CCMAR promove roteiros subaquáticos

CCMAR promove roteiros subaquáticos ao alcance de qualquer pessoa

Através do projecto de Doutoramento EcoSub vão ser criados roteiros subaquáticos nas praias do Algarve, possibilitando aos visitantes conhecer a biodiversidade subaquática local.

Um novo projecto de doutoramento levado a cabo em colaboração com o Centro de Ciências do Mar do Algarve, EcoSub, tem como objectivo estabelecer roteiros subaquáticos acessíveis a qualquer pessoa. O projecto está a ser implementado em várias praias algarvias, onde os visitantes podem alugar o material de mergulho necessário e ficar a conhecer melhor a biodiversidade do mar algarvio.

O EcoSub é um projecto de doutoramento que está a ser levado a cabo por investigadores do Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR), em conjunto com a Universidade do Algarve, a Universidade de Aveiro, e a Comissão para a Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve – CCDR.

Nas praias onde os roteiros estão a ser criados, os concessionários e algumas empresas do ramo têm apoiado a iniciativa em termos logísticos, e fornecendo o material de mergulho, que pode depois ser alugado pelos interessados a um preço simbólico.

A praia da Marinha, no concelho de Lagoa (Algarve), é um dos locais onde esta experiência está a ser posta em prática, sendo que existem já três roteiros disponíveis (ver na imagem), com diferentes graus de dificuldade, para executar em apneia.

Para além destes, outros roteiros estão já em funcionamento para mergulhadores com escafandro autónomo. Deste modo, podem ser visitadas diferentes áreas (entre os 19 e 22 metros de profundidade), como destroços de aviões afundados ou mesmo recifes naturais. Estes roteiros contam com o apoio dos Centros de Mergulho que oferecem visitas a estas áreas.

Os percursos estão sempre identificados com placas que fornecem informações aos visitantes sobre a fauna e flora que podem observar naquele local. No caso da praia da Marinha (apneia) as placas são colocadas em bóias à superfície no decorrer do roteiro, ao passo que nos restantes (mergulho com escafandro autónomo) as placas são fixadas no substrato.

Caso os visitantes não se sintam à vontade para esta incursão, podem sempre recorrer à ajuda de um guia (biólogo marinho) que os acompanhará nesta rota.

Em pouco mais de 30 minutos, quem percorre estes roteiros fica a conhecer melhor a fauna e flora do mar algarvio, podendo observar as raras pradarias costeiras de ervas marinhas, bodiões, safias, ouriços, anémonas, camarões, estrelas do mar, mexilhões e muitas outras espécies que ainda podem ser avistadas nestes ecossistemas.

Fonte:

4 comentários:

S. Ferreira disse...

Acho caricata a expressão do jornalista: "biodiversidade da costa algarvia". A diversidade já foi muita. Actualmente anda um pouco aquém.
Mas a iniciativa será de louvar se as áreas forem interditadas a qualquer tipo de pesca.

Um abraço,

Fernando Encarnação disse...

Boas Sérgio.

Sabes como é a malta do jornalismo (salvo seja) mas à dois dias vi uma reportagem com um vídeo feito nos EUA sobre as alforrecas e Caravela Portuguesa (Physalia), que minha nossa senhora. Fiquei com a ideia que os banhistas nos States eram atacados pelas alforrecas como os cães atacam as pessoas, eh, eh, eh ...

A biodiversidade já foi muita e cada vez será menos com o panorama actual, mas talvez estas iniciativas possam vir a multiplicar-se e o gosto e sensibilização pelo mar cresça...

Se as áreas forem interditadas a qualquer tipo de pesca, então seria ouro, vamos ver...

Abraço Sérgio.

S. Ferreira disse...

Não brinques porque as caravelas são f....!!!
Este Verão senti nas costas o toque de uma versão "soft": água-viva.
Não foi agradável.
As primeiras, então vi muitíssimas e os estragos na pele são assombrosos...até sinto arrepios de pensar!

Fernando Encarnação disse...

Não estou a brincar, apenas com a noticia de ontem, um descalabro autentico...

A Physalia mais conhecida como Caravela Portuguesa, é a mais perigosa de todas sem duvida, pelas inflamações, ardores, comichão, inchaços no caso de serem locais, embora organismos diferentes possam seriamente ser mais vulneráveis a estes contactos e poderão originar insuficiências respiratórias ou até mesmo a própria morta.

Aqui à uns anos quase que tive de sair da água porque cada vez que mergulhava (mergulho livre) às ostras no Mira, andava sempre a bater nestas meninas (alforrecas), com fato de caça sub vestido, valia levar as mãos à frente para evitar o contacto directo com a cara, único local que não estava protegido. Eram bastantes e nenhuma me atacou era aqui que queria chegar, não tem vontade própria andam ao sabor da corrente.

A Physalia é mesmo a "mercenária" de todas...

;)