stocks de robalos e Sargos são os profissionais ou os desportivos também tem a sua cota parte de responsabilidade?

Não sou fundamentalista, vejo muitas vezes pescas industriais que fazem inveja a muita gente, dedos apontados aos profissionais, recordo-me de ter publicado uma entrada no blog pequenas grandes pescas de um artigo do meu amigo Prof. João Castro que fala na micro pesca, que me sensibilizou para isso. Todos temos uma parte na diminuição dos stocks, em terra, no mar e no ar, somos responsáveis por todos os impactos que as espécies têm. A pesca Tradicional (portinhos de pesca) e profissional (industrial) digamos que será a Macro pesca.


Se fosses legislador quais seriam as tuas principais alterações na actual legislação?

Acabava com o defeso pois é um contra senso. Se fosse possível aumentava o tamanho mínimo das espécies para mais uns quatro centímetros, parece pouco mas faria uma grande diferença.

Sei que estás ligado à Vega, como encaras essa ligação? 

Basicamente, a Vega fornece o mercado interno e externo com equipamento para diversas tipologias de pesca (Spinning, Rock-Fishing, Surf-Cast, Pesca Embarcada e Águas interiores), prático pesca lúdica e caça submarina, gosto de fazer unas registos fotográficos de determinados ambientes, macros de espécies e jornadas, utilizo o material que me disponibilizam e solicitam a minha humilde opinião na elaboração de artigos de opinião. A minha ligação à Vega já tem uns anos, é o equipamento que eu utilizo para o desenvolvimento das minhas técnicas e jornadas que me tem dado alegrias e adrenalina.

As marcas descobriram num passado muito recente que o melhor veículo de Marketing em Portugal é a Internet, achas que ainda há um grande caminho a percorrer neste capítulo ou que o mercado Nacional é pequeno demais para esta tipologia de parcerias?

Na minha humilde opinião, e no caso que tenho mais conhecimento (Mundináutica - Vega), a ferramenta de Marketing está focada no apoio de compra ou nas escolhas finais por influência dos lojistas, na aquisição de produtos e equipamentos de pesca. Reconhecendo esse ponto a marca assume o compromisso, de enviar o Jornal da Pesca (suporte papel), sem qualquer encargo para o representante da marca na loja de pesca e aos frequentadores da mesma. Para além da página web da marca, ainda podemos constatar a existência de três páginas na rede social Facebook com o Jornal da Pesca do Mar, Jornal da Pesca Predadores e Jornal da Pesca Água doce. 

Não posso falar de algo que desconheço, mas a politica neste caso tem sido a expansão, inicialmente ibérica, depois europeia, posteriormente Brasil e Angola. Alguma marca que se dedique apenas ao mercado interno ou à sua presença na internet, na grande maioria dos casos não terá grande sucesso.

Tenho a ideia que o pescador desportivo nacional é visto como um selvagem que mata tudo o que mexe, concordas?

Essa ideia provavelmente poderá ser a que se transmite para fora, a Península Ibérica tem dessas coisas… De uma forma geral não creio que seja assim, há casos e casos, não me compete julgar os outros, mas esse é o resultado do que transparecemos.

Que preferes? Pescar robalos ou Sargos?

As duas espécies alvo são tão distintas, que acertas-te nas duas espécies que mais prazer e sensações me dão, ambas as pescas para mim são anfíbias, ao sargo é normal que passe para cima de pedras ilhadas, que desça por cordas, que esteja em locais junto à
linha de água com alguma ondulação considerável, pois a adrenalina tem de temperar uma jornada, depois vem as sensações da procura do peixe, da colocação do engodo, da utilização das iscas que os mesmos não vão recusar, se não estiverem no pesqueiro poderão entrar a determinadas horas, se não apareceram já não vão aparecer, procura de sinais na maré baixa da sua passagem pelo pesqueiro, etc.

Os robalos é aquela mágica, romper do dia, cair da noite, nunca sabemos o que nos aguarda, horas ou minutos, nunca sabemos quando o artificial que é animado abaixo da capa branca da oxigenação é atacado, as fracções mágicas entre o ataque de um peixe a uma artificial de superfície, as lutas, a escolha dos locais, as insistências e o combate.

No caso dos robalos, ficaste rendido ao Spinning ou achas que há momentos para diferentes técnicas?

Spinning por enquanto é de eleição, mas existe momentos para outras técnicas, e evolução, se estagnamos numa técnica ficaremos agarrados à sua limitação, depende do que quisermos fazer, tenhamos capacidade, conhecimento e jeito para a coisa, é sempre bom termos uns amigos que gostem destas coisas e que partilhe conhecimentos de variantes, quem sabe se não resultando num determinado local, não funcionara noutro.

Por exemplo, um regresso ao passado tipo, mar bravo, águas oxigenadas e tons escuros, porque não pegar numa vara Sportex, mono 0.50 no carreto, 120-150 gramas de chumbada, estralho de braça e meia, anzol 0/4, iscado com forrado de polvo ou uma pata e tentarmos a sorte de ferrar um bom exemplar da forma tradicional?

Que mais te apaixona no spinning?

Pessoalmente, tenho gosto por meias mares do nascer do sol ou por do sol, o misticismo do predador que procuramos, uma espécie nobre, o não sabermos quando vamos sentir um ataque ao artificial que percorre a rebentação, a corrente, o substrato submerso, estará aqui ou ali, o ataque de um peixe a uma artificial de superfície, a procura em forma de leque, o combate até observarmos uma armadura prateada à tona de água, isto é a essência da pesca. A magia dos momentos da ferragem, a luta e a adrenalina que sentimos pode ser sempre potencializada pelos locais que escolhemos, uma pedra avançada na linha de costa, na baixa-mar, uma zona de sedimentação de areia onde pescamos com água pela cintura, etc. 

Amostras secretas ou predilectas, queres desvendar um pouco o véu?

Secretas não, predilectas, daquelas que efectuei muitas capturas foram as Saltigas 140, Flash Minnow MR 130, Angel Kiss, actualmente, estou rendido às Smart Minnow, pelo seu voo e performance de lançamento, capa de água que percorrem. Como se diz por estes lados “Anzol na água é uma forca de peixe”.

Qual o factor que mais importância dás nesta modalidade de pesca?

Existem alguns, conhecermos bem a espécie, os seus hábitos o seu ambiente e as suas relações entre outras espécies, as condições propícias para encontrarmos o nosso alvo, os cuidados a ter na prática da modalidade, o que não devemos fazer, etc. Dominando minimamente estes pontos é insistir, o êxito depende da insistência e dedicação.

Qual o robalo que mais prazer te deu capturar? Queres contar? 

Cada peixe tem uma história, deve fazer parte do nosso reconhecimento por essa nobre espécie. De algumas, lembro-me de um robalo de quilo e pouco que atacou uma artificial saindo por completo fora de água (tal como o seu parente achigã), outro exemplar de quatro quilos e meio, que no final do lançamento, após duas ou três recuperações atacou o artificial e produziu uma investida em arco sempre forçando, ao fim de algum tempo, consegui coloca-lo perto de mim mas sempre pelo fundo e de lado, só mesmo no final junto a pedra é que observei a artificial completamente atravessada na boca; um outro peixe, com uns cinco quilos foi já de noite, cercado por água numa ponta de pedra, tinha capturado quatro exemplares entre os dois quilogramas, faço um lançamento numa zona com meio metro de água e fundo de pedra com alguns caldeirões, ao fim de algumas
maniveladas sinto uma prisão (tipo rocha), aliviei um pouco e a rocha começou a investir naquela pouca água, foi um espectáculo, principalmente porque a certa altura tive de recuperar a linha manualmente rodando a bobine do carreto, pois a manivela deixou de funcionar consegui recuperar o peixe.


Que conselhos deixas para quem se quer iniciar nesta modalidade?

Principalmente para não colocarem a vossa integridade física em risco, um peixe (s) não vale uma vida, para além da citação “Há mais marés do que marinheiros”, tentem absorver informação à cerca da espécie que pretendem capturar, perceber os seus hábitos, avaliar locais, tentar perceber a dinâmica das zonas litorais, etc, e por ultimo mas não menos importante, não desistam, insistam na procura que irão ser recompensados em sensações.

Os mais jovens serão o futuro desta modalidade, vês correntes de mudança e  esperanças renascidas ou vamos ter mais do mesmo?

A sustentabilidade de um recurso depende da gestão ou ensinamentos que temos e praticamos no presente e transmitimos às gerações vindouras, para que as mesmas possa usufruir dele tal como nós usufruímos no presente.

Temo que isso possa não acontecer, pelo menos, com a frequência que fomos habituados, e que cada vez mais se vai reduzindo em número de dias. Seguindo este exemplo, não pratico pesca em águas interiores (talvez uma ou duas experiências por ano), só no mar, mas reconheço a fragilidade desses ecossistemas por serem reduzidos em dimensão e estarem confinados a um espaço ou área reduzida, a uma pressão de pesca, em dimensões bem diferentes, quando comparada com o mar, se existisse exponencialmente uma pressão nesses recursos como tem existido um acréscimo de praticantes no mar, como será?


2 comentários:

Francisco Belo disse...

Boas Fernando!!
Apesar de ter ido verificar, esta entrevista já foi publicada em inícios do ano de 2015!!
Não a tinha tido a oportunidade de a ler. Mas não quero deixar de te dar os parabéns pela mesma.
Uma entrevista muito bem estruturada com respostas muito bem dadas de quem sabe do que fala!!
Muitos parabéns pela mesma.
Forte abraço

Fernando Encarnação disse...

Boas Francisco,
Sim já tinha uns tempos, mas não a quis publicar de imediato e foi passando.
O Paulo Martins teve essa boa ideia que vou seguir.
Recomendo ainda esse espaço Robalos na Alma, pelo seu conteúdo, reflexões e opiniões.

Grande abraço e boas pescarias, dentro e fora de agua.