Apanha de Perceves Reportagem TVI



Uma associação, 30 famílias (em Vila do Bispo), 80 licenças de mariscador profissional dentro do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, espécie com direito a festival gastronómico em Vila do Bispo, 50000 pescadores lúdicos que levam as famílias para o mar e delapidam um recurso natural que lhes pertence, ou devia pertencer, pois deveria ser essa associação a fazer o defeso e a gerir o recurso (segundo os próprios), aqui estão os ingredientes desta reportagem, polémica para uns, menos polémica para outros... Opiniões? 

Fonte: Pedro Sousa

21 comentários:

Anónimo disse...

MAR PRIVADO NAO OBRIGADO

PêJotaFixe disse...

Em determinado momento da reportagem vê-se o gang da Vila a saltar para cima de uma pedra e depois a subir a arriba, cada qual com uma arroba ou mais de marisco às costas. Agora imagine-se como é que essa pedra ficou... Multiplique-se pelo número de marés que fazem e não é necessário ter um curso superior para chegar a uma conclusão.
O sol quando nasceu foi para todos mas no PNSACV existem 80 iluminados e os restantes vivem nas trevas.

Saúde, da boa! ; ))

DP disse...

Belo exemplo! na reportagens viu-se um profissional a vender percebes a um casal espanhol, só não vi passar factura, belo exemplo venda não declarada....estado lesado!

MR disse...

Esse bichinho que alguns Querem só para por na gaveta deles.... Estranho bichinho em que os lúdicos não tem direito a palavra nesta reportagem, estranho bicho que a Bióloga na sabia nada, mas como diz o locutor ainda hoje se sabe pouco incluindo a Bióloga de Évora , Évora..... em Portugal existe uma associação onde a maioria das licenças eram dos naturais dai até o presidente da câmara e vereadores tinham licença... só permite 15 kg.... na Galiza só podem apanhar 5 kg por maré... e não são vendidos pela porta do cavalo, isso sim são profissionais onde a confraria faz sair um barco todos os dias para os fiscalizar, vi com os meus proprios olhos ninguem me disse... Vão famílias inteiras aos percebes a quem vendiam o marisco, agora pergunto podem vender directo ao publico????? não aceitam que venham magotes de gente de fora apanhar lhe o ganha pão... 50000 a apanhar e mais 80, onde só se faz fiscalização aos lúdicos... interessante... Vila do Bispo capital do Percebe com legitimidade, até parece que por exemplo na zambujeira do mar Vila Nova de Milfontes, Aljezur, sagres, Longueira \ Almograve não há Restaurantes onde há sempre percebes á venda.
O percebe tá a saque, tá pois quem devia dar o exemplo não o dá... A Biologa acha k é muito (2)dois kg, secalhar ganha bem lá na Universidade de Èvora e tem dinheiro para comprar a 30 euros o kg no restaurante.
A dona Maria Teresa sabe mais que a Bióloga, tal como os residentes que sempre aqui viveram no Parque e sempre o protegeram, ninguem mais quer nós, não queremos ser índios Da Reserva.... !!!! Nem estranhos Bichinhos para os Senhores da TVI....

Pedro Nunes disse...

"50000 pescadores lúdicos que levam as famílias para apanhar percebe"
Levam a mulher e os filhos e fazem nos descer pelos cabos para apanhar os percebes dos profissionais hahahahaha São engraçados...
Os percebes que estão agarrados às pedras são dos membros da associação, foram eles que os semearam...
Os lúdicos podem apanhar 2kg é muito, os profissionais apanham 15kg já não é muito... hahahahaha
É outra palhaçada igual ao defeso do Sargo...

Matos disse...

Inventam tudo para o consumo...

Agora é afrodísiaco...

Sem falar na reportagem de "Sargeta" como diz um amigo meu...

ABr

Fernando Encarnação disse...

Mar privado não obrigado só esta em risco devido à pressão do litoral, os interesses, a usurpação, a tomada de posse, más legislações do regulador, etc.
A sustentabilidade está em risco e cada vez mais com tomadas de posições destas...

Fernando Encarnação disse...

Boas PJota, o problema é mesmo esse, os números, um exemplo:

80 licenças a fazerem 100 mares o que dará 800 idas ao mar, dessas 800 idas multiplicadas por 15 kg de perceve limpo dá 12000 kg, a esse valor se acrescentarmos só que seja 2 kg(perceve pequeno ou cortado) por cada 10 kg de perceve apanhado, dará quanto?...
Desse marisco capturado, quanto é vendido com medida e faturado, quantos kg de mexilhão e perceve é destruído em tenra idade, quantos kg acima dos permitidos são apanhados, etc.
Por outro lado, na época balnear, devido a pressão turística acima do normal do litoral, são capturados pelos lúdicos turistas sem licença de pescador lúdico, centenas de kg de mexilhão, perceves, lapas e caramujos das praias, aquelas que tem substrato rochoso.
Fiscalização nesta altura é quase nula, o litoral fica a saque de pescadores lúdicos, pescadores profissionais, mariscadores e turistas, apontar um dedo a uma franja é incorrecto, criticar a falta de fiscalização idem, pois existem 3 entidades que tem competências nessa matéria o, ICNF (em todo o território litoral PNSACV), UCC/GNR e Autoridade marítima PM, três entidades, onde duas são tuteladas pelo MAI e uma pela APA, não me parece que existam falta de meios, alem do facto de poderem fazer missões cirúrgicas as zonas de protecção parcial onde não se pode apanhar marisco em pedras afastadas da costa, ou controlarem zonas de forte pressão (e toda a gente sabe que existem pedras mais frequentadas que outras).
Haja mais fiscalização, mas estas entidades tem o DEVER E RESPONSABILIDADE em caso de denuncia de irem ao local averiguar a situação e punir os infractores, sejam eles lúdicos, profissionais ou mariscadores, é esta mentalidade que deve ser mudada e é aqui que os infratores devem ser punidos, não aqueles que cumprem, que gostam de ir ao mar, que herdaram o gosto de ser mariscador dos pais, tios ou avós que apesar de não pertencerem a uma associação, pagam impostos, licenças, contribuem para o comercio local (cafés, cerveja, sandes, equipamento de neopreme, cordas, luvas, sapatos), trabalham mas gostam de ir a maré, apanhar marisco para passarem uma tarde com a família ou amigos, cultivando relações, falando do mar e deste marisco. Quanto à comunidade cientifica, a qual respeito imenso, não creio que estas tomadas de posições sejam bem vistas, quando todos sabemos que o modelo desenvolvido na Galiza de Co-gestão não vai ser possível implementar nesta zona, muito por culpa destas tomadas de posições radicais, quer da própria comunidade cientifica como desta associação de mariscadores. por outro lado estranhei cientificamente falarem no sexo dos coitados mas não referirem a questão de que o defeso deveria ser efectuado na primavera e verão, ou será que o perceve não merece repovoar o oceano, ou será que o valor gastronómico e monetário no verão se sobrepõe ao valor de sustentabilidade da própria espécie? Enfim... O mar é de todos e não de alguns...
Grande abraço PJ temos de combinar para irmos ao perceve agora depois do defeso, mas só dois kg cada um pois não vá alguém ficar com falta de comer em casa...

Fernando Encarnação disse...

Boas DP, sim é verdade, na reportagem saltam alguns pontos engraçados aos mais atentos...

O que não falta é o estado lesado, quando o valor esta baixo em lota saem pela porta do cavalo, quando esta alto vão lá...

Mais do mesmo...

Cumprimentos

Fernando Encarnação disse...

Boas MR,
"só permite 15 kg.... na Galiza só podem apanhar 5 kg por maré... e não são vendidos pela porta do cavalo, isso sim são profissionais onde a confraria faz sair um barco todos os dias para os fiscalizar, vi com os meus proprios olhos ninguem me disse..."

Sim tens razão, as confrarias pagam para fiscalizarem as zonas do modelo de co-gestão, e as quantidades de marisco permitido para apanha são menores que cá, por outro lado as confrarias no modelo de co-gestão estipulam dias para apanha de marisco e não épocas inteiras, deixando 3 meses para defeso quando, na grande maioria das vezes é o mar que marca o defeso.

Cumps.

Fernando Encarnação disse...

Boas Pedro,

Já tentei levar a minha mulher e o meu filho de 4 anos, mas tem vertigens e não passam a nado para cima de rochas, e descer por cabos ou cordas muito menos.

Apanham perceves é no prato...

querem fazer cotadas de marisco...

Se existisse lógica nisto até se compreendia, mas existe tudo menos lógica, com ou sem biólogos misturados.

É mesmo outra palhaçada igual ao defeso do Sargo...

Grande abraço.

Fernando Encarnação disse...

Boas Master Matos

Alegam tudo para ficar com algo que não lhes pertence, quanto à reportagem, só gostei das imagens, todo o resto é despromovido de qualquer conteúdo.

Grande abraço.

Anónimo disse...

andam que nem cães em cima das rochas a ver se nao lhe apanham o marisco mas se os vejo aqui no meu quintal chamo as autoridades daqui para a frente vao piar fininho
JP

Anónimo disse...

Viva
Apanham marisco sem tamanho.
Matam marisco ainda mais pequeno.
Vendem fora de faturas e sem ser em lotas e restaurantes.
Apanham em zonas que nao o podem fazer.
Ameaçam as pessoas.
Fazem-se acompanhar de gajos que nao tem licença.
São apanhados em Sines com excesso de carga e depois dizem que sao de sagres.
Estes gajos da tvi e presidente da camara darem voz a esta mafia???

Anónimo disse...

É um assunto bastante polémico, e como tal nunca poderá com mentalidades dessas como as que passaram neste video, o lobbie de uma associação com meia dúzia de gatos pingados a tomar conta de km de costa e de um recurso que a todos pertence.

Como diz o velho ditado, "mais caga um boi que 1000 mosquitos", é perfeitamente enquadrado aqui, mariscadores dessa associação tenham vergonha, façam a vossa selecção do marisco que apanham, cumpram as regras, não falem dos outros, não vão as pedras onde os outros mariscadores também querem ganhar o pão para por na mesa (Aljezur, Odemira e Sines), sejam mais humildes e do dinheiro que ganham não apresentem a miséria de imposto que apresentam.

Residente no PNSACV, pescador e não mariscador.

Mário G.

Anónimo disse...

Reportagem medíocre ao nível de uma comunicação social tendenciosa, muitas vezes incorrecta que se instalou no nosso país.
Se cada um respeitar as regras haverá mais equilíbrio.
Estou de acordo com a legislação existente da pesca lúdica do perceve (2 kg).
Há duas finalidades desta reportagem, a primeira, tentar proibir a apanha do perceve e restante marisco por parte dos lúdicos (Bióloga), ao mesmo tempo desperta nos consumidores os poderes afrodisíacos fazendo aumentar a pressão e a apanha desta espécie (inconsciência biológica).
A segunda, mais escondida, ou seja através dessa proibição, as pessoas terão muita probabilidade de ficar mais tempo em casa nas horas livres, e assim aumentarão as audiências televisivas.
Afinal aquele grupo dos 80, não dá o exemplo, mas o Perceve não desapareceu com a avalanche dos 50.000 e famílias (100.000), mas a reportagem não os encontrou?
Mas alguém já viu algum programa televisivo nacional a tentar educar as pessoas a respeitar a legislação nestas e noutras áreas?
Para além dos que cumprem as regras, somos ainda mais conscientes do respeito pela legislação de pesca, desde que estes blogues apareceram.
Há uma solução, não dar audiência aos telejornais destes canais televisivos medíocres.

Oliveira
Gosto de pescar

Fernando Encarnação disse...

Boas JP, é perfeitamente compreensível que o façam no período de defeso da espécie, mas também será perfeitamente compreensível que quando os mesmos estiverem a abusar no limite de captura ou nos locais onde os recolhe seja feita a mesma coisa.

Temos de nos controlar mutuamente e alertar as autoridades em caso de ilegalidades, é isso que defendo, sejam lúdicos, mariscadores ou pescadores profissionais.

Cumprimentos.

Fernando Encarnação disse...

Boas Mário G., não tenho a certeza mas provavelmente irá haver umas alterações para breve, mas vamos ver...

Cumprimentos.

Fernando Encarnação disse...

Boas Oliveira, como já referi, o que esta reportagem tem de bom é as paisagens, tem razão quando se refere à "Reportagem tendenciosa", e mais ainda à questão de "Se cada um respeitar as regras haverá mais equilíbrio", claro está.

Para além das duas finalidades que apresenta, eu acrescentaria que a teoria da Co-gestão defendida, ou melhor, a teoria do controlo absoluto por parte de uma classe reduzida, não trará certamente benefícios quer para o conjunto de utilizadores do mar, quer para a sustentabilidade da própria espécie, como incorrectamente tentam passar a outra, tentar identificar num concelho (vila do bispo) um festival de um marisco, que por um lado, ou o mar destrói ou os 50.000 lúdicos e suas famílias recolhem diariamente, mas por outro lado dezenas de residentes nesse concelho poderão usufruir deles como lhes vai na real gana e até fazerem uma festa do perceve.

"Afinal aquele grupo dos 80, não dá o exemplo, mas o Perceve não desapareceu com a avalanche dos 50.000 e famílias (100.000), mas a reportagem não os encontrou?"

Pois eu também andei à procura desses 50.000 e não os encontrei em nenhuma filmagem.

"Mas alguém já viu algum programa televisivo nacional a tentar educar as pessoas a respeitar a legislação nestas e noutras áreas?"

Não!

"Para além dos que cumprem as regras, somos ainda mais conscientes do respeito pela legislação de pesca, desde que estes blogues apareceram."

É pelo menos essa a minha ideia, sensibilização, recolha de opiniões, informação, para além do gosto que tenho pela actividade lúdica ligada à pesca.

Grato pelo comentário Oliveira

Cumprimentos.

batasuna disse...

Olá a todos, porque não entrar em contacto com a TVI ? Com o jornalista Bandarra? Cheguem-se á frente e façam alguma "coisa " pela pesca ludica em Portugal sff !!

Fernando Encarnação disse...

Boas batasuna,
É uma boa ideia, mas se calhar deveriam ser algumas associações e movimentos a fazer, pelo menos é o que eu acho...

Cumprimentos