Bruxelas quer limite de 3 robalos na pesca desportiva



Insiste em proibir a pesca com redes de arrasto pelágico até final de Abril para proteger a criação (alevins).

Muitas propostas, mas pouco progresso. Isso poderia resumir a reunião de ontem os ministros das pescas da UE, em Bruxelas. Nesta ocasião, nem a controversa proposta para proibir as redes de emalhar derivantes, ou questões relativas à repartição das quotas, ou direitos históricos estavam na agenda. O comissário do Departamento, Karmenu Vella, veio com novas propostas, como a proibição de pesca de robalo com redes de arrasto pelágico a estabelecer de imediato. 

A restrição seria prorrogada até Maio e fundamentalmente afectaria as frotas da França, Holanda, Bélgica e Reino Unido. Bruxelas quer proteger stocks ameaçados de extinção e particularmente vulneráveis ​​na reprodução e desova. As áreas propensas onde seria estendida essa proibição seriam o Canal da Mancha, o Mar Céltico, o Mar da Irlanda e do sul do Mar do Norte.
Tamanho mínimo

Segundo Vella, a Comissão apresentará em breve um pacote mais amplo de medidas para proteger a espécie. Nelas se incluirão, a restrição à pesca recreativa, que só permitem que cada pescador capturar três exemplares por dia. Propõe-se também estender os limites a outras pescas comerciais, não apenas ás redes de arrasto pelágico. O objectivo é prevenir o colapso da espécie, que se encontra numa situação crítica. Outra medida em que Vella se baseia, é estabelecer um tamanho mínimo de 42 centímetros para os exemplares capturados "Isso pode salvar a reserva de robalos e salvar empregos no sector comercial e de recreativo", afirmou.



O Conselho ontem constatou-se a dificuldade de chegar a um acordo sobre o novo regulamento,  quase um mês após a entrada em vigor da proibição de devolução para a pesca pelágica. O ministro e presidente, em exercício do Conselho das Pescas, Janis Duklavs, pediu aos seus colegas para acelerar a sua aprovação, dado às incertezas do sector, que continua a reger-se por normas técnicas anteriores, para a nova Política Comum das Pescas (PCP).


A ministra espanhola, Isabel García Tejerina, pediu "celeridade", mas lembrou que a frota espanhola foi informado e sabe "quais são as regras."

Mais consenso estava no debate para estabelecer um plano plurianual de espécies no Báltico; bacalhau, arenque e espadim. Dada a evidência científica, que sugere que os stocks foram explorados, independentemente do rendimento máximo sustentável (RMS), os Estados têm vindo a aproximar-se mais perto de alcançar um acordo para assegurar a exploração sustentável do Báltico através de um plano de múltiplas espécies.



Cartão Vermelho para o produto Sri Lanka


A UE proibiu a importação de peixe do Sri Lanka. E pune sua passividade para combater a pesca ilegal. Ontem, o Conselho aprovou restrições comerciais para não rastrear a sua frota, não punir as actividades de navio pirata culpados e não legislar. A UE tinha, à quatro anos, pedido ao Sri Lanka para parar uma actividade ilegal, que destrói a riqueza marinha e coloca em desvantagem, aqueles que respeitam a lei. Em 2013, a UE importou do Sri Lanka pescado no valor de 74 milhões.

Traduzido do original La voz de Galicia

9 comentários:

Luis Silvestre disse...

Boas,

É sempre bom estar a par destas noticias, embora me pareça que esta legislação se aplique sobretudo aos Mares mais a norte.

Do que li, tenho (entre muitas outras) uma questão? Como irão proibir a pesca de arrasto ao robalo e manter as restantes?

Será complicado não achas?

Abraço

Fernando Encarnação disse...

Boas Luís.
O que se aplica a mares mais a norte depressa se estende a toda a UE, disso não tenhas a menor das duvidas.
À tua duvida respondo-te apenas com isto, como te vão proibir de apanhar sargos no defeso? Não vão, tu vais puder ir à pesca e capturar sargos, não te vai é ser permitido os manteres, pois se fores fiscalizado com os mesmos durante a fase de restrição és autuado. Com todos os tipos de pesca será assim que funciona, o problema é mesmo a fiscalização, pois não dispomos de meios nem recursos para uma ZEE tão grande e as entidades em terra estão mais preocupadas com a pesca lúdica, é mais fácil de controlar e as coimas ainda resultam como fonte de rendimento aos agentes de uma entidade.
Na pesca de arrasto conseguem avaliar que concentração de pescado se encontra em determinado local, não conseguem é evitar os danos colaterais noutras espécies...

Abraço

Luis Silvestre disse...

Ok. irá estender-se certamente a todos os paises da UE certamente.
Mas na pesca ludica se apanhares sargos no defeso e se tiver em condições de ser devoldido podes devolvê-lo ao seu habitat sem prejuizo do animal,mas na pesca de arrasto conseguirás fazer essa devolução em condições para que o peixe sobreviva?

Anónimo disse...

EU sea bass measures
27 Jan 2015
Sea bass stocks are in serious decline
Sea bass stocks are in serious decline
The European Commission has announced new measures to avert the collapse of declining sea bass stocks and implemented an emergency ban on fishing stocks during the spawning season which runs up until the end of April.
It said that this will be complemented by further measures to help ensure that all those who fish sea bass make a balanced and fair contribution towards saving the stock.
Karmenu Vella, European Commissioner for the Environment, Maritime Affairs and Fisheries, said: “The impact of this stock collapsing would be catastrophic for the livelihoods of so many fishermen and coastal communities.”
The ban on pelagic trawling of the stock will remain in place until 30 April 2015 and will apply to stocks in the Channel, Celtic Sea, Irish Sea and southern North Sea.
Pelagic trawling is a major source of mortality and reduces spawning stock by around 25%, according to the Commission.
Therefore, in order to help the sea bass stock recover, the Commission is currently working on a package of measures to manage both commercial and recreational fisheries more sustainably.
For recreational fishing, which accounts for 25% of sea bass catches, this would include a limit of three fish per day per angler. Member States would also need to set a minimum size of 42cm so that fish are not caught, or are released, before they have reproduced.
Meanwhile, for other commercial fisheries aside from pelagic trawling, limiting catches is also on agenda. The Commission is working with the Member States involved to prepare a proposal to the Council of Ministers as soon as possible.
- See more at:

http://www.worldfishing.net/news101/industry-news/eu-sea-bass-measures?mkt_tok=3RkMMJWWfF9wsRojvajLZKXonjHpfsX56ekrW7Hr08Yy0EZ5VunJEUWy2osCS9Q%2FcOedCQkZHblFnVQASa2xS7kNoqwE#sthash.dA70qiHv.dpuf

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Fernando Encarnação disse...

"Mas na pesca ludica se apanhares sargos no defeso e se tiver em condições de ser devoldido podes devolvê-lo ao seu habitat sem prejuizo do animal,mas na pesca de arrasto conseguirás fazer essa devolução em condições para que o peixe sobreviva?"

Luís diz me lá tu se isso interessa as entidades fiscalizadoras? Existe uma norma que vigora num determinado sector, se fores apanhado em incumprimento recorres em contra ordenação e ponto final, quem te manda a ti ires capturar uma espécie numa fase de restrição, esteja vivo ou morto, seja libertado e viva ou seja libertado e não recupere e morra, não interessa.

No caso do arrasto, se apanhares determinada espécie que seja alvo de alguma restrição, tens de a libertar viva ou morta. Danos colaterais de determinada arte.

Luis Silvestre disse...

Mas se o objectivo é proteger a espécie, capturá-los e devolvê-los mortos não será solução...

Fernando Encarnação disse...

É complicado, mas é assim que a coisa funciona, uns respeitam outros não, uns são apanhados outros não. Ou não conheces a realidade do que tens na nossa costa?

Luis Silvestre disse...

Claro que conheço e bem sei que as leis sempre foram feitas em beneficios de alguns!