Jornada com o Filipe Pais


Estando de férias e após aceitar um convite para uma pescaria do Filipe Pais que estava pela zona de Porto Covo, lá nos encontramos na Zambujeira do Mar. O mar e o vento apresentava-se relativamente calmo em comparação com os dias anteriores, o que deu para as águas ficarem mais lusas e com pouca ondulação.

Partimos mais para sul numa zona com óptimas condições, pena foi a baixa-mar e a ausência de toques nos trocarem as voltas, ao que mudamos de pesqueiro na tentativa de irmos procurar alguns toques que tinham sido ausentes até então.










Após um apelidado “Treino de Comandos” pelo Filipe, percorremos uma distância considerável a nado de forma a evitar uma subida e novamente descida de falésia de uns 50 metros de altura, até porque o mar convidava a isso.

As primeiras capturas começaram a surgir assim que chegamos ao pesqueiro, mas o virar da maré ia acalmando substancialmente a pequena vaga que existia, ficando mesmo parado, os sargos avistavam-se em todo o contorno da pedra, mas as bogas também lá andavam, alguns sargos tiveram mesmo de ser retirados com o auxílio do engodo em pouca água local onde as bogas não andam.

Mais uma vez as técnicas utilizadas por mim e pelo Filipe foi a chumbadinha pois é um bom local, com alguns lavadiços onde os sargos permanecem, mesmo na baixa-mar, local onde comecei a engodar uma vez mais com pequenos pedaços de sardinha.

Após algumas capturas entre ambos, as condições reduziram-se bastante e estava na hora do almoço, esperava-nos mais uma distância considerável para percorrermos a nado.

Valeu o dia, pela aventura, o pesqueiro esse fica de repouso para daqui a uns tempos…










Material utilizado:

Cana - Warrior da Vega

Carreto - Vega Regal 4o

Nylon - 0,25 mm Fendreel da Colmic

Anzóis - Mustad - Mod. 533 nº 1

Chumbos olivetes - 4 gramas

Engodo - Sardinha

Isco: Camarão e sardinha


Na totalidade devemos ter capturado uns 8 kg de sargos.

8 comentários:

Pedro batalha disse...

A pesca ilhada é sem duvida especial, pena tenho que para os meus lados esses pesqueiros sejam escassos.

abraço aos 2

Anónimo disse...

As fotos são do quilate habitual, exelentes.

Agora a emoção de uma jornada dessas é algo que transparece apenas ao de leve, mesmo na melhor fotografia.

Muito bem, continuação de boas pescarias.

Fernando Encarnação disse...

Boas Pedro,

Sim é sem duvida especial, quanto a mim, gosto bastante por vários factores, ser radical, melhorar a minha condição física, contacto com peixe independentemente do estado da maré, isolamento da terra, particularidade em termos de condições e técnicas, etc, obrigado pelo comentário.

Abraço

Fernando Encarnação disse...

Viva José Germano,

Grato pelo comentário desde já.

As fotos são da normalidade de acção de pesca minhas ou de amigos que me acompanham, ou de fauna e flora que habitualmente sou brindado nas jornadas de pesca.

Sim claramente estas emoções são algo que dificilmente é possível descrever porque se sentem na altura e cada um sente-as de forma diferente, o simples facto de estarmos afastados da costa num absoluto silencio, onde não vemos ninguém, onde não sentimos nenhuma acção do Homem e onde estamos a fazer o que mais gostamos é sem duvida inigualável, para não falarmos da sensação de liberdade de observarmos a costa mais a norte e a sul de uma forma e perspectiva que dificilmente poderá ser observada a não ser de embarcação.

A fotografia pode ser uma captação de um momento, a visão de um conjunto ou de algo, que não tem a mesma força do que o que observamos no local, ficando apenas a ideia, sou amador em fotografia e tento melhorar esse aspecto, e só mesmo a cometer alguns erros e a tirar muitas fotos é que conseguimos corrigir alguns erros...

Abraço.

Toño disse...

Muito boas notícias Fernando, me gustam muito.
Concordo com você muito neste último comentário sobre seus sentimentos pesca, a solidão em contacto com o mar é uma coisa que me satisfaz bastante.

Atenciosamente

Fernando Encarnação disse...

Viva Toño,

Sim tenho seguído isso também aí do vosso lado, vocês também tem a mesma maneira de estar e sentir o mar, o que é muito bom.

Continuem assim...

Cordial saludo.

Anónimo disse...

Belo relato
Valeu por tudo!
Já estava com saudades de uma pesca à alentejana e a emoção de ter os sargos malucos no pesqueiro.
Aquele primeiro pesqueiro deve ter sido batido uns dias antes... bastou mudarmos para uma pedra vizinha para ver a abundância de peixe nessa costa.

Obrigado amigo e até à próxima!

Fernando Encarnação disse...

Boas Filipe,

Valeu por tudo mesmo, foi uma manhã espectacular!

Grande abraço.