Parque Natural do Sudoweste Alentejano e Costa Vicentina - Vem ai o Defeso para a pesca lúdica

Começa a ouvir-se um pouco por todo o lado que na semana passada foi assinada a alteração que rege a pesca lúdica no PNSACV, será publicada passados 15 dias.
Vem ai mais restrições para a pesca lúdica, quando a pesca profissional continua impune, e quando se houve afirmações ou justificações de que os lúdicos é que causam pressão sobre a espécie, por exemplo os sargos, que segundo mentes iluminadas só encostam às rochas e que nestes locais os barcos profissionais não trabalham, muito provavelmente não se sabe que as redes que são colocadas a alguns metros da pedra, e ou, a cercar as mesmas, e são lá colocadas com o intuito de na vazante o peixe recua com a baixa mar e como tal fica preso nas mesmas.

Ao que parece vai ser proibido a pesca à linha (lúdica) em todo o PNSACV de 1 de Janeiro a 31 de Março, já agora baseado em que estudos gostaríamos todos nós de saber, somos nós que lapidamos os recursos e os portos de pesca espalhados por todo o PNSACV, não? Não sou de forma alguma contra o defeso, muito pelo contrário, mas porque só a espécie Diplodus sargus sargus (Sargo) ou porque só nós lúdicos sermos forçados a esse defeso?


Ainda quero ver o que vão dizer os nossos vizinhos da zona do Algarve, quando souberem desta alteração, pois o defeso vai ser apenas para os lúdicos e toda a gente sabe que de Dezembro a Março é a altura do ano em que estão reunidas as melhores condições para a pesca em falésia na Costa Vicentina, ora poderemos concluir basicamente que essa pesca tem os dias contados. é claro que no Sudoeste Alentejano também se pratica esse tipo de pesca em falésias embora o aspecto geomorfológico da costa seja bem distinto.

Alterações como o aumento de 500 gramas para 1 kg de perceves, aproximadamente 3 kg de ouriços, ou mexilhões, ou ostras, uso de ferramentas para a apanha, aumentam em 500 gramas e 1 kg os anteriores pesos permitidos e corrigem a medida que anteriormente tomaram que era proibitiva (instrumentos de apanha),


Resta saber se o diz que disse do povo bate certo com o documento que será publicado brevemente e se não teremos de nos reunir uma vez mais (sejamos ouvidos ou não) mas temos esse direito.


E já agora que restrições terão as agriculturas intensivas (aquelas dos plásticos que estão espalhadas um pouco por toda esta zona), que contaminam os lençóis freáticos ou os investimentos turísticos que para ai vem e que com eles trarão certamente bastantes mais pessoas do que as que cá vivem, e o que dirão certamente aquelas populações que vivem junto ao mar ou não e que tem como paixão a pesca.

Já pagamos licença e cada vez mais teremos restrições somos nós que cá vivemos e que sempre preservamos este cantinho não foi nenhum Instituto, muito menos a da Biodiversidade e Conservação da Natureza, aquele que tudo impõe e nada faz pela área geográfica da qual tem competências para intervir.


Resta-nos apelar à sensibilidade das Autarquias que são atravessadas por este "maldito" traço, e com elas reunir esforços contra esta completa "aberração".

Que culpa temos nós de viver na área deste Parque Natural, que nos foi implementado muito depois de já cá existirmos.

A ser verdade, não tenhamos qualquer duvida, pois querem acabar com a pesca desportiva/lúdica nesta área.

E já agora, ainda vou ver estas praias serem vedadas às Populações, pois o que aqui esta e sempre esteve esta a ser "privado" dos que cá sempre viveram em prol de não se sabe muito bem o quê.

Mais uns pontos contra este Instituto, quer das populações residentes, quer daqueles que gostam de passar uns tempos junto ao mar.

Gostava de salientar que isto não é nenhuma Reserva de índios ou jardim, isto não são as Berlengas meus amigos (a titulo de comparação, aqui vivem pessoas que sempre tiveram uma grande e forte ligação com o mar e a pesca, nas Berlengas não vivem pessoas), coisa que está a ser esquecida em prol de não se sabe o que, qualquer dia estamos limitados a ficar em casa porque nem podemos praticar uma actividade / desporto que é praticada ao longo de varias gerações, quer na forma de subsistência de marisco, moluscos e peixe, quer na pesca desportiva/lúdica de costa, pesca desportiva/lúdica embarcada ou caça submarina.

Já existem restrições, já pagamos licença, já existe fiscalização, redobrem-na pois continua-se a apanhar preceves em pleno defeso e não são os lúdicos que o fazem, ainda gostava de ver um estudo da existência anterior à Portaria 868 e posterior à mesma, pois as pedras ficam completamente limpas de perceves e não são os lúdicos que os andam a apanhar.

Que haja regras sim senhor, mas ouçam as populações e não matem esta forma de subsistência de famílias e o desporto/passatempo.

Não haverá Inconstitucionalidade nesta medida?

O que é para um já não é para todos?

Onde está o Interesse Publico que é vincado na Constituição da Republica?

Com que estudos foram tecidas as considerações sobre o estipulado nessa nova alteração?

Defeso para lúdicos, e os profissionais não se regem pelas mesmas leis? Um defeso sem ser defeso não tem lógica nem razão de existir.
Diplodus sargus sargus (Sargo) e as outras espécies não tem conotação de sustentabilidade e defeso?

Estaremos cá para ver e julgar essas medidas!

Nota: É de salientar que estes dados podem não estar correctos porque se baseiam unicamente em relatos que se vai ouvindo por aqui e por ali, quando o documento chegar ai já nos podemos debruçar sobre ele, fiz a minha analise que até lá são apenas especulações.

30 comentários:

Anónimo disse...

Sempre se vai confirmando aquilo q te tinha falado e ouvido dizer nas altas instâncias.Vai de mal a pior.Porque não se reservam as pessoas áquilo que realmente percebem?ou que realmente precisa de ser preservado?ou áquilo que precisa de ser irradicado?
O que vale mais o interesse económico ou o interesse ecológico, o potencial turistico ou o potencial das pessoas?

Nas zonas da costa vicentina (sagres, etc.) como vão ser encaradas estas medidas...eles já se matam por um pesqueiro!!!...Como vai ser com o guarda/vigilante que lá for dizer-lhes que não podem pescar?
Enfim...
Portugal em que vivemos
Alentejo que queremos

Fernando Encarnação disse...

Boas Pescador de fim de semana, já somos dois...

Porque querem e lhe vão dando competências para aquilo que não percebem, aquelas pessoas que tomam estas decisões não tem conhecimento de causa, pois não saem de trás de uma secretaria e apenas defendem os interesses económicos dos grandes lobbys e não o interesse publico, coloco em causa até as pessoas que tomam estas iniciativas, se não conhecem informem-se...

Fazes muitas interrogações para as quais não te respondo, uma vez que todos nos sabemos as respostas.

Vives e sempre viveste dentro de uma zona que te implementaram uma coisa da qual, de certeza absoluta, se calhar como todos os residentes não ve nem nunca viu com bons olhos, e que atividades promoveu isso em prol da afamada preservação sem ser colocar paus e cordas e forçar a planos que não tem grande cabimento, quando as poluições e contaminações estão por ai um pouco por toda a parte.

O grande problema vai ser o mesmo dos perceves, os recursos eram escassos, qualquer dia não existem porque até em pleno defeso eles os apanham, aqueles que vivem deles (interesse economico).

Quanto aos Fiscais, isso é da competência da GNR e PM, estes últimos tomaram conta do Sudoeste Alentejano e a bem ou mal lá vão fazendo intervenções, umas bem feitas outras completamente descabidas, sensibilidade nenhuma, é mais fácil autoar um lúdico ao fds do que fazer grandes apreensões, a GNR tem tomado conta da grande área do Costa Vicentina, mas efectivos são poucos e a costa é muito grande lá se vão safando aqueles que vivem disto, segundo relatos que me tem chegado.

Eles não te vão dizer que podes ou não pescar, eles levantam te o auto.

Portugal em que vivemos, e cada vez pior.

Alentejo sustentável que queríamos e que se está a tornar num Alentejo de proibições.

Luís Duarte disse...

Pois é Fernando estes boatos tem já algum tempo como bem sabes, mas eu não acredito que isto se confirme e por uma razão muito simples, todos nós sabemos que quando enchemos um balão vamos soprando, soprando até que chega a uma altura e ele rebenta, e como eu acho que anda muita gente á espera de um ultimo sopro para de uma vez por todas acordar, não acredito que estes políticos sejam tão parvos assim.
É que o que se fala é tão ridículo, que quando saiu a actual lei eu nunca pensei que fosse possível fazer pior, mas esta malta (políticos) parece que estão prestes a conseguir tal feito.

Anónimo disse...

Tou em querer que isto deve ser uma brincadeira de carnaval antecipada, só pode.

Um abraço,
Miguel Coucello

Fernando Encarnação disse...

Boas Luís.

Ao que parece este balão vai rebentar brevemente, (sensivelmente daqui a 10 dias) e vamos ver se nos acomodamos uma vez mais ou se de uma vez por todas nos fazemos ouvir, a paciência tem limites...

Quanto aos políticos não vou comentar, até porque acredito que as Autarquias estejam do nosso lado temos Vila do Bispo e Aljezur dentro da Costa Vicentina e Odemira e Sines, não creio que estejam a favor de uma coisa destas quando as populações do litoral ficarem a conhecer o que para ai vem... Ano de eleições e medidas destas, não se adivinha boa coisa...

A ver vamos Luís, a ver vamos, há mais marés do que marinheiros não duvides!

Fernando Encarnação disse...

Boas Miguel, o Carnaval é quando um Homem quiser, tipo Natal, mas isto não é brincadeira nenhuma a ser verdade.

Vamos ver...

Abraço.

Anónimo disse...

Apesar de ñ ser pescador e a ser verdade...na minha humilde opinião estamos perante mais uma "obra prima" dos senhores catedráticos. Para estes senhores a nossa zona e costa ñ é mais do que, como tu dizes e muito bem, uma reserva de índios.
Qualquer dia para entrarmos na zona do PNSACV temos de pagar portagem ou um imposto qualquer.
A existência de um período de defeso poderá ñ ser descabido, apesar de que essa conclusão ñ pode ser tomada em vão, obviamente à que elaborar estudos credíveis. Mas o que me parece totalmente despropositado é a existência de defeso para um nicho da população de pescadores, para os quais a pesca ñ é mais do que uma forma de passar o seu tempo e de confraternização.
Não querendo ser profeta da desgraça quer me parecer que vão ter um período conturbado pela frente.
As águas para estas paragens começam a ficar muito turvas!
Ruca.

Fernando Encarnação disse...

Boas RUCA.

Não é necessariamente obrigatório sermos pescadores para vermos que algo está mal, um defeso tem por base (um período, em que se considera ser o intervalo de tempo em que ocorre a reprodução), mas esse período DEVE SER OBRIGATÓRIO PARA TODOS e não apenas uma franja da população porque a não ser assim não é período de defeso e venha lá quem vier dizer o contrário. Toda a gente sabe que os pescadores profissionais não tem tamanhos, pesos nem medidas e que ninguém os fiscaliza, são eles os beneficiados neste assunto.

Mais uma "Obra Prima" dos sobre dotados em Portarias & Regulamentos...

Com o dinheiro resultante das licenças da pesca lúdica poderia ser empregue nesses e noutros estudos (mas não os lúdicos contribuem para um fundo de compensação salarial dos pescadores profissionais - aqueles que mais contribuem para a pressão das espécies e sua extinção), como por exemplo se está a ser benéfico o crescente aumento das agriculturas intensivas no Litoral Alentejano e se os solos não estão contaminados, pelo menos por plásticos é uma vergonha.

"Não querendo ser profeta da desgraça quer me parecer que vão ter um período conturbado pela frente."

Assino por baixo.

As águas para estas paragens começam a ficar muito turvas!

Tens razão.

Abraço e obrigado pelo comentário.

Anónimo disse...

Um factor fundamental para a decisão sobre a necessidade de criar épocas de defeso para as espécies costeiras com principal interesse económico é o chamado esforço de pesca, que pode ser definido como a quantidade de embarcações ou pessoas envolvidas na exploração de um determinado stock de peixes. Por exemplo, quanto maior é o número de pescadores numa determinada área, maior será a probabilidade, para a captura de uma quantidade maior de peixes. No entanto, isto só é verdadeiro, quando a população de peixes ainda não foi explorada até à sua capacidade máxima de auto-sustentação, ou seja, até ao limite em que um indivíduo retirado daquela população, deixa naturalmente de ser substituído por outro, através da sua capacidade de reprodução.
Os pescadores lúdicos e desportivos, aliás como a pesca comercial/profissional, exploram os mesmos recursos marinhos, os quais, entendo serem, património de todos os cidadãos. Se realmente existe necessidade de diminuir o esforço de pesca então que se criem restrições á pesca para todos os que usufruem destes recursos.

Luís Duarte disse...

Fernando, só queria deixar aqui um esclarecimento, quando digo políticos refiro-me aqueles que estão com o rabo sentado nos gabinetes da Assembleia da República e que não tem (nem querem ter) o mínimo conhecimento das realidades locais que existem por este País fora.
E como nós sabemos tem sido alertados pelos políticos e populações locais e tem dado muito boa palavra, mas depois fazem destas, o que eles mereciam sei eu mas não o digo aqui...........

Fernando Encarnação disse...

Boas Elliot.

"Os pescadores lúdicos e desportivos, aliás como a pesca comercial/profissional, exploram os mesmos recursos marinhos, os quais, entendo serem, património de todos os cidadãos. Se realmente existe necessidade de diminuir o esforço de pesca então que se criem restrições á pesca para todos os que usufruem destes recursos."

Concordo plenamente, se existe essa necessidade que seja defeso para todos os intervenientes, e não o que tem sucedido ultimamente, que é privatizar um dado recurso para meia dúzia de pessoas.

Obrigado pelo comentário.

Gaivotas em Terra disse...

Mais uma vez anda a carroça à frente dos bois,ou então são os batedores a abrir caminho para o que ai vem.
Como diz o outro é só conversa mole para o caranguejo nadar de costas.
Falem de coisas concretas.

Fernando Encarnação disse...

Viva Luís.

Bem sei ao que referes, mas a ser verdade de nada serviu o tempo que se passou nesta luta das populações, e o que dirão os autarcas de Sines, Santiago do Cacém, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo, perante este bombom envenenado que para ai vem, isto é;

Apanhem lá mais 500 gramas de perceves com uso de instrumento.

Apanhem lá mais 1 kg de bivalves ou ouriços.

Apanhem lá só machos de navalheiras vão ser só viúvas...

Mas em troca vamos proibi-los de pescar ao sargo nos meses mais fortes de probabilidade de boas capturas, mas só vocês os lúdicos, que os profissionais não precisam de efectuar defeso na pesca do sargo, podem apanhar mais ainda...

Vamos ver, aproxima-se um bom período...

Fernando Encarnação disse...

Benvindo amigo Gaivotas em Terra, aproxima-se a tempestade e o amigo aparece.

Já diz o proverbio "Gaivotas em terra sinal de tempestade no mar"...

É verdade caro amigo, sinal de batedores de outras implementações que por ai vão descer, e como estamos no sul e isto é a descer vem cá parar tudo...

Ainda vamos ter por cá um viveiro tão grande, tão grande e cheio de recursos que até os Piratas da Somália cá virão desviar a sargaria de algum pescador...

Vá aparecendo, nem que seja quando as tempestades se aproximam!

Obrigado pelo comentário.

Américo Neves disse...

Boas Fernando

De facto quando começei a ler, não estava a acreditar no que os meus olhos liam!!!!.. de boca aberta foi a minha expressão!!!!
1º- proibiram a pesca a pescadores ludicos na Fortaleza de Sagres e só lá podem entrar pescadores profissionais!!! que sinceramente desconheço esta categoria na classe de pesca apeada!!!
E agora no começo de época de pesca ao sargo, são os pescadores desportivos que ao fim de semana se deslocam para praticar o seu hobbie preferido e que para não infringirem a lei tiveram que começar a pagar uma licença, para puderem estar comodamente á pesca sem que nenhuma autoridade lhes fosse pedir contas, é que são os culpados!!???? Os ditos profissionais que estendem redes a 10metros das falésias e que RAPAM o fundo do mar até dizer mais não, é que são os benfeitores!!!!
Infelizmente é o Portugal que temos, o Bin Laden já fazia falta nalguns sitios, podia ser que melhorasse!
A mim que pesco tanto a norte como a sul, ao ler isto o unico sentimento que me deixa é de revolta e como eu haverá muitos mais.
Enfim, vamos esperar para ver no que dá.

Um abraço

S. Ferreira disse...

Olá, amigo Fernando.
A confirmar-se esta dualidade de critérios da parte destas cabeças iluminadas (completamente alheios à realidade), o cenário é deveras negro.
É absurdo apenas restringirem a actividade dos lúdicos, enquanto que os profissionais actuam impunes com as suas artes lesivas.
Temos sempre no entanto, o direito à revolta e a fazer ouvir as nossas vozes.
Da minha parte, estou sempre disponível para me juntar a vós, num protesto sentido.

Um abraço,

Fernando Encarnação disse...

Boas Américo Neves.

Desde já o meu agradecimento pelo comentário.

Quanto à tua questão:

"1º- proibiram a pesca a pescadores ludicos na Fortaleza de Sagres e só lá podem entrar pescadores profissionais!!! que sinceramente desconheço esta categoria na classe de pesca apeada!!!"

Essa é nova para mim, pelo que me estas a dizer, se eu quiser ir pescar para a Fortaleza de Sagres não o posso fazer e os "profissionais de cana" podem fazê-lo???

Não diria que o Bin faça falta, mas eventualmente talvez se esteja a "cozinhar" algo que qualquer dia rebenta como uma bomba, e falo num cómodo geral não somente na pesca.

Também fico revoltado e bastante com estas formas de repressão pelo direitos que todos nós temos.

Vamos esperar para ver no que vem aí só depois poderemos tecer mais comentários...

Já agora adicionei o teu espaço à lista de blogs.

Abraço.

Abraço

Fernando Encarnação disse...

Viva amigo Sérgio.

A confirmar-se esta dualidade de critérios, o cenário vai tornar-se pessimo daqui para a frente, e já nem vejo melhoras, fizeram o que fizeram com os perceves e o que se passou? Actualmente em pleno defeso os que estão habilitados da licença para a captura dos mesmos continuam a apanha-los em pleno defeso, e já tive relatos de que se não os apanharem assim nas primeiras marés as pedras ficam limpas, tal nem é o valor comercial que não auferem estes senhores... Fiscalização ZERO, pelo menos de Odeceixe para baixo.

É absurdo apenas restringirem a actividade dos lúdicos, enquanto que os profissionais actuam impunes com as suas artes lesivas, apesar de haver alguns iluminados lúdicos que ainda defendam os defeso "cegadamente" como forma de terem recursos por mais tempo, pois estão completamente enganados pela teoria, pois a prática não demonstra isso, mas enfim cada um é livre de expressar a sua opinião.

Querem defesos que sejam para todos ou senão não é defeso, apenas proíbição com interesse económico mais que vincado.

Já não se fazem revoltas como antigamente (nem que fosse aquela das florzinhas aka 25 de Abril), vejamos nós o País que ficamos...

"Da minha parte, estou sempre disponível para me juntar a vós, num protesto sentido."

Alegra-me bastante o teu "feed back", mais um, vamos ver o que sairá brevemente como prenda de Natal!

O meu agradecimento pelo comentário Sérgio.

Abraço.

Henrique Ruas disse...

Bem, pelos vistos já aqui comentáram quase tudo o que pode ser dito sobre esta idiotice e descabida medida que querem implementar. Lamento ver que nos dias de hoje é mais valorizado nesta área de Portugal uma toca de coelhos que um posto de trabalho que muitas vezes serve de sustento para uma familia. Isto na agricultura, e agora na pesca também. Meus senhores responsáveis por implementar ou criar tamanha absurdidade, já pensáram que mais peixe destroi um arrastão num dia aqui junto á costa que talvez todos os pescadores lúdicos num ano a pescar da praia ou falésia!!?? Haja bom senso e não caiam no ridiculo por favor. Então e as redes que são montadas junto á costa? Essas não contam? Fernando, tal como referes, mais e mais querem fazer disto uma reserva de indios, qualquer dia proibem o uso de roupa no PNSACV. Nós não viemos cá só passar um f-d-semana ou férias de Verão como os granfinos e pseudo-intelectuais que criam estas leis, NÓS VIVEMOS CÀ. Se os touros de morte é tradição e foge á lei, então há quantos anos se pesca por aqui??? Bem Fernando e todos ou outros companheiros de pesca, cabe-nos a nós dizer "NÃO, É UM ABSURDO", temos de unir todos os que tenham paixão por este desporto e fazer-nos ouvir. Queremos ver estudos, queremos argumentos, factos, mas mais que tudo queremos leis justas e justificadas, não apenas idéias ridiculas que tornadas leis condicionam e alteram modos de vida de populações inteiras que apenas tentam estar interligadas e usufruir da natureza que afinal é de todos.
NÃO NOS PODEMOS CALAR. Esses politicos e burocratas gostam de cá vir e comer perceves, sargos, etc... eu digo, deem-lhes veneno e digam "é o que há"..
Cumprimentos
Henrique

Anónimo disse...

Ao que me parece caminhamos para......sei lá onde. Isto é lindo, pago uma licença, que me proibe de pescar nas praias (pois no Algarve é tudo concecionado), nos molhes e agora também nas falésias???
Já agora posso pescar onde??Sincereamente não conheço mais locias nenhuns.
Querem ver que vão abrir o Aquário Vasco da Gama e O Ocenário???

Abraço Fernando

FARCintra

Fernando Encarnação disse...

Boas Henrique.

Desde já o meu agradecimento pelo comentário.

A tua indignação com tais medidas é a mesma que a minha e de muitas pessoas que estão apenas a aguardar a saída de tal documento, e a ser verdade se tal Instituto já é por aqui mal visto por inúmeros factores, mais o será daqui para a frente...

Os interesses económicos superam qualquer medida implementada por estes senhores, que não ouvem as populações isto é pura inconstitucionalidade.

"Nós não viemos cá só passar um f-d-semana ou férias de Verão como os granfinos e pseudo-intelectuais que criam estas leis, NÓS VIVEMOS CÀ."

Não posso estar mais de acordo contigo caro amigo.

"Se os touros de morte é tradição e foge á lei, então há quantos anos se pesca por aqui?"

Isso não foi tido em conta, como é óbvio.

"Não apenas ideias ridículas que tornadas leis condicionam e alteram modos de vida de populações inteiras que apenas tentam estar interligadas e usufruir da natureza que afinal é de todos."

TODOS, mas todos tem o direito de usufruírem do que aqui temos, mas nós também, gerindo as actividades que se praticavam muito antes de alguém ter tido a ideia "brilhante" de criar tal Instituto que está contra as populações residentes e nunca esteve do lado das mesmas.

Esses políticos e burocratas gostam de cá vir e comer perceves, sargos, etc... eu digo, dêem-lhes veneno e digam "é o que há"...

O melhor era mesmo nunca na vida colocarem mais os pés neste humilde território, acabaram com a agricultura, pecuária, agora perante os interesses económicos de manobras de puro investimento turístico querem-nos privar daquilo que ainda nos dá alegria e nos faz esquecer o miserável pais que vivemos.

Abraço Henrique.

Anónimo disse...

Olá Fernando e restantes companheiros.

Estou estupefacto com tal noticia mas, até ver, não acredito!

Vamos aguardar...

Espero que isso não passe mesmo de uma anedota!


Cumprimentos a todos.
Sérgio

Fernando Encarnação disse...

Viva Filipe.

Desde já o meu agradecimento pelo comentário.

Resta-nos o Oceanário, desde País de fortes ligações com o mar, ver os exemplares que lá estão expostos (já lá fui 6 vezes desde que aquilo abriu), talvez por o mesmo estar localizado perto do Poder Central os Iluminados querem fazer do mesmo um exemplo para a linha de costa, esquecem-se é do estuário do Sado local onde existe um núcleo cada vez mais pequeno de golfinhos e agora com a marina nova não vão ter sossego...

Filipe eu quero ver é quando a parte económica e social se começar a manifestar contra tais medidas, as lojas de pesca já notam uma clara recessão nas vendas no período pós 868 e agora vamos ver...

Quanto à pesca na AR, até quando vamos aguentar isto e não colocamos um defeso também naquele sector?

Abraço.

Américo Neves disse...

Boas Fernando

Já soubeste mais alguma coisa sobre este assunto??
È que hoje entrei numa casa de pesca e já se comentava sobre isto, o que não pode ser bom sinal!!

Um abraço dos algarves

Fernando Encarnação disse...

Vivaa Sérgio.

Também fiquei um pouco estupfacto com as conversas que andam por ai, mas sempre disse que até ver o documento cá fora são puras conversas, a ver vamos, espero que seja mesmo uma brincadeira.

Vamos aguardar...

Abraço Sérgio.

Fernando Encarnação disse...

Viva caro amigo.

Não ainda não sei mais nada sobre as conversas que por ai andam, vamos ver se onde há fumo à fogo...

Abraço.

Stephan disse...

Bom discurso!!!

Parabens!!!

Fernando Encarnação disse...

Viva Stephan.

"Bom discurso!!!

Parabens!!!"

Não me parece que seja um bom discurso, e o que o ano passado era apenas "conversa", este ano parece me que as coisas vão ser bem diferentes, vem ai um POPNSACV e ao que parece a caça submarina vai quase ser erradicada da maioria das zonas, para não falar da pesca lúdica, o que gostamos de fazer em breve vai ser uma coisa a proibir, para não falar de outras coisas...

Abraço e obrigado pelo comentário.

Anónimo disse...

ora entao boas...ou nem por isso, pelo caminho ke as coisas tomam...

meus amigos, quantas dessas pessoas, desses pseudo institutos de preservaçao do nao sei das quantas, ke so servem para fornecer tachos aos amigos, se devem rir ate dizer xega com estes comentarios?????

quantas dessa pessoas ke brincam com popolaçoes em geral, apenas para se divertirem e mostrarem a kem fundou esses organismos, ke por acaso ate estao a trabalhar, se preocupam ou levam em atençao as raizes dum povo criado á beira mar????????

no ke toca a caça submarina, nos seremos sempre uns desgraçados porke nao passamos de meia duzia de milhar ou mesmo uma duzia, mas agora o problema toca á pesca ludica em geral, e aí meus amigos somos muito mais de meio milhao, o ke no nosso país é muita gente...

isto nao vai la com discursos...temos de mudar de tactica

Fernando Encarnação disse...

Viva Máriomix.

Desde já quero agradecer o comentário.

"ora entao boas...ou nem por isso, pelo caminho ke as coisas tomam..."

Sim, claramente parece-me que as coisas começam a tomar um caminho um pouco torto, isto é, liga-se tanto a umas coisas em detrimento de outras bastante mais importantes e "qui ça" se calhar faziam a diferença...

"meus amigos, quantas dessas pessoas, desses pseudo institutos de preservaçao do nao sei das quantas, ke so servem para fornecer tachos aos amigos, se devem rir ate dizer xega com estes comentarios?????"

Sim é uma realidade que está aos olhos de todos os Portugueses, basta ver as noticias no dia a dia, o que a maioria destas pessoas faz é fazer leis sem qualquer conhecimento da realidade, sem ouvirem as pessoas, porque estão no puleiro, mandam, tem poder e como essas questões não os afecta, preocupam-se uma vez mais a atacar as únicas coisas que ainda temos de bom a pouca liberdade.

Já muita gente disse e começo a acreditar, isto é uma ditadurazeca democrática que temos actualmente.

As tradições já eram caro amigo...

"no ke toca a caça submarina, nos seremos sempre uns desgraçados porke nao passamos de meia duzia de milhar ou mesmo uma duzia, mas agora o problema toca á pesca ludica em geral, e aí meus amigos somos muito mais de meio milhao, o ke no nosso país é muita gente..."

Quanto à caça submarina, foi ai que cresceu o meu gosto pelo mar, e nem que me fosse só permitido observar em apneia o fundo ficaria contente é outro mundo que NÃO ESTA A SER DIZIMADO PELOS SEUS PRATICANTES MAS PELAS INDUSTRIAS DE SINES E SEU PORTO, PELAS AGRICULTURAS INTENSIVAS DO LITORAL ALENTEJANO.(Pode ser que alguém veja isto, porque parece que ninguém sabe), a caça submarina esta a ser marginalizada, não chega as boas classificações que temos a nível internacional, somos dos MELHORES, temos poucos apoios, nem a FPAS ouvem nestas legislações, mas como estamos num pais de futebol onde se gastou milhões em estádios...

...quanto à pesca lúdica em geral, começo a revoltar-me a sério com isto, já tentamos com o Manifesto das 12 mil assinaturas, na AR ninguém ligou patavina ao documento entregue, continuam-se a passar altas multas a quem não tem posses, continua-se a interferir com a liberdade de hobbies, continua-se cada vez pior em termos de condições económico sociais, e estamos com 3 eleições à porta...

"isto não vai la com discursos...temos de mudar de táctica"

Se não vai com discursos, nem com reuniões resta-nos duas coisas, temos 3 eleições à porta ou outras formas de luta...

Já agora veja a postagem do dia 16 de Janeiro de 2009.


Abraço caro amigo.