Robalos... Onde?!

O Spinning e o Robalo

Os pontos quentes para a pesca de ao robalo, assim como as condições mais favoráveis para a sua captura, e quando se fala em condições, fala-se de mares, correntes, ondulação, ventos, alimentação, características deste predador, hábitos, etc.

Dominar alguns pontos nesta equação que deverá ser conduzida para que dê um resultado positivo no final, existem factores que depois de dominados ao lhe ser somado algumas horas de pratica em jornadas, o resultado será certamente positivo.

Creio que para capturar exemplares não basta ter material e artificiais "xpto", é preciso entrarmos um pouco na biologia deste grande predador, compreender efectivamente que estamos a lidar com um predador e não um peixe qualquer, e que como um duelo o deveremos respeitar.

Dias de mar parado são os indicados para conhecimento dos
afloramentos rochosos, canais ou lajes

Com a chegada do verão, o mar calmo, as ferias e a água lusa, nada melhor do que tirar umas horas para observar determinados locais, aqueles que não conhecemos, aqueles que conhecemos mal e até aqueles que conhecemos bem, poderemos nesta altura tirar a fotocopia, raio-x ou ate a ecografia do local, avalia-lo comparando com o período mais mexido ou com ondulação considerável será uma mais valia, em primeiro lugar porque nos apercebemos dos afloramentos rochosos, bancos de areia, canais de escoa de correntes, etc.

Algumas variantes poderão e vão efectivamente ser alteradas ao longo do ano, mas com elas existe sempre algo que deveremos tentar aprender pela experiência.

A baixa-mar revela afloramentos e coincide com o
período de maior oxigenação das águas

A baixa mar é sem duvida alguma o ponto chave, as suas três ultimas horas da preia mar à baixa mar e da baixa mar à preia-mar, são as óptimas, se bem que poderão ser capturados exemplares posteriormente ou anteriormente a essas horas, pois coincidem com as horas de maior actividade do predador em busca de alimento, não somente por norma, mas sim porque é nesta altura onde a rebentação e oxigenação da água é mais visível junto à costa ou em estratos rochosos submersos na preia-mar que ficam salientes na baixa mar originando uma turbulência de águas.

Esquerda: Local onde o mar parte
Centro/e direita: Local onde se verifica o espraiar do mar

Conhecer bem a zona é de uma importância vital que poderá fazer a diferença, após a leitura conhecimento e analise, poderemos ponderar e avaliar alguns "spot`s", tipo plano B ou C e conjuga-los em diferentes alturas, somando-lhes os resultados, por exemplo o local A é bom com determinadas condições e proporciona ataques e capturas que o local B e C não, mas o local B é muito melhor com ondulação mais elevada, já o C terá de ter vento NO para se conseguir trabalhar os artificiais para la do ponto quente.

Local óptimo para o robalo caçar emboscado na oxigenação

Avaliar e conjugar o vento (quadrante e intensidade) e ondulação (período da vaga e tamanho da ondulação) para um determinado local ou zona será o ponto de partida para não haver desilusões, quer em deslocações em vão, quer em condições de segurança.

As tabelas de marés são outra variante muitíssimo importante, pois dão-nos as horas e amplitudes das mares, nascimento ou ocaso e as fases da lua.

A capa de espuma esconde muita coisa...

A experiência e a pratica ao longo de algumas jornadas com o cruzamento de dados avaliados nos locais frequentados, dar-nos-ao a aptidão suficiente para que ao analisar o mar (vulgarmente apelidado de ler o mar), nos de bases suficientes para que as capturas comecem a surgir.

Creio que a pesca não é mais do que a aprendizagem, recolha de dados e compreensão, só assim obteremos resultados nas jornadas.

Jornada de Spinning ao por do sol

Os peixes circulam pelas correntes e à medida que o estado do mar, as marés e as estações do ano alteram a morfologia do estrato submarino (areias, fauna e flora), também poderão seguir as correntes que levam ou trazem alimento para o litoral marinho.

Robalos nas ondas união para a reprodução

No que diz respeito à jornada propriamente dita, o trabalho preparatório em casa na montagem do "shock-leader" no terminal do multifilamento (quando for utilizado) poderá poupar alguns minutos, mas não será propriamente algo imprescindível, pois com a pratica faz-se no local num minuto aproximadamente.

Jornada de Spinning ao por do sol

Que zonas preferidas poderemos encontrar os robalos?

Zonas de caça deste predador variam entre o meio metro, algumas vezes até menos, até aos trinta, quarenta metros, embora nas estações mais quentes, Primavera e Verão, coincidam com a aproximação mais frequente deste predador da costa, muito em particular pelos movimentos das areias, correntes e comedia (pequenos alevins, poliquetas, crustáceos e moluscos, mais frequentemente.

Robalos na patrulha

Por outro lado a preferência por águas turbulentas e agitadas, bastante oxigenadas fazem-no sentir como se costuma dizer, como peixe na água.

No teatro de operações da emboscada propriamente dita deste predador, pode avaliar-se o descrito no paragrafo anterior, por exemplo, se temos um afloramento rochoso que se torna visível a meio da baixa mar e que a ondulação passa por cima dele ou rebenta/parte em cima do mesmo, está encontrado um local propicio à presença do Robalo, um agente camuflado na espuma, óptimo nas prestações físicas e aptidão para lutar contra alguns factores que outras espécies terão uma dificuldade acrescida, é aqui que o Robalo se sente protegido na sua modalidade de caça, e procura as suas presas debilitadas pela agitação das águas ou com pouca hipótese de êxito de fuga.

Excelente zona de caça, uma baía com fundo de pedra a meia maré,
os estratos provocam a oxigenação

Ondulações e "espumeiros" constantes com intervalo suficiente para se trabalhar uma amostra artificial é sem duvida o ideal, se eles lá estiverem atacarão certamente se estiverem reunidas as condições ideais para serem realizadas as capturas.

Local frequentado por robalos na procura de alimento

Mas esta realidade não se observa apenas nas lajes submersas pois também a poderemos encontrar em fundos de areia ou pedra rolada, locais onde a profundidade diminui consideravelmente para 1/3 da altura da onda, normalmente quando ocorre a quebra da onda e se verifica o inicio do "espraiar" da onda.

Apesar da água lusa os robalos mantém-se neste local, zona
limítrofe a uma praia com movimentação de areia

Existe uma dupla explicação para que em determinado local se verifique a presença de robalos, em primeiro lugar, e isso pode ser visto aquando do inicio da reprodução em zonas de areia ou mistas, os robalos tem por norma o patrulhamento da linha de costa na zona da rebentação, isto é, tem uma zona de entrada, viragem e saída, e esse factor também pode ser observado no acto da caça normal, ou por emboscada.

Robalo

A ter em conta:

Os predadores tendem por norma, apesar de frequentarem zonas de agitação, economizar energia na sua caça, por isto tentam caçar emboscados em zonas que estejam protegidos por oxigenação/ondulação das correntes, embora se possam servir dessas correntes para facilitar o processo de locomoção na água.

Apesar de alguma turbulência superficial das águas existe uma camada entre a superfície da linha de água que poderá ir até aos três metros, (dependendo das condições do substrato rochoso, tipo de ondulação, estado do mar, amplitude da maré), de oxigenação ou "espumeiro". Com isto, ao observarmos uma zona de agitação não quererá dizer que essa agitação se manifeste da superfície até ao fundo, (teremos de atender ao factor profundidade do local), por exemplo se no local se apresentar a uma profundidade de dois metros, com um afloramento rochoso de meio metro à superfície da linha de água, existirá até à profundidade referida uma oxigenação considerável desde meia maré para a baixa-mar, no entanto esse processo será invertido no momento que a maré se transfere para a preia-mar a partir do ponto meia maré, até à inexistência de oxigenação.

Zona de caça e frequentemente procurada por Robalos

As correntes marinhas são a via de alimentação e transporte de nutrientes (plâncton e fito plâncton), já que o mesmo se encontra na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, uma vez que serve de alimentação a organismos maiores e menores, a estas correntes, deverão ser somados os factor ventos e aumento da temperatura média das águas. Se existe micro alimento em abundância para pequenos alevins e vegetação marinha, existira um aumento exponencial e rápido desses organismos, o que levará a que as linhas de costa sejam mais frequentadas por predadores.

Acompanhar a baixa mar de forma a que seja acompanhada também as correntes que levam nutrientes e organismos à medida de o nível de água vai baixando, é um exemplo a ser tido em conta.

Na preia-mar com marés de grande amplitude é mais fácil a sua
aproximação à linha de costa

A influência da amplitude de marés é um elemento bastante importante, uma vez que, com marés de baixa amplitude (vulgarmente designadas por marés mortas) o Robalo não ande tão activo em termos de movimentações, com isto poderemos frequentar vários dias o mesmo local ou zona, apesar de não existir uma aproximação da linha de costa, já as marés de grande amplitude (vulgarmente designadas por marés vivas) o processo será inverso, uma vez que, em termos de movimentações haverá mais actividade e a aproximação à linha de costa ser mais evidente.

Praias com ondulação são também pontos
frequentados por este predador

A influência da lua na pesca estará sempre interligada com a amplitude de marés, apesar de não ser regra geral, a fase de lua nova e passagem a quarto crescente (principalmente à noite) poderão proporcionar boas capturas, já no quarto minguante poderão os encontros poderão ser menos frequentes com o robalo.

Teoricamente, a economização de energia no processo de procura de alimento (caça) deveria ser mais efectivo na fase Baixa mar para preia-mar, uma vez que não haveria queima de energia extra, uma vez que o estado do mar e ondulação diminuirão simetricamente aquando da subida da maré, na pratica tenho efectuado o maior numero de capturas de meia maré para baixa-mar.

Triângulo de espuma

A estabilidade atmosférica é outro ponto de relevo nesta serie de factores, uma vez que poderá originar ou causar, através da pressão atmosférica instabilidades a nível de baixa de temperatura, chuva, vento, trovoadas, etc, às quais os peixes são bastante sensíveis, para não falar no factor de segurança que poderá alterar completamente o cenário ambiental de uma jornada.

Mas nem só a nível meteorológico a pressão pode alterar um determinado cenário, pois mediante determinada pressão assim poderá variar consideravelmente a profundidade de permanência de uma determinada espécie, neste caso o Robalo pode ser frequentador da camada superficial, meia camada e fundo, dependendo da profundidade, assim será mais ou menos sentida a temperatura da água, sendo que à superfície estará mais quente que a meia água ou fundo pela acção da energia radiante do sol.

O vento tem a capacidade de alterar o estado do mar, isto é, dá inicio à ondulação, pode alterar a cadencia das ondas, pode aumenta-las ou diminui-las, pode alterar a sua direcção, ou simplesmente acabar com a ondulação.

Pescar é fácil, por vezes complica-se bastante, mas é extremamente fácil, onde iniciar e acabar uma jornada no decorrer dos inúmeros factores ambientais e atmosféricos que nos brindam durante um ano é que é mais complicado...

Spinning costeiro em zonas de areia

Em suma, existe a teoria bastante diferente de pessoa para pessoa, existem traços básicos que tocam e focam vários factores, mas na minha humilde opinião nada nem ninguém como o mar e a experiência pratica que através de erros nos vão comprovando com pequenas ou grandes correcções um ponto óptimo de optimização de resultados nas jornadas feitas e nas que virão...

24 comentários:

Team Mesquitas disse...

este relato ou artigo esta verdadeiramente espetacular..fez-me ler várias vezes..muito bom mesmo..um abraço

Fernando Encarnação disse...

Boas Paulo, obrigado pelo comentário.

São algumas perspectivas na equação Spinning x Robalo com base em experiências ao longo das jornadas de spinning.

Abraço.

xandre disse...

Como sempre, óptimo artigo para quem gosta de Natureza/Pesca.
Por isso este é um dos meus Blogs de eleição.

Abraço
Alexandre

Fernando Encarnação disse...

Viva Xandre, grato pelo comentário e pelas dicas em tempos..., de facto é uma paixão o contacto com a natureza e a percepção de muitos outros factores que passam ao lado por vezes quando só pensamos e queremos capturar peixe, com evolução ou não, a pesca para mim é mais do que apanhar ou capturar peixe e tu sabes bem disso.

Grande abraço e os votos de que tudo corra melhor para que possas fazer uma visita a mim e ao Primo.

Obrigado uma vez mais.

padilha disse...

Muitos parabéns por este excelente artigo!!
sou adepto da pesca ao spining e achei este artigo deveras esclarecedor, apesar de, como diz, cada um terá as suas teorias.....

Abraço
Carlos Padilha

Fernando Encarnação disse...

Viva Carlos Padilha, desde já o meu agradecimento pelo comentário.

As teorias diferem de zona para zona e enquadram-se positivamente com cada um conforme os resultados.

No meu ponto de vista obtenho alguns resultados com espécies como o Robalo e Sargo, porque alterar? Diferentes zonas e técnicas serão certamente mais viáveis conforme sejamos conhecedores do ambiente e fundos dos seus frequentadores, isto é, das espécies alvo.

Já agora as teorias estarao sempre num patamar abaixo da pratica ;)

Cumprimentos.

Ernesto Lima disse...

Viva Fernando!

Adorei o teu artigo, quer pela forma como está explicado, quer pela documentação de imagem. Muito se aprende por aqui.

Depois de ler este artigo, acho que me vou dedicar ao Spinning um destes dias. Excelente!!!

pedro galante disse...

Olá Fernando!
Antes de mais, excelente este teu texto e muito elucidativo para alguns principiantes nessa modalidade que dá pelo nome de Spinning.
Estive a ler mais ou menos por alto... visto que esta "pesca" de que tanto "falas", não é minha eleita, mas, faço apenas um reparo no qual, é só uma opinião que tenho constactado ao londo dos meus mais 30 anos de pesca:
Em zonas que o mar levanta areia, nunca tirei um peixe, ao contrário dos cabeços onde a água é tradicionalmnte espuma, aqui sim, como é um dado adquirido.

Grande abraço, e desejem-me todos boas férias :-)

Fernando Encarnação disse...

Viva Ernesto, obrigado pelo comentário caro amigo.

Isto é apenas um ponto de vista nos tantos que existem por ai...

É somente um pouco de dedicação, ainda me recordo que quando me iniciei no spinning (apesar de ter feito algumas capturas de exemplares entre as 400 e as 800 gramas, todos libertados até aquele exemplar que contou como captura) foram somente 21 grades/chibos... Estava mesmo quase para desistir, depois foi apanhar o "calo" e até hoje não me posso queixar.

Ernesto com a tua dedicaçao e experiencia com os vinis e zagaias de certeza que na costa norte onde esta o Makaira te dá resultados, é mesmo só umas experiencias...

Grande abraço.

Fernando Encarnação disse...

Viva Pedro!

Os meus agradecimentos pelo comentário.

Pedro longe de mim colocar essa experiência de 30 anos, mas asseguro te que por estes lados (Porto Covo a Sagres) já fiz bastantes capturas em locais com areia em movimento (cogumelos de areia) Sargos, Robalos, Bailas e Douradas e não sou o único a faze-lo, pois muita boa gente por estes lados tem preferência em locais com essas características

Também te posso disponibilizar fotos de robalos nesses locais com areia à mistura na onda.

Grande abraço e boas férias para ti e para mim...

;)

Tiago Laurentino disse...

Fernando um artigo bastante completo parabens, os Robalos nas coroas e bolos de areia apanham-se e bastantes, vêm muitas vezes amarelos de areia nas escamas colocamos numa possa e ficam prateados de novo.
Mais uma vez parabens pelo trabalho.
Abraço.

Pedro D. disse...

Boa noite,

Artigo fantástico amigo. Ao ler pela 3a vez deixo um comentário de agradecimento.

Hoje estive em Porto Covo e para variar nem um toque :)

Mas vendo as coisas pelo lado positivo foi um dia bem passado onde ainda tive algumas situações engraçadas. Como por exemplo o carro atolado em milfontes :). Passado 1h, 2 pescadores (boa gente) lá me puxaram o carro.

Um abraço

Fernando Encarnação disse...

Viva Tiago.

O meu agradecimento pelo comentário.

Os robalos, douradas e sargos entre outros como salmonetes, linguados, etc costumam frequentar a areia e os seus movimentos, porque quando existe movimentaçoes de areia por ondulaçao, o mar retira areia de locais, mexe com fundos, interfere no abrigo de crustaceos, moluscos e pequenso peixes (cabozes), para nao falar nos anelideos, ora quando existe movimento de areia nas ondas, existe alimento em suspensao,os peixes frequentam esses locais.

Já quando existe moviemntaçoes de areia com mares mansos, vulgarmente conhecido como arear, essas movimentaçoes tambem interferem com abrigos, embora a questao dos anelideos nao se verifique tanto.

Confirmas ;)

Grande abraço.

Fernando Encarnação disse...

Viva PDionisio, desde já o meu agradecimento pelo comentário.

O tempo hoje estava ventoso, a água tornou-se mais escura por causa do vento NO, e por acaso um amigo meu telefonou me a dizer que capturou peixe mais grado, incluindo duas douradas 2 kg e 1 kg, ha tipos com sorte...

A malta pescadora tem esses azares por vezes, quantas vezes nao me aconteceu a mim em pleno inverno, até que um tractor me tirou do atoladiço...

Grande abraço e boas jornadas de aventuras e pesca tudo de bom caro amigo.

Pedro D. disse...

Boa noite,

De facto o mar estava bastante bom mas para pesca de fundo.

A "minha praia" é mais surfcasting mas como bom alentejano passei a juventude a pescar achigãs e fiquei com o gosto do spinning.

O gosto e o vicio são mais do que muitos por isso aproveito sempre que posso e vou apanhar uma maresia que só faz bem!

Da minha colheita ( rapazitos de 24 anos ) não conheço muitos que alinhem em pesca/caça ( felizmente aos sábados à noite em vez das bebedeiras lá ia eu para a praia do Malhão com o meu pai ) mas vou aprendendo a teórica e vou praticando spinning sempre que arranjo uns minutos livres.

O grande mal é que levo a cana de spinning atrás e as de surfcasting :). Por vezes tenho dias que não faço uma nem outra com jeito hehe...

Por exewmplo ontem dei comigo com 620km feitos num dia que meti de folga e corri a costa de almograve a sesimbra a tirar fotos e a pesquisar spots para ir enganar uns peixitos ( ou pelo menos tentar ).

Um abraço

Pedro

Filipepais disse...

É preciso ser grande mestre para além de saber pescar, saber ensinar!

Grande abraço para ti bro

Fernando Encarnação disse...

Boas Pedro

De facto o mar estava bastante bom mas para pesca de fundo, confirmo o mesmo :)

A "minha praia" não é o surf-casting, mas reconheço um potencial enorme a essa vertente, principalmente em alturas como as que se aproximam, existe uma enorme quantidade de areia junto à costa que esta carregada de alimento (vermes, teagem, crustáceos, etc) que quando o mar ganhar força e mexer um pouco começam a proporcionar enormes banquetes aos sargos, robalos e douradas, entre outros.

É verdade que não existe um grande interesse pela pesca da malta mais jovem, dá trabalho, perde-se tempo, é uma seca quando o peixe nao pica, apanha se frio ou calor, etc, é sempre preferível beber umas bejecas ou estar à frente de uma consola ou PC... (ironicamente falando), Pedro fazes muito bem, como eu segui os passos do meu pai na iniciação da pesca e contacto com o mar, também tu o fizeste ;)

Eu em tempos levava equipamento de caça submarina e de pesca, depois ou dava uma coisa ou outra...

Mas na realidade reconheço que se queremos fazer uma jornada, nos devemos dedicar apenas a um tipo de técnica, porque acho que é como dizes, nem uma coisa nem outra...

"Por exemplo ontem dei comigo com 620km feitos num dia que meti de folga e corri a costa de almograve a sesimbra a tirar fotos e a pesquisar spots para ir enganar uns peixitos ( ou pelo menos tentar )."

Eh, eh, eh, nesta altura vir para este inferno não é boa ideia, isto esta uma confusão... Mas sá sempre para mudar de ares e colher umas fotos ;)

Grande abraço

Fernando Encarnação

Fernando Encarnação disse...

Olha o Filipe...

Boas bro, desde já obrigado pelo comentário...

Mestre? Eu mal sei empatar um anzol...

Apenas dedicação e vontade de apreender, a licenciatura ainda agora começou...

Grande abraço para ti e para a tua patroa bro

;)

Anónimo disse...

Olá Fernando

Mais uma vez, brindas-nos com um excelente artigo. Obrigado.


Um forte abraço
Sérgio

Tiago Laurentino disse...

Os robalos, douradas e sargos entre outros como salmonetes, linguados, etc costumam frequentar a areia e os seus movimentos, porque quando existe movimentaçoes de areia por ondulaçao, o mar retira areia de locais, mexe com fundos, interfere no abrigo de crustaceos, moluscos e pequenso peixes (cabozes), para nao falar nos anelideos, ora quando existe movimento de areia nas ondas, existe alimento em suspensao,os peixes frequentam esses locais.

Já quando existe moviemntaçoes de areia com mares mansos, vulgarmente conhecido como arear, essas movimentaçoes tambem interferem com abrigos, embora a questao dos anelideos nao se verifique tanto.

Totalmente de acordo contigo, existem vários tipos de areias as mais finas onde normalmente andam teagens e outros anelideos, normalmente as praias são menos inclinadas e os movimentos são mais lentos das areias mas a rebentação em cima delas solta muita comida além de também arear e retirar abrigos ás presas, praias de areias mais grossas onde práticamente não existem anelideos, são normalmente praias de muita inclinação e de movimentos muito grandes de areias que em zonas de rocha de um dia para o outro muda, expondo muitos cabozes carengueijos entre outro alvos dos Robalos.
Movimentos de areia são excelentes por essas 2 razões.
Abraço

Fernando Encarnação disse...

Viva Sérgio.

Desde já o meu agradecimento plo comentário.

Grande abraço.

Fernando Encarnação disse...

Viva uma vez mais Tiago.

A existência de vários tipos de granulometria dos sedimentos no litoral correspondem efectivamente a diferentes ecossistemas marinhos, dependendo da granulometria do substrato.

Os movimentos de areias correspondem com alterações da geomorfologia do substrato, e por si só tendem a ter variáveis bastante importantes de zona para zona, à qual deveremos ter sempre em conta com vista da optimização das nossas jornadas.

É um prazer "discutir" abertamente as variáveis contigo de uma forma humilde Tiago, os meus parabéns por isso.

;)

Grande abraço.

Matos disse...

Boas Fernando,

tou a ver que venho atrasado para comentar o artigo... hehehe é bom sinal...

Nem sei o que dizer depois de tanto comentário acertivo por parte dos teus adeptos... hehehe
mas uma coisa é certa, continua assim que o pessoal gosta.

Esquadrão Coruja teve uma semana e meia de férias na fronteira do alentejo costeiro com o algarve...

Spinning.... só com os olhos... hehehe... aos fios dentais... hehehe...

Grande abraço, Matos ;)

Fernando Encarnação disse...

Viva Sr. Matos

Obrigado pelo comentário.

Esquadrão Coruja faz muito bem entrar de férias também na pesca, é muito bom sinal...

Spinning aos fios dentais, isso era logo full face com um V-L a bombar e um battle pack bem carregado, checka a chamuça, olha a cobra, o teu espelho, o pilar esquerdo...

Belos tempos...

Tu percebes certo?

Grande abraço

;)