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A ocupação humana afugentou o “guincho” da costa alentejana
Pedro Cunha/Arquivo
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“O potencial de reocupação do litoral pelas águias pesqueiras, de Sagres ao Cabo da Roca, é muito grande”, afirma Luís Palma. “Tudo vai depender da capacidade para condicionar a presença humana [nas zonas mais sensíveis]”. No Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que se estende entre os concelhos de Vila do Bispo a Sines, se não houver um regulamento de acesso a determinados pesqueiros, será difícil a reinstalação de casais de águia pesqueira, alerta Palma.
Quando o biólogo Luís Palma apontou o telescópio para as rochas, viu logo que não era um ninho de cegonha. “Era de um guincho”, conta. Guincho é o nome outrora popular da águia pesqueira, uma ave que deixou de se reproduzir em Portugal há quase duas décadas.